PSD
Nuno Morais Sarmento não se exclui da lista de possibilidades
sociais-democratas para seguir à liderança de Pedro Passos Coelhos– o
que já tinha
feito em
março –, mas alerta sobretudo para outras hipóteses que podem
perfilar-se, apontando o dedo a Luís Marques Mendes e a Pedro Santana
Lopes.
No programa Falar Claro, na Renascença, o social-democrata foi confrontado
com um apoio a Rui Rio, o que descartou: “Não conheço essa figura do
‘apoio em privado’. Ou se apoia ou não se apoia. E, principalmente, não
percebo o que é que se apoiava. Rio veio dizer que se o PSD não
conseguir inverter esta situação, estará disponível. Está a dizer que
espera que o PSD seja capaz de mudar e sair da situação difícil em que
se encontra. Eu acho que é muito difícil”. E também foi confrontado com a
sua própria disponibilidade para concorrer à liderança como primeiro
protagonista, o que não descarta: “Acho um bocadinho curto que se resuma
a participação – acho até um exercício de arrogância – aqueles que
digam que estão disponíveis para se candidatarem à liderança. Eu estou
disponível para trabalhar”
Nuno Morais Sarmento diz que está "disponível para trabalhar",
quando questionado sobre a hipótese de vir a concorrer à liderança do
PSD, mas fala sobretudo de quem já se pode estar a preparar.
Já disse várias vezes: tenham em atenção Marques Mendes e Santana Lopes. Em vez de olharem para o campeonato regional, olhem para a primeira liga, onde têm Pedro Santana Lopes, que já começou a olhar para o tema, e Marques Mendes, que acho que serácoagido por alguém a olhar para o tema”
Se estou disponível para participar no trabalho que seja necessário fazer, se chegarmos a uma situação de dificuldade em que se justifica infletir estratégias e eventualmente mudar de liderança? É evidente que estou disponível, como sempre estive, para trabalhar nesse momento”Sarmento estabelece ainda um paralelo entre o atual momento do PSD e a liderança que antecedeu António Costa no PS, a de António José Seguro, dizendo que também Passos “cortou as amarras todas. Quem se coloca numa posição tão extrema, no dia seguinte só tem isso para dizer, reiterar aquele tremendismo até que as coisas se decomponham”. Mas o social-democrata também diz que Passos se “colocou intencionalmente na posição em que está e que não lhe permite nem avanço nem recuo”.