Por que é tão difícil convencer aos médicos que não há dinheiro…
Acho que todos nós podemos viver com pouco, com menos. É difícil mas, cedo ou tarde nos ajustamos e conseguimos nos manter vivos. Os médicos não são excepção, eles podem continuar calados e trabalhar, mas não se calam. E cada dia que passa, embora reconhecendo o prejuízo social da greve, muitas pessoas são solidárias com a classe médica. Chegou a hora de dizer basta!
No tempo de Machel, apesar das limitações de liberdades, o carisma e o respeito dos dirigentes levava o povo a aceitar trabalhar, mesmo no meio de tantas dificuldades. Faltava para o povo, faltava também para o dirigente, sacrificávamos todos. Isso não acontece hoje!
O que revolta a sociedade não é a falta de recursos que o Governo, os combatentes da pobreza e outros culambistas tem alegado em várias intervenções. O que revolta esta sociedade é a injustiça social, a má alocação de recursos disponíveis, a impunidade e a cumplicidade declarada da Frelimo com quem rouba o que devia ser de todos.
O salário mínimo do trabalhador moçambicano recentemente aprovado não tomou em conta as necessidades da classe trabalhadora, ninguém comparou o salário mínimo de Moçambique com o salário mínimo da classe trabalhadora de outros países. O argumento é que o país ainda não produz o suficiente para que se possa pagar salários que cubram as necessidades do trabalhador. A fraca produtividade é pretexto para não melhorar as condições de vida do pobre, do enfermeiro, do professor, do camponês, do operário, e até do cinzentinho que oprime os seus irmãos famintos quando se levantam contra o governo de esbanjadores.
Mas quando o assunto é discutir benefícios dos deputados e outros titulares de cargos públicos. Ah aí… é preciso ir ao encontro das necessidades deles. Eles não têm preguiça de se comparar com deputados e dirigentes de outros países. Há um peso e uma medida para o pobre e outro peso e outra medida para o governante. Os deputados, ministros e outros abutres que comem a carne do povo, esquecem-se que o país não produz o suficiente e usam o argumento de que é preciso criar condições condignas para se poder trabalhar correctamente. Então governantes com boas condições de trabalho estarão mais capacitados para melhorar as condições de vida do povo!
Nunca a Frelimo veio dizer que não vai participar nas eleições porque o povo não está a produzir o suficiente. Meus irmãos, as coisas estão como eles querem!
Até hoje a estrutura orgânica das empresas e institutos públicos dá vastíssimos poderes de decisão aos seus gestores. Eles podem decidir em uma simples reunião comprar casas, carros de luxo, bonus, férias e reformas condignas, ofertas e presentes valiosos a camaradas influentes, tudo com mola do povo. As empresas, Fundos e institutos públicos são uma verdadeira anarquia. Há ali muito dinheiro que é esbanjado de um modo que não condiz com a alegada baixa produtividade do país.
O INSS levou uma cabeçada de mais de um milhão de dólares na compra de uma casa condigna para um PCA não executivo. Não executivo! Ou seja, um camarada que vai lá de vez em quando, que não faz nada! Não houve casa nenhuma, a mola foi-se, ninguém foi responsabilizado, ninguém foi preso, demitido, movimentado, enfim, não aconteceu nada! Ainda que não tivesse sido burlado o Estado, como é que um país com problemas de produtividade consegue ter recursos para dar uma vida arregalada a alguns camaradas nestes moldes? É falta de recursos ou má alocação de recursos? Um governo que se coaduna com toda esta podridão institucional não tem respeito nem interesse de proteger a coisa pública. Custa-me acreditar mas, o regime da Frelimo é pior que o colonial em muitos aspectos.
O PCA dos aeroportos que quase levou a empresa à falência em poucos anos de poder, deixou transparecer no julgamento que os esbanjamentos eram uma prática comum nas empresas e institutos públicos. A diferença é que alguns casos caem na imprensa e outros não! Que o diga Hipólito Hamela, um economista a quem se dava ouvidos até ter uma curta passagem de triste memória pela presidência do conselho de administração do IGEPE. Os quadros da Frelimo a todos os níveis só esperam a sua oportunidade para pôr a mão no saco do tesouro público. Parece um jovem inocente do sul que encontra a boa “mathuna” – perde cabeça esta gente quando chega ao poder. A bagunça institucional, a falta de referências e reserva moral no governo da frelimo propicia esta prostituição administrativa e financeira das instituições do estado.
Nestas empresas, institutos e fundos públicos, meios do estado têm servido os interesses da classe dirigente. Técnicos ficam sem carros para trabalhar porque as viaturas servem à família dos chefes. As esposas, as concumbinas, os filhos, cunhados e até compadres dos dirigentes facilmente podem ter senhas de combustível. É de borla, se é do estado é de todos e não é de ninguém! Meus irmãos, isso dói a quem trabalha honestamente.
Quantas vezes as desavenças internas da frelimo custaram ao povo moçambicano milhões e milhões de meticais em eleições intercalares. Olha que nem foi preciso ir à Assembleia da República para rever a Lei do Orçamento do Estado, a frelimo decidiu, o edil saiu do poder, inventa uma desculpa absurda e no fim o povo paga a factura de eleições intercalares, sempre há dinheiro para os caprichos dos camaradas, não é senhor Manuel Chang?
E a Assembleia que não fica atráz. São duzentos e cinquenta deputados (incluindo os dorminhocos) que enchem a sala para defender unanimidades, ideias de grupo e não colocar pontos de vista individuais que melhorem as condições de vida dos seus concidadãos! Cada um deles ganhou uma 4X4 zero quilometros, comprada no agente a um custo não inferior a um milhão de meticais. Este Assembleia possui uma comissão permanente, cujos membros, para além destas 4X4 tem direito a um carro executivo zerinho. Ah e a Presidente da Assembleia tem direito a um Mercedes Benz blindado… condigno, que custa cerca de 500 mil dólares. Não importa produtividade do país.
O que dizer das casas condignas do Estado. A nomenclatura já se apropriou de quase todas as casas protocolares, o APIE quase já não dispõe de casas os dirigentes que a elas têm direito. O povo que arrende casas para os seus dirigentes, olha que a nomenclatura tem muitas, a preços bem exorbitantes, que comprou a preços de banana ao APIE enquanto o povo dormia!
O camarada Mulémbwè agarrou-se ao palácio como um cão raivoso se agarra a um osso sujo recusando-se a entregá-la a nova Presidente da Assembleia. O ilustre entendia que não era uma casa para o titular do cargo, mas sim um presente do maravilhoso povo à família Mulémbwè. Era preciso construir um novo palácio condigno, não importa o custo. Caso não, que a mamã Verónica ficasse na sua casa. É mais fácil nunca ter provado uma casa condigna, do que ter que abandoná-la um dia.
Hiii, moçambicanos! Vocês esqueceram da população de antigos dirigentes que está no Ministério da Administração Estatal. Há lá um cemitério de quadros, com salário vitalício condigno, e tu é que pagas os seus salário hein! Para um dirigente da Frelimo que sai do poder é vergonhoso voltar a ser gente, a solução é se esconder lá no Ministério da Administração Estatal, no Gabinete de Estudos. Bem que podia ser “Gabinete dos Ex” – Ex-ministros, ex-deputado, ex-governador, ex-…. E o povo paga bem!
Para que todas estas pessoas possam viver arregaladamente, alguém é obrigado a apertar o cinto, até não haver espaço para furo algum! Os médicos já se cansaram disso. Quem serão os próximos? Os professores? Os polícias? Os eleitores? Quem? Eu também já me cansei. Eu e outros apóstolos da desgraça, que servimos agendas externas segundo o Rei Pato e os culambistas nos acusam.
Tenho dito. Até o dia das eleições!
Por que é tão difícil convencer aos médicos que não há dinheiro…
Acho que todos nós podemos viver com pouco, com menos. É difícil mas, cedo ou tarde nos ajustamos e conseguimos nos manter vivos. Os médicos não são excepção, eles podem continuar calados e trabalhar, mas não se calam. E cada dia que passa, embora reconhecendo o prejuízo social da greve, muitas pessoas são solidárias com a classe médica. Chegou a hora de dizer basta!
No tempo de Machel, apesar das limitações de liberdades, o carisma e o respeito dos dirigentes levava o povo a aceitar trabalhar, mesmo no meio de tantas dificuldades. Faltava para o povo, faltava também para o dirigente, sacrificávamos todos. Isso não acontece hoje!
O que revolta a sociedade não é a falta de recursos que o Governo, os combatentes da pobreza e outros culambistas tem alegado em várias intervenções. O que revolta esta sociedade é a injustiça social, a má alocação de recursos disponíveis, a impunidade e a cumplicidade declarada da Frelimo com quem rouba o que devia ser de todos.
O salário mínimo do trabalhador moçambicano recentemente aprovado não tomou em conta as necessidades da classe trabalhadora, ninguém comparou o salário mínimo de Moçambique com o salário mínimo da classe trabalhadora de outros países. O argumento é que o país ainda não produz o suficiente para que se possa pagar salários que cubram as necessidades do trabalhador. A fraca produtividade é pretexto para não melhorar as condições de vida do pobre, do enfermeiro, do professor, do camponês, do operário, e até do cinzentinho que oprime os seus irmãos famintos quando se levantam contra o governo de esbanjadores.
Mas quando o assunto é discutir benefícios dos deputados e outros titulares de cargos públicos. Ah aí… é preciso ir ao encontro das necessidades deles. Eles não têm preguiça de se comparar com deputados e dirigentes de outros países. Há um peso e uma medida para o pobre e outro peso e outra medida para o governante. Os deputados, ministros e outros abutres que comem a carne do povo, esquecem-se que o país não produz o suficiente e usam o argumento de que é preciso criar condições condignas para se poder trabalhar correctamente. Então governantes com boas condições de trabalho estarão mais capacitados para melhorar as condições de vida do povo!
Nunca a Frelimo veio dizer que não vai participar nas eleições porque o povo não está a produzir o suficiente. Meus irmãos, as coisas estão como eles querem!
Até hoje a estrutura orgânica das empresas e institutos públicos dá vastíssimos poderes de decisão aos seus gestores. Eles podem decidir em uma simples reunião comprar casas, carros de luxo, bonus, férias e reformas condignas, ofertas e presentes valiosos a camaradas influentes, tudo com mola do povo. As empresas, Fundos e institutos públicos são uma verdadeira anarquia. Há ali muito dinheiro que é esbanjado de um modo que não condiz com a alegada baixa produtividade do país.
O INSS levou uma cabeçada de mais de um milhão de dólares na compra de uma casa condigna para um PCA não executivo. Não executivo! Ou seja, um camarada que vai lá de vez em quando, que não faz nada! Não houve casa nenhuma, a mola foi-se, ninguém foi responsabilizado, ninguém foi preso, demitido, movimentado, enfim, não aconteceu nada! Ainda que não tivesse sido burlado o Estado, como é que um país com problemas de produtividade consegue ter recursos para dar uma vida arregalada a alguns camaradas nestes moldes? É falta de recursos ou má alocação de recursos? Um governo que se coaduna com toda esta podridão institucional não tem respeito nem interesse de proteger a coisa pública. Custa-me acreditar mas, o regime da Frelimo é pior que o colonial em muitos aspectos.
O PCA dos aeroportos que quase levou a empresa à falência em poucos anos de poder, deixou transparecer no julgamento que os esbanjamentos eram uma prática comum nas empresas e institutos públicos. A diferença é que alguns casos caem na imprensa e outros não! Que o diga Hipólito Hamela, um economista a quem se dava ouvidos até ter uma curta passagem de triste memória pela presidência do conselho de administração do IGEPE. Os quadros da Frelimo a todos os níveis só esperam a sua oportunidade para pôr a mão no saco do tesouro público. Parece um jovem inocente do sul que encontra a boa “mathuna” – perde cabeça esta gente quando chega ao poder. A bagunça institucional, a falta de referências e reserva moral no governo da frelimo propicia esta prostituição administrativa e financeira das instituições do estado.
Nestas empresas, institutos e fundos públicos, meios do estado têm servido os interesses da classe dirigente. Técnicos ficam sem carros para trabalhar porque as viaturas servem à família dos chefes. As esposas, as concumbinas, os filhos, cunhados e até compadres dos dirigentes facilmente podem ter senhas de combustível. É de borla, se é do estado é de todos e não é de ninguém! Meus irmãos, isso dói a quem trabalha honestamente.
Quantas vezes as desavenças internas da frelimo custaram ao povo moçambicano milhões e milhões de meticais em eleições intercalares. Olha que nem foi preciso ir à Assembleia da República para rever a Lei do Orçamento do Estado, a frelimo decidiu, o edil saiu do poder, inventa uma desculpa absurda e no fim o povo paga a factura de eleições intercalares, sempre há dinheiro para os caprichos dos camaradas, não é senhor Manuel Chang?
E a Assembleia que não fica atráz. São duzentos e cinquenta deputados (incluindo os dorminhocos) que enchem a sala para defender unanimidades, ideias de grupo e não colocar pontos de vista individuais que melhorem as condições de vida dos seus concidadãos! Cada um deles ganhou uma 4X4 zero quilometros, comprada no agente a um custo não inferior a um milhão de meticais. Este Assembleia possui uma comissão permanente, cujos membros, para além destas 4X4 tem direito a um carro executivo zerinho. Ah e a Presidente da Assembleia tem direito a um Mercedes Benz blindado… condigno, que custa cerca de 500 mil dólares. Não importa produtividade do país.
O que dizer das casas condignas do Estado. A nomenclatura já se apropriou de quase todas as casas protocolares, o APIE quase já não dispõe de casas os dirigentes que a elas têm direito. O povo que arrende casas para os seus dirigentes, olha que a nomenclatura tem muitas, a preços bem exorbitantes, que comprou a preços de banana ao APIE enquanto o povo dormia!
O camarada Mulémbwè agarrou-se ao palácio como um cão raivoso se agarra a um osso sujo recusando-se a entregá-la a nova Presidente da Assembleia. O ilustre entendia que não era uma casa para o titular do cargo, mas sim um presente do maravilhoso povo à família Mulémbwè. Era preciso construir um novo palácio condigno, não importa o custo. Caso não, que a mamã Verónica ficasse na sua casa. É mais fácil nunca ter provado uma casa condigna, do que ter que abandoná-la um dia.
Hiii, moçambicanos! Vocês esqueceram da população de antigos dirigentes que está no Ministério da Administração Estatal. Há lá um cemitério de quadros, com salário vitalício condigno, e tu é que pagas os seus salário hein! Para um dirigente da Frelimo que sai do poder é vergonhoso voltar a ser gente, a solução é se esconder lá no Ministério da Administração Estatal, no Gabinete de Estudos. Bem que podia ser “Gabinete dos Ex” – Ex-ministros, ex-deputado, ex-governador, ex-…. E o povo paga bem!
Para que todas estas pessoas possam viver arregaladamente, alguém é obrigado a apertar o cinto, até não haver espaço para furo algum! Os médicos já se cansaram disso. Quem serão os próximos? Os professores? Os polícias? Os eleitores? Quem? Eu também já me cansei. Eu e outros apóstolos da desgraça, que servimos agendas externas segundo o Rei Pato e os culambistas nos acusam.
Tenho dito. Até o dia das eleições!
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