O presente artigo faz uma análise em torno do processo da reintegração do Marrocos na União Africana e as implicações que esta reintegração pode trazer nas relações entre o Marrocos e à Sahara Ocidental.
Mas antes de irmos ao fundo do tema a tratar no artigo, traremos uma pequena abordagem sobre as razões que estiveram a volta da retirada por vontade própria do Marrocos da União Africana e, sobretudo, do papel que Moçambique jogou após a sua independência na luta pela libertação da Sahara Ocidental.
1. Marrocos entra para a União Africana em 1963, mas infelizmente em reacção a oposição da entrada da “República Árabe Sarauí Democrática” (Sahara Ocidental), abandona oficialmente a União em 1982, e este posicionamento agudizou as relações entre o Marrocos com alguns países do continente que até hoje são contra a dominação marroquina a região da Sahara Ocidental.
2. Dentre vários países que se opuseram a dominação marroquina a região da Sahara Ocidental, Moçambique tornou-se um dos países de destaques. Como bem sabemos, a quando do alcance da nossa independência em 1975 um dos Roll Conception da Política Externa de Moçambique foi de apoiante da libertação, onde nos prontificamos em conceder todo apoio material quer bélico ou em termos de infra-estruturas a todos Estados do continente que ainda viviam sobre o jugo do colonialismo ocidental ou de qualquer Estado dentro do continente africano, o que condicionou-nos a adoptarmos um posicionamento de confrontação quer a nível da região para com a África de Sul e Malawi e a nível continental para com o Marrocos.
3. Para o caso da Sahara Ocidental que constituí uma das nossas razões de reflexão a primeira decisão foi a concessão duma embaixada que se localiza numa das zonas nobres do nossa capital, onde à partir de Moçambique à “República Árabe Sarauí Democrática” (Sahara Ocidental) desencadear um conjunto de estratégias para a libertação do cedeu povo contra a dominação marroquina, ademais a concessão desta embaixada constituiu um acto de reconhecimento da Sahara Ocidental como um Estado, cuja sua soberania e integridade territorial deveria ser reconhecido pelos demais Estados e sobretudo pelo Marrocos.
4. Entretanto depois da abordagem acima feita é relevante questionarmos as razões da relação de dominação entre o Marrocos e à Sahara Ocidental, caríssimos Sahara Ocidental foi quase colónia espanhola por quase 100 anos até 1975, por conta da pressão exercida pela comunidade internacional a Espanha decidiu-se retirar, mas ao mesmo tempo assinou um acordo que permitia ao Marrocos a ocupação da região em troca de vantagens no comércio entre os dois países.
5. Ademais, Marrocos alegando que o território o pertencia historicamente, o rei marroquino Hassan II conclamou para o movimento que ficou conhecido como a marcha verde em que cerca de 300 mil marroquinos marcharam centenas de quilómetros rumo ao sul em Novembro 1975 ocupando dois terços do território do Sahara Ocidental.
6. Até data hoje a região do Sahara Ocidental encontra-se sobre a dominação do Marrocos
A questão do Sahara Ocidental já se transformou, pode-se dizer um tipo de conflito esquecido, no qual as esperanças de uma solução vão se esvaziando lentamente, sem que ninguém tome de facto uma atitude concreta que leve a uma solução para o problema, entretanto nesta ordem de ideias é ‘bem provável que a sua reintegração significa uma luz verde para uma observância colectiva sobre-a questão da Sahara Ocidental.
A questão do Sahara Ocidental já se transformou, pode-se dizer um tipo de conflito esquecido, no qual as esperanças de uma solução vão se esvaziando lentamente, sem que ninguém tome de facto uma atitude concreta que leve a uma solução para o problema, entretanto nesta ordem de ideias é ‘bem provável que a sua reintegração significa uma luz verde para uma observância colectiva sobre-a questão da Sahara Ocidental.
7. Estamos cientes de que a independência desta região não será a curto prazo tomando em consideração o papel geoestratégico que joga naquela região e que ática a disputa de varias potências mundiais com destaque a Espanha e a França e os EUA.
8. Quanto aos EUA existem diversos factores que tem contribuído para a posição do mesmo sobre o conflito, uma vez que durante a guerra fria, o Marrocos foi retratado como o melhor aliado que serve os interesses Americanos e Ocidentais, sendo que os EUA sempre estiveram preocupados com a possibilidade de aparecimento de um Estado pró-soviético no Sahara Ocidental e conformem avança o governo marroquino os fundadores do movimento Polisário foram Leninistas, Guevaristas e simpatizantes Maoístas.
9. A União Africana deve tomar um posicionamento muito sério à volta desta reintegração, sabe-se que o Sahara Ocidental, continua a última colónia de Africa entretanto uma pressão interna pode ser relevante para a reconsideração da questão Sahara Ocidental.
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