Publicado às 19.53
JN
(Em atualização) O governo britânico convocou uma reunião de emergência dos serviços de segurança, esta quarta-feira, depois de um soldado ter sido morto perto de um quartel em Londres. Dois homens foram baleados pela polícia. O primeiro-ministro, David Cameron, declarou que "há fortes indícios de que se tratou de um incidente terrorista".
foto CARL COURT/AFP |
Soldado britânico foi mortalmente esfaqueado em Londres |
Um soldado britânico foi esfaqueado mortalmente e os dois agressores foram baleados pela polícia em Woolwich, sudeste de Londres, tendo sido hospitalizados.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, informou que "há fortes indícios de que se tratou de um incidente terrorista".
Segundo a Imprensa britânica, há indicação de que os agressores tentaram decapitá-lo, tendo entoado mensagens de cariz político exibindo a arma do crime e as mãos ensanguentadas.
"A única razão pela qual matámos este homem é porque há muçulmanos a morrer diariamente. Temos de combatê-los como eles nos combatem. Olho por olho, dente por dente", declarou um homem com um casaco cinzento de capuz, segundo imagens divulgadas pela ITV.
"Peço desculpa por mulheres terem de assistir a isto hoje, mas na nossa terra as nossas mulheres têm de ver o mesmo. Nunca estarão a salvo. Derrubem o governo, ele não quer saber de vocês", acrescentou, ainda segundo a ITV.
Uma testemunha, indentificada como James, disse que dois homens atacarm outro, que aparentava ter cerca de 20 anos. "Os dois homens pareciam loucos. Arrastaram [a vítima] pelo chão e largaram o corpo no meio da estrada", acrescentou.
Após o "horrorendo ataque", os dois homens, também com cerca de 20 anos, permaneceram no local, exibindo facas e uma arma, pedindo a quem estava presente para os fotografar, demonstrando intenção de serem vistos e divulgados.
A segurança na zona foi de imediato reforçada após o ataque. Helicópteros sobrevoaram o local e a polícia fechou as estradas próximas.
Isto "acontecer no centro de uma cidade movimentada, é realmente chocante e traumatizante para todos, todos os moradores locais", declarou uma testemunha à Reuters.
O governo britânico convocou uma reunião de emergência dos serviços de segurança, o que acontece quando há implicações para a segurança nacional.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que devia pernoitar em Paris após um encontro com o presidente francês François Hollande, antecipou o regresso a Londres.
"Este é um ataque repugnante e bárbaro", declarou a secretária do Interior Theresa May, em comunicado.
No Twitter, o autarca de Londres, Boris Johnson, classificou o ataque como "um repugnante e imperdoável ato de violência".
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