As
dificuldades das empresas moçambicanas começaram no fim do ano passado
com a deterioração dos indicadores macroeconómicos e reflectem-se,
sobretudo, na queda da facturação, numa altura em que os custos de
produção são elevados.
De
acordo com o mais recente boletim do Instituto Nacional de Estatística
(INE) que avalia os Indicadores de Confiança e de Clima Económico
(ICCE), em média, 42% das empresas inquiridas enfrentaram algum
obstáculo no terceiro trimestre deste ano, situação que representou um
aumento de 3% de empresas com constrangimentos face ao trimestre
anterior.
O
aumento da proporção de empresas com limitação de actividade no
terceiro trimestre foi influenciado, principalmente, pelo acréscimo de
empresas com dificuldades em todos os sectores, excepto de transportes
que se estabilizou face ao trimestre anterior.
Os
sectores com maior frequência relativa de empresas com constrangimentos
foram os serviços de transportes (50%), de alojamento e restauração
(46%) e actividades da produção industrial (46%).
Estas informações são obtidas a partir de inquéritos periódicos de conjuntura,
instrumentos de análise e interpretação da evolução da actividade
económica no curto prazo. Visam enriquecer o instrumental de análise da
conjuntura interna, no que diz respeito ao sector real, e contribuir
para a tomada de decisões de políticas mais acertadas e com a
oportunidade desejada.
Perguntas
deste tipo de inquéritos são de carácter qualitativo, reflectindo as
opiniões dos empresários sobre a situação geral das suas empresas, sobre
o comportamento de algumas variáveis significativas no presente e
também sobre as suas perspectivas no futuro imediato.
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