sábado, 10 de novembro de 2018

Turquia passa gravações do momento da morte do jornalista Kahashoggi à Arábia Saudita, EUA, Alemanha, França e Reino Unido


EM ATUALIZAÇÃO
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As gravações áudio do momento da morte do jornalista Jamal Kahashoggi foram passados à Arábia Saudita, EUA, Alemanha, França e Reino Unido. A confirmação veio de Erdogan, presidente da Turquia.
YASIN AKGUL/AFP/Getty Images
A Turquia entrou gravações áudio captadas no momento da morte do jornalista Jamal Khashoggi à Arábia Saudita, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e França, está a avançar a CNN. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan falou à comunicação social pouco antes de viajar para Paris no âmbito das comemorações do fim da I Guerra Mundial: “Nós passámos as gravações. Demo-las à Arábia Saudita, à América, aos alemães, franceses e ingleses. Demos a todos eles”, confirmou.
Essas gravações áudio contêm pormenores do que aconteceu a Jamal Khashoggi a 2 de outubro de 2018, quando entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul para tratar de documentos e nunca mais foi visto. Partes do conteúdo dessas gravações já são conhecidas e sugerem que Jamal Khashoggi foi morto assim que entrou no escritório do cônsul. O corpo terá sido esquartejado e depois transportado em cinco malas para a residência do embaixador saudita. Lá, terá sido dissolvido em ácido.
Essa possibilidade ganhou solidez quando foram encontrados vestígios de ácido fluorídrico e outros químicos na casa do cônsul saudita, Mohammed al-Otaibi. A Arábia Saudita tinha dito que Jamal Khashoggi havia saído com vida do consulado, mas acabou por admitir que o jornalista foi morto no interior do edifício e que a morte tinha sido premeditada. Quanto ao conteúdo dessas gravações, Erdogan não quis revelar mais pormenores.
A notícia da entrega dos ficheiros áudio com os pormenores da morte de Jamal Khashoggi acontece no mesmo dia em que a polícia turca deu por terminadas as buscas pelo corpo do jornalista, avança a Al-Jazeera. No entanto, a investigação criminal vai prosseguir e o presidente da Turquia promete levar à justiça os responsáveis pelo colunista do The Washington Post.

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