Manifestação de Actos Xenófobos na RSA: Uma Questão de Identidade ou Privação Relativa?
"Antes permitam-me dizer que sou contra toda forma física da manifestação da violência. As revoluções de hoje independentemente do nível da frustração, não podem envolver catanas, uma vez que todos devemos ter a oportunidade de usufruir dos ganhos da revolução."
Indo ao cerne do presente artigo referir antes, que não gostaria de devagar em torno da conceptualização da xenofobia, mas por uma questão de inclusão e contextualização, referir que o significado do conceito ou termo xenofobia depende da forma que ela se manifesta podendo ser considerado como um transtorno psiquiátrico ou como preconceito (racismo).
Neste caso à xenofobia como preconceito é o que nos interessa neste artigo, sendo que tem sido este que mais se caracteriza na vizinha República Sul Africana.
1. Xenofobia como Preconceito
A xenofobia como manifestação do preconceito, tem-se caracterizado pela aversão e a discriminação dirigida a pessoas de outras raças ou da mesma, culturas, crenças e grupos.
Aversão cima mencionada pode desenvolver sentimentos de ódio, ódio que pode ser resultado duma certa privação relativa ou herança histórica, causando animosidade e preconceito com tudo o que julga ser diferente.
Em suma, no sentindo mais restrito podemos considerar a xenofobia como a manifestação dum medo excessivo e descontrolado diante do diferente.
A conceptualização acima referida traz nela dois pontos de destaque para o presente artigo, dum lado à manifestação da xenofobia enquanto identidade, neste caso resultado duma herança histórica, e doutra manifestação da xenofobia enquanto resultado duma privação relativa.
Entretanto a questão que colocamos é, na RSA a xenofobia manifesta-se como identidade ou como resultado da privação relativa?
2. Xenofobia na RSA: Uma questão Identitária?
Muitos têm sido os analistas de política internacional que recorrerem a teoria da identidade, para explicar o fenómeno xenofobia na Africa de Sul, sabe-se que ela (teoria) consiste na correlação entre fenómenos mentais que podem ser resultando duma construção histórica e os fenómenos físicos.
Entretanto estes analistas referem-se, que a forma de dominação e colonização que a RSA esteve submetida durante tempo acabou criando cicatrizes psíquicas no seio do povo sul-africano.
Assim sendo o povo sul-africano encontrou neste tipo de dominação a réplica de instrumento de manifestação.
Quando estes se apercebem que as suas expectativas, aspirações ou mesmo necessidades não são satisfeitas ou encontram-se defraudadas, as cicatrizes psíquicas que neles habitam abrem-se, e quando isso acontece a violência (xenofobia) se manifesta-se.
Em suma, podemos considerar em parte que a xenofobia pode ser vista como uma questão identitária, devido a forma que tem sido recorrente o uso deste meio por quase todo sul-africano.
3. Xenofobia na RSA: Uma Manifestação da Privação Relativa?
“Antes afirmar que a privação relativa, gera a frustração e a frustração gera agressão.”
Bem, sabe-se que durante a luta de libertação dos Estados africanos muitas expectativas foram criadas e a luta pela liberdade na RSA não fugiu da regra das expectativas, o povo sul-africano tinha em mente que as oportunidades no contexto pós- independência seriam descentralizadas, a riqueza seria equitativamente distribuída, ter-se-ia um Estado inclusivo, onde as aspirações, satisfações e necessidades dos sul-africanos seriam satisfeitas, acreditou-se nessas utopias durante o processo da luta pela independência.
A luta pela independência era o anseio de todos. Libertou-se à RSA, mais a independência tornou-se num presente para um punhado das elites do ANC, e o novo contexto pós-independência provou aos sul-africanos uma outra realidade, surgimento de uma nova classe opressora, novos endocolonialista (colonizadores internos), nepotistas, narcocapitalistas, com ambições irracionais, onde a aparente verdade tornou-se num quartel de utopias.
O regime do ANC sobretudo depois da morte do líder carismático Nelson Mandela transformou-se numa caverna de elites, e estas elites com maior destaca as apoiantes de Jacob Zuma foram ficando cada vez mais ricas e o povo cada vez mais empobrecido e submetido num processo colectivo de esfomiatização.
O regime do ANC pode não estar a ter a consciência da violência estrutural que o seu povo se encontra submetido, devido a privação relativa que esses vivem em relação as discrepâncias económicas que separam o povo das elites do ANC, e essa privação vem acumulando a frustração do povo sul-africano, e desta forma que ela (frustração) se manifesta violentamente. E este (regime do ANC) nalgumas vezes fazem acreditar que a pobreza extrema e a falta de emprego nas zonas periféricas, é devido a presença dos imigrantes, oque leva os sul-africanos a recorrerem a actos xenófobos, tomando em consideração a vulnerabilidade que os cidadãos estrangeiros têm de trabalhar em condições de baixos salários.
4. Considerações Finais
A xenofobia na RSA dum lado constitui um factor identitário resultado das cicatrizes psíquicas causadas pelas amarras do modus operandi da dominação que o país esteve submetido.
Doutro lado pode se olhar para a xenofobia na RSA como um tipo de manifestação resultante da privação relativa.
Atenciosamente
2 comentários:
E uma verdade que a palavra Xenofobia não explica o se passa na África do Sul. Desocupem-me acho que sou capaz de ferir sensibilidades,tenho conhecimento que algumas pessoas foram mortas na África do Sul. Quero me atrever a dizer que os Sul Africanos têm certa razão. Permitam me recordar que na altura o próprio Presidente da África do Sul , A Sua Excelência Zuma Disse:Eu perguntei alguns que sofreram, porque vieram para a África do Sul e eles responderam-me, a procura daquilo que os seus países não lhes oferecem.Mais uma vez permitam me identificar que este é o problema Fundamental. Os países da África austral devem criar condições para a vida dos respectivos cidadãos. Tomando Moçambique como exemplo,todos os Portugueses foram escorraçados como de criminosos se tratasse, só porque os Machanganes,detentores de puder na Frelimo pretendiam engolir Moçambique, e receavam que os portugueses pudessem servir de encosto aos pobres nortenhos. Os portugueses detinham a tecnologia e a economia e a ciência. Ao serem escorraçados Moçambique ficou despido. Como consequência aumentou a pobreza, aumentou a taxa geral da mortalidade e tornou se crescente . de imediato reapareceu a guerra até hoje. Mas os promotores de tudo isso preferem preservar a sua hegemonia, a sua arrogância, os seus privilégios em detrimento da Nação, até recorrendo a guerra e aos esquadrões da morte. Actualmente os principais excedentes dos camponeses são recolhidos por Bangladeses e evacuados de navios para Banglades deixando a Nação sem reservas alimentares, manifestando-se assim a crueldade dos dirigentes da Frelimo, e o seu programa de genocídio da população do Norte do País. Eis então a corrida para a África do Sul , uma corrida de sobrevivência, que porém cria perturbações no País de chegada, como exemplo, cria forte competição no emprego com os nativos que desejam bons salários enquanto os hospedes querem emprego a qualquer preço.Como conclusão é dever de todos os Países do Mundos criarem Estados democráticos , Boa governação, transparência . E não estarem a agir como parasitas, distruindo o próximo, o Irmão.
E uma verdade que a palavra Xenofobia não explica o se passa na África do Sul. Desocupem-me acho que sou capaz de ferir sensibilidades,tenho conhecimento que algumas pessoas foram mortas na África do Sul. Quero me atrever a dizer que os Sul Africanos têm certa razão. Permitam me recordar que na altura o próprio Presidente da África do Sul , A Sua Excelência Zuma Disse:Eu perguntei alguns que sofreram, porque vieram para a África do Sul e eles responderam-me, a procura daquilo que os seus países não lhes oferecem.Mais uma vez permitam me identificar que este é o problema Fundamental. Os países da África austral devem criar condições para a vida dos respectivos cidadãos. Tomando Moçambique como exemplo,todos os Portugueses foram escorraçados como de criminosos se tratasse, só porque os Machanganes,detentores de puder na Frelimo pretendiam engolir Moçambique, e receavam que os portugueses pudessem servir de encosto aos pobres nortenhos. Os portugueses detinham a tecnologia e a economia e a ciência. Ao serem escorraçados Moçambique ficou despido. Como consequência aumentou a pobreza, aumentou a taxa geral da mortalidade e tornou se crescente . de imediato reapareceu a guerra até hoje. Mas os promotores de tudo isso preferem preservar a sua hegemonia, a sua arrogância, os seus privilégios em detrimento da Nação, até recorrendo a guerra e aos esquadrões da morte. Actualmente os principais excedentes dos camponeses são recolhidos por Bangladeses e evacuados de navios para Banglades deixando a Nação sem reservas alimentares, manifestando-se assim a crueldade dos dirigentes da Frelimo, e o seu programa de genocídio da população do Norte do País. Eis então a corrida para a África do Sul , uma corrida de sobrevivência, que porém cria perturbações no País de chegada, como exemplo, cria forte competição no emprego com os nativos que desejam bons salários enquanto os hospedes querem emprego a qualquer preço.Como conclusão é dever de todos os Países do Mundos criarem Estados democráticos , Boa governação, transparência . E não estarem a agir como parasitas, distruindo o próximo, o Irmão.
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