quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Sobrevivente relata últimos segundos antes do acidente

Acidentes de Aviação

Chapecoense.

O técnico de aviões que sobreviveu ao acidente de avião desta segunda-feira, na Colômbia, recorda os momentos vividos a bordo antes de o aparelho se ter despenhado.
AFP/Getty Images
“Sobrevivi porque segui os procedimentos de segurança”. Um dia depois de ter sobrevivido, junto com outras cinco pessoas, ao acidente de avião da companhia aérea Lamia, que matou 71 passageiros, o técnico de aeronáutica que seguia a bordo conta que foi o cumprimentos das normas de segurança que lhe salvou a vida.
Perante aquela situação, muitas pessoas levantaram-se dos seus lugares e começaram a gritar. Eu pus as malas entre as pernas para colocar-me na posição fetal que se recomenda adotar em caso de acidente”, referiu aos jornalistas o colombiano Erwin Tumiriri.
Antes, já a assistente de bordo Ximena Suárez — ainda internada depois de ter sofrido ferimentos na sequência no acidente — tinha relatado de forma bastante sucinta os últimos segundos antes do embate. “As luzes apagaram-se e não me lembro de mais nada”, disse Suárez a Victoria Eugenia Ramírez, membro do Governo colombiano, que depois partilhou o testemunho com a comunicação social.
Ainda sem terem sido apuradas com rigor as causas do acidente com o avião Avro Regional RJ85, as hipóteses avançadas até ao momento apontam para uma falha elétrica do aparelho. Outro cenário colocado em cima da mesa baseava-se num cenário de eventual perda inesperada de combustível por parte do avião.
Mas o relato do piloto de outra companhia aérea, que voava próximo ao avião da Lamia, dá mais força à tese de falha elétrica. O piloto recordou o pedido de ajuda feito pelo comandante do Avro Regional RJ85 à torre de controlo, que pode escutar em direto.
Estamos com uma grande falha elétrica, temos uma grande falha elétrica. Ajude-nos a achar pousar”, terá referido o comandante do avião que transportava a equipa de futebol Chapecoense, jornalistas e outros passageiros e tripulantes.
De seguida, o piloto terá solicitado autorização imediata para aterrar, mas o pedido foi negado por, nesse mesmo momento, decorrer uma aterragem de emergência com um avião da VivaColômbia, uma companhia low cost colombiana.
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