Explosões em Damasco apontam para novo ataque de Israel

 

Por Agências

05/05/2013 - 10:44

Alvo terá sido um centro militar de investigação suspeito de estar relacionado com armas químicas. O Governo israelita não comenta.

Imagens divulgadas na Internet mostra várias explosões Reuters

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Israel terá lançado um novo ataque aéreo à Síria na madrugada deste domingo, provocando uma série de explosões num subúrbio da capital Damasco. As autoridades israelitas não haviam, até ao meio da manhã (horário de Lisboa), confirmado os ataques.

O alvo, segundo órgãos de comunicação social da Síria, terá sido um centro militar de investigação em Jamraya, a norte do centro de Damasco e a 15 quilómetros da fronteira com o Líbano. Israel já tinha atacado o centro em Janeiro, onde estariam armazenados mísseis iranianos destinados ao Hezbollah, no Líbano. O local também é apontado por serviços secretos ocidentais como um potencial centro de investigação sobre armas químicas.

Vídeos divulgados na Internet mostram uma série de explosões, que iluminaram a noite de Damasco e lançaram no ar grandes colunas de fumo.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a escala dos ataques está além da capacidade militar dos rebeldes que há dois anos lutam contra o regime do Presidente Bashar al-Assad, numa guerra civil que já fez 70.000 mortos.

Se confirmado, este terá sido o terceiro ataque de Israel contra alvos sírios este ano. Além do ataque de Janeiro, este sábado uma alegado carregamento de armas para o Líbano também foi alvo dos caças israelitas.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem mantido o silêncio em relação a estas acções. Este domingo, voltou a não referir nada sobre o assunto, numa cerimónia pública na qual uma auto-estrada recebeu o nome do seu pai, Benzion Netanyahu, que morreu no ano passado. “[O meu pai] ensinou-me que a nossa maior responsabilidade é garantir a segurança e o futuro de Israel”, afirmou porém.

Já o Irão condenou os ataques, dizendo que são parte dos esforços de Israel em provocar a instabilidade e o insegurança na região, segundo a agência de notícias iraniana Fars.