sábado, 3 de novembro de 2018

O líder da Igreja Universal do Reino de Deus processa o petista pelas declarações 1

Justiça manda Haddad apagar vídeo em que chama Edir Macedo de fundamentalista charlatão

O líder da Igreja Universal do Reino de Deus processa o petista pelas declarações

Anna Virginia Balloussier
SÃO PAULO
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou nesta semana que o ex-presidenciável petista Fernando Haddad deverá apagar de suas redes sociais um vídeo em que associa o bispo Edir Macedo a "fundamentalismo charlatão" e "fome de dinheiro". 
Pelas declarações, o líder da Igreja Universal do Reino de Deus entrou com dois processos contra o petista, um criminal e outro civil. 
Caso descumpra a ordem judicial, Haddad deverá pagar multa diária de R$ 5.000. A assessoria do ex-candidato já disse que ele irá acatar a decisão —só não deletou o post por ainda não ter sido notificado.
Bispo Edir Macedo prega no Meier, no Rio, 40 anos após seu primeiro culto no local
Bispo Edir Macedo prega no Meier, no Rio, 40 anos após seu primeiro culto no local - Danilo Verpa - 8.jul.17/Folhapress
No processo,  os advogados de Macedo destacam que Haddad compartilhou a entrevista na íntegra em suas redes sociais, maximizando seu alcance e gerando "comentários ofensivos disponíveis na publicação". 
O líder religioso e dono da Record acusa Haddad de difamá-lo ao descrever o adversário na corrida presidencial, Jair Bolsonaro (PSL), como "o casamento do neoliberalismo desalmado representado por Paulo Guedes" e o "fundamentalismo charlatão do Edir Macedo".
 "Sabe o que está por trás dessa aliança?", questionou o petista em entrevista a jornalistas. "Chama em latim 'auri sacra fames'. Fome de dinheiro Só pensam em dinheiro". 
No mesmo dia, a Universal divulgou em seu site uma nota de repúdio questionando por que, quando Macedo ficou ao lado do PT, “o apoio era muito bem-vindo”. Agora que seu candidato é outro, “o bispo deve ser ofendido de forma leviana?”. Edir Macedo apoiou Bolsonaro neste pleito.
O texto também questionou o contexto escolhido para “incitar uma guerra religiosa” ao fustigar “uma das maiores lideranças evangélicas do país”, tudo num “local sagrado a católicos, em pleno feriado católico”.
A fala de Haddad aconteceu após uma missa católica, no feriado de Nossa Senhora Aparecida. Evangélicos não creem em santos e refutam sua veneração.
Assim que o bispo recorreu à Justiça, a equipe do petista afirmou que ele está “convicto de que suas afirmações são verdadeiras e que os fatos e a história dos personagens envolvidos assim comprovam”.  

comentários

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CESAR JULIO

Há 33 min
Os evangélicos acreditam em santos, sim senhor. Eles não acreditam - eu também não - é que estátuas de madeira ou barro/cerâmica sejam santos. Até está no livro sagrado: "não farás para ti imagens ou esculturas do existe no Céu ou na Terra". Também não critico os católicos por fazerem essas imagens.

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