terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Ainda neste período, foi contraído junto do Banco de Moçambique um crédito de 6.200,0 milhões de Meticais destinado a abertura de garantias junto ao Sindicato Bancário (BIM/BCI)

  • Durante mais de uma década os sucessivos governos do partido Frelimo concederam às gasolineiras presentes no mercado moçambicano subsídios como forma de manter os preços controlados artificialmente. Em mais um dos impactos da crise, que foi precipitada pela descoberta das dívidas ilegais, em 2017 o Governo foi forçado a suspender essas compensações as variações dos preços de importação no entanto tinha acumulado mais de 4,5 biliões de meticais por pagar que acabou transformando em Dívida Pública Interna.
    Adicionalmente, em finais do ano passado, o Executivo anunciou também ter decidido parar de negociar as garantias bancárias necessárias para a importação de combustíveis passando dessa altura em diante as empresas gasolineiras a assumir todas etapas do negócio de aquisição e venda de gasolina, gasóleo, petróleo de iluminação e jet no território nacional.
    Contudo o @Verdade descobriu que esse anúncio não passou de propaganda falaciosa pois os Relatório de Execução Orçamental(REO) de 2018 indicam que não só o Governo continua envolvido no processo como desde o início do ano aumentou a Dívida Pública Interna em 18,6 biliões de meticais para que as gasolineiras importassem os combustíveis que vendem aos moçambicanos a preços cada vez mais altos.
    “Ainda neste período, foi contraído junto do Banco de Moçambique um crédito de 6.200,0 milhões de Meticais destinado a abertura de garantias junto ao Sindicato Bancário (BIM/BCI) para servir de colateral na importação de combustíveis, a ser amortizado até ao final do exercício, isento de juros” pode-se ler no REO do primeiro trimestre deste ano.
    Entre Abril e Junho de 2018 o Executivo voltou a contrair, “junto do Banco de Moçambique um crédito de 6.200,0 milhões de Meticais destinado a abertura de garantias junto do Sindicato Bancário (BIM/BCI) para servir de colateral na importação de combustíveis, a ser amortizado até ao final do exercício, isento de juros”, indica o Relatório de Execução Orçamental.
    No terceiro trimestre, “foi contraído junto do Banco de Moçambique um crédito de 6.200,0 milhões de Meticais destinado a abertura de garantias junto do Sindicato Bancário (BIM/BCI) para servir de colateral na importação de combustíveis, a ser amortizado até ao final do exercício, isento de juros”, descortinou o @Verdade no REO relativo a esse período.

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