Quelimane (Txopela) – Um
cadastrado perigoso, por sinal desertor das Forças Armadas de Defesa de
Moçambique (FADM), afecto ao Comando Militar de Cabo-Delegado, está a
contas com a Polícia da República de Moçambique na Zambézia, desde o
último final de semana.
Trata-se de José Ernesto Branquinho,
agora radicado na Cidade da Beira. De acordo com informações prestadas
pelo porta-voz da PRM na Zambézia, Miguel Caetano, foi possível
neutralizar o referido homem, após uma informação passada pelo Comando
Provincial de Maputo, que dava conta da presença deste indivíduo na
Cidade de Quelimane e colocadas as linhas operativas, caiu nas malhas da
polícia.
Segundo a mesma fonte, o indivíduo fazia
parte de uma quadrilha que actua na Cidade de Maputo e perpetravam
crimes de furto de viaturas com recurso a arma de fogo. Questionado se o
tal indivíduo teria engendrado uma acção criminosa em Quelimane, o
porta-voz da PRM, assegurou que não mas a quando da sua neutralização em
circunstâncias não esclarecidas, foi encontrado um par de algemas na
sua viatura, Toyota Allex.
Acusado acusa a polícia
Entretanto, o Jornal Txopela ouviu a
reacção do indiciado agora a ver o sol aos quadradinhos na 2ª Esquadra
da Cidade de Quelimane, que nega todas acusações que pesam sobre a sua
pessoa e aliás, acusa a polícia de o ter acusado falsamente.
De acordo com suas declarações, ele não é
desertor nenhum e neste momento está em exercício na subunidade Militar
de Maputo, Departamento de Logística e não Cabo Delgado como avança a
polícia, todavia este disse não saber do crime que é acusado e sobre a
suposta neutralização que a polícia refere não é necessariamente
neutralização, porque segundo explicou, ele foi à esquadra de espontânea
vontade estacionar sua viatura e na sequência foi detido.
Sobre o alegado abandono da sua unidade? “Isso é mentira, eu não abandonei unidade nenhuma”, – disse.
Sobre as algemas encontradas na sua
bolsa no interior da viatura, ele disse lhe pertencem mas seriam
solicitadas pelos seus colegas para fins que não mencionou. (Redacção)
Doa a quem doer
Existimos há três anos e no intervalo
deste período fechamos as portas por algum tempo por imposição de
forças distantes do nosso controle, neste 2016 voltamos. Jornal Txopela
voltou mais animado, mais jovem e com nova imagem, mas com a substância
de sempre: dizer as coisas pelos nomes e sem medos, sem hipocrisias,
sem maquilhagem. Foi a isto que habituamos os leitores, é este o nosso
renovado compromisso! Somos um jornal de referência, que aposta no
jornalismo independente e de qualidade, valores vitais para a
democracia. Construir Moçambique ideal não é tarefa apenas de políticos,
governantes, empresários é também tarefa do professor, camponês e
incontestavelmente da imprensa, da imprensa livre e independente.
Voltamos para promover a cidadania, impulsionar a prestação de conta dos governos, promover
e defender os direitos humanos e o estado de direito; apoiar a
liberdade de informação; Fortalecer os ideais e valores democráticos;
Promover a responsabilidade e transparência; Promover a educação cívica;
Apoiar a resolução de conflitos democráticos; Promover a liberdade de
expressão.
Em Moçambique, os governos a vários
níveis ainda não dispõem de políticas eficazes de prestação de contas,
transparência na gestão do bem público. A sociedade clama por uma
democracia efectiva e actuante capaz de persuadir os governantes e gerar
mudanças na sociedade, os direitos humanos são constante e brutalmente
violados por quem deve zelar pelo seu cumprimento, entidades patronais,
indivíduos, poderes económicos, políticos, sociais e culturais da
sociedade moçambicana.
As liberdades de expressão e de opinião
estão cada vez mais a serem afuniladas, com relactos de cidadãos,
jornalistas, membros de partidos políticos, juristas, académicos e
pessoas de outros extractos sociais a serem assassinados em plena luz do
dia, raptados ou ameaçados por expressar livremente a sua opinião, cor
partidária, religião e ideologia diferente.
As liberdades individuais dos cidadãos, o
acesso a informação, o direito a informação, o direito a participação
na governação, participação política e na vida económica do Pais esta a
ser negado ao cidadão comum.
É necessária uma intervenção dominante
ao nível da mídia (tida como o quarto poder) que possa promover o acesso
a informação, democracia, direitos humanos, cidadania, a transparência
na gestão coisa pública, o direito a informação e desta forma
influenciar os governos a mudança de comportamento e a disponibilização
da informação necessária que de direito deve ser de domínio público.
Nos tempos actuais, a imprensa tem
servido de Cão de Guarda, para a sociedade. A Imprensa livre e
independente moçambicana, como é o caso do Jornal Txopela, ajuda a
analisar, denunciar, investigar, e levar ao conhecimento do público,
actos ilegais, corruptos e procedimentos incorrectos, através de
publicação dos artigos noticiosos. Esperem tudo isso deste Semanário
independente de orientação liberal, doa a quem doer voltamos!
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