Dez homens e três mulheres já estão garantidos na administração
Trump. A maioria é polémica, mas há escolhas feitas a dedo para
introduzir alguma diversidade na equipa. Veja quem faz parte.

Trump escolheu dez homens e três mulheres para cargos na administração, mas ainda há 14 lugares para preencher
Getty Images
1. O vice-presidente, Mike Pence

(Imagem: Aaron P. Bernstein/Getty Images)
Depois do afastamento de Chris Christie da liderança da equipa de transição, é o próprio vice-presidente eleito que tem estado à frente das operações. Dada a inexperiência de Trump, tudo indica que o número dois da Casa Branca se pode ir habituando a estar à frente de decisões. Como escreve o FT, Pence tem tudo para se tornar um dos vice-presidentes mais poderosos da história dos EUA.I am pleased to announce that I have chosen Governor Mike Pence as my Vice Presidential running mate. News conference tomorrow at 11:00 A.M.— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 15, 2016
2. O chefe de gabinete, Reince Priebus

(Imagem: JIM LO SCALZO/EPA)
Priebus chega a um dos mais importantes lugares da política norte-americana sem nunca ter sido eleito para um cargo público. Coordenou a campanha eleitoral e tem boas relações com o líder da Câmara dos Representantes, Paul Ryan (que recusou apoiar Trump na campanha). Por isso, tudo indica que Priebus será uma ponte entre a presidência e o Congresso. Mas o lugar de conselheiro próximo do presidente não será exclusivo de Priebus…
3. O estratega, Stephen Bannon

(Imagem: Ben Jackson/Getty Images for SiriusXM)
No portal de notícias Breitbart News, que liderou, liam-se títulos como “A solução para o assédio de mulheres na internet é simples: elas devem sair da internet” ou “Não há qualquer tendência no setor tecnológico quanto à contratação de mulheres, elas é que são péssimas nas entrevistas”.
4. O conselheiro não-oficial (mas muito influente), Jared Kushner

Kushner com Ivanka Trump, a filha mais velha de Trump (Imagem: Mike Coppola/Getty Images for People.com)
A história que levou Kushner a Washington assemelha-se a uma telenovela, mas agora é um dos homens fortes de Trump. Dono do jornal New York Observer, Kushner ajudou Trump na campanha, aproximou o republicano dos judeus americanos e tem conseguido afastar do círculo mais próximo de Trump toda a gente ligada ao governador de New Jersey, Chris Christie, por vingança pessoal.
Mesmo que não tenha um cargo oficial, tudo indica que Kushner seja uma presença frequente na Sala Oval durante os anos em que Trump estiver à frente do país. No dia em que Trump se reuniu com Obama, Kushner ainda foi visto a passear nos jardins da Casa Branca com Denis McDonough, o atual chefe de gabinete de Obama, o que ainda levantou suspeitas de que seria uma reunião de sucessão.
5. O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin

(Imagem: EDUARDO MUNOZ ALVAREZ/AFP/Getty Images)
De acordo com a imprensa norte-americana, a escolha de Mnuchin pode deitar alguma água na fervura populista da restante equipa de Trump, já que, com o seu estatuto em Wall Street, este empresário representa tudo aquilo que Trump tem contrariado — o sistema.
6. O conselheiro para a Segurança Nacional, Michael Flynn

(Imagem: Spencer Platt/Getty Images)
Para ter uma ideia sobre quais as ideias que Flynn vai partilhar com Trump na Casa Branca, basta ler o que o general já tem dito. “O medo dos muçulmanos é racional”, costuma dizer. De acordo com a imprensa norte-americana, Flynn tem tentado convencer Trump de que os EUA estão em guerra contra o extremismo islâmico, e que o país se deve aliar até à Rússia para combater o terrorismo. Outro detalhe relevante é que muitas das decisões militares do Presidente deverão ser tomadas por Flynn, já que Trump não tem nenhuma experiência em estratégia militar.
7. O procurador-geral, Jeff Sessions

(Imagem: JEWEL SAMAD/AFP/Getty Images)
Apoiante de Trump desde o início, Sessions não é um nome consensual, devido às diversas polémicas em que esteve envolvido (sobretudo por comentários racistas e xenófobos) enquanto procurador. A maior foi quando Sessions disse que sempre achou o Klu Klux Klan um movimento “ok”, aceitável, até ao dia em que descobriu que “fumavam erva”. Tentou desculpar-se mas o Congresso e o Senado não o aprovaram para o cargo de juiz federal.
8. O diretor da CIA, Mike Pompeo

(Imagem: LARRY W. SMITH/EPA)
Até aqui tem sido congressista pelo estado do Kansas, e é conhecido pelas suas posições políticas muito conservadoras. É contra o aborto, recusa a ideia de aquecimento global, apoia a posse de armas e é contra o Obamacare. Em termos de segurança, a área em que irá atuar, Pompeo tem-se manifestado sempre a favor dos programas de vigilância da NSA, e quer mandar prender Edward Snowden.
9. A secretária da Educação, Betsy DeVos

(Imagem: Drew Angerer/Getty Images)
I am honored to work with the President-elect on his vision to make American education great again. The status quo in ed is not acceptable.— Betsy DeVos (@BetsyDeVos) November 23, 2016
10. O secretário para a Saúde, Tom Price

(Imagem: Alex Wong/Getty Images)
Price é também um dos principais promotores da alternativa republicana ao Obamacare, um plano que prevê que os utentes que têm acesso aos programas de saúde como o Medicare ou o Medicaid possam optar por um privado — o Obamacare impõe a obrigatoriedade destes programas. Na pasta da saúde, algumas das medidas impostas por Obama deverão, contudo, manter-se, nomeadamente a proibição de as seguradoras não aceitarem vender seguros de saúde a pessoas com um historial de doenças graves.
11. A embaixadora nas Nações Unidas, Nikki Haley

(Imagem: Mark Wilson/Getty Images)
Acabou por votar em Trump e agora irá representar os Estados Unidos na ONU. Tudo indica que servirá de contrapeso às ideias de Trump para a imigração, visto que tem sido uma das suas lutas. O próprio Trump já a veio acusar de ter uma posição fraca relativamente ao assunto, depois de ter vetado uma medida que impediria a entrada de imigrantes legais no estado que governava.
12. O secretário da habitação, Ben Carson

(Imagem: Drew Angerer/Getty Images)
“Temos muito trabalho a fazer para reforçar cada aspeto da nossa nação, e para assegurar que tanto as nossas infraestruturas físicas como as nossas infraestruturas espirituais são sólidas”, escreveu, numa mensagem em que também sublinhou a importância de “restaurar os valores que nos fizeram grandes”.
13. A secretária dos Transportes, Elaine Chao

(Imagem: EDUARDO MUNOZ ALVAREZ/AFP/Getty Images)
A própria equipa de Trump faz questão de sublinhar que Elaine Chao é “uma imigrante que chegou à América com oito anos e sem falar uma única palavra de inglês”, e que “a experiência da Secretária Chao de se mudar para um novo país motivou-a a dedicar uma grande parte da sua vida profissional a garantir que toda a gente tem a oportunidade de construir uma vida melhor”. Para Donald Trump, as capacidades de liderança de Chao e a sua experiência são “ativos valiosos para a nossa missão de reconstruir as nossas infraestruturas de forma responsável em termos fiscais”.
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