terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Parlamento Europeu deve levantar esta semana imunidade parlamentar de Le Pen


Comité parlamentar vota a favor do levantamento por causa de publicação de imagens violentas de execuções do Daesh no Twitter pela candidata da extrema-direita às presidenciais francesas.
Marine Le Pen em campanha
Foto
Marine Le Pen em campanha STEPHANE MAHE/REUTERS
Os deputados da comissão de assuntos legais do Parlamento Europeu aprovaram esta terça-feira o levantamento da imunidade parlamentar de Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, partido de extrema-direita francês e candidata dada como vencedora da primeira volta das presidenciais, a 23 de Abril..
Le Pen está a ser investigada em França pela publicação de três imagens de violência explícita do Daesh em 2015, incluindo o assassínio do fotojornalista norte-americano James Foley, e as autoridades de Paris tinham pedido o levantamento da imunidade ao Parlamento Europeu.
O voto da comissão terá de ser confirmado em plenário, o que deverá acontecer já esta semana, segundo a agência Reuters. Se a imunidade for levantada, as autoridades francesas poderão avançar com um processo contra a líder da Frente Nacional pelo crime de “publicação de imagens violentas”, que pode ter uma pena de três anos de prisão e uma multa de até 75 mil euros.
Na comissão, 18 deputados votaram a favor do levantamento da imunidade e três votaram contra, segundo um responsável do Parlamento.
Le Pen ainda não comentou a decisão, mas tem apresentado esta acção das autoridades como interferência política na eleição e pediu uma moratória a investigações judiciais até que termine o período da eleição.
“Mostrar o horror do islamismo permite-nos lutar contra ele”, disse o vice-presidente do partido, Florian Phillipot, à Reuters. Marine Le Pen diz que publicou as imagens chocantes em resposta ao jornalista Jean-Jacques Bourdin, que ela acusou de ter feito um “paralelo” entre o seu partido e o Daesh, ao entrevistar o politólogo e especialista do islão Gilles Kepel sobre o seu novo livro, Terreur dans l’Hexagone, sobre as origens e a evolução do jihadismo francês.
Le Pen e o seu partido estão também a ser investigados indevido de fundos do Parlamento Europeu, que serviram para pagar uma funcionária da Frente Nacional em França e não no PE, e já teve cortado o seu vencimento de eurodeputada por causa disso. O caso não pareceu afectar a sua popularidade em França.
Le Pen tem sido dada sempre a vencedora da primeira volta das presidenciais, embora acabe por perder na segunda face a a Emmanuel Macron.
A imunidade parlamentar de Marine Le Pen foi levantada uma vez em 2013, acusada por “incitamento à discriminação com base em crenças religiosas” por comparar dois muçulmanos a rezar em público com a ocupação nazi de França durante a II Guerra Mundial. O Ministério Público acabou, no entanto, por desistir da acusação.

  1. Liberal - técnico de ideias gerais
      
    Fascista é uma profissão de alto risco. Só quando se apanham no poder é que eles vivem a sua húbris, e isso continua a ser perigoso para eles. Mas sobretudo para os outros!!! - "Je m'en souviendrai!", bramava o papá desta dama contra um jornalista noutros tempos. ("vou lembrar-me disto!")
  2. Amora Bruegas
      
    A mentalidade estalinista no PEuropeu está cada vez mais descarada...e como tal, a VERDADE incomoda-os! A UE está a transformar-se na URSS da Europa....a corrupção é um cancro generalizado.
  3. Sousa da Ponte
      
    Mais um punhado de votos para Marine.
  4. joao
      
    A vaga de censura nestas “democracias ocidentais” é avassaladora! A generalidade dos media portam-se bem, são disciplinados e não causam problemas às “democracias”, antes pelo contrário, a generalidade aplica-se entusiasticamente a branquear as sebentices e crimes dessas “democracias”, desde as invasões e bombardeamentos aos apoios aos neo nazis e extremistas religiosos. Tirando os disciplinados media restam as redes sociais e a internet em geral, o facebook, twitter, Google, etc já implementaram “filtros” e “comités” para apagarem as notícias ou as contas inconvenientes, a pedido dos governos “democráticos” saliente-se. O que consegue passar nesses “filtros” é perseguido pelas matilhas de hienas coloridas e pelos bandos de ratazanas beatas.
    1. joao
        
      Foi esta Le Pen porque publicou nas redes umas fotos dos “rebeldes”, se calhar “moderados” como se diz por cá, a decapitarem umas pessoas…. o que não convém muito que o público saiba que isso acontece pois os maus são os outros, como nos dizem nos media repetidamente.
    2. joao
        
      Outro exemplo de hoje, o presidente da câmara de Riga na Estónia foi multado em 140 euros e está sujeito mais penas por ter respondido a uma criança no facebook(?) em ….. russo!!! A criança terá feito alguma pergunta sobre o município, em russo o que será talvez normal pois 40% da população fala russo, e o autarca respondeu-lhe em russo… Está feito! O "Centro Estatal de Língua” caiu em cima dele…Cyplive 27/2/2017 “Riga Mayor called the ban on Russian language in social networks "medieval savagery"”. O mesmo ou parecido acontece na Ucrânia e outros países, o “Centro…” ou a “Comissão…” ou a “Brigada…” dos costumes, da pureza da raça, do nacionalismo, etc… entram em acção…
    3. joao
        
      Ou como aconteceu hoje com o fadista que ironizou certeiramente o que aconteceu com os Trumps em Los Angeles… caiu a Brigada em cima dele e nem os ossos lhe ficarão.
    4. Amora Bruegas
        
      É o caminho para a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas da Europa (URSSE).
    5. joao
        
      Sim, é verdade, os meios são outros e o consentimento globalizado que é assegurado pela generalidade dos media (“Manufacturing Consent”) transformaram esta censura de hoje na Europa numa censura goebbeliana que ultrapassa em muito as censuras do estalinismo ou do macartismo.

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