sábado, 17 de novembro de 2018

Homologadas fraudes em Monapo, Matola, Alto Molócuè e Moatize

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Segundo o Presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito, esta situação introduzida pela nova lei abriu espaço para o indeferimento de algumas candidaturas, facto que, de acordo com Gamito, a opinião pública não atribuiu responsabilidade ao legislador, mas sim, à má vontade dos aplicadores da lei, neste caso o Conselho Constitucional. Destacou que a rejeição de candidaturas por insuficiência de suplentes na lista entregue à CNE é outro mal que o legislador criou, pois permite “numa manobra de má-fé, que integrantes de uma lista criem situações de extrema insegurança com vista a eliminar concorrentes antes mesmo das eleições”. Isto é uma clara alusão à lista da Associação Juvenil para o Desenvolvimento de Moçambique (AJUDEM), que tinha como cabeça-de-lista Samora Machel Jr., que foi impedido de concorrer à autarquia de Maputo, porque a candidatura da lista que o apoiou viu-se com o número insuficiente de suplentes, após alguns dos seus integrantes terem sido alegadamente coagidos a desistir. O artigo que o CC claramente declarou inconstitucional é o 23 da Lei eleitoral. Isto também significa que se o CC tivesse apreciado o mérito do recurso da AJUDEM não se acomodando apenas em questões processuais, provavelmente Samito Machel Jr. teria concorrido nas eleições de 10 de Outubro passado. Gamito sacudiu o capote e disse tratar-se de uma lei aprovada por consenso na Assembleia da República, pelo que não pode o legislador criar obstáculos ao exercício do direito fundamental. Deste modo, avançou que a deficiência na formulação de algumas normas dificulta a sua interpretação e aplicação pelos diversos actores dos processos eleitorais, tendo por isso apelado à necessidade urgente de se caminhar para uma melhor sistematização e uniformização da legislação eleitoral no seu conjunto através de um código eleitoral. Na mesma linha de eximir-se de responsabilidades, o CC manifestou a sua preocupação com o fraco conhecimento e aplicação das leis por parte dos partidos políticos, coligações de partidos e grupos de cidadãos eleitores que continuam cometendo os mesmos erros de eleição em eleição. Diz que as irregularidades que constantemente se verificam no acto da votação, no apuramento parcial, intermédio e geral devem ser objecto de reclamação ou protesto no acto e local em que tiverem ocorrido para que possam ser apreciadas em sede de recurso contencioso junto dos tribunais eleitorais de primeira instância. N um processo eleitoral bastante controverso, que culminou com a submissão de 16 recursos pelos partidos da oposição, mas liminarmente indeferidos, o Conselho Constitucional (CC) veio a público, esta quarta-feira, invalidar o pleito realizado na autarquia da Vila de Marromeu e a consequente anulação dos resultados ocorridos em oito mesas de voto nas Escolas Primárias 25 de Junho e Samora Machel. Não se sabe como, mas espera-se uma repetição da eleição apenas nas oito mesas, onde foram reportadas irregularidades graves. Monapo, Matola, Alto Molócuè e Moatize viram as fraudes homologadas e Samora Machel Jr foi afastado na base de um artigo inconstitucional da lei eleitoral. Através do acórdão 27/CC/2018, o Conselho Constitucional (CC) proclamou e validou os resultados das quintas eleições autárquicas, do passado dia 10 de Outubro, em 52 das 53 autarquias que acolheram o sufrágio. Numa deliberação sui generis, em 25 anos de história de eleições autárquicas, o órgão que zela pela constitucionalidade das normas no país anulou os resultados ocorridos em oito mesas de votação de um total de 39, na vila de Marromeu. Trata-se das mesas (1) 07127- 01; (2) 07127-03; (03) 07127-05; (4) 07127-06; (5) 07127-07; (6) 07127-08 na Escola Primária 25 de Junho e nas mesas (7) 07130-02 e (8) 07130-03 na Escola Samora Machel. Para o efeito, o CC argumenta que, apesar de ter chumbado o recurso interposto pela Renamo, na autarquia de Marromeu, através do acórdão nrº16/CC/2018 de 26 de Outubro, por incumprimento do pressuposto processual de impugnação prévia, constatou, a posterior, que durante o apuramento parcial houve situações que configuraram graves irregularidades que colocariam em causa a liberdade, justeza e transparência das eleições nas mesas acima mencionadas. Apoia-se, o órgão, da mesma sentença do Juiz do Tribunal Judicial do Distrito de Marromeu e dos depoimentos da Polícia, que a Renamo usou como suporte do seu recurso, que referem que houve irregularidades graves e não havia clima para apresentação das reclamações devido aos tumultos que se verificaram no local. Estes factos levaram o CC a concluir que eles influenciaram substancialmente o resultado geral da votação naquela autarquia. Não está claro se a eleição deve ser repetida apenas nas oito mesas. Mas outras correntes entendem que uma nova eleição deve ser feita em todas as 39 mesas, tendo em conta que o CC não validou a eleição de toda a autarquia. A eleição deverá ser feita antes de 25 de Novembro corrente, segundo reza o número 2 do artigo 144 da Lei eleitoral. “ Declarada nula a eleição de uma ou mais mesas da assembleia de voto, os actos eleitorais correspondentes são repetidos até ao segundo domingo posterior à decisão, em data a fixar pelo Conselho de Ministros sob proposta da Comissão Nacional de Eleições”. O CC diz ainda ter recorrido à jurisprudência de acórdãos anteriores que estabelecem que: “A rejeição de um recurso pela procedência de questões prévias e prejudicais ao conhecimento do seu mérito não impede que, no processo de validação, o CC aprecie questões suscitadas nesse mesmo recurso, desde que encontre razão bastante para entender que essa apreciação contribua para o esclarecimento da verdade material”. Na vila de Marromeu, a Frelimo havia sido declarada vencedora das eleições pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) com 8 330 votos, equivalentes a 47.13% contra 7 810 votos (44.19%) obtidos pela Renamo. No município da Cidade de Tete, o CC deliberou o aditamento de 825 votos ao apuramento intermédio a favor da Renamo, dos 2 205 que este partido reivindicava naquela autarquia. O órgão aponta que foi feito o somatório dos editais anexados ao recurso, tendo-se apurado este número apenas. Dados da CNE indicam que a Frelimo obteve 41 445 votos que representam 54.49%, enquanto que a Renamo teve 32,725 equivalentes a 43.02%. Com esta decisão, a Renamo deverá passar para 33 550 votos, não se sabendo o que isso significará em termos de mandatos. As contas da CNE deram 22 mandatos a Frelimo, 17 a Renamo e um ao MDM. Causou uma grande preocupação o Areia nos olhos — Homologadas fraudes em Monapo, Matola, Alto Molócuè e Moatize — CC viu irregularidades graves apenas em Marromeu — AJUDEM e Samora Machel Jr afastados na base de um artigo inconstitucional facto do CC ter feito vista grossa às irregularidades reportadas nos municípios de Alto Molócuè, Moatize, Matola e Monapo. Porém, em três destes municípios (Alto Molócuè, Matola e Monapo) a oposição pode-se unir para boicotar a Frelimo, não acontecendo o mesmo em Moatize, onde não há efeito charneira do MDM. Em Moatize, a Frelimo detém 11 mandatos na Assembleia Municipal, contra 10 da Renamo e zero do MDM. Em Monapo, a Frelimo tem 15 membros, contra igual número da Renamo e um do MDM. Em Alto Molócuè a Frelimo possui dez, contra o mesmo número da Renamo e apenas um do MDM. Na autarquia da Matola, a Frelimo possui 29, contra 28 da Renamo e dois do MDM. Nova lei é um retrocesso O CC procurou afastar-se das críticas de ser um mau aplicador de leis quanto aos processos que culminaram com a exclusão da corrida eleitoral de Venâncio Mondlane e da lista da AJUDEM que era encabeçada por Samora Machel Júnior, na cidade de Maputo. Atirou as culpas ao legislador, alegando que a Lei nrº7/2018, de 3 de Agosto representou um retrocesso face ao pacote eleitoral aprovado em 2014. Explica que a anterior Lei nrº10/2014, de 23 de Abril, previa a possibilidade do suprimento de irregularidades de qualquer natureza, revogando a noção da distinção entre irregularidades formais e substanciais, permitindo que antes da aprovação das listas definitivas o mandatário poderia ser notificado para suprir qualquer irregularidade. À luz na nova lei, só é permitida a substituição de qualquer candidatura até ao último dia da entrega das listas à CNE em caso de desistência. Esgotado o prazo, fora de substituição pelo suplente da lista nada mais pode ser feito, inclusive em caso de rejeição por inelegibiPor Argunaldo Nhampossa e Abílio Maolela Conselho Constitucional exime-se de culpas e atribui responsabilidade pelas falhas do processo eleitoral à legislação e aos partidos políticos O Conselho Constitucional homologou a eleição de Manuel de Araújo para o seu terceiro mandato nos destinos do Conselho Autárquico de Quelimane, numa altura em que ainda aguarda a deliberação do Tribunal Administrativo em torno da perca do seu mandato. Dúvidas prevalecem no seio de alguns juristas contactados pelo SAVANA em torno do destino que Araújo deverá seguir. Uma ala defende que a homologação do CC não afasta a possibilidade do TA emitir a sua, por se tratar de matérias diferentes, sendo eleitoral e administrativa respectivamente. A outra classe de juristas questiona os motivos que levaram o CC a homologar a eleição de Araújo enquanto decorre o processo no TA. “As questões cruciais são as seguintes: Poderia o CC deliberar a validação enquanto decorre um recurso? Se o recurso tem efeito suspensivo como é que o CC valida as eleições? Não deveria esperar a deliberação do TA?”, questiona um reputado jurista da praça. Manuel de Araújo em banho-maria TEMA DA SEMANA Savana 16-11-2018 3 Apesar desta fuga para frente, a questão que não quer calar é como é que se pode fazer uma impugnação prévia na mesa de votação de um acto que aconteceu no apuramento intermédio, tal como aconteceu em Moatize, Matola e Alto Molócuè. Sobreposição de mandatos O CC fez uma chamada de atenção ao órgão legislativo para que preste atenção quanto à possível sobreposição de mandatos que pode ocorrer por estes dias. A Lei eleitoral no seu artigo 221 preconiza que os membros das Assembleias Autárquicas e os Presidentes dos Conselhos Autárquicos sejam investidos nas funções até quinze dias após a validação e proclamação dos resultados eleitorais pelo CC. Tomando em consideração que os edis em funções foram proclamados em 23 de Janeiro de 2014, tendo tomado posse até 15 dias depois para um mandato de cinco anos que termina a 7 de Fevereiro de 2018, pode haver uma clara sobreposição de mandatos entre os proclamados eleitos esta quarta-feira e os edis em funções que ainda estão a cumprir o mandato, pois, os actuais tomariam posse no próximo dia 29 de Novembro. O CC apelou à resolução urgente desta situação sob pena de criar constrangimentos. Caça às bruxas consumada Um dos pontos que não ficou de lado é o da cassação de mandatos lançada pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM) contra seus antigos membros que, exercendo funções nas diferentes Assembleias Municipais e na Assembleia da República, se bandearam para concorrer nas eleições autárquicas noutros partidos. Como resultado do expediente enviado pela CNE, o CC determinou a exclusão das listas definitivas aprovadas pelo órgão eleitoral bem como a nulidade da eleição dos 13 antigos membros do MDM nas autárquicas do passado 10 de Outubro. Destes, destaque vai para Ismael José Nhacucué, antigo chefe da bancada do MDM na Assembleia Municipal de Maputo, que estava afecto à lista da Renamo; e Ricardo Frederico Tomás, deputado da Assembleia da República pelo MDM, mas que foi cabeça-de-lista da Renamo no município de Tete. Aliás, Tomás aguarda, igualmente, a deliberação da Comissão dos Assuntos Constitucionais Direitos Humanos e de Legalidade (CACDHL) sobre a perca do seu mandato como deputado que recentemente foi solicitada à presidente da AR pela direcção da sua bancada. Ao lote dos 13 junta-se Silvério Ronguane, cabeça-de-lista do MDM na Matola, que também vê o seu nome excluído por inelegibilidade subserviente por solicitação da Assembleia Municipal da Matola. A deliberação diz que Ronguane está ferido de incapacidade eleitoral passiva por ter renunciado ao mandato como membro da Assembleia Municipal da Matola em 2015. Foi na base deste argumento que a CNE afastou Venâncio Mondlane, que pretendia concorrer como cabeça-de-lista da Renamo. Em alguns sectores argumenta-se que a ideia de não mexer em Ronguane antes das eleições era um expediente político que visava provocar a dispersão de votos da oposição na maior autarquia do país. “O CC devia ter feito mais”, André Magibire O mandatário da Renamo, André Magibire, lamentou a decisão tomada pelo CC, afirmando que os resultados não correspondem à verdade. Segundo Magibire, a Renamo foi “roubada” nas autarquias de Monapo, Alto Molócuè, Moatize, Marromeu e Matola e tudo fez para impugnar os resultados, mas sem sucesso porque “alegadamente não houve impugnação prévia”. Questionou como é que se poderia fazer impugnação num ambiente de tumultos, balas, gás lacrimogénio tal como sucedeu em Alto Molócuè. Apesar de congratular o órgão dirigido por Hermenegildo Gamito por ter invalidado as eleições na Autarquia de Marromeu, Magibire considera que aquele colectivo de juízes “devia ter feito mais”, pois, da mesma forma que anulou os resultados de algumas mesas, na Autarquia de Nampula (ganha pela Renamo) por considerar que houve violência que afectou o processo de votação, devia ter tomado a mesma decisão nas autarquias onde o seu partido reclama vitória. “Disse que tem poder de analisar casos, mesmo que não tenham sido objecto de reclamação, mas não avançou para os outros municípios, incluindo Matola, onde tivemos três editais com resultados diferentes”, salientou. Assim, o mandatário da Renamo considera que, em Moçambique, “não existe eleição”, mas “fantochada, que começa desde o processo de recenseamento até à validação e proclamação dos resultados”. “Demos um passo importante”, Sérgio Pantie Por sua vez, o representante da Frelimo, Sérgio Pantie, mostrou- -se satisfeito com a decisão do CC, afirmando que a mesma confirma a vitória do seu partido em 43 autarquias. Para o adjunto mandatário da Frelimo, o país deu um passo muito importante na consolidação da nossa democracia, pois, “o povo moçambicano demonstrou maturidade e vontade de continuar a viver numa democracia”. Acrescenta ainda que, apesar de não concordar com a invalidação das eleições em Marromeu, o seu partido se conforma com a decisão e diz estar preparado para voltar a concorrer e merecer a confiança dos eleitores daquela vila autárquica da província de Sofala. “Glória aos vencedores e muita honra aos vencidos”, José De Sousa Enquanto isso, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) não entra no debate da fraude, clamando apenas “glória aos vencedores e honra aos vencidos”. Segundo o mandatário do partido, José de Sousa, o que aconteceu durante o processo eleitoral deve servir de lição, de modo a se evitar a sua repetição no futuro. Concentrando-se apenas nas questões de formalidade, tal como o CC, De Sousa disse ser extremamente importante que o legislador tome a peito as constatações levantadas por aqueles juízes, de modo a defender-se o direito democrático consagrado na Constituição da República e na Lei Eleitoral. “É importante olharmos a questão da impugnação prévia porque é um calcanhar para todos os partidos, e acabamos sendo preteridos só porque o presidente da mesa não aceitou a reclamação do partido político. Portanto, é um assunto de extrema importância e quando formos a uma revisão profunda da lei temos de tomar em consideração porque no fundo é inconstitucional”, disse aquele deputado da Assembleia da República. Disse não estar satisfeito com resultados obtidos nas autárquicas, mas louvou o facto do seu partido ter eleito 84 membros nas 52 autarquias, o que revela o crescimento do MDM à escala nacional. TEMA DA SEMANA 4 Savana 16-11-2018 D ebaixo de um sol escaldante, o país “parou” para testemunhar, no sábado passado, a inauguração de um novo empreendimento, que modifica por completo o visual da cidade de Maputo, bem como as suas estradas de ligação até ao posto fronteiriço de Ponta de Ouro. Baptizado como ponte Maputo- -Katembe, por repousar nas duas extremidades na baía de Maputo, o empreendimento divide opiniões, por ser considerado factor de inclusão para uns e de exclusão, para outros, devido aos proibitivos preços das portagens e dúvidas em relação à forma como serão amortizados os 785 milhões de dólares emprestados pela China, assim como se era ou não um projecto prioritário e/ou a custos mais comportáveis. A ponte foi construída pela China Road and Bridge Corporation (CRBC), num modelo denominado EPC - Engenharia, Procurement e Construção. O chinês Cao Changwei, foi o director do Projecto, durante toda a construção. O dono da obra é a empresa Maputo Sul, actualmente dirigida pelo moçambicano Silva Magaia. A supervisão foi feita pela empresa de consultoria alemã de nome GAUFF. Negócios de embarcações minado Por outro lado, coloca em causa a sustentabilidade do negócio das embarcações que garantiam a travessia na ponte-cais. A abertura da ponte ao tráfego rodoviário está a criar um certo nervosismo nos operadores das embarcações, que, há décadas, garantem a travessia Maputo-Katembe, vice-versa. A afluência aos barcos reduziu drasticamente, nesta primeira semana, o que preocupa os trabalhadores que vêem em perigo o seu ganha-pão. Ham Pack Hoi, supervisor do Mapapai, diz que, desde domingo, as pessoas optam pelo transporte público que escala a ponte, onde aproveitam para apreciar a paisagem que oferece aos citadinos. Manifestou preocupação com a fraca afluência de passageiros, o que pode colocar o seu ganha pão em risco. Em jeito de auto-consolo, diz que prefere fazer o balanço, passados dois a três meses, porque é possível que outros retornem. Igual preocupação foi também manifestada pelos fiscais da embarcação Kampfumo, pertencente à empresa Transmarítima. “Não temos passageiros, viajámos com meia dúzia de pessoas. Mas também o que dava dinheiro à empresa era o transporte de viaturas, que agora recorrem à ponte”, disse um trabalhador. Marieta Chirindza vive na Katembe e continua fiel às embarcações, onde paga 15 meticais por viagem contra 12 cobrados nos transportes públicos. Diz que há pouca disponibilidade dos machimbombos, para além de não conhecer os respectivos horários de circulação. Para evitar ficar horas a fio na paragem, Chirindza prefere usar embarcações que, no seu entender, são mais rápidas para chegar ao seu destino. Por um motivo diferente, Hermenegildo Chongo prefere usar o Kampfumo porque o seu motociclo paga 60 meticais contra os 160 meticais estipulados nas portagens. Diz que o valor é insustentável e pode levá-lo à falência, pelo que enquanto não for banido, o transporte marítimo terá uma palavra a dizer. Dinis Macahava é condutor de “txova”, carregava carga dos passageiros na entrada da ponte-cais até às embarcações, está também confrontado com a crise de mercadoria, devido à entrada dos transportes públicos. Contrariamente ao período em que os comerciantes tinham de levar os produtos da malanga ou das lojas a grosso na baixa da cidade até à ponte- -cais, conta que hoje ficam à espera do transporte no local onde adquirem os produtos. Ponte de três recordes Com cerca de 3011 metros de comprimento e 26 de largura, suportados por 53 pilares, dos quais 17 do lado da cidade de Maputo (norte) e 36 do lado da Katembe (sul), incluindo as duas torres, a ponte conta com quatro faixas de rodagem, duas por cada sentido. Faz parte de um conjunto de 70 maiores pontes suspensas do mundo e tem três principais marcas que fazem com que tenha características únicas no domínio da construção: É a maior ponte africana com vão suspenso, 680 metros. É a primeira obra africana em que foi introduzida pela primeira vez o sistema de desumidificação que permite secar a humidade dos cabos metálicos que surge devido à evaporação das águas do mar evitando desta forma a corrosão. Por fim, tem um sistema de filtragem de água que cai no asfalto para não atingir o tabuleiro metálico, ou seja a água é descarregada através dos tubos visíveis nas laterais da ponte. O asfalto da ponte é composto por duas camadas que perfazem sete centímetros, sendo que o primeiro de 3,5 centímetros foi feito com base num betão especial que não permite a penetração de água vinda do asfalto que reveste a estrada. Segundo explicou o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos e Recursos Hídricos (MOPHRH), João Machatine, o vão suspenso apoia-se em duas torres que sustentam os cabos principais laterais, cada um com mais de meio metro de diâmetro que se encontram ancorados em dois enormes blocos subterrâneos. “Os cabos principais suportam todas as cargas da ponte, incluindo o seu peso próprio, puxando o tabuleiro por meio de pendurais verticais, feitos com aço de alta resistência”, disse. Ninguém de forma individual assume o protagonismo pela concepção do projecto, sabendo-se que foi concebido e materializado pela empreiteira chinesa CRBC em parceria com a sua consultora alemã, Gouff. O projecto começou com o grupo português Mota Engil, que depois ficou por terra devido à crise financeira naquele país. Com abertura do mercado chinês, o governo de então, liderado por Armando Guebuza, foi buscar um crédito de USD 785 milhões financiados pelo Exim bank da China em 95% e em 5 % Estado moçambicano. O valor é considerado exorbitante para a realidade da ponte e, apesar dos proibitivos preços das portagens, o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, fez notar que será necessário encontrar uma fórmula que traga dinheiro para garantir a manutenção e o reembolso do dinheiro para o pagamento da dívida. Assegurou que aguarda serenamente pela proposta da Maputo- Sul em torno do pagamento da dívida ao governo chinês, de acordo com o estabelecido deve iniciar já próximo ano. O novo empreiteiro teve de refazer o projecto, porque o anterior previa uma ponte “atarantada”, com uma torre de cerca de 350 a 400 metros de altura, com cabos ancorados nas margens do mar. A Maputo-Sul diz que o mesmo colocava em causa a navegação marítima e aérea. Para corrigir a situação, a nova ponte foi imposta que o sistema de luzes fosse vermelhas, para não confundir com a sinalização da torre de controlo do aeroporto do Maputo. A parte suspensa da ponte situa-se a 60 metros acima do nível das águas de modo a não interferir com a navegação marítima, tal como foram sinalizadas as duas torres com o mesmo objectivo. A primeira pedra para a edificação da majestosa obra foi lançada em 2012, tendo a construção arrancado em meados de 2014, concluídas em quatro anos e inaugurada a 10 de Novembro, dia em que a cidade de Maputo celebra a sua elevação à categoria de cidade. O material para construção foi adquirido no mercado nacional, sul- -africano e chinês. O empreendimento consumiu mais de 330 mil toneladas de betão armado, equivalente 110 mil toneladas de cimento, adquirido na Cimentos da Moçambique, 250 mil toneladas de areia, retirados em Moamba, após a concessão de uma licença para o efeito. Foram igualmente usados 8 mil toneladas de aditivos para garantir a durabilidade do betão contra a salinidade, 310 mil toneladas de pedra fornecidos pela pedreira de Namaacha e, ainda, 58 mil toneladas de aço, dos quais cerca de 8 mil foram empregues apenas na estrutura do tabuleiro da ponte principal. Montar básculas Basílio Nzunga foi um dos 20 engenheiros moçambicanos (10 da Maputo Sul e outros consultores da Gauff ) que trabalhou como responsável das obras e pela qualidade. Com um mestrado na edificação de pontes em Japão, explicou ao SAVANA, que quando se está perante uma infra-estrutura concebida de raiz a manutenção arranca cinco anos depois, mas enquanto não se chega há medidas preventivas que devem ser tomadas. Segundo Nzunga, a ponte foi concebida para suportar carga até 60 toneladas, acima disto carece de autorização da Maputo sul. A velocidade estimada no projecto é de 80 km/h, mas para garantir a sua longevidade vai se baixar para 60km/h. Com uma vida dedicada a pontes com destaque para a ponte de Unidade nacional (sobre rio Rovuma), reabilitação da ponte de Ilha de Moçambique e da Armando Guebuza entre Caia e Chimuara, conta que o desafio passa por instalar duas básculas, uma em cada extremidade da ponte, de modo a validar o peso da carga que por ali passa. Aliado a isto diz que há outras medidas de segurança como educação cívica aos motoristas de modo a mantenham uma velocidade uniforme, evitando travagens bruscas cujas vibrações interferem na vida da estrutura da obra. Preocupado como o fenómeno registado um dia após a abertura da ponte, em que os utentes imobilizaram suas viaturas para fazerem selfies e entrada de peões, Nzunga referiu que numa primeira fase vai se trabalhar com a Ponte Maputo – Katembe Inauguração não cala inquietações Por Argunaldo Nhampossa Ham Pack Hoi, Hermenegildo Chongo Marieta Chirindza 3RQWH0DSXWR.DWHPEHGHVYLDWUiÀFRGDVHPEDUFDo}HVQDSRQWHFDLV Basílio Nzunga TEMA DA SEMANA Savana 16-11-2018 5 PUBLICIDADE TEMA DA SEMANA 6 Savana 16-11-2018 Polícia de Trânsito, Municipal e técnicos do Inatter sem prejuízo da vigilância da própria Maputo Sul. Vincou que a solução passa pela instalação de um sistema de monitoria de tráfego, para que a partir da sala de controlo que será instalada na portagem da katembe, verificar as irregularidades e eventuais acidentes que possam ocorrer para tomar as devidas penalizações se for necessário. Garantimos a conclusão As cerimónias de inauguração da ponte e das estradas de ligação até vila fronteiriça de ponta de Ouro foram dirigidas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, pelo que se esperava uma organização de Estado, ao invés da supremacia das bandeiras do partido Frelimo que coloriram o evento. Nyusi não perdeu a oportunidade para mostrar que, apesar de não ter sido o mentor da obra, teve uma palavra a dizer que não pode ser minimizada por todos aqueles que atribuíam todo o mérito a Guebuza. Disse Nyusi que o seu governo não fez nada de extraordinário, senão garantir a conclusão das obras que haviam arrancado seis meses antes da sua tomada de posse, num momento em que o país enfrentava desafios de carácter económico. A decisão de continuar a obra, segundo Nyusi, teve como base o princípio de que o senso de prioridades deve ser apurado, tendo contado para o efeito o contributo que a infra-estrutura representa para alavancar a economia do país e do turismo, no sector logístico e na integração regional. Destacou que a ponte irá permitir a explosão do ecoturismo de praia e de lazer com a reserva especial de Maputo e das praias de Ponta de Ouro, Ponta Mamole, Ponta Malongane e Machangulo e cumprir o seu papel de produzir riqueza através do turismo. A dívida avalizada pelo anterior Governo moçambicano a favor da EMATUM é de 850 milhões de dólares, mas o Estado vai pagar aos credores 2,4 biliões de dólares por esse encargo, considera o portal de notícias sobre Moçambique Zitamar. De acordo com o Zitamar, o novo total da dívida a pagar pela EMATUM resulta do acordo a que o executivo moçambicano chegou na semana passada com os detentores dos títulos da dívida soberana emitida a favor da empresa. Moçambique terá de pagar por ano entre 36 e 40 milhões de dólares aos credores nos primeiros cinco anos, pagando depois abaixo de 60 milhões de dólares até 2029. O serviço da dívida resultante do novo acordo com a Ematum parece comportável, mas será insustentável, caso os credores da MAM e da Proindicus exijam e consigam um acordo similar ao da EMATUM. Um acordo do género sobre as três empresas volta a colocar a dívida pública de Moçambique num patamar insustentável, refere o Zitamar. O portal recorda que o Governo moçambicano trocou os títulos da Ematum, ilegalmente emitidos pelo Credit Suisse e pelo VTB em 2014, através de uma garantia soberana, por títulos de dívida soberana, em 2016. Nessa altura, o país já tinha pago 262 milhões de dólares de capital e de juros. O primeiro cupão dos títulos de dívida soberana, conhecidos por MOZAM 23, que deviam ser pagos na totalidade até 2023, vencia em Janeiro de 2017, mas as autoridades moçambicanas falharam o cumprimento do encargo. Como consequência, o Estado moçambicano entrou no seu primeiro incumprimento em relação aos “eurobonds”. O Zitamar lembra que, inicialmente, as autoridades moçambicanas pediram a redução de uma parcela da dívida de 726,5 milhões de capital em Março deste ano e o perdão de 50% de juros que não conseguiu pagar, Moçambique aceitou agora oferecer novos títulos estimados em 900 milhões de dólares, abdicando da oferta de redução e incluindo capital e a maioria dos juros. Ademais, Maputo vai pagar a dívida com uma parcela das receitas de gás do Rovuma, até 550 milhões de dólares. A oferta de Moçambique, já aceite por 60% dos detentores de títulos da EMATUM, parece um bom negócio para os credores e parece consistente com uma contra-proposta que apresentaram em Agosto, disse à Zitamar Suartat Culverhouse do banco de investimento exotix. A proposta ainda terá de ser aceite por 75% dos detentores dos títulos da dívida para poder ser vinculativa. O Zitamar considera que o factor chave para que a proposta seja atractiva é a promessa do pagamento com 5% das receitas fiscais de gás que serão geradas nas áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma, totalizando 500 milhões de dólares. Este instrumento de recuperação de valor (VRI) serve de “cenoura” para adocicar as expectativas dos credores, assinalam economistas do banco de investimento JP Morgan. Adriano Maleiane disse na semana passada que o VRI teve de ser coloMoçambique vai pagar 2,4 biliões pela Ematum cado na mesa para que os credores aceitassem juros mais baixos, no valor de 5,875% por ano, ao invés dos 10,5% inicialmente acordados pelos MOZAM 23. “Teremos um alargamento do prazo de 10 anos e as taxas de juro de 10,5% vão baixar para 5,85%”, afirmou Maleiane, falando na conferência sobre a economia de Moçambique realizada na semana passada pelo Financial Times. O VRI resultou de uma solicitação feita dos credores, no pressuposto de que o acordo alivia as contas públicas do país e que fazia sentido um instrumento de compensação. Os credores aceitaram igualmente receber apenas 4% nos primeiros cinco anos, ficando o remanescente dos juros somados ao capital. A partir de 2024, o Governo moçambicano vai pagar a totalidade dos juros, devendo o capital atingir um bilião de dólares, de acordo com contas feitas pelo Zitamar. A cerimónia de inauguração do megaempreendimento e as respectivas estradas de ligação até ao posto fronteiriço da ponta de Ouro tiveram um convidado especial, que durante os seus dez anos de governação mostrou-se bastante intolerante a atrasos e críticas. Trata-se do antigo Presidente da República, Armando Guebuza, o principal mentor da ponte que se fez ao local por volta das 7:50 minutos. Acompanhado pela sua esposa foi conduzido para se instalar debaixo de uma tenda, previamente preparada para as altas individualidades enquanto aguardavam a chegada de Nyusi. Uma longa fila de amigos, camaradas, antigos membros do governo, entre outros emerge para saudar aquele que é considerado o verdadeiro patrono do evento do dia. Vozes não faltaram, em surdina, sugerindo que o evento fosse dirigido por Guebuza, como forma de reconhecimento do papel que desempenhou para o arranque das obras. Mesmo depois de terminadas as saudações, ninguém ficou para conversar com Guebuza, tendo permanecido com a esposa de mãos dadas. O tempo avançava, a cerimónia não começava e apesar dos abraços e apertos de mãos ninguém retirava a atenção de Guebuza ao seu pulso, que por três vezes encolheu a manga da camisa para verificar a hora. Nyusi atrasou cerca de 15 minutos para além da hora marcada pelo protocolo do evento. Depois da tradicional saudação aos movimentos culturais, Nyusi convidou Guebuza para juntos receberem as explicações da obra, seguida do descerrar da lápide. Na interação com a imprensa, Guebuza avançou sobre os críticos. “Esta é uma conquista de todos os 28 milhões de moçambicanos. É uma conquista que deve ser defendida por todos nós. Quando temos uma conquista, há quem não gosta dela e visceralmente ataca essa conquista. Não nos preocupemos, vamos continuar com a nossa conquista e defendamo-la”, disse. Sublinhou que a obra fala por si própria e sente que a sua missão foi cumprida com brio, orgulho e prazer, mas também com humildade, porque o trabalho não foi apenas dele mas de todos os moçambicanos. Segundo Guebuza, o sonho de muitos moçambicanos foi concretizado, porque a ponte é uma grande obra que não é importante só para Moçambique, mas para toda a África. O relógio de Guebuza Continuação da página 4 Armando Guebuza, acompanhado pela esposa, apela ao povo para defender a “conquista” dos críticos OFinancial Conduct Authority (FCA), entidade que regula o sistema financeiro do Reino Unido, abandonou a investigação criminal contra o Credit Suisse, um dos bancos envolvidos no escândalo das dívidas secretamente avalizadas pela administração Guebuza, revelou esta semana o jornal britânico Financial Times. Mas o Credit Suisse não escapou a uma multa ou suspensão, uma vez que o regulador britânico mantém a investigação administrativa à conduta do banco, assinala o Financial Times. O banco suíço caiu na alçada do FCA, quando veio à superfície que o executivo na altura chefiado por Armando Guebuza avalizou empréstimos no valor de 1,4 mil milhões de dólares a favor das empresas públicas moçambicanas Mozambique Asset Management (MAM) e ProIndicus. O Credit Suisse coordenou a operação das dívidas ocultas com o banco russo VTB. O banco suíço está a ser investigado pelas autoridades britânicas, porque tem parte das suas actividades sedeadas no Reino Unido. Com a decisão do regulador financeiro britânico, o banco suíço evitou uma acção penal por eventual lavagem de dinheiro. O Credit Suisse, lembra o FT, já está sob investigação das autoridades monetárias suíças pela participação em casos considerados de corrupção financeira, envolvendo a FIFA e a petrolífera brasileira Petrobras. O Departamento da Justiça norte- -americano está igualmente no encalço do caso das dívidas ocultas, envolvendo o Credit Suisse e o VTB, mas também o BNP Paribas. O caso é igualmente tema de investigação por parte do regulador da bolsa dos EUA (US Securities and Exchange Commission) e as autoridades suíças. A notícia do encerramento do processo penal contra o Credit Suisse surge uma semana depois de o Governo de Moçambique ter alcançado um acordo preliminar com os detentores dos títulos de dívida pública para a reestruturação da dívida soberana de 726,5 milhões de dólares. O Credit Suisse, na sequência da divulgação desse acordo preliminar, defendeu que as mesmas condições deviam também ser dadas para os empréstimos comerciais que foram feitos a essas duas empresas públicas, e que também não estão a ser pagos há dois anos. (Redacção) Dívidas ocultas Credit Suisse escapa à acção penal )UDFDDÁXrQFLDGHSDVVDJHLURFDUDFWHUL]DRGLDDGLDGDVHPEDUFDo}HVQDWUDYHVsia Maputo-Katembe Savana 16-11-2018 7 PUBLICIDADE Savana 16-11-2018 8 PUBLICIDADE SOCIEDADE D epois de quase duas semanas de “bate-boca” em público entre a Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Metrobus, empresa que está a implementar o sistema integrado de transportes para a região metropolitana de Maputo, sobre os “culpados” em relação ao “insucesso” da segunda, as duas empresas chegaram, esta quarta-feira, a um entendimento acerca das novas cláusulas para a “salvação” do seu casamento, tendo acordado o aumento de canais (linhas) e o alargamento dos horários para a circulação daqueles comboios de transporte urbano de passageiros. O acordo chega depois de uma troca pública de “mimos” entre as duas empresas, com a Metrobus a acusar os CFM de dificultar o acesso às linhas, assim como de impedi- -la de colocar cobertura nos cais de embarque de algumas estações e a empresa pública do sector ferro- -portuário a culpar a outra de não cumprir o acordo assinado há um ano. Segundo o PCA da Sir Motors, proprietária da Metrobus, Amade Camal, os consensos foram alcançados com muita naturalidade, pelo que, “os problemas ficaram para trás”. Entretanto, no texto que fez circular, há dias, pela rede social WhatsApp, Camal disse que estava a enfrentar dificuldades para aceder às linhas-férreas, sobretudo, nas horas de ponta, porque os CFM colocavam um comboio de carga vazio, fazendo com que 75% da sua capacidade estivesse inoperante. A carta de Camal foi interpretada como uma estratégia encontrada pelo empresário de transferir toda a responsabilidade ao Governo perante a iminência dos serviços serem interrompidos, forçando, deste modo, os CFM a negociar. No referido texto, o empresário dizia reconhecer a prioridade que aquela empresa pública dá ao serviço de carga que de passageiros, devido a sua rentabilidade, mas “não compreendemos  é que no período da hora de ponta da manhã poderíamos introduzir mais um comboio Maputo-Machava-Beluluane e não acontece porque a linha está ocupada com um comboio de carga vazio”, uma situação que, segundo ele, se repete na linha de Ressano Garcia, no período da tarde. Amade Camal acrescentou ainda que o gestor do sistema ferro-portuário nacional ainda não os autorizou a cobrir os cais de embarque das estações de Beluluane e Daniel, o que coloca os seus utentes vulneráveis às intempéries, neste período chuvoso. “Colocar dificuldades por parte de quem deveria servir de facilitador é surrealista. Em quase todo o mundo os passageiros têm prioridade sobre a carga. Esperar sucesso quando se usa 25% do potencial do equipamento seria, no mínimo, um milagre”, atira, sublinhando que quem trabalha e arrisca o seu pouco capital “não o faz à espera de milagres”. Para além dos CFM, Amade Camal apontou ainda o silêncio do Governo em relação às suas promessas em subsidiar os utentes deste serviço como parte deste insucesso. “Quando iniciamos esta operação, o Governo prometeu-nos que iria financiar os passageiros, desde que houvesse um modelo transparente. Apresentamos esse requisito, através da bilhética, em que cada um dos tipos de passageiro estará identificado (trabalhador, estudante, terceira idade ou outros) e o Governo determinará a percentagem que quer subsidiar a cada grupo e quando e quantas vezes é que se pode beneficiar”, esclareceu, sublinhando que até ao momento nada foi feito. Anotou ainda que, durante este período, o sistema de bilhética foi fiável 99,6% e os comboios e autocarros avariaram 2,07 horas, em 1457 horas de trabalho, correspondendo a 99,99% de eficácia. Assim, devido a esta situação, o PCA da Sir Motors afirmou estar a gerir o negócio longe do equilíbrio financeiro, estando, neste momento, a financiar o custo dos bilhetes em 80%, facto que já levou a redução da mão-de-obra e de viagens nocturnas e aos sábados. Por isso, anunciou o reajuste das tarifas, passando a cobrar 38 meticais pelas viagens de comboio e 18 meticais nas viagens de autocarro. Actualmente, o metrobus cobra 29 meticais por cada viagem de comboio e 14 meticais por autocarros. O passe mensal principal (TXOVA Mais) mantém-se nos 2500 meticais, o mesmo que irá acontecer com o passe B, que custa 1250 meticais por mês. Ao SAVANA, antes das negociações com os CFM, o patrono da Metrobus disse que a situação estava a frustrar os utentes que vêem naquele transporte um modelo inovador para melhorar a mobilidade urbana. CFM ameaçou interditar o Metrobus Entretanto, num comunicado datado de 08 de Novembro, no qual reagia a estas acusações, o CFM disse ter ficado “perplexo” com a informação, tendo revelado que, desde a assinatura do contrato, em 2017, aquela empresa tem demonstrado “enormes dificuldades de cumprir com o que foi acordado”, com destaque para o pagamento da taxa de uso da linha e o cumprimento das Normas de Sistema de Gestão de Segurança Ferroviária. Para a empresa presidida por Miguel Matabele, independentemente do cumprimento das promessas feitas pelo Governo, de subsidiar os passageiros, não permite que a empresa de Amade Camal opere sem pagar a taxa de uso da linha e muito menos circule sem obediência às normas de segurança. “O CFM tem estado a notificar a MetroBus (sem sucesso), sobre a necessidade de observância dos requisitos de segurança para o transporte ferroviário de passageiros, acto que, até ao momento, ainda não o fez, o que nos poderá, a qualquer momento, obrigar a interditar a circulação dos seus comboios”, disse. No seu documento de duas páginas, o CFM sublinhou que faz, diariamente, 12 comboios de passageiros e outros tantos de mercadorias, pelo que, “o mais sensato (e isso sempre foi a tónica do CFM) é que a MetroBus construísse suas próprias Linhas, se não pretende sujeitar-se ao programa do CFM”. “A gestão do transporte ferroviário de passageiros e cargas é uma actividade executada pelo CFM há mais de um século e, com a MetroBus, o CFM sempre deixou claro que o transporte de passageiros é uma actividade de responsabilidade social (o CFM comparticipa com 85% do custo)”, prosseguiu. Por isso, para o CFM, não parecia ético a MetroBus justificar o aumento de tarifas dos seus comboios atribuindo culpa àquela empresa e acusava aquela empresa de “manipular a atenção do público”. Esclareceu ainda que, em relação à colocação de cobertura nos cais de embarque de algumas estações, solicitou à Metrobus que fizesse um pedido formal, anexando o Projecto das coberturas com detalhes de segurança, pois, “não vamos permitir a construção de qualquer infra-estrutura sem, no mínimo, visualizarmos o projecto, colocando em risco a vida dos utentes”. Metrobus retorquiu Sentindo-se ultrajado, publicamente, Amade Camal respondeu ao CFM, dizendo que não corresponde à verdade que não paga taxa de uso da linha, pois, esta nunca existiu. Afirmou que, em Dezembro de 2017, assinaram dois contratos, um sobre o acesso ao serviço ferroviário e outro sobre o acesso à linha, onde acordaram em negociar a taxa até um prazo máximo de 90 dias, após o acto, porém, só receberiam a proposta, desajustada da realidade, em Agosto último. Em relação ao cumprimento das normas de segurança, Camal disse que a Metrobus tem estrutura de gestão, prevenção de risco de acidente e entende que o CFM não pode exigi-lo a comprar software de gestão de tráfego, pois, é da responsabilidade daquela empresa pública. O nosso jornal não conseguiu falar com o porta-voz do Ministério da economia e Finanças, Rogério Nkomo, a quem o Ministério dos Transportes e Comunicações imputa às responsabilidades pela definição dos subsídios aos utentes deste serviço de transporte. Lembre-se que a primeira fase do Metrobus arrancou, em Fevereiro, deste ano, ligando as cidades de Maputo e Matola, e conta com quatro automotoras, 16 carruagens e mais de 100 autocarros, com capacidade para transportar 30 mil passageiros por dia. A segunda fase, que devia ter arrancado, em Junho último, prevê a expansão do projecto até aos distritos de Marracuene e Boane, enquanto a terceira e última fase será implementada com a chegada do Metro- -Bus nas fronteiras de Goba e de Ressano Garcia, bem como à vila municipal da Manhiça. O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) comunicou, esta quarta-feira, a detenção de três indivíduos suspeitos de assassinar o empresário português, José Paulo Antunes Caeteno, no passado domingo, no distrito da Moamba. Caetano de 50 anos, foi raptado e assassinado depois de ter pago USD 15 mil, valores exigido para o seu resgate. O SERNIC diz que os suspeitos apontaram como mandante do crime um cidadão de nacionalidade portuguesa, arguido num outro processo, indiciado no desaparecimento de um outro compatriota seu. Com o bando de supostos criminosos foi recuperado, segundo as autoridades nacionais, uma viatura de marca BMW pertencente à vítima, que estava escondida no distrito de Massinga, província de Inhambane. Esta situação vem agravar a tensão político-diplomática entre Maputo e Lisboa que nos últimos tempos anda chamuscada devido à onda de assassinatos e sequestros de cidadãos portugueses. Destes destaque vai para Américo Sebastião, cujo paradeiro continua desconhecido há dois anos e o respectivo processo de investigação arquivado pela Procuradoria Provincial de Sofala. Nesta segunda-feira, o Governo português transmitiu ao embaixador de Moçambique em Lisboa “forte preocupação para com a percepção de crescente insegurança” de cidadãos portugueses em Moçambique, agravada com o rapto e homicídio do empresário José Paulo Antunes Caetano. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu que o director-geral de Política Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Pedro da Costa Pereira, transmitiu ao embaixador Joaquim Bule que “essa percepção se tem vindo infelizmente a reforçar com vários episódios marcados pelo desaparecimento ou morte de portugueses e agravou-se depois de conhecidas as circunstâncias em que ocorreu a morte do cidadão Caetano. De acordo com a investigação criminal moçambicana, o empresário foi levado na passada sexta- -feira, na sua empresa por um dos suspeitos do seu assassinato, com pretexto de ir ver uma máquina de terraplanagem avariada e daí não mais voltou ao convívio familiar. Dia seguinte a família comunicou as autoridades o rapto do empresário bem como a exigência do pagamento do resgate no valor USD 15 mil e uma viatura de marca BMW. No terceiro dia após o seu desaparecimento, o corpo do indivíduo foi encontrado sem vida numa pedreira abandonada, no distrito de Moamba, na província de Maputo. No mesmo local, o SERNIC diz ter encontrado uma faca e uma chave de fenda que se presume que tenham sido usados no assassinato. As autoridades nacionais falam de detenção nesta terça-feira de três suspeitos em conexão com o caso, dos quais dois são confessos. Na mesma operação foi apreendida uma viatura de marca Nissan Caravan supostamente adquirida com parte do valor do resgate, bem como dois telemóveis da vítima, “indícios bastantes sobre o envolvimento dos mesmos no crime”. Detidos assassinos do empresário português Depois de um lavar de roupa suja na rua CFM e Metrobus fumam cachimbo da paz Por Abílio Maolela Utentes do metrobus passam a ter mais opções de carreiras Savana 16-11-2018 9 PUBLICIDADE PUBLICIDADE Celebrando Qualidade e Inovação Edital 2019 18/10/2018 INSCRIÇÕES PARA NOVOS INGRESSOS ANO ACADÉMICO 2019 +Informações: www.ucm.ac.mz 1.Processo de Inscrição Os interessados deverão candidatar-se a uma única Faculdade/Extensão/Centro de Ensino à Distância da Universidade Católica de Moçambique (UCM). Só poderão frequentar os cursos da UCM os candidatos que tiverem concluído a 12.ª classe ou equivalente. O formulário pode ser adquirido nos locais de inscrição, bem como no Web Site da UCM. O período de inscrições referente ao ano académico de 2019 decorrerá de acordo com a informação que consta da tabela abaixo: Início Término Local 03/12/2018 04/01/2019 Faculdades, Extensões e Centros de Recurso do Centro de Ensino à Distância (Beira, Chimoio, Cuamba, Maputo, Milange, Nampula, Pemba, Quelimane, Tete, Gorongosa, Gurúè e Mocímboa da Praia). Nas Províncias de Gaza e Inhambane as inscrições decorrem nas Secretarias das Dioceses. 07/01/2019 31/01/2019 Somente nas Faculdades / Extensões escolhidas pelos candidatos para Matrícula. 17/09/2018 30/11/2018 Centro de Ensino à Distância (Beira, Chimoio, Cuamba, Maputo, Milange, Nampula, Pemba, Quelimane, Tete, Gorongosa, Gurúè e Mocímboa da Praia). 2.Documentos a anexar ao formulário no acto da inscrição: Uma fotocópia autenticada do documento de identidade; 4XDWURIRWRJUDÀDVUHFHQWHVGRWLSRSDVVH Declaração do Serviço Militar Obrigatório (Somente para candidatos maiores de 18 anos); &HUWLÀFDGRGHHTXLYDOrQFLDQRFDVRGHTXDOLÀFDo}HVREWLGDVQRHVtrangeiro; 'XDVIRWRFySLDVDXWHQWLFDGDVGRFHUWLÀFDGRGHKDELOLWDo}HVHRRULJLQDOSDUDFRQÀUPDomRGDVIRWRFySLDV NB: Os estudantes que, até à data das inscrições, não tiverem recebido RVVHXVFHUWLÀFDGRVGHKDELOLWDo}HVOLWHUiULDVGHYHPDSUHVHQWDUDQRWD informativa emitida pela escola de origem ondem concluíram o nível médio ou equivalente. Nesse acto, os estudantes devem apresentar o UHFLERGHSHGLGRGRFHUWLÀFDGRVHQGRTXHRGLDGH$EULOGHp DGDWDOLPLWHSDUDDSUHVHQWDomRGRFHUWLÀFDGRRULJLQDO$QmRDSUHVHQWDomRGHVWHGRFXPHQWR FHUWLÀFDGRGHKDELOLWDo}HVOLWHUiULDV LPSOLFDrá o cancelamento imediato da matrícula. Licenciatura 1.700,00 Mts Mestrado 1.500,00 Mts 4.Período de Matrículas Para os cursos presenciais, as matrículas e pagamento de propinas decorrerão no período de 07 de Janeiro a 08 de Fevereiro de 2019. Os candidatos que se matriculem fora do período estabelecido terão TXHSDJDUDVVXDVSURSLQDVGHIUHTXrQFLDQRDFWRGDPDWUtFXOD $VPDWUtFXODVHSURSLQDVSDUDR&HQWURGH(QVLQRj'LVWkQFLDGHFRUrerão no período de 03 de Dezembro de 2018 a 31 de Janeiro de 2019. Para efeitos de pagamento de matrícula e propina, os estudantes deverão dirigir-se ao Centro de Recurso para obter o NIB individual. O candidato que tiver feito a inscrição na plataforma online deverá efectuar a matrícula na mesma, sem ter que se deslocar ao Centro de Recurso. $PXGDQoDGHFXUVRQDPHVPDXQLGDGHRXGHXPDXQLGDGHEiVLFD para outra, dentro da UCM, deve ocorrer até 15 dias, após o início do ano lectivo. Para a mudança de regime laboral para pós-laboral e vice-versa o prazo limite é de 30 dias, após o início do ano lectivo. Licenciatura 3.000,00 Mts acrescidos de 10% do valor da propina anual Mestrado 3.600,00 Mts acrescidos de 10% do valor da propina anual Para efeitos de pagamento de matrícula e propina, o estudante deverá dirigir-se à Faculdade que vai frequentar para obter o NIB individual. 6. Números de Contas e NIB das Faculdades/Extensões Faculdades N.º da Conta Banco Contacto Agricultura (FAGRI) Conta 525 012 51 Mzn 157 236 613 Mzn NIB 000 100 000 005 250 125 157 Millennium Bim Tel: + 258 271 627 32 Fax: + 258 271 627 33 Gestão de Turismo e Informática (FGTI) Conta 683 818 97 Mzn NIB 000 105 207 061 500 000 392 Millennium Bim Tel: + 258 272 219 69 Fax: + 258 272 217 20 Direito (FADIR) Conta 511 974 74 Mzn NIB 000 101 817 021 400 000 128 Millennium Bim Tel: + 258 262 161 77 Fax: + 258 262 157 65 Educação e Comunicação (FEC) Conta 511 342 30 Mzn NIB 000 101 927 031 300 069 156 Millennium Bim Tel: + 258 262 165 21 Fax: + 258 262 154 68 Ciências Sociais e Políticas (FCSP) Conta 161 236 408 Mzn NIB 000 104 097 091 400 081 531 Millennium Bim Tel: + 258 242 176 26 Fax: + 258 242 176 26 Engenharia (FENG) Conta 104 300 803 Mzn 142 418 020 Mzn NIB 000 105 187 071 400 080 382 Millennium Bim Tel: + 258 251 224 73 Fax: + 258 512 247 3 Ciências de Saúde (FCS) Conta 602 412 69 Mzn NIB 000 101 087 051 300 066 147 Millennium Bim Tel: + 258 233 118 91 Cell.: +258 820 091 323 Fax: + 258 233 136 02 Economia e Gestão (FEG) Conta 725 246 70 Mzn NIB 000 101 217 011 400 000 107 Millennium Bim Tel: + 258 233 293 73 Fax: + 258 233 293 76 Gestão dos Recursos Naturais e Mineralogia (FAGRENM) Conta 142 416 468 Mzn NIB 000 105 177 101 500 000 144 Millennium Bim Tel: + 258 252 249 86 Fax: + 258 252 249 86 Centro de Ensino à Distância (CED) Conta 105 377 697 Mzn NIB 000 103 197 081 500 390 534 Millennium Bim Tel: + 258 233 264 05 Fax: + 258 233 264 06 Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos (FAGREFF) Conta 241 082 928 Mzn NIB 000 105 227 111 400 037 252 Millennium Bim Tel: + 258 269 419 56 Fax: + 258 210 176 37 Cel: +258 844 159 760 Extensão de Gurúè Conta 278 408 625 Mzn NIB 000 100 000 027 840 862 557 Millennium Bim Tel: + 258 249 102 59 Fax: + 258 249 102 60 Extensão de Nacala Conta 304595805 NIB 000 100 000 030 459 280 557 Millennium Bim Tel: + 258 265 260 00 7.Devolução 1mRKDYHUiGHYROXomRGRVYDORUHVGH3URSLQDV0DWUtFXODV7D[DVGH ([DPHH7HVWHVMiSDJRVQHPWUDQVIHUrQFLDGRVPHVPRVSDUDREHQHItcio de outros estudantes da UCM ou de outras instituições. 8.Início das aulas Para os novos ingressos, as aulas iniciam a 11 de Fevereiro de 2019; $ DEHUWXUDRÀFLDOGR DQROHFWLYRVHUi D GH)HYHUHLURGH QD cidade da Beira; Para os estudantes dos 2º, 3º, 4º e 5º anos, o calendário do início das DXODVVHUiDÀ[DGRQDV)DFXOGDGHV([WHQV}HV Para o Centro de Ensino à Distância, a abertura do ano lectivo será no dia 15 de Fevereiro de 2019, e a primeira sessão tutorial decorrerá HQWUHRVGLDVHGH)HYHUHLURGH %HLUDDRVGH1RYHPEURGH O Reitor da Universidade Católica de Moçambique __________________________________ 3URI'RXWRU3DGUH$OEHUWR)HUUHLUD 3.Taxas de Inscrição 5. Taxas das Matrículas 10 Savana 16-11-2018 PUBLICIDADE FACULDADE DE AGRICULTURA (FAGRI) - CUAMBA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Agronomia 5 Anos/Laboral Cuamba Português Nenhuma 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Direito 4 Anos/PósLaboral Cuamba Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração Pública 4 Anos/PósLaboral Cuamba Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão, Administração Hospitalar 4 Anos/PósLaboral Cuamba Português Português Inglês Matemática 12º Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão, Administração Educacional 4 Anos/PósLaboral Cuamba Português Português Inglês 12º Classe ou equivalente Licenciatura em Agro-Business, Desenvolvimento Rural e Extensão 4 Anos/PósLaboral Cuamba Português Nenhuma 12º Classe ou equivalente Mestrado em Solos e Agricultura Sustentável 2 Anos/Laboral e Pós-Laboral Cuamba Português Nenhuma Licenciatura em Ciências Agrárias Mestrado em Desenvolvimento Rural, Regional e Extensão 2 Anos/PósLaboral Cuamba Português Nenhuma Licenciatura em Ciências Agrárias ou equivalente Mestrado em Gestão de Informação Agrícola e Agricultura de Precisão 2 Anos/PósLaboral Cuamba Português Nenhuma Licenciatura em Ciências Agrárias ou equivalente Mestrado em Administração Pública 2 Anos/PósLaboral Cuamba Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão e Administração Educacional 2 Anos/PósLaboral Cuamba Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Psicopedagogia 2 Anos/PósLaboral Cuamba Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão e Administração de Negócios (MBA) 2 Anos/PósLaboral Cuamba Português Nenhuma Licenciatura em QA FACULDADE DE GESTÃO DE TURISMO E INFORMÁTICA (FGTI) – PEMBA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Gestão de Turismo e Hotelaria 4 Anos/Laboral e Pós-laboral Pemba Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Tecnologias da Informação 4 Anos/ Laboral e Pós-laboral Pemba Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração Pública 4 Anos/Laboral e Pós-laboral Pemba Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão e Administração Educacional (para Bacharéis) 1 Ano/Pós-Laboral Pemba Português Português Inglês Bacharelato Licenciatura em Gestão do Meio Ambiente e Recursos Naturais 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Pemba Português Português Inglês Química 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Pemba Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em 4 Anos/Laboral e Pemba Português Português 12ª Classe ou Direito Pós-Laboral Inglês História equivalente Licenciatura em Economia e Gestão 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Pemba Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Especialidades:  Administrativo  Penal  Civil  Empresarial  Fiscal em QA Mestrado em Gestão e Administração Educacional 2 Anos/PósLaboral Pemba Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Sistemas de Informação Geográfica e Monitoria de Recursos Naturais 2 Anos/PósLaboral Pemba Português Nenhuma Licenciatura em QA Curso Técnico Profissional de Turismo 1 Ano/Laboral Pemba Português Disciplinas relacionadas com a área de Ciências exactas 10ª e 12ª Classes FACULDADE DE DIREITO (FADIR) – NAMPULA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Direito 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração Pública 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Tecnologias da Informação 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Mestrado em Administração Pública 2 Anos/PósLaboral Nampula Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Direito 2 Anos/Pós- Nampula Português Nenhuma Licenciatura Especialidades:  Fiscal  Civil  Administrativo  Penal  Comercial /Empresarial Laboral em QA Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Pemba Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Mestrado em Desenvolvimento Económico Regional e Local 2 Anos/Modular Pemba Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Tecnologias da Informação Especialidade:  Data Base Administration 2 Anos/Blended Learning Pemba Português Nenhuma Licenciatura em IT ou áreas afins Mestrado em Tecnologias da Informação Especialidade:  Systems Network Administration 2 Anos/Blended Learning Pemba Português Nenhuma Licenciatura em IT ou áreas afins Mestrado em Tecnologias da Informação Especialidade:  Software Engineering 2 Anos/Blended Learning Pemba Português Nenhuma Licenciatura em IT ou áreas afins Mestrado em Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Turismo 2 Anos/Modular Pemba Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Administração Pública 2 Anos/PósLaboral Pemba Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão e Administração de Negócios (MBA) 2 Anos/PósLaboral Pemba Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Direito 2 Anos/Pós-laboral Pemba Português Nenhuma Licenciatura Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Savana 16-11-2018 11 PUBLICIDADE FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS (FCSP) – QUELIMANE Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão do Desenvolvimento 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Desenvolvimento Comunitário 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Direito 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração Pública 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Tecnologias da Informação 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Economia e Gestão 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ética, Cidadania e Desenvolvimento 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Quelimane Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Mestrado em Administração e Gestão de Negócios (MBA) 2 Anos/PósLaboral Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão e Administração Educacional (MA) 2 Anos /PósLaboral Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Tecnologias da Informação 2 Anos/Blended Learning Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em IT ou áreas afins Mestrado em Ciências Políticas, Governação e Relações Internacionais 2 Anos/PósLaboral Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Direito Especialidades:  Administrativo  Penal  Civil  Empresarial  Fiscal 2 Anos/PósLaboral Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Administração Pública 2 Anos/PósLaboral Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão de Desenvolvimento 2 Anos/PósLaboral Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão de Recursos Humanos 2 Anos/PósLaboral Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Contabilidade e Auditoria 2 Anos/PósLaboral Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Saúde Pública 2 Anos/PósLaboral Quelimane Português Nenhuma Licenciatura em Área de Saúde FACULDADE DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO (FEC) – NAMPULA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Serviço Social 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ciências da Comunicação – Especialização em Gestão de Marketing 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão de Desenvolvimento 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Psicopedagogia 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Economia e Gestão 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos e Relações Laborais 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão e 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Administração Educacional Matemática Licenciatura em Comunicação para o Desenvolvimento 4 Anos/Diurno Pós-laboral Nampula Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ciências da Comunicação – Especialização em Relações Públicas e Comunicação Estratégica 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Desenvolvimento Comunitário 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nampula Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Mestrado em Gestão e Administração Educacional 2 Anos/PósLaboral Nampula Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão do Desenvolvimento 2 Anos/PósLaboral Nampula Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Comunicação para o Desenvolvimento 2 Anos/PósLaboral Nampula Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão de Marketing e Comunicação Empresarial 2 Anos/PósLaboral Nampula Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão e Administração de Negócios (MBA) 2 Anos/PósLaboral Nampula Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Psicopedagogia 2 Anos/PósLaboral Nampula Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão de Recursos Humanos 2 Anos/PósLaboral Nampula Português Nenhuma Licenciatura em QA 12 Savana 16-11-2018 PUBLICIDADE FACULDADE DE ENGENHARIA (FENG) – CHIMOIO Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Engenharia Alimentar 5 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Biologia Química 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Engenharia Civil 5 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Química Física Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Engenharia Electrotécnica 5 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Matemática Física 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Direito 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Economia e Gestão 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração Pública 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Agronomia 5 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Nenhuma 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Arquitectura 5 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Matemática Desenho 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Tecnologias da Informação 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Comunicação para o Desenvolvimento 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Psicologia Clínica e Assistência Social 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Português Inglês Biologia 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Engenharia Mecânica 5 Anos/Laboral e Pós-Laboral Chimoio Português Ciência Desenho 12ª Classe ou equivalente Mestrado em Administração Pública 2 Anos/PósLaboral Chimoio Português Nenhuma Licenciatura em Áreas Sociais Mestrado em Gestão e Administração de Negócios 2 Anos/PósLaboral Chimoio Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão e Administração Educacional 2 Anos/PósLaboral Chimoio Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Direito Especialidades:  Administrativo  Penal  Civil  Empresarial  Fiscal 2 Anos/PósLaboral Chimoio Português Nenhuma Licenciatura em QA FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO (FEG) – BEIRA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Economia e Gestão 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão Portuária 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão de Marketing e Relações Públicas 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Tecnologias de Informação 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Planeamento Regional e Urbano 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês Geografia 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Direito 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais 4 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Arquitectura 5 Anos/ Laboral e Pós-Laboral Beira Português Matemática Desenho 12ª Classe ou equivalente Mestrado em Economia 2 Anos/PósLaboral Beira Português Nenhuma Licenciatura em Economia Mestrado em Gestão e Administração de Negócios (MBA) 2 Anos/PósLaboral Beira Português Nenhuma Licenciatura em QA  Empresarial Mestrado em Gestão de Recursos Humanos 2 Anos/PósLaboral Beira Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Contabilidade e Auditoria 2 Anos/PósLaboral Beira Português Nenhuma Licenciatura em Contabilidade e Auditoria ou áreas afins Mestrado em Sistema de Informação Geográfica e Monitoria de Recursos Naturais 2 Anos/PósLaboral Beira Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Planeamento e Desenvolvimento Regional 2 Anos/PósLaboral Beira Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Ciência Política: Governação e Relações Internacionais 2 Anos/PósLaboral Beira Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Direito Especialidades:  Administrativo 2 Anos/PósLaboral Beira Português Nenhuma Licenciatura em QA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE (FCS) – BEIRA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Medicina Geral 1+6 Anos/Laboral * Beira Português Português Inglês Biologia Química 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Enfermagem Superior 4 Anos/Laboral Beira Português Português Inglês Biologia Química 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar 4 Anos/Laboral Beira Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Análises Clínicas e Laboratoriais 4 Anos/Laboral /Pós-Laboral Beira Português Português Inglês Biologia Química 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Psicologia Clínica e Assistência Social 4 Anos /Laboral Beira Português Português Inglês Biologia 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Farmácia 4 Anos/Laboral Beira Português Português Inglês Biologia Química 12ª Classe ou equivalente Mestrado em Saúde Pública 2 Anos/Pós-Laboral Beira Português Nenhuma Licenciatura em Áreas Afins *Para o curso de Licenciatura em Medicina Geral, 1º ano corresponde ao ano propedêutico. CENTRO DE ENSINO À DISTÂNCIA (CED) – BEIRA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Ensino de Português 4 Anos/à Distância B, Ch, C, Gor, Gú, Mpt, Mil, Npl, P, Q, T, Mocímboa da Praia Português Português/ Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ensino de História 4 Anos/à Distância B, Ch, C, Gú, Mpt, Mil, Npl, P, Q, T, Mocímboa da Praia Português História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ensino de Geografia 4 Anos/à Distância B, Ch, C, Gor, Gú, Mpt, Mil, Npl, P, Q,T, Mocímboa da Praia Português Geografia 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ensino de Matemática 4 Anos/à Distância B, Ch, C, Gú, Mpt, Mil, Npl, P, Q, T, Mocímboa da Praia Português Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ensino de Física 4 Anos/à Distância B, Ch, C, Gú, Mpt, Npl, Q Português Física 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ensino de Química 4 Anos/à Distância B, Ch, Gú, Mpt, Mil, Npl, Q Português Química 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ensino de Biologia 4 Anos/à Distância B, Ch, C, Gor, Gú, Mpt, Mil, Npl, P, Q, T, Mocímboa da Praia Português Biologia 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ensino de Desenho 4 Anos/à Distância B, Ch, Gú, Mpt, Npl, Q Português Desenho 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ensino de Informática 4 Anos/à Distância B, Ch, C, Gor, Gú, Mpt, Mil, Português Português Inglês 12ª Classe ou Savana 16-11-2018 13 PUBLICIDADE Mestrado em Gestão e Administração Educacional 2 Anos/PósLaboral Tete Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Administração Pública 2 Anos/PósLaboral Tete Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Tecnologias de Informação 2 Anos/PósLaboral Tete Português Nenhuma Licenciatura em QA FACULDADE DE GESTÃO DE RECURSOS FLORESTAIS E FAUNÍSTICOS (FAGREFF) – LICHINGA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Lichinga Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Direito 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Lichinga Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração Pública 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Lichinga Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Lichinga Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Economia e Gestão 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Lichinga Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar 4 Anos/Laboral Lichinga Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos e Relações 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Lichinga Português Português 12 ª Classe ou equivalente Laborais Mestrado em Direito 2 Anos/ PósLaboral Lichinga Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão e Administração Educacional 2 Anos/PósLaboral Lichinga Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão do Desenvolvimento 2 Anos/PósLaboral Lichinga Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Administração Pública 2 Anos/PósLaboral Lichinga Português Nenhuma Licenciatura em Administração Pública e Áreas afins Mestrado em Gestão em Administração de Negócios (MBA) 2 Anos/PósLaboral Lichinga Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Saúde Pública 2 Anos/PósLaboral Lichinga Português Nenhuma Licenciatura em Áreas Afins EXTENSÃO DE GURÚÈ – GURÚÈ Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Direito 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Gurúè Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Administração Pública 4 Anos/PósLaboral Gurúè Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Gurúè Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Mestrado em Psicopedagogia 2 Anos/PósLaboral Gurúè Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão e Administração Educacional 2 Anos/PósLaboral Gurúè Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Administração Pública 2 Anos/PósLaboral Gurúè Português Nenhuma Licenciatura em Áreas Sociais Educacional LEGENDA: B – Beira Mpt - Maputo PBL – Problem Based Learning Mil - Milange Npl – Nampula QA – Qualquer área C – Cuamba P - Pemba Ch – Chimoio Q – Quelimane Gor – Gorongosa T - Tete Gú – Gurúè EXTENSÃO DE NACALA – NACALA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Direito 4 Anos/PósLaboral Nacala Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão Portuária 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nacala Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nacala Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Nacala Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Mestrado em Administração e Gestão de Negócios (MBA) 2 Anos/PósLaboral Nacala Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão de Recursos Humanos 2 Anos/PósLaboral Nacala Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Gestão e Administração 2 Anos/PósLaboral Nacala Português Nenhuma Licenciatura em QA Npl, P, Q, T equivalente Licenciatura em Administração Pública 4 Anos/à Distância B, Ch, Gor, Mpt, Mil, Npl, P, Q, T, Mocímboa da Praia Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ensino Educação Física 4 Anos/à Distância B, Ch, Mpt, Npl, Q, T, Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão Ambiental 4 Anos/à Distância B, Ch, C, Gor, Gú, Mpt, Mil, Npl, P, Q, T, Mocímboa da Praia Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente 1. Os cursos de licenciatura estão aberto na modalidade paper based e na modalidade online. Os cursos de Educação Física e Desenho estão abertos somente na modalidade paper based e o curso de licenciatura em Ensino de Informática está aberto somente na modalidade online. 2. Para abertura de um curso exige-se no mínimo 20 candidatos para Licenciatura. FACULDADE DE GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS E MINERALOGIA (FAGRENM) – TETE Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos Licenciatura em Engenharia de Minas 5 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português, Desenho, Inglês e Matemática 12ª Classe Ciências ou Equivalente Licenciatura em Engenharia de Processamento Mineral 5 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português, Desenho, Inglês e Matemática 12ª Classe Ciências ou Equivalente Licenciatura em 5 Anos/Laboral e Tete Português Português, 12ª Classe Engenharia Geológica Pós-Laboral Desenho, Inglês e Matemática Ciências ou Equivalente Licenciatura em Gestão Ambiental 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português Inglês 12ª Classe ou Equivalente Licenciatura em Economia e Gestão 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou Equivalente Licenciatura em Administração Pública 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Direito 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português Inglês História 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Tecnologias da Informação 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português Inglês 12ª Classe ou equivalente Licenciatura em Ciências da Comunicação – Especialização em Relações Públicas e Comunicação Estratégica 4 Anos/Laboral e Pós-Laboral Tete Português Português Inglês Matemática 12ª Classe ou Equivalente Mestrado em Gestão e Administração de Negócios 2 Anos/PósLaboral Tete Português Nenhuma Licenciatura em QA Mestrado em Planeamento e Desenvolvimento Regional 2 Anos/PósLaboral Tete Português Nenhuma Licenciatura em QA CENTRO DE ENSINO À DISTÂNCIA (CED) – BEIRA Curso/Programa Duração/Período Local Língua de Ensino Disciplinas exigidas para inscrição Grau / Prérequisitos A nova versão de uma longa-metragem que não dá para subestimar! 14 Savana 16-11-2018 Savana 16-11-2018 15 NO CENTRO DO FURACÃO Ahistória repete-se. O Governo moçambicano quer avançar para mais um pesado endividamento público. São USD 2 mil milhões, praticamente o mesmo montante das chamadas dívidas ocultas que empurraram o país à maior crise económico-financeira de sempre. Por enquanto, o executivo de Filipe Nyusi fala de simples garantias, mas as incertezas no sector do petróleo e gás podem vir a ditar a transformação dessas garantias em dívidas soberanas, tal como aconteceu com a Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) e deverá acontecer com a Mozambique Asset Management (MAM) e Proindicus. Desta vez quem entra na ribalta é a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), o braço empresarial do Estado nos negócios de petróleo e gás. Em causa está a participação da ENH nos projectos do gás natural na bacia do Rovuma, onde a empresa estatal deverá entrar com um capital social de 10% [na área 4] e 15% [área 1], em consórcios liderados pelas multinacionais americana Anadarko e Exxon Mobil e pela italiana ENI. De acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2019, já depositada na Assembleia da República (AR), 90% das garantias e avales do Governo para o próximo ano [mais de 136 mil milhões de Meticais dos cerca de 151 mil milhões estabelecidos como limite máximo] serão destinados para o “apoio ao sector empresarial da indústria extractiva”. Na sua mais recente análise das propostas do Plano Económico e Social (PES) e OE para 2019, o Fórum de Monitoria de Orçamento (FMO), uma plataforma que congrega diversas organizações da sociedade civil, expressou preocupação pelo facto de, em cerca de 151 mil milhões, apenas 10% serem destinados ao restante sector empresarial do Estado. “Esta situação reforça o modelo económico extractivista seguido pelo Governo, que considera a indústria extractiva mais importante do que todos os outros sectores económicos e sociais”, critica o FMO, que insta a Comissão de Plano e Orçamento (CPO) e a AR a exigirem do Governo uma remodelação do OE para que seja mais equilibrado em termos de prioridades dadas aos diferentes sectores económicos. O FMO termina exigindo que o Governo divulgue informação detalhada sobre o que se pretende fazer com 90% de garantias e avales destinadas ao sector empresarial do Estado da indústria extractiva, e em que moldes o montante será aplicado. Mas o SAVANA sabe que a garantia em causa visa, precisamente, cobrir o empréstimo para a participação da ENH nos projectos do gás, sendo que a sua inclusão na proposta do OE foi uma imposição do Fundo Monetário Internacional (FMI). O FMI quer que, desta vez, as garantias sejam inscritas na totalidade nos orçamentos de cada ano em que serão activas, diferentemente do que aconteceu com a EMATUM, em que o Governo não inscreveu as garantias no OE, tendo sido inscritas mais tarde, também por exigência daquela instituição da Bretton Woods. Operação ENH Foi o ministro da Economia e Finanças que anunciou, em Outubro último, que o Governo vai solicitar à AR uma autorização para contrair uma dívida de USD 2 mil milhões a favor da ENH. Falando a 1 de Novembro corrente na cimeira internacional de gás, evento organizado em Maputo pela Financial Times, uma publicação britânica especializada em assuntos económicos, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da ENH garantiu estar tudo acautelado sobre os riscos e modalidades de pagamento do empréstimo. O principal argumento de Omar Mithá é de que garantia soberana não é dívida soberana e que o projecto tem viabilidade assegurada. “É uma garantia que tem a ver com a execução do projecto, é uma garantia documental porque a sua probabilidade de execução é muito baixa”, disse. Quando interpelado por repórteres à margem do evento, Mithá desvalorizou as críticas, considerando-as rumores. “Há rumores de que é outra dívida do Estado, como se fosse algo que aumentasse a dívida financeira, mas isso não é verdade. Tudo foi bem estudado e tudo está resolvido”, respondeu. Uma semana antes, o vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, Augusto de Sousa, afirmava, em entrevista à Lusa, que a garantia teria um prazo de cinco anos. Mas o que é novo é apenas a dívida de USD 2 mil milhões. O expediente, esse, é o mesmo que foi servido aos moçambicanos em 2013. Na altura, quando começavam a soar os alarmes sobre a EMATUM, o Governo insistia que não se tratava de dívida pública, mas de simples garantias para uma empresa que alegava ser privada e completamente viável. Mas é essa empresa “viável” que, na semana passada, hipotecou as receitas do gás moçambicano, que será usado para o pagamento da sua dívida. Com um empréstimo de USD 850 milhões, a EMATUM é controlada em 34% pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) e em duas parcelas de 33% pela Empresa Moçambicana de Pescas (EMOPESCA) e Gestão de Investimentos, Participações e Serviços (GIPS), ligada aos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE). Por sua vez, a Proindicus, com um fardo de USD 622 milhões, conta na sua estrutura accionista com 50% da GIPS e outros 50% da Monte Binga, uma empresa controlada pelo Ministério da Defesa. A MAM, USD 535 milhões, é detida pela GIPS em 98%, EMATUM com 1% e a Proindicus também com 1%. As empresas, jocosamente designadas “as três marias”, têm o mesmo PCA. Chama-se António Carlos do Rosário, um todo-poderoso oficial do SISE e antigo professor no Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI), instituição que dá emprego a muitos quadros da “secreta” e conhecida como fonte de recrutamento para a segurança moçambicana. Recentemente, António Carlos do Rosário, tratado no relatório da Kroll sobre nas águas do Porto de Maputo, deitando abaixo qualquer “conversa” sobre viabilidade. No caso do petróleo e gás natural, a viabilidade parece estar substancialmente assegurada, mas basta ver as notícias internacionais sobre os mercados destas comodities e das próprias grandes empresas envolvidas no gás em Mozambique para se aperceber das incertezas no sector. Na verdade, os preços destes produtos continuam, e sempre foram muito voláteis, dependentes ou afectados por factores não-económicos, como guerras e disputas entre países. Fonte atenta ao sector explicou ao SAVANA que, para além de preços cada vez mais baixos, as tecnologias tendem a ser cada vez mais eficientes, o que reduz o uso e, consequentemente, a procura do gás e petróleo. “Usa-se menos gasolina por km andado de carro que há uns 20 anos; as fontes estão a ser substituídas por alternativas (solar, eólica, etc.); os grandes consumos estão a diminuir por racionalização (fortes políticas para desincentivar o uso de meios pessoais e incentivos a usar transportes públicos)”, sublinhou. “Então, como é que está assegurada a viabilidade deste projecto; até os próprios promotores (caso da Exxon) estão receosos”, problematizou. Diferentemente do consórcio liderado pela ENI, cuja Decisão Final de Investimento (DFI) saiu em 2017, o consórcio liderado pela Exxon Mobil, cotada como a maior petrolífera do mundo, ainda não tomou a DFI, o que é interpretado como uma medida cautelosa face às incertezas no sector. Opções ignoradas De acordo com o ministro da Economia e Finanças, a participação nacional nos projectos de gás da bacia do Rovuma não tem outra hipótese, senão pela via de empréstimo. “Então tem de ter o suporte do Governo por ser uma empresa pública. Essa é a condição para a ENH…o país continuar como concessionária”, defende Adriano Maleiane. Mas há sectores que defendem que há outras modalidades que podem ser seguidas sem hipotecar o futuro do país. Os chamados “Project finance” são apontados, dentre várias, como uma das opções que podiam ser usadas. Aliás, esta foi a modalidade que a própria ENH usou para assegurar os 25% que detém no projecto de exploração dos campos de gás de Pande e Temane, em Inhambane, pela petroquímica sul- -africana Sasol. A engenharia é simples. A ENH criaria uma entidade similar à Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), sua subsidiária nos projectos de Pande e Temane, que passaria a deter os 10% e 15% que a companhia estatal possui na área 4 e 1 do Rovuma. Para a entidade criada, estes 10% e 15% seriam um projecto em si, com 100% de activos. Depois, esta entidade cederia parte destes 100% [por exemplo, 40%, e ficava com 60%] a potenciais interessados, encaixando parte significativa do valor para financiar a sua participação País na rota de mais um pesado endividamento - Governo recorre a uma narrativa já conhecida: são simples garantias e há viabilidade. Mas foi a mesma retórica usada no tristemente célebre “caso EMATUM” nos projectos de petróleo e gás do Rovuma. Tanto a Anadarko como a ENI já aplicaram tal modalidade, “com muito sucesso, na bacia do Rovuma e encaixaram biliões de dólares”, frisou. Entretanto, sectores mais conservadores argumentam que o Governo pode, simplesmente, não fazer parte da estrutura accionista para a exploração do gás e petróleo, ficando na mesma a beneficiar, com o pagamento de impostos como o IRPC e Royalities, o que passa por uma preparação para a devida tributação dos projectos. De resto, e ao contrário das dívidas ocultas, que não passaram pela AR, em clara violação da Lei Orçamental, as garantias para a “operação ENH” deverão, por exigência do FMI, passar pelo maior órgão legislativo do país, que deveria desempenhar um papel decisivo na defesa dos interesses dos moçambicanos. Mas é quase certo que a ditadura de voto da bancada maioritária, a Frelimo, que transformou o Parlamento numa espécie de notário para o Governo carimbar documentos, voltará a vingar, tal como deverá vingar na hipoteca do gás para o pagamento da dívida da EMATUM. Com uma maioria confortável no Parlamento, o Governo despacha tudo na Avenida Julius Nyerere (onde fica a presidência da República) com a tranquilidade de que, do outro lado da Avenida 24 de Julho (AR), também reinam os seus. Foi a bancada da Frelimo que aprovou a inclusão da dívida da EMATUM na Conta Geral do Estado (CGE) de 2014 e as dívidas da Proindicus e da MAM na CGE de 2015, legalizando assim empréstimos contraídas ao arrepio da legislação pela administração Guebuza. *UiÀFRDSUHVHQWDGRSHORPLQLVWURGD(FRQRPLDH)LQDQoDV$GULDQR0DOHLDQHQDFRQIHUrQFLD)LQDQFLDO7LPHV VREUHDSUHYLVmRGDVUHFHLWDVÀVFDLV Na sua edição de Outubro último, o ODI, um think tank independente baseado em Londres e virado ao desenvolvimento sustentável, chama atenção para o crescimento da dívida pública externa na África Subsahariana. A publicação refere que 18 países estão em alto risco de endividamento, um número que representa mais que o dobro desde 2013, enquanto oito, incluindo Moçambique, já estão em dificuldades. “Um país é visto como estando em situação de endividamento quando está lutando para pagar sua dívida, como demonstrado pelos pagamentos em atraso, a reestruturação de sua dívida ou outros sinais claros de que uma crise da dívida está se aproximando”, explica a análise intitulada “Dívida crescente de África” e editada em inglês. Entretanto, quando o país se prepara para mais um empréstimo, a mais recente colectânea “Desafios para Moçambique”, uma publicação do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), cuja edição 2018 foi lançada na semana passada, dá conta dos efeitos prejudiciais do crescente endividamento público do país. O rácio da dívida pública moçambicana chegou a atingir a casa dos 130% do Produto Interno Bruto (PIB), em finais de 2016, superando o limite considerado sustentável pelo FMI, que é de 70% do PIB. Em 2017, a dívida pública moçambicana ascendeu a USD 12,7 mil milhões, dos quais USD 10,9 mil milhões é externa (incluindo as garantias soberanas das dívidas ocultas), mantendo-se assim acima dos limites de sustentabilidade, pelo segundo ano consecutivo. A dívida pública interna também tem crescido, significativamente, o que tem levado o governador do Banco de Moçambique (BM) a tocar, repetidamente, nos alarmes. Na última reunião do Comité de Política Monetária (CPMO), Rogério Zandamela fez notar que o fluxo da dívida pública contraída com recurso a Bilhetes de Tesouro, Obrigações de Tesouro e adiantamentos do Banco Central aumentou em termos acumulados, ou seja, em mais de 2 mil milhões de meticais, para o saldo de Simplesmente prejudiciais 107.460 milhões de meticais em Outubro. “O endividamento público interno continua elevado, subiu mais um pouco, quase 2 biliões, desde a última vez que estivemos aqui (CPMO) e corresponde a 12,3 por cento (do PIB). Ela já é elevada e continua a crescer”, alertou o governador, chamando à atenção que, “os montantes não tomam em consideração outros valores de dívida de pública interna, tais como contratos mútuos e de locação financeira”. Nem promovem crescimento económico Intitulada “Efeitos Macroeconómicos da Dívida Pública e do Serviço, uma análise empírica de Moçambique”, a publicação do IESE refere que evidências, obtidas através de uma análise econométrica, mostram que, tanto a contracção de empréstimos públicos externos, como domésticos, não teve, entre 2000 e 2016, impacto no aumento do nível de PIB real. “Pelo contrário, deterioraram o nível de produto”, refere a análise, acrescentando que a constatação se estende ao caso do serviço da dívida externa e doméstica, que também teve um forte efeito negativo no produto durante os 16 anos estudados. Da autoria do economista Yasfir Ibrahimo, investigador do IESE, a análise sublinha ainda que ambos serviços da dívida, externa e doméstica, são prejudiciais para o nível de PIB quando comparado com as dívidas em si. “Assim, durante o período em análise, o recurso à divida pública para estimular o Produto Interno Bruto real não produziu os efeitos esperados, o que pode indicar que as dívidas contraídas durante este período foram utilizadas para outros fins e não, necessariamente, para promover o crescimento económico”, refere. Adicionalmente, prossegue, as evidências empíricas mostram que, no curto prazo, tanto a dívida externa como doméstica e o serviço da dívida externa têm efeitos negativos sobre a taxa de câmbio, enquanto as variáveis da dívida e do serviço de dívida afectaram, negativamente, as taxas de juro dos bilhetes de tesouro e a prime lending rate. “Neste contexto, há que destacar o contributo significativo da dívida doméstica e do respectivo serviço da dívida na variação da taxa de juro dos Bilhetes do Tesouro. Isto mostra que os sucessivos aumentos de dívida doméstica originaram aumentos da taxa de juro. Consequentemente, a prime lending rate acaba por ser influenciada pelo aumento da taxa de juro do Bilhetes do Tesouro”, lê-se no artigo. Numa altura em que o Governo se virou para o mercado interno para se financiar, face ao bloqueio nos mercados internacionais desde a revelação das dívidas ocultas em Abril de 2016, a análise menciona o efeito crowding- -out resultante da redução de recursos à disposição de outros agentes económicos, como famílias e empresas, para financiar a actividade económica. “No caso específico da economia de Moçambique, o uso do endividamento doméstico para estimular o nível de produto criou constrangimentos na expansão da economia”, observa. Significa que há cada vez mais escassez de recursos para financiar a actividade económica como consequência da absorção dos recursos por parte do Governo. “A contínua emissão de Bilhetes de Tesouro pelo Governo para financiar a despesa pública e, também, para pagar a dívida pública doméstica, tende a criar pressões no incremento desta taxa de juro”, refere. No que à divida externa diz respeito, o estudo destaca que, no período em análise, o PIB reagiu, negativamente, ao serviço da dívida externa. Esta tendência, explica a publicação do IESE, pode ser sustentada com grande parte da literatura que defende que o pagamento do serviço da dívida externa reduz a disponibilidade de recursos na economia, que poderiam ser aplicados para estimular a demanda agregada. A dado passo, a análise recorre à revisão da literatura para assinalar a existência de dívidas interageracionais, como aquelas que, no futuro, obrigarão os Governos a aumentar os impostos para cumprir as obrigações impostas pelo empréstimo. Mas o ministro Maleiane, sempre optimista, não tem dúvidas que a economia moçambicana vai ser sustentável, uma vez que a partir de 2024 contará com um reforço adicional das receitas fiscais provenientes da exploração do gás natural na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado. as dívidas ocultas como o “indivíduo A”, apareceu no “Notícias”, o matutino do establishment, a reivindicar prejuízos de USD 1,8 mil milhões para a MAM, alegadamente, devido ao “barulho” que se seguiu à criação das três empresas. No caso da ENH, esta é detida a 100% pelo Estado. Das garantias às dívidas Mas basta recuar cinco anos para compreender que as declarações dos actuais dirigentes em nada diferem da narrativa apresentada aquando da dívida da EMATUM. Foi em plenas celebrações do 25 de Setembro de 2013 que o então ministro das Finanças, Manuel Chang, desmentiu que o Governo iria contrair um empréstimo, afirmando que o Estado era, simplesmente, avalista de uma empresa que, na altura, classificou de privada. “O Governo é apenas um avalista”, dizia Manuel Chang, insistindo que o Governo entrou apenas como avalista junto das agências financeiras internacionais (BNP Paribas e Credit Suisse), sem nenhum risco para o OE e que toda a operação é da responsabilidade da EMATUM. “Esta operação não tem nada a ver com o Orçamento de Estado. O Governo apadrinha por considerar que é importante. Não entramos com nenhum valor, apenas avalizamos junto de agências financeiras internacionais”, respondia a jornalistas, momentos após a cerimónia central alusiva ao dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Manuel Chang foi, de acordo com documentos despoletados em 2016 pela imprensa, quem assinou, em nome do Governo, através do Ministério das Finanças, a garantia com o banco Credit Suisse International, através da sua filial baseada em Londres, a 30 de Agosto de 2013. A 28 de Fevereiro do mesmo ano, Chang teria assinado o acordo para um dos empréstimos contraídos pela Proindicus, também junto da filial londrina do Credit Suisse. A 20 de Maio de 2014, o então ministro assinou mais uma garantia do Estado, desta feita com o banco russo VTB Capital, para o financiamento da MAM. Os depoimentos de Manuel Chang, o principal rosto do Governo de Armando Guebuza nas dívidas ocultas, surgiram numa altura em que o The Economist Intelligent Unit, uma unidade de análise da revista britânica The Economist, alertava, em matéria reproduzida em destaque pelo SAVANA sobre a entrada de Moçambique para um terreno arriscado em termos de endividamento, muito dele para custear despesas faraónicas, dando como exemplos a EMATUM e a ponte Maputo Ka Tembe. A ponte inaugurada no último sábado deixa o país endividado em USD 785 milhões ao China Exim Bank, mas para Armando Guebuza, a infra-estrutura mostra que o ex-estadista cumpriu com brio o seu mandato. “Estou feliz. É uma obra que fala por si (…) sinto que a minha missão foi cumprida com brio, orgulho, prazer (…)”, desabafou Guebuza, para quem “quando temos uma conquista, há quem não gosta dela, e visceralmente nos ataca”, mas “não nos preocupemos, vamos continuar com a nossa conquista e defendamo-la”. Numa altura em que o executivo volta a apostar no discurso de garantias e não dívidas, uma especialista em economia, que não quis ser identificada, disse ao SAVANA que, na verdade, tal distinção vale mais em teoria. Isto é, se aquele que se compromete com o empréstimo cumprir as suas obrigações, as garantias nunca chegam a ser accionadas e, portanto, são anuladas/dissolvidas quando a vida do empréstimo termina. Mas se a empresa falha o pagamento, como está a acontecer com a EMATUM, MAM e Proindicus, é o avalista que entra para pagar a dívida. No caso de garantias estatais, como as moçambicanas, significa que o pagamento das dívidas será feito com recurso ao erário público, dinheiro dos moçambicanos. Foi o que aconteceu com a EMATUM, cujo empréstimo será pago com receitas provenientes do gás natural, tornando a aventura do Governo de Armando Guebuza cada vez mais cara para os moçambicanos. Foi na semana passada que o Ministério da Economia e Finanças anunciou ter chegado a um “acordo de princípios” com quatro dos detentores dos títulos do empréstimo da EMATUM, representando cerca de 60% dos títulos da dívida de USD 726,524 mil a taxa de 10,5%. À luz do acordo, o país, e não a EMTUM como argumentava o executivo de Guebuza, deverá pagar o encargo com 5% das receitas do gás até 2033. O Centro de Integridade Pública (CIP) exigiu ao Parlamento moçambicano para rejeitar esta proposta de restruturação por comprometer o bem-estar de uma geração inteira. “Uma restruturação da dívida deve proteger os interesses dos moçambicanos, promover o crescimento económico e permitir que os gastos públicos favoreçam aquisição de bens e serviços essenciais para os sectores prioritários”, sublinhou o CIP, para quem devem ser encontradas outras alternativas para restabelecer a confiança do país e nível da comunidade internacional. Viabilidade em tempos de incertezas Tal como nos casos EMATUM, MAM e da Proindicus, a capacidade de pagamento da dívida pública da ENH está sustentada pelas perspectivas de receitas do petróleo e gás natural. Mas a economista consultada pelo jornal lembra que a volatilidade e as incertezas do sector acarretam sérios riscos ao país, num contexto em que os preços destas commodities dependem mais das dinâmicas externas do que internas. No caso da EMATUM, Manuel Chang argumentava que o Governo tinha um estudo de viabilidade que mostrava grande viabilidade técnica, económica e financeira da empresa. O então ministro dizia mesmo que a EMATUM era tão viável que os bancos aprovaram conceder o empréstimo e até transformar em outros instrumentos financeiros que foram logo comprados por instituições internacionais. Mas, cinco anos depois, os barcos da EMATUM estão a enferrujar Por Armando Nhantumbo Savana 16-11-2018 16 DIVULGAÇÃO SOCIEDADE Novembro de 2018 Introdução A agricultura é defi nida pela Constituição da República de Moçambique (CRM) como base do desenvolvimento, e o meio rural tem sido referido no discurso político como aquele que carece de maior atenção de políticas públicas por ser onde mora cerca de 70% da população. No entanto, as políticas públicas, com particular destaque para o Plano Quinquenal do Governo (PQG), os Planos Económicos e Sociais (PES) e Orçamentos do Estado (OE), não provam o estabelecido na CRM nem nos discursos políticos. Este texto analisa as dotações orçamentais à agricultura e desenvolvimento rural na Proposta do OE 2019. Por se tratar do último OE do mandato do actual governo, a análise foi extensiva à evolução das dotações orçamentais ao longo de todo o quinquénio: 2015 a 2019, procurando aferir se as metas estabelecidas no PQG 2015-2019 poderão, ou não, ser cumpridas até ao fi nal do exercício económico de 2019. AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO RURAL NA PROPOSTA DE OE 2019 Que política está por detrás do OE 2019? Uma das principais preocupações tem sido a evidente secundarização da agricultura e do meio rural, quando se trata de implementação de políticas públicas e alocação de verbas do Orçamento do Estado para o sector. Conforme se pode ver no quadro abaixo, as dotações orçamentais para a agricultura e desenvolvimento rural estiveram abaixo de 10%, de 2015 a 2018, desrespeitando o compromisso assumido pelo Governo de alocar, pelo menos, 10% do OE àquele sector, segundo a Declaração de Maputo. Quadro 1: Evolução das alocações orçamentais à agricultura e desenvolvimento rural 2015-2019 segundo Leis Orçamentais Subsector  2015 2016 (proposta) 2016 Rev. 2017 2018 2019 (proposta) Agricultura e desenvolvimento rural (Em Milhões de MT) 15 845,00 15.340,30 16.271,50 18.215,80 13.238,80 29.130,20 Despesas totais (Ex. Encargos Gerais do Estado) (Em Milhões de MT) 196.608,50 207.525,00 204.304,10 209.893,20 232.246,10 263.912,70 Proporção da agricultura e desenvolvimento rural nas despesas totais (em %) 8,1% 7,4% 7,9% 8,7% 5,7% 11,0% Fonte: Construído pelos autores com base nos OE 2015-2019 (Proposta) Neste contexto, esta análise levanta preocupações e avança sugestões relacionadas com a política por detrás das metas de dotação orçamental, a defi nição de produtos agrícolas prioritários, das zonas prioritárias, o sector familiar agrícola, serviços de sanidade animal e, por último, a questão da investigação e extensão rural agrícola, particularmente a capacitação técnica a nível local. Nos PES analisados não se encontram inscritas actividades ligadas à investigação agrária, excepto a disponibilização de novas variedades de sementes que, entretanto, reduziu de 2016 para 2018 em 12 variedades (de 18 para 6 variedades), mas aumentou em duas variedades de 2018 para 2019. No fi nal, o número de novas variedades de sementes manteve-se em 10, nos anos 2015 e 2019. De acordo com os dados publicados pelo Governo nas leis orçamentais de 2015 a 2019 (proposta), a alocação orçamental ao sector da agricultura e desenvolvimento rural variou de 5,7% a 11% das despesas totais. Com base nestes dados, em 2019 está previsto 11% do total do OE. Esta percentagem representa um aumento para cerca do dobro da alocação orçamental de 2018, que era de 5,7%. Entretanto, com base nos somatórios das dotações orçamentais ao Ministério de Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) e ao Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), a nível central e provincial, as dotações orçamentais variaram de 2,53% a 4,10% conforme mostra o quadro 2 abaixo. Com esta discrepância de dados, não fica claro quais contas o governo inclui para a obtenção das proporções de alocação orçamental apresentadas no quadro 1. Quadro 2: Somatório das dotações orçamentais ao MASA e MITADER, a nível central e provincial 2015-2019 Subsector  2015 2016 2016 Rev. 2017 2018 2019 (proposta) MASA + MITADER (e respectivos institutos) (Em Milhões de Meticais) 8.065,78 7.357,30 6.710,07 7.576,66 5.870,64 10.521,32 Despesas totais (Ex. Encargos Gerais do Estado) (Em Milhões de MT) 196.608,50 207.525,00 204.304,10 209.893,20 232.246,10 263.912,70 Proporção das dotações orçamentais ao MASA + MITADER nas despesas totais (Em %) 4,10% 3,54% 3,28% 3,61% 2,53% 3,99% Fonte: Construído pelos autores com base nos OE 2015-2019 Deseja-se que a fasquia de 11% do total do OE 2019 para agricultura e desenvolvimento rural não tenha sido atingida por meio da inclusão de outras linhas orçamentais de outras entidades que intervêm no meio rural. A proposta do OE 2019 não permite saber que elementos específicos estão incluídos na linha orçamental da agricultura e desenvolvimento rural em 2019. Após muita exigência e insistência das organizações da sociedade civil (OSC) para que o Governo aumente a alocação orçamental à agricultura e desenvolvimento rural, a sociedade civil espera que a alocação (11%) proposta para 2019 não seja apenas para acalmar os ânimos em ano eleitoral. Por isso, a sociedade civil relacionada com a agricultura continuará atenta na monitorização do OE dos anos a seguir a 2019, para verificar a continuidade da dotação orçamental superior a 10% do total do OE. Encargos da dívida mais caros do que agricultura e desenvolvimento rural Se por um lado é satisfatório notar que, em 2019, a agricultura e o desenvolvimento rural poderão ter uma dotação orçamental equivalente a 11% do total do OE, pela primeira vez na história do país, por outro lado, preocupa a sociedade civil notar que o Estado irá gastar mais dinheiro com encargos da dívida (35 milhões de Meticais) contra os cerca de 29 milhões de Meticais da agricultura e desenvolvimento rural. Essa desigualdade é reveladora da aposta do Governo em continuar com uma política de endividamento público mesmo que tal represente maiores encargos financeiros do que aqueles direccionados às prioridades de produção agrícola ou de desenvolvimento do país, de forma mais geral. Savana 16-11-2018 17 SOCIEDADE DIVULGAÇÃO Secundarização do sector familiar Quadro 3: Amostra de projectos de investimento no sector da agricultura para 2019 (em milhões de meticais) Título do projecto Fundos externos Fundos internos Total Fomento da cultura do caju - 55,4 55,4 Produção de mudas - 97,6 97,6 Tratamento químico de cajueiros - 279,2 279,2 Apoio ao desenvolvimento agrário - 263,9 263,9 Revitalização da cadeia de valor do algodão - 53,9 53,9 Reabilitação/construção de regadios - 14,4 14,4 Programa de extensão agrária (PNSA) 116,0 - 116,0 Projecto de desenvolvimento de cadeias de valor nos corredores de Maputo e Limpopo (PROSUL) 500,6 - 500,6 Construção e reabilitação de infra-estruturas agrárias - 20,8 20,8 Intensificar a produção de culturas alimentares - 14,5 14,5 Combate ao amarelecimento letal do coqueiro Fonte: Proposta do OE 2019, pág. 36 A aposta do Governo no sector da agricultura e desenvolvimento rural é consistente com os anos anteriores na falta de priorização de produtos alimentares considerados essenciais no contexto moçambicano, sem definição de zonas prioritárias. Por exemplo, a amostra de projectos de investimento previstos para 2019, apresentados no quadro abaixo, denotam a forma difusa e vaga em que o OE tem sido apresentado. Desde o fomento do caju passando pela revitalização da cadeia de valor do algodão ao combate ao amarelamento letal do coqueiro, é difícil identificar as prioridades. À rubrica “intensificar a produção de culturas alimentares” – sem mencionar de que culturas se trata – serão alocados 14,5 milhões de meticais contra 53,9 milhões da cadeia de valor do algodão e 97,6 milhões de meticais a serem gastos na produção de mudas de cajueiros. A agricultura e o meio rural são dominados pelo sector familiar, o que significa que todas as políticas, incluindo as alocações orçamentais, devem ter como prioridade esse sector familiar. Porém, a sociedade civil relacionada com o sector agrário nota, com preocupação, uma secundarização do sector familiar seja em termos de assistência técnica, por via de extensionistas que não oferecem formação técnica a nível local, e, quando oferecem, não é com regularidade e continuidade, seja por via da implementação de actividades conexas que promovem o bem-estar sócio-económico como, por exemplo, combate à desnutrição crónica nas crianças dos zero aos cinco anos que afecta 53% das crianças. Em 2016, existiam 1.371 extensionistas no país. A previsão de contratação de profissionais na área de extensão agrária nos anos subsequentes foi decrescente. Em 2017 previa-se a contratação de 390 extensionistas e em 2019, prevê-se a contratação de 283 extensionistas. Não são apresentados programas nem orçamentação para actividades fundamentais que proporcionam o aumento da produtividade, como seja a transferência de tecnologias, através da formação e capacitação técnica dos produtores e, em particular, os que se integram em associações e cooperativas. Igualmente pouco significativas são as referências acerca da organização e incentivos para que o associativismo cresça no seio dos pequenos produtores. Os valores correspondentes não estão especificados O PES deveria referir medidas de política económica para o incentivo dos diferentes tipos de produtores, como a revisão reclamada pelas empresas agrárias quanto ao IRPC, opções de abertura/proteção alfandegária, revisão dos sistemas de subsídios e prestação de serviços agrários. O texto é da responsabilidade do OMR Este documento foi elaborado com a participação fi nanceira da União Europeia. O seu conteúdo é da responsabilidade exclusiva do projecto não podendo, em caso algum, considerar-se que refl ete a posição da União Europeia Conclusão: como inverter a secundarização da agricultura? dos agricultores de pequena escala, particularmente mulheres e jovens, focalizando naquelas componentes do orçamento agrário que, quando implementadas, terão impacto directo neste grupo alvo, com destaque para as áreas de: (i) apoio directo à produção, (ii) serviços de investigação e extensão agrária e rural, (iii) sistemas de irrigação de média e pequena escala, (iv) microcrédito e serviços fi nanceiros rurais, v) gestão pós-colheita e (vi) segurança de uso e posse de terra. Particular atenção deve ser dirigida para a agricultura camponesa e as opções das práticas agro-ecológicas associadas, para o alcance da soberania alimentar. Os serviços de extensão rural devem integrar uma componente de capacitação técnica, em sociologia, e de gestão do associativismo dos camponeses para permitir melhoria das técnicas de produção, de forma sustentável, evitando a contínua dependência dos camponeses aos extensionistas. Para inverter a secundarização da agricultura, é necessário que o Poder assuma realmente o princípio constitucional, elaborando e fazendo cumprir uma política agrária explícita, ajustada e estável, com instituições de gestão profi ssional, que sejam efi cazes e efi cientes, e com maior afectação de recursos internos. Instituições democráticas que envolvam os agentes económicos nos processos de decisão e fi scalização e tenham capacidade de gerir confl itualidades à luz do Direito e em defesa dos direitos. É necessária uma política agrária que corresponda à promoção de um desenvolvimento sustentável da economia e da sociedade e que seja independente dos interesses económicos e políticos conjunturais. Ademais, os Planos Económicos e Sociais (PES) dos próximos anos devem estar refl ectidos no orçamento por acções concretas e recursos específi cos direccionados para promover iniciativas 4 Maputo, Novembro de 2018 Membros do FMO 18 Savana 16-11-2018 OPINIÃO Registado sob número 007/RRA/DNI/93 NUIT: 400109001 Propriedade da Maputo-República de Moçambique KOk NAM Director Emérito Conselho de Administração: Fernando B. de Lima (presidente) e Naita Ussene Direcção, Redacção e Administração: AV. Amílcar Cabral nr.1049 cp 73 Telefones: (+258)21301737,823171100, 843171100 Editor: Fernando Gonçalves editorsav@mediacoop.co.mz Editor Executivo: Francisco Carmona (franciscocarmona@mediacoop.co.mz) Redacção: Raúl Senda, Abdul Sulemane, Argunaldo Nhampossa, Armando Nhantumbo e Abílio Maolela )RWRJUDÀD Naita Ussene (editor) e Ilec Vilanculos Colaboradores Permanentes: Fernando Manuel, Fernando Lima, António Cabrita, Carlos Serra, Ivone Soares, Luís Guevane, João Mosca, Paulo Mubalo (Desporto). Colaboradores: André Catueira (Manica) Aunício Silva (Nampula) Eugénio Arão (Inhambane) Maquetização: Auscêncio Machavane e Hermenegildo Timana. Revisão Gervásio Nhalicale Publicidade Benvinda Tamele (82 3171100) (benvinda.tamele@mediacoop.co.mz) Distribuição: Miguel Bila (824576190 / 840135281) (miguel.bila@mediacoop.co.mz) (incluindo via e-mail e PDF) Fax: +258 21302402 (Redacção) 82 3051790 (Publicidade/Directo) Delegação da Beira Prédio Aruanga, nº 32 – 1º andar, A Telefone: (+258) 82 / 843171100 savana@mediacoop.co.mz Redacção admc@mediacoop.co.mz Administração www.savana.co.mz Cartoon EDITORIAL N ão creio que os políticos tenham inteira consciência do que estão a fazer, ainda mais nesta época em que também a narrativa liberal, depois da derrocada da narrativa comunista, conhece um esgotamento de ideias e processos. Em Portugal há dois sites de fake news que já tem dois milhões de seguidores. Quando a moda pegar por aqui, porque vai atear o seu fogo por todos os lugares, vai ser o desnorte total porque não só a imprensa é mais frágil, como Moçambique padece de uma débil esfera pública, com fracos recursos para se defender. E a questão que não se pode evitar é: por que querem as pessoas fugir da realidade? Tudo está em mudança e não se descortinam horizontes de apaziguamento. Há quarenta, trinta anos, não havia jovem que não acreditasse que podia ser um elo na transformação do mundo, hoje os desequilíbrios sociais acentuaram-se e só uma minoria reduzidíssima (os filhos de uma casta) sabe estar na posse de condições para não ser um joguete do destino. E as organizações políticas já não os representam. Creio que esta dimensão inconfessada – a da impotência face a uma realidade que os exaspera - é trágica e acaba por influenciar os jovens a, a) adoptar soluções radicais, populismos, caminhos para a violência e uma suposta instantaneidade de soluções finais; b) a preferirem as ficções à “realidade” que lhes vende o sistema instituído que os marginalizou. O frágil equilíbrio do contrato social rompe-se e então cada um envereda na sua aventura pessoal e egoísta. Neste cenário, a persuasão vê-se remetida para o caixote da retórica antiga, da que favoreceu o status e deixou dois terços dos jovens à beira A dupla orfandade da orfandade social. Volta a atracção da força como mecanismo e coerção e expediente interpessoal. Face à impossibilidade de serem actores de mudança, num mundo em que os media, como se viu nas eleições brasileiras e americanas, cedem às redes sociais, sendo que nestas se disseminam novas tribalizações e ideias de pertença que já não têm a ver com nações ou fronteiras (dominadas por “crenças particulares” que se querem universais, que vão das mais estúpidas e inocentes como a teoria de que a terra é plana, às teorias da conspiração que distorcem a leitura do mundo num registo esquizóide), e que no computo geral revelam que uma imensa massa já não acredita que algo fora de nós possa servir de mediação para a experiência, que tipo de fidelidade podem esperar os sistemas políticos e sociais daqueles que abandonaram? Nenhuma. Hoje a net está ao alcance dos telemóveis. Os jovens veem imagens e sistemas de vida, comparam as suas realidades com as que estão à distância de uma tecla. E que oferece Moçambique, ao contrário de tantos lugares, aos seus jovens? Barracas e tascas. Álcool e álcool, cerveja, Tentação e uísque, quando não a droga. O mais está numa relação absolutamente desproporcional, o cinema é nulo, o teatro raro, a música não tem o incremento devido, os livros estão pela hora da morte, a cultura é apanágio de uma minoria urbana, os jornais estão saturados de gordura ou sensacionalismo político, e o único divertimento da imensa maioria, aquela que enche a marginal até à Costa do sol, é álcool, e eventualmente sexo. Só condimentos morfológicos. Excelentes motivos para não crescer. Surpreende que depois deixem toneladas de lixo nas praias, num absoluto desafecto pelos lugares onde tentam sublimar a sua irrelevância? Porque eis a questão silenciada: hoje a maior parte das pessoas sofre não em virtude de exploração, mas de algo muito pior, a de se sentirem irrelevantes e sem sentido para a vida. Comecei a ler o último livro do israelita Yuval Noah Harari, 21 Lições para o Século XXI, (o autor do celebrado Homo Sapiens) que nos aponta um horizonte futuro de entre dez a trinta anos. E aí o fosso em que se encontram os jovens moçambicanos aumenta. Como ele explica: «A narrativa liberal era sobre pessoas comuns. Como ela pode continuar a ser relevante num mundo de ciborgues e algoritmos em rede?», para fixar o cenário mais devastador: «Talvez no século XXI as revoltas populares sejam dirigidas não contra uma elite econômica que explora pessoas, mas contra a elite económica que já não precisa delas. Talvez seja uma batalha perdida. É muito mais difícil lutar contra a irrelevância do que contra a exploração». Está Moçambique a preparar-se para a crise ecológica iminente, a ameaça e o surgimento de novas tecnologias disruptivas? Estaremos apenas, pela evasão a essas matérias, a deixar os jovens duplamente órfãos? Afinal que esforço se faz hoje na educação para preparar os jovens para o impacto, por exemplo, que a Inteligência Artificial vai ter, a breve trecho, nas suas oportunidades ou desoportunidades laborais? São exemplos de problemáticas que hoje se discutem em todo o mundo, mas que o ensino moçambicano descura porque se continua na contagem dos votos, na babalaza das crises que o sistema a si mesmo provoca. Quando, abolido o nexo do passado, se compromete quaisquer possibilidades de fazer projeções para o futuro, o real passa a ser um osso que já não conseguimos nem roer, nem nomear ou categorizar. E aí a violência social só pode subir em flecha. Uma opção de risco D epois de cerca de três anos de negociações, o governo conseguiu, finalmente, alcançar um acordo com uma parte dos credores das três dívidas de mais de dois biliões de dólares que provocaram o esfriamento nas relações entre Moçambique e alguns dos seus principais parceiros económicos. O acordo cobre apenas 60 por cento dos credores da dívida da EMATUM, que era inicialmente de 850 milhões de dólares. Com o acordo, esta porção da dívida, detida por quatro empresas de gestão de capitais, passa a ter a sua maturação até Setembro de 2033. Pondo de lado todas as complexidades técnicas que o mesmo representa, pode se considerar este acordo como um passo importante no sentido de ver normalizada a relação entre Moçambique e os credores, certo alívio para um país imerso numa grave crise económica. Apesar de reinar algum optimismo por parte dos gestores económicos do país, quanto à possibilidade de conclusão da parte que falta das negociações com outros credores, o caminho parece ainda longo, o que reforça o sentimento de incerteza sobre o futuro, especialmente se muitas acções futuras dependem desse entendimento final. Estas dívidas introduziram um elemento de tensão e de desconfiança que levará muito tempo a dissipar, mas o que é mais complexo ainda é que a não conclusão das negociações com os outros credores continuará a adiar outras acções que dependem desse processo, não menos importante das quais, um acordo de assistência técnica com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Um acordo com o FMI é crucial para que Moçambique esteja em condições de poder voltar aos mercados internacionais de capitais para a mobilização dos fundos necessários para induzir uma nova dinâmica no desenvolvimento económico do país. Mas a parte mais problemática, ainda, tem a ver com a gestão política de toda esta questão das dívidas ocultas. Parece não haver clareza quanto à estratégia que o governo está a tomar para prestar os esclarecimentos devidos em relação à matéria, facto que se tem traduzido num ambiente de incerteza e de desconfiança entre os moçambicanos sobre as verdadeiras intenções do governo. Pode ser discutível a pretensão de alguns cidadãos que submeteram ao Conselho Constitucional uma petição visando a declaração da inconstitucionalidade das dívidas, mas mais preocupante, ainda, é que aquele órgão de justiça não tenha até aqui se pronunciado sobre a matéria, dando algum sentido de finalidade, pelo menos àquele nível. O processo relacionado com a auditoria independente continua sem nenhum desfecho, depois da Procuradoria Geral da República (PGR) o ter remetido ao Tribunal Administrativo, do mesmo modo que se mantêm pendentes pedidos de esclarecimento sobre questões que emergiram do relatório de auditoria. O governo tem a obrigação legal de prestar estes esclarecimentos, não como resposta a caprichos de seja quem for, mas sim como forma de assumir a sua responsabilidade pública perante os cidadãos. Manter este silêncio ensurdecedor só propicia a especulação e o boato, para além de cimentar a ideia generalizada de práticas lesivas ao interesse do Estado. Mas se esta é a opção do governo tomou, não haverá alternativa quanto ao entendimento público de que o governo pretende manter as coisas como elas estão, no entendimento de que eventualmente, com a passagem do tempo, o povo se esquecerá. Uma opção de risco, na nossa opinião. Savana 16-11-2018 19 OPINIÃO 604 Email: diariodeumsociologo@gmail.com Portal: https://oficinadesociologia.blogspot.com Uma coleção internacional [27] Estado de Direito garantindo o controlo por mecanismos jurisdicionais. Sabendo que o Direito constitucional é eminentemente político, a larga doutrina o atesta, mecanismos que garantissem a sua neutralidade na produção das suas decisões impõe-se com acuidade. Daí que ocorre a ideia de atribuir o controlo da constitucionalidade, legalidade aos tribunais, como por exemplo, ao CC, para isolar esse processo das interferências políticas. Quem analisar a evolução do Estatuto do CC em Moçambique entenderá que esta foi uma das preocupações fundamentais. Para o caso de Moçambique, a CR de 1990 (artigo 109) integrou o CC no conjunto dos órgãos de soberania, definindo-o como “órgão de competência especializada no domínio das questões jurídicas constitucionais” (artigo 180). A lei Orgânica de 2003 e a Constituição de 2004 foram igualmente pertinentes para que o CC fosse visto como a espinha dorsal do processo democrático nacional. Como o reconhece a obra acima referenciada, a questão da independência dos juízes para que cumpram o seu papel é ainda um desafio em África (casos interessantes são os do Senegal, Mali e kenya nas suas últimas eleições). A politização da Justiça constitucional ( JC) em África deve-se, muitas vezes, como o reconhece um relatório sobre a independência do CC em Moçambique, à natureza das questões submetidas, mas também mostram outros estudos sobre a JC, a forma como cada um dos juízes que compõe este órgão lá chegou. Para o caso de Moçambique, a situação é mais sensível, pois o CC funciona igualmente enquanto tribunal Eleitoral, o que dificulta ainda a aceitação de que as decisões ali tomadas que sejam a desfavor da oposição. Nestas eleições, o que se constatou é que o CC, enquanto jurisdição que trata igualmente do contencioso eleitoral, teve uma actuação menos abonatória em relação àquilo que se esperava dela. É verdade que é ainda necessário estudar a fundo para perceber o que é que determinou tal tipo de atitude mesmo que existam algumas hipóteses que vêem na atuação deste órgão uma resposta política e não rigorosamente jurídica, tendo em conta que os seus membros têm posições políticas bem definidas. Tendo chumbado todos os recursos interpostos pela oposição, com argumentos que podem ser considerados jurídica e intelectualmente fracos, limitando-se aos meros argumentos de ordem processual, o CC, nestas eleições, e mesmo nas de 2014, foi menos o garante da justiça, do Direito, da Igualdade de tratamento, e mais um centro de soluções políticas. A fraqueza dos seus acórdãos em relação aos recursos da Oposição, longe de serem espelho da qualidade dos seus membros, denotam que o CC em Moçambique ainda anda sob influências de ordem política, o Uma das responsabilidades mais profundas dos intelectuais dentro de uma sociedade é, ao meu ver, pronunciar-se com alguma equidistância sobre os assuntos que intrigam a sociedade. É nesse espírito que poderei situar a minha reflexão como efectivação material dessa responsabilidade. Passamos por um período crucial para aquilo que poderíamos, com algumas reservas, chamar de “democracia moçambicana”, pois trata-se de um momento relevante de participação política, as eleições, se seguirmos as perspectivas minimalistas da democracia. Sabemos que uma democracia, qualquer que seja, deve situar-se em dois princípios mínimos fundamentais, por um lado, a certeza de que as regras, portanto, o Direito, serão universais e que a sua interpretação deverá seguir não os interesses particulares (de indivíduos, partidos ou outros grupos), mas, sim, o princípio que as funda, a ideia de justiça e universalidade, por outro lado, a certeza procedimental, que implica que o carácter processual do Direito não deve obedecer às veleidades políticas ou de outro tipo, mas, sim, o princípio da igualdade diante da lei e o interesse da justiça. Ora, quando estes dois princípios mínimos são minados através da politização do Direito ou a juridiscização excessiva da política, com hermenêuticas das normas jurídicas incoerentes ou politizadas, o que nos deve ocorrer é para é que serve finalmente o Direito numa sociedade que se pretende democrática, mormente, aquilo que chamamos em direito, Justiça Constitucional. Obviamente que a resposta a esta questão não poderá ser dada aqui, pois entendo que se trata de uma questão que se integra na ordem das questões cuja amplitude exigiria muito mais espaço. O continente africano é muito interessante para ver como é que o Direito é um amplo campo de lutas políticas, às vezes, que demonstram guerras de grupos ou seitas políticas particulares ainda a vontade de a todo o custo manter o status quo. Vejamos o caso do Burundi ou ainda da RDC. Este problema não é africano em si, porque mesmo nas ditas democracias “maduras” (o que é questionável), a politização do direito ocorre, mas de forma mínima. Enquanto no continente africano, devido à certa ausência da institucionalização do princípio básico do constitucionalismo moderno, a separação dos poderes cria muitos espaços para que haja uma excessiva politização do Direito, menos pela incompetência dos magistrados (assim pude constatar durante um ano e um mês de pesquisa sobre reformas no sector na justiça), mas pela forma como o sistema político está organizado manifesta e latente, ou seja, procura-se nos aspectos processuais as brechas para que não se julgue as questões de fundo como forma não de realizar a justiça, mas contorná-la dentro do próprio Direito. É uma estratégia clássica quando se quer não tratar matérias de fundo, mas justificar legalmente a tomada de uma certa decisão por isso que, se analisarmos as decisões de muitos conselhos constitucionais em África, constataremos que as questões processuais são verdadeiras armas políticas para excluir ou manter resultados que favorecem o campo estrategicamente mais importante. O Caso do Gabão é interessante a esse título. Dois casos têm me chamado atenção nos últimos tempos. O Primeiro é a tentativa de excluir Khalifa Sall e Karim Wade das presidenciais no Senegal em 2019, o que favoreceria Macky Sall, pois estes dois seriam os principais opositores do actual presidente. O processo em si é muito conturbado, seria necessário discutir os detalhes processuais, o que não é o interesse aqui. O segundo caso é a exclusão de Moise Katumbi, um dos principais opositores do actual chefe-de-Estado, das eleições de 23 de Dezembro no Congo Kinshasa, o que favoreceria o delfim de Joseph Kabila, Emmanuel Ramazani Shadary. Moise Katumbi é acusado de atentado à segurança do Estado e espoliação imobiliária, o que não lhe permite ser candidato. O interesse desses exemplos não está necessariamente nos processos, mas sim o contexto político em que tais processos ocorrem. Macky Sall, defrontando os dois opositores acima referenciados, corre o risco de ver a sua vitória colocada em risco, o que certamente não é sua intenção. Joseph Kabila, não podendo concorrer, porém pretende continuar a governar na sombra (basta ver os nomes da equipa de campanha de do seu Delfim!) ver a possibilidade de confrontar Jean-Pierre bemba e Moise Katumbi estragaria os seus cálculos para as eleições marcadas para Dezembro de 2018. Quatro eminentes constitucionalistas Markus Bockenfore, Babacar Kante, Yhniwo Ngenge et H. Kwasi Prempe escreveram um excelente livro sobre as jurisdições constitucionais na África Ocidental, de onde, entre outras coisas, se pode ver a importância da justiça constitucional no processo do aprofundamento democrático e na implantação do Estado de Direito Democratico. Não é por acaso que as ditas transições democráticas em África iniciaram, na sua grande maioria, com revisões constitucionais em que se dava uma grande importância ao conselho constitucional, como o guardião moral e legal do Estado de Direito e Democrático. É nesse sentido que a questão do controlo da constitucionalidade integrou-se como aspecto fundamental para que o Estado de Direito fosse realizado. Aliás, a criação dos conselhos constitucionais em África tinha como objectivo assegurar o respeito do que, certamente, coloca em risco as suas atribuições constitucionais e daquelas que decorrem da lei orgânica do CC (lei no 6/2006, de 2 de Agosto) e os fundamentos filosóficos que estão por detrás da criação deste órgão. Concentrar-se apenas nos aspectos processuais, de forma, negando todas as provas materiais constitui um retrocesso naquilo que é a função do Direito, pois que este, salvo situações previstas por lei, deve fazer o esforço de fazer uma interpretação baseada na lei, é verdade, mas igualmente no interesse que o próprio Direito confere a si próprio a justiça, e para este caso, a justiça eleitoral. Ao dizermos isso não queremos em nenhuma circunstância negligenciar os aspectos processuais, porém o juridismo ou ainda o dogmatismo jurídico excessivo não poucas vezes foi visto como perverso na busca pela justiça. É assim que das decisões do CC não se vendo nenhum esforço para garantir algum tipo de justiça eleitoral, sabendo que processos políticos, em Moçambique, são sempre espaços de contendas, podemos dizer que o actual CC pode constituir um verdadeiro perigo para a estabilidade social e política em Moçambique. As veleidades partidárias não me interessando directamente, permito-me dizer que ao ler os acórdãos constato que houve um esforço enorme para contornar as questões de fundo que obrigariam a tomar posições, talvez, favoráveis aos partidos da oposição, o que é contrário aos princípios elementares que devêm orientar ao trabalho de qualquer juiz. Se nas suas competências jurisdicionais, o contencioso eleitoral, o controlo das normas (constitucionalidade) fazem parte estruturante, não ficam muito claras as suas decisões de recusar dar provimento os recursos relacionados ao contencioso eleitoral da oposição, pois que não tendo verificado os argumentos de fundo apresentado pela oposição como garantir que houve observância das normas no processo eleitoral, e se, por consequência, se se cumpriram os diferentes comandos legais atinentes às eleições em Moçambique. Podemos igualmente perguntar, se cabe ao CC garantir, de uma certa forma, a justiça eleitoral, como pode ela legitimar-se enquanto tal se nenhuma reclamação foi atendida, pelo menos, se falarmos do fundo das coisas. Estas questões obrigam, do meu ponto de vista, a uma análise mais aprofundada do papel do CC nos processos eleitorais em Moçambique e se o contencioso eleitoral não deveria ser confiado a um tribunal eleitoral a ser criado, que deveria ter uma natureza diferente daqui temos no CC para que situações como tenham poucas possibilidades de ocorrerem. Termino dizendo que enquanto a justiça constitucional não se aprofundar enquanto espaço suficientemente autónomo, teremos poucas margens para não termos processualismo dogmático e, por consequência, pouca justiça feita. *Doutorando em Ciência Política 606 Email: diariodeumsociologo@gmail.com Portal: https://oficinadesociologia.blogspot.com Direito, Política e democracias africanas: qual o lugar dos Conselhos Constitucionais? Régio Conrado* Uma coleção internacional [29] 20 Savana 16-11-2018 OPINIÃO SACO AZUL Por Luís Guevane O Conselho Constitucional (CC) agiu dentro de sua razão. Procedeu da melhor forma ao não validar a eleição na Autarquia da Vila de Marromeu (Província de Sofala). Uma vila conhecida pelos seus inúmeros problemas que afectam, sobretudo, a juventude. A sua pacatez tem na necessidade de unidades sanitárias, na urgência de vias de acesso de alguma categoria ou com direito a alguma classificação, na necessidade de um mínimo aceitável de planeamento urbano, necessidade de diversificação visível da sua economia há muito baseada na cana-de-açúcar, num comércio informal a exigir alguma organização, tem nesse conjunto de ruralidades evoluídas algum do seu conteúdo cujo sentido dá corpo ao conceito “abandono”. A época chuvosa martiriza-a e torna-a “esquecida” ou, no mínimo, “por esquecer”. Há claramente, A oportunidade de Marromeu nesta autarquia em particular, um enorme desafio para a equipa que estiver em frente aos seus destinos. A pouca visão de futuro faz com que, logo à partida, esta autarquia seja pouco apetecível. Percebe-se na decisão do CC alguma preocupação em repor ou (re)elevar a sua própria credibilidade. Mas, para tal, a escolha foi Marromeu e não, por exemplo, Matola (na Província de Maputo). No caso de Marromeu houve (melhor) clareza quanto às “graves irregularidades” que atentaram contra a liberdade, a justeza e a transparência das eleições. Ainda dentro do suposto mérito do CC os resultados das eleições autárquicas de 10 de Outubro de 2018 foram validados em 52 autarquias do país. Independentemente dos (próximos) resultados de Marromeu o escalonamento, do primeiro ao último lugar, continuará a ser: Frelimo, Renamo e MDM. Um escalonamento dentro de um parámetro meramente técnico tendo em conta o momento presente. Não segue o resultado da suposta lotaria que “ordenou as posições” no boletim de voto. Em termos de evolução de resultados e de efeito da imagem dos partidos a ordem do escalonamento é outra. Houve algum trabalho que se traduziu no mérito da oposição, comodamente entendido como penalização do partido no poder (por parte eleitorado). É aqui que entra o conjunto de recursos relacionados com a contagem de votos dos quais Marromeu e Tete conseguiram alguma chance de reposição da verdade eleitoral. Destes dois, só o primeiro terá efectivamente essa possibilidade já que com relação ao segundo será simplesmente a frescura do acerto formal dos editais. Mais uma vez ficou claro que os envolvidos no processo eleitoral, em particular os partidos políticos, não devem esperar pela complacência ou “boa vontade” dos órgãos eleitorais, dos tribunais ou do CC. Mais do que exigir o cumprimento e o respeito da Lei Eleitoral é importante estudar as armadilhas da lei, que só se tornam como tal devido às distrações de uns e ao bom conhecimento de outros. A realização de um novo escrutínio somente em Marromeu não retira a ideia da existência de uma máquina montada, reforçando a ideia de uma democracia para consumo dos doadores, ou seja, “para inglês ver”. Aliás, por que será que esse mesmo “inglês” já conta com a vitória do partido no poder nas eleições de 2019, mesmo assumindo as dívidas ocultas, a suposta imagem desgastada do partido no poder, a necessidade de alternância política, entre outros? Percebe-se melhor a democracia exercendo-a. Pode ser por este motivo. A carruagem parou exactamente em frente da porta da minha casa. Nem me deu tempo para ficar sobressaltado, porque tinha chegado de forma tão silenciosa, que não me apercebera de nada, embora estivesse sentado na varanda, à mesa de cimento, a bebericar um rum Cuba Livre. Era uma carruagem puxada por quatro cavalos azuis, um azul celeste, de crinas de fogo, como aquele fogo que se faz ao princípio da noite numa savana africana. A carruagem, ela própria, era de madeira virgem, jovem, fresca, verde, com incrustações de ouro. Tinha duas portas, do lado que dava para onde eu estava, o que me fez supor que do outro lado também seriam duas. Eram portas que se podiam abrir de par em par. Por cima da carruagem, julguei descobrir duas guitarras acústicas nos seus respectivos estojos. Fiz um esforço de vista e descobri que no rodapé da carruagem estava escrito “Abraxas”. Quando se abriram as portas, fiquei mais espantado ainda: a carruagem tinha dois bancos, um em frente ao outro. Não era muito espaçosa, mas cada banco tinha dois lugares, e quem desceu foi um personagem absolutamente fora do meu programa: o Carlos Santana. Não me levantei, até que tive a certeza de que ele se dirigia a mim. Cumprimentou-me – «Oye como va?» – Levantei-me e disse – «Bueno pa’ gozar, che!». Convidei-o para se sentar e perguntei-lhe se sim ou não; ele disse que sim, então servi-lhe uma dose generosa de rum Cuba Livre e fiz-lhe sinal em direcção ao maço de cigarros Havana que tinha em cima da mesa. Perguntei-lhe – «Ao que vens?» – Ele disse – «Gostaria de realizar um dos meus sonhos, que é fazer uma visita informal ao Bairro da Mafalala. Disseram-me que você é a pessoa indicada para me orientar nessa visita». – Eu disse que sim. Fomos deixar a carruagem na estação de serviço Fórmula 1, a fim de que lubrificassem as engrenagens e dessem de beber aos cavalos. Peguei então no Carlos Santana pela mão e entrámos pela Rua de Goa, que, como se sabe, é a rua que abre o ventre do Bairro da Mafalala e entra pelo coração acima, até dar aonde der, ou seja, à Avenida Craveiro Lopes, que agora é Acordos de Lusaka, e à Avenida Angola, para lá, com dois prostíbulos no meio ou nos extremos. Fomos andando a pé pela Rua de Goa, fizemos a primeira paragem na cantina do Rodrigues, localmente conhecida como Kaphotima. A loja do Rodrigues tinha uma mercearia, e tinha também um bar, onde as pessoas só podiam beber de pé. Mas bebia-se bem! Catembes, trico fights, penáltis, pedaços de galinha e patati patata... Sugeri ao Carlos Santana – «Prova lá uma Catembe.» – Perguntou-me – «O que é Catembe?» – Eu disse que era vinho tinto com cocacola. E ele – «Tudo bem.» Então, vendo dois miúdos ansiosos por jogar matraquilhos, mas sem dinheiro, chamei um deles e disse – «Vai lá chamar a tia Lea Tchembeni, que mora aqui perto. Quando vieres com ela, vou-te dar 1 escudo para jogares os matraquilhos. Palavra dita, palavra feita. 7 minutos depois, estava a Lea a dizer: – Sobrinho, em que é que te posso ser útil? – Estou aqui com este senhor. Ela olhou e disse – Não, eu já vi esta cara em algum sítio. – Já viste em vários sítios, tia Lea. Este é o Carlos Santana. – Ah, OK! Vi logo. Qual é a ideia? – Queremos visitar a Mafalala, mas há sítios que eu não conheço bem, podes ajudar-nos? – OK, vamos a isso. Entrámos pelos becos traseiros do Rodrigues, para começar pela parte mais dolorosa, que é onde estão os casebres meio destruídos onde viveu o Samora Moisés Machel, onde viveu o Joaquim Alberto Chissano, onde também viveu o Pascoal Mocumbi… Casas de que só há memória, então não perdemos muito tempo por aí. Voltámos à rua principal, de Goa, fizemos uma pausa ligeira na cantina do Mufundisse, só para ver as senhoras do bairro a fazerem compras, e passámos para a cantina do chinês. Demos uma volta, orientados pela Lea Tchembeni, para ver a mesquita feminina, onde o Carlos Santana ficou espantadíssimo por ver o átrio cheio de chinelos. Eu disse – «Numa mesquita ninguém entra calçado. Fica tudo de fora.» Demos nova volta, fomos à Mesquita Chadulia, e fizemos um U, para entrar novamente na Rua de Goa, a fim de visitar locais um pouco mais interessantes, ou seja, a casa do poeta José Craveirinha, onde a própria Lea disse – «Não vale a pena tentarmos entrar, porque não nos vão deixar. Da forma como estamos vestidos, de gangas azuis e sandálias, são capazes de pensar que estamos com objectivos duvidosos. Vamos olhar para a casa só assim, de fora.» Eu e o Carlos Santana olhámos, e lá de dentro chegou-nos o sabor delicioso da poesia do José Craveirinha. Passámos e fomos directamente ao casarão dos Calianos, que, como se sabe, além de oferecer espaço para a cultura física, também albergou um Caliano que foi proclamado, com a mulher, o melhor dançarino de marrabenta de todas as colónias portuguesas. Continuámos, passámos pela casa do Arsénio Esculudes, que viria a ser um dos grandes ícones do hóquei em patins moçambicano, na linhagem de um Fernando Adrião e por aí adiante; ele e depois, mais tarde, o filho dele, o Senito. Passámos por uma casa um pouco mais modesta, que era do Jorge, que não fez muita carreira como futebolista, mas era um malabarista autêntico, conhecido na Mafalala por Jorge 7 vidas. Morreu cedo. Tinha 7 vidas, mas desgastou-as muito facilmente e de forma precoce. Entrámos por ali em direcção à cantina do Santos, para ir revisitar a memória do Raul Madivate, que, com Arsénio Esculudes e outros, fez história no hóquei em patins. Um pouco mais para frente, podíamos ver a memória do Zaca. Para quem se lembra, foi um grande matador ao serviço do Matchedje, na altura em que o Matchedje não comprava jogadores (quando visse um jovem talentoso a jogar futebol noutra equipa qualquer, fazia pura e simplesmente o trabalho de incorporá-lo no serviço militar, e, a partir daí, em vez de ir à guerra, ficava a jogar futebol). O Zaca foi um deles, e todos nós sabemos. A carreira dele acabou um pouco mal, como treinador do Chingale de Tete, e por aí adiante, mas não é isso que nos interessa. Voltámos para cima pela mesma rua, em direcção à Rua de Goa, onde viveu também um grande guarda-redes do Ferroviário de Maputo, não sei qual é o nome dele oficial, mas na Mafalala todos o tratávamos por Nhonhonho, da família Maduela. A Lea Tchembeni disse – «Que tal, estão cansados?» – «Não.» – respondeu Carlos Santana.» Continuámos a andar até ao ponto onde vimos aqueles macuas indolentes em frente da mesquita principal dos pretos da Mafalala, onde estava a casa do régulo Somalgi. Desviámo-nos. Fomos em direcção aos eucaliptos, onde passou a sua infância um senhor chamado Lázaro Mathe, que depois da independência se tornou o primeiro director da SCANMO pela parte da Frelimo, depois foi governador da província de Cabo Delgado, depois foi vice-ministro da Defesa, pessoa que até hoje, quando me vê, diz – «Eu e o Fernando Manuel éramos os jovens mais instruídos da Mafalala, o Fernando Manuel pelo Liceu e eu pela Escola Industrial.» Mas ao pé dele também vivia aquele que, durante muito tempo, foi considerado Rei da Mafalala, o Ali Wafa Bin Abdala. Dobrámos, passámos em frente à casa do Enoque Libombo, o primeiro preto a ter água canalizada em casa, em Lourenço Marques, em direcção ao nosso objectivo principal, que era a casa do Eusébio, na fronteira entre a Mafalala e a lixeira de Lourenço Marques. Ao pé dali estava a sede daquilo que se chamou durante muito tempo o Clube dos Criados de Mesa de Lourenço Marques. Não cheguei a frequentá-lo, mas era muito famoso e por lá passaram muitas das jovens que fizeram a alegria da juventude de Lourenço Marques. Subimos e eu disse: – Carlos Santana, espero que te sintas realizado com esta volta. – Sim, mas agora estou com muita sede. – Vamos atravessar a Avenida Angola para beber uma cerveja no restaurante Vasco da Gama, é um restaurante pub e é o prostíbulo mais limpo que podes encontrar em Lourenço Marques. Fomos, saímos de lá ao som de “Samba pa Ti”, e toda a gente dançava connosco. Paisagem Lunar Savana 16-11-2018 21 PUBLICIDADE “A empresa cresceu e o meu orgulho em cá trabalhar também” Zefanias, colaborador da Higest. Quando investimos em empresas Moçambicanas, não estamos só a promover a sua expansão e entrada em novos sectores. Estamos também a criar melhores condições de vida para os trabalhadores e comunidades em que estamos inseridos, pois o sucesso traz benefícios para todos. Há 40 anos que nos orgulhamos de contar histórias de sucesso em Moçambique. Construa a sua connosco. Barclays Bank Moçambique, S.A. - Capital Social: MTn 5.538.000.000 - NUIT:400017484 - Número de Matrícula da CRC de Maputo: 8321 - Endereço: Av. 25 de Setembro, 1184 - 15º Andar - Maputo Caixa Postal 757 - Moçambique. O Barclays não será responsável por quaisquer incidentes que possam ocorrer com o seu provedor de serviços de internet. Por favor consulte a tabela de preços em vigor no Banco. Aplicam-se os Termos e Condições actualmente em vigor. Queira dirigir-se à Agência mais próxima do Barclays ou contacte-nos através do serviço de Banca Telefónica 1223. 22 Savana 16-11-2018 DESPORTO Moçambique defronta, domingo, a partir das 15:30h, no Estádio Nacional do Zimpeto, a selecção da Zâmbia, em partida inserida nas qualificações para o CAN-2019, a realizar-se nos Camarões. Para já, são bastante remotas as possibilidades de os Mambas lograrem o apuramento tendo em conta os maus resultados que vêm averbando, pois, em 12 pontos possíveis, apenas somaram quatro, estando na última posição do grupo K. Guiné-Bissau e Namíbia lideram a tabela classificativa, com sete pontos. Aliás, a Namíbia é até ao momento a equipa que bateu duas vezes o combinado nacional. Sabe-se que Moçambique chegou a alimentar esperança de marcar presença no CAN, quando na jornada inaugural, e num caso inédito, derrotou em Ndola, a Zâmbia, por uma bola sem resposta, que até então era o carrasco da nossa selecção. Foi uma vitória bastante festejada e que de alguma forma levou alguns adeptos a pensarem que o difícil já tinha sido ultrapassado, mas a realidade tratou de o desmentir. Ou seja: Camarões começou a ficar cada vez mais longe. É claro que Moçambique pode continuar a sonhar com uma hipotética qualificação, pois pelo menos em termos matemáticos isto é possível, mas entre o provável e o possível a distância é enorme. Convenhamos que os Mambas devem ganhar os dois jogos que têm pela frente, contra a Zâmbia (já neste domingo em casa) e contra a Guiné-Bissau, no terreno do adversário. Mas para além disso, já nesta ronda, Namíbia e Guiné devem terminar empatados, pois assim passariam a somar oito pontos, a uma jornada do fim, contra sete de Moçambique. Na derradeira jornada, Moçambique precisaria apenas de vencer a Guiné-Bissau para se qualificar para o CAN pelo menos na qualidade de segundo classificado. O público fez a sua parte O que os Mambas não devem reclamar é do apoio do público, pois têm vindo a marcar presença em massa no Estádio Nacional do Zimpeto, para dar força e alento à selecção nacional. As autoridades governamentais têm prestado apoio de forma multifacetada à selecção. Idem a Federação Moçambicana de Futebol. O exemplo paradigmático foi o reforço da equipa técnica com dois especialistas portugueses, os quais têm a missão de ajudar o seleccionador Abel Xavier na tomada de decisões mais consentâneas com a realidade. E pela primeira vez assistiu-se a um movimento desusado em prol dos Mambas, e nas redes sociais os comentários eram dos mais diversificados, contudo, todos tinham como denominador comum a necessidade Moçambique – Zâmbia, domingo no ENZ Contas complicadas Por Paulo Mubalo de, mais do que nunca, nos unirmos em defesa de uma causa. Entretanto... Mesmo com essas condições criadas não deixaram de causar estranheza os resultados dos Mambas, a começar pelo empate, em casa, diante da Guiné-Bissau, sobretudo pela forma apática, descaracterizada e vulgar com que abordou o jogo e depois a derrota, também, em casa, diante da Namíbia. Para não falar da derrota fora com este mesmo adversário. E se o velho adágio popular diz que em casa onde falta pão todos ralham mas ninguém tem razão, no caso vertente, é fácil notar a falta de entrega dos jogadores, incluindo os que militam noutros tipos de campeonato, a forma recreativa como se joga na defesa, a falta de agressividade no ataque, entre outros factos. Mas independentemente disso, nada, absolutamente nada, indiciava que os Mambas passariam de líderes da competição para o último lugar, com apenas quatro nos 12 possíveis. Uma prestação extremamente negativa. E agora? Com o descalabro iminente (esperamos que Deus seja moçambicano) a pressão vai recair mais para a Federação Moçambicana de Futebol por ter sido ela quem escolheu o seleccionador Abel Xavier, este que chegou quase a meio das qualificações ao CAN-2017. Com efeito, os Mambas perderam essa corrida e a presença no CHAN-2018, disputado no Quénia, para além de terem sido eliminados na fase de grupos da Taça COSAFA de 2017 e 2018, sendo que terminaram nos quartos- -de-final em 2016. E, claramente, este desempenho dos Mambas vai ter repercussões sobre o futuro de Abel Xavier, sendo um dado adquirido que caso não consiga o apuramento, as possibilidades para a renovação do contrato são nulas. E seria uma saída pela porta pequena. De referir que estatísticas tornadas públicas apontam para a seguinte prestação de Moçambique nos jogos oficiais, isto nos últimos três anos: Em 2016, os Mambas realizaram seis jogos e obtiveram duas vitórias, um empate e três derrotas. Em 2017, nas seis partidas realizadas, os Mambas obtiveram duas vitórias, um empate e três derrotas. Já neste ano, em sete jogos os Mambas conseguiram duas vitórias, um empate e três derrotas. Ou seja: num total de 19 jogos, tiveram como saldo seis vitórias, três empates e 10 derrotas. Refira-se que o CAN-2019 contará, pela primeira vez, com 24 selecções, pelo que qualificam-se, em cada grupo, duas selecções, excepto o Grupo B, onde qualifica-se uma, devido à inclusão dos Camarões, Só a vitória é que interessa aos Mambas selecção anfitriã. Savana 16-11-2018 23 PUBLICIDADE DESPORTO Poderão candidatar-se aos Testes de Diagnóstico indivíduos que preencham os seguintes requisitos: Î)ŸƋƚÚ±ĹƋåŸÚŅ)ĹŸĜĹŅ„åÏƚĹÚ´ųĜŅ:åų±ĬŧƚåƋåĹʱĵ ÏŅĹÏĬƚĝÚŅ±ŎƖřÏĬ±ŸŸåÚŅ„c)ŅƚåŧƚĜƴ±ĬåĹƋåſ Ήų±Æ±ĬʱÚŅųåŸŧƚåƋåĹʱĵÏŅĵŞĬåƋ±ÚŅ±ŎƖřÏĬ±ŸŸå ÚŅ„c)ŅƚåŧƚĜƴ±ĬåĹƋåŞ±ų±ÏŅĹƋĜĹƚ±ÓÅŅÚååŸƋƚÚŅŸØ ŸåĵŞųåģƚĝDŽŅÚ±ĬåčĜŸĬ±ÓÅŅåĵƴĜčŅųţ PERÍODO DE INSCRIÇÃO e±ŞųåŸåĹƋ±ÓÅŅÚ±ŸÏ±ĹÚĜÚ±Ƌƚų±ŸÚåÏŅųųåű„åÏųåƋ±ųĜ± ÚŅF„‰)aرƋæŅÚĜ± 10 de Dezembro de 2018. Os candidatos aos testes serão avaliados apenas nas disciplinas nucleares dos cursos da sua preferência. BŅų´ųĜŅ×í×ƐLjBŠ%ĜƚųĹŅšåŎƀ×ƐLjBŠ{ņŸěĬ±ÆŅų±Ĭšţ Escola/Curso Vagas Diurno cŅÏƋƚųĹŅ Peso Peso :ųƚŞŅ Disciplinas Requisitos Disciplina 1 Disciplina 2 ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE aåÚĜÏĜű:år±Ĭ aåÚĜÏĜű%ånƋ´ųĜ± F±ųĵ´ÏĜ±å ontrŅĬåÚå}ƚ±ĬĜÚ±ÚåÚåaåÚĜϱĵåntos 210 50 50 ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO DE NEGÓCIOS :åsƋÅŅÚå)ĵŞų埱Ÿ onƋ±ÆĜĬĜÚ±Úåå Auditoria :åstão Financeir±åÚå„åčƚros :åsƋÅŅÚåa±ųĩeting :åstão de RecurŸŅŸBƚĵ±ĹŅŸåcåčŅÏĜ±ÓÅŅ 100 120 100 50 80 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% aaƋåĵ´ƋĜϱ Português aaƋåĵ´ƋĜϱ Português aaƋåĵ´ƋĜϱ Português aaƋåĵ´ƋĜϱ Português aaƋåĵ´ƋĜϱ Português ESCOLA SUPERIOR DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS )ngenharia InfŅųĵ´ƋĜϱ )ĹčåĹʱųĜ±:åŅĬņčĜϱåÚåaĜűŸ 100 aaƋåĵ´ƋĜϱ 50% 100 50% 50% 50% Física aaƋåĵ´ƋĜϱ Física ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ARTES Arquitectur±åŽųƱĹĜŸĵŅ Direito 45 150 B B B A A A A A C C C A 50% 50% 50% 50% Desenho aaƋåĵ´ƋĜϱ Português História 80 80 80 50 60 - - - - - - 50 50% 50% 50% 50% 50% 50% ĜŅĬŅčĜ± }ƚĝĵĜϱ ĜŅĬŅčĜ± }ƚĝĵĜϱ ĜŅĬŅčĜ± }ƚĝĵĜϱ cŅ ¶ĵÆĜto das conÚĜÓŝes gerais de ingresso no )nsino „uperiŅųØ previstos na ĬåĜ n° Ɩƀ/ƖLjLjĿØ de „eƋåĵÆro ŠXåĜ do )nsino „ƚŞåųĜŅųØ artigo ƖƐØ n° 5 ±Ĭínea ±š onde a coĹÚĜÓÅo de acesso à fŅųĵ±ÓÅŅ conducente ao grau ±Ï±ÚæĵĜco de XĜÏåĹÏĜatura æ a coĹÏĬƚŸÅŅ com aprov±ÓÅŅ da ŎƖř cĬasse ou equiv±ĬentåØ o F„‰)a torna ŞƜÆĬĜco que irão decorrer no dia 11 de Dezembro de 2018, Testes de Diagnóstico e Entrevistas Vocacionais para admissão aos cursos que a seguir se indica: Para mais informações contacte: „åÏųeƋ±ųĜ±ÚŅF„‰)aØĹŅ±ĵŞƚŸUniverŸĜƋ´ųĜŅ Rƚ±ŎƐĿĉěZona da FeFaØƐƖƖěa±ŞutŅţ ‰åĬ×íƖƐLjĿĉŎƐLjŅƚíƖƐŎƐƖƖLjLj )ěĵ±ĜĬןåÏųeƋ±ųĜ±ÄĜŸÏƋåĵţ±ÏţĵDŽ www.isctem.ac.mz EDITAL 2019 Testes de Diagnóstico e Entrevistas Vocacionais ee%aF„„k%k„ec%F%e‰k„„)8)F‰e k„)šec%ke)}ŽF%e%)%k:.c)kţ Construa a Ponte do Seu Futuro Promissor Construa a Ponte do Seu Futuro Promissor Construa a Ponte do Seu Futuro Promissor 24 Savana 16-11-2018 CULTURA Ponte da Catembe: entre a afirmação de um regime, a pobreza e as futuras gerações A figura abaixo apresenta algumas das alternativas de uso do valor despendido na construção da ponte. Outras alternativas para o uso de, pelo menos, cerca de 725 milhões de dólares poderiam ser apresentadas. Uma proposta portuguesa foi de menos de metade da chinesa, isto é, cerca de 350 milhões de dólares. A primeira não avançou, aparentemente, devido à crise que a economia portuguesa atravessou. Alternativas do uso do valor despendido na construção da ponte Maputo - Catembe: A ponte da Catembe poderá dar uma paisagem bonita à baía de Maputo e enaltecer a vaidade dos maputenses. Mas essa beleza tem custos elevados juntos dos mais pobres dos pobres. Setecentos e vinte e cinco milhões de dólares poderiam tirar muitos moçambicanos da pobreza. Segundo cálculos com base no custo da ponte, dos preços de portagem e sem os custos de manutenção, provavelmente a ponte não será amortizável em menos de75 anos. Uma questão de opção! Consulte o texto que desenvolve este tema em: http://omrmz.org/omrweb/wp-content/uploads/DESTAQUE-RURAL-N%C2%BA-38-1.pdf E stá de regresso a Moçambique o evento que apresenta o melhor jornalismo visual do ano a nível mundial. A WORLD PRESS PHOTO Exposição 2018, organizado em Maputo pela Embaixada do Reino dos Países Baixos e a Fotojornalismo Mundial Moçambique, terá lugar de 22 de Novembro a 13 de Dezembro de 2018, no Jardim Botânico Tunduru. A WORLD PRESS PHOTO premia os fotógrafos pelas melhores imagens que contribuíram no ano anterior no jornalismo visual. É o principal concurso do mundo para fotógrafos profissionais de imprensa, fotojornalistas e fotógrafos de documentários. O Concurso de Fotografia de 2018 atraiu inscrições de todo o mundo: 4.548 fotógrafos de 125 países sub- “Conectando o mundo às histórias que importam” meteram 73.044 imagens. O júri seleccionou candidatos em oito categorias, incluindo a nova categoria de ambiente. Os vencedores são 42 fotógrafos de 22 países: Austrália, Bangladesh, Bélgica, Canadá, China, Colômbia, Dinamarca, Egipto, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Noruega, Rússia, Sérvia, África do Sul, Espanha, Suécia, Holanda, Reino Unido, EUA e Venezuela. As fotos premiadas são apresentadas numa exposição que circula, ao longo do ano, em cerca de 100 cidades em todo o mundo, de Amesterdão a Washington, a Cali, a Islamabad, a Taipei. Mais de 4 milhões de pessoas em todo o mundo vêem as imagens e, este ano, serão mostradas também em Maputo, no Jardim Botânico Tunduru, em Maputo, de 22 de Novembro a 13 de Dezembro. Aliás, numa acção inédita, trabalhos de fotógrafos moçambicanos estarão em exposição no âmbito da WORLD PRESS PHOTO, seleccionadas igualmente por via de um concurso com o tema “Religião e Crenças”. A Exposição 2018 da WORLD PRESS PHOTO em Moçambique não vem só. Durante o período em que estará patente no Tunduru, uma vasta programação com actividades de formação, debates e interacção serão levadas a cabo em vários espaços da capital moçambicana. A Embaixada do Reino dos Países Baixos em Maputo, principal apoiante da Fotojornalismo Mundial Moçambique nesta iniciativa, mostra-se satisfeita em poder contemplar o país num evento de prestígio, mas que também prestigia a imprensa e os valores da liberdade. “No apoio à prestigiada exposição World Press Photo aqui em Moçambique, esperamos defender a diversidade e respeitar os valores partilhados pelos outros para alcançar a liberdade de imprensa e expressão”, Disse Henny de Vries, Embaixador do Reino dos Países Baixos em Maputo. A.S E m homenagem ao grande escritor brasileiro Mário de Andrade, no dia 17 de Novembro às 19h, no Centro Cultural Brasil Moçambique com entradas a 150 meticais, os actores Lucrécia Paco e Expedito Araujo apresentarão em formato de leitura dramática o espectáculo Macunaíma, um dos textos mais memoráveis da literatura brasileira. Trata-se de uma selecção de alguns contos populares presentes no livro homônimo. Macunaíma é, sem dúvida, uma das expressões mais caracterizadoras do advento do Modernismo no Brasil. A apresentação baseia-se principalmente nos aspectos linguísticos inovadores, bem como a questão de o texto estar enquadrado no movimento Literário Pau Brasil e da antropofagia. A ideia da cultura de miscigenação da sociedade brasileira. Para a actriz Lucrecia Paco “participar no recital será revisitar e partilhar com os amantes da literatura brasileira um grande nome que marca o modernismo, será também dar voz a um texto que tive a oportunidade de estudar no curso de literatura na Universidade Eduardo Mondlane. Daí que quando recebi o convite do Expedito achei interessante o desafio de dramatizar esta escrita bastante particular na forma de tratamento da linguagem, o imaginário nele contido, as personagens e a forma como a história narrada se torna envolvente”, explica Lucrécia Paco. Sobre a sua actividade teatral, Lucrécia Paco considera que já regressou. “Regressei faz um ano com a leitura musicada do texto Chuva Pasmada do escritor Mia Couto na Fundaçao Fernando Leite Couto com acompanhamento musical de Matchume Zango e ainda este ano com o musical Zambeiza 2061 de Alaina Martinal ao lado de Tony Paco e Muzila. A mesma foi apresentada recentemente nas Ilhas Reunião e excertos na Ilha de Moçambique”, frisa.A.S Macunaíma de Mário de Andrade Uma das imagens da exposição Dobra por aqui SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1297 ‡16 DE NOVEMBRO DE 2018 Dobra por aqui É DIZER QUE ESTE BEBÉ TERÁ 65 ANOS QUANDO ISTO ESTIVER PAGO. 2 Savana 16-11-2018 SUPLEMENTO Savana 16-11-2018 3 Savana 16-11-2018 27 OPINIÃO Abdul Sulemane (Texto) Naíta Ussene (Fotos) F oram a enterrar, recentemente, os restos mortais do jornalista Ezequiel Mavota da Rádio Moçambique e podemos dizer que é um tipo de cerimónia que junta pessoas que normalmente é difícil vê-las juntas. Entretanto, não é na felicidade que temos de estar juntos. É nos momentos tristes em que temos de marcar a nossa presença para dar força às pessoas que se encontram consternadas pela perda de um ente querido. Nestes momentos recordamo-nos dos momentos complicados que envolvem a profissão jornalística. É por isso que Arlindo Lopes, antigo director do Gabinfo, agora na Multichoice, recorda esses vários momentos com Cremilda Massingue, exjornalista da RM e TVM. Agora é administradora do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique. O ambiente de lamentação pela perda do colega de profissão era bem visível. É triste perder um colega e amigo. Esse pesar é visível nesta segunda imagem em que está Eduardo Constantino, antigo jornalista da RM, actual Secretário-geral do Sindicato Nacional de jornalistas e Boaventura Mandlate, também jornalista da RM. Outros, mesmo nos velórios, aproveitam falar de outros assuntos. Devem estar a fazer isso João Manasses, do Gabinete de Informação e Arsénio Henriques, antigo jornalista da STV, agora assessor de imprensa do Presidente da República e José Sixpense, antigo jornalista do jornal Domingo. Actualmente, é assessor do Primeiro-ministro. Outro grupo que também chamou atenção pela sua aglomeração foi este que juntou Faruco Sadique, PCA da TVM, Rodolfo, Abdul Naguibo, PCA da Rádio Moçambique, António Barros, administrador da RM e Sausate Jeque. Vimos que neste diálogo estão duas pessoas a falar. O assunto deve ser bem sério para não se perder tempo em esperar que outro termine de falar. Mesmo num ambiente de tristeza quando encontramos pessoas que não vemos há bastante tempo, o momento torna-se singular. A tristeza fica um pouco de lado. É o que vemos nesta derradeira imagem em que Rodrigues Bila, que passou pela RM, saúda o locutor Jonas Chachuaio. A saudação acompanhada de um comentário despoletou um sorriso a outra locutora da RM, Glória Muianga. É mesmo para dizer que foi um encontro da malta. Encontro da malta À HORA DO FECHO www.savana.co.mz EF/PWFNCSPEFt"/0997t/o 1297 Diz-se... Diz-se IMAGEM DA SEMANA OTribunal Administrativo (TA) condenou o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) a pagar à construtora Nadhari Opway mais de 113 milhões de meticais correspondentes à falta de pagamento de prestações mensais do valor de um imóvel que estava em construção. " DPOEFOBÎÍP DPOTUB EP "DØSEÍP O 5"$.  RVF SFTVMUPV EF VN SFDVSTP DPOUFODJPTP JOUFSQPTUP QFMB /BEIBSJ i&N OPNF EB3FQÞCMJDB EF.PÎBNCJRVF  P DPMFDUJWP EF KVÓ[FT EF EJSFJUP EP5SJCVOBM"ENJOJTUSBUJWPEB$JEBEF EF.BQVUP BDPMIFOEPBEPVUBQSPNPÎÍPEPEJHOPNBHJTUSBEPEP.JOJTUÏSJP 1ÞCMJDP EFDJEF QPSVOBOJNJEBEF KVMHBS QSPDFEFOUF P QFEJEP BQSFTFOUBEP QFMB SFRVFSFOUF /BEIBSJ 0QXBZ  JOUJNBOEP P 1SFTJEFOUF EP $POTFMIP EF "ENJOJTUSBÎÍP EP *OTUJUVUP /BDJPOBM EF 4FHVSBOÎB 4PDJBM  OB RVBMJEBEF EF SFQSFTFOUBOUFMFHBMEBJOTUJUVJÎÍP QBSB PCTFSWBS PT UFSNPT EP DPOUSBUPQSPNFTTBDFMFCSBEPDPNBRVFMBSFRVFSFOUF OPRVF TF SFGFSFBP TBODJPOBNFOUP EBNPSBw EJ[PBDØSEÍP 05SJCVOBM"ENJOJTUSBUJWPDPOTJEFSPV QSPWBEPRVFFOUSFBTQBSUFTGPJDFMFCSBEPVNDPOUSBUPQSPNFTTBEFDPNQSBF WFOEBEFVNJNØWFMMPDBMJ[BEPOB"W ;FEFRVJBT.BOHBOIFMB UBMIÍPO  1BSDFMB OÞNFSPT  B   BTTVNJOEP B SFRVFSFOUF B QPTJÎÍP EF QSPNJUFOUF- WFOEFEPS FP SFRVFSJEP OB RVBMJEBEF EF QSPNJUFOUFDPNQSBEPS0 DBTP SFNPOUB EF  0 */44 DPOUSBUPV B /BEIBSJ0QXBZ QBSB B DPOTUSVÎÍP EF VNFEJGÓDJPEF BOEBSFT OVNDVTUP EF  NJM NFUJDBJT 0 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$BJVPQBOPTPCSFPNPWJNFOUPFMFJUPSBMEF0VUVCSP%BTNBODIBT RVFQBJSBWBN TPCSFPTDJODPi.w  TØ VNWBJEFOPWPBWPUPT0T IPNFOTEBTUPHBT PTRVFUÐNQPEFSFTQBSBDPOUSBSJBSBDPNJTTÍPEP TIFJL m[FSBNRVFOÍPWJSBNOBEBFN.POBQP .VMØRVÏ .PBUJ[F F.BUPMB$BCFËPQPTJÎÍP POEFQPEF NPOUBSBUFOEBFUPSOBSJOHPWFSOÈWFJTPTNVOJDÓQJPTBCBMBEPTQFMBQPVDBWFSHPOIB t 'FMJ[FTPTEF.BSSPNFVRVFQPEFNSFQFUJSPEFEPNBODIBEPBJOEB FTUFNÐT&DPNUPEPTPTPCTFSWBEPSFTFmTDBJTMÈDPODFOUSBEPT WBJ TFSNBJTEJGÓDJMËT.BSJB.PÎBNCJRVFPSHBOJ[BSFNBGSBVEF t 0ÞMUJNPBDUPTPCSFBTFMFJÎÜFTJOUFSSPNQFVPCSVÈÈÈTPCSFBQPOUFEPWJTJPOÈSJP.BTMPHPOBTFHVOEBGFJSB QÏBOUFQÏ RVFNOÍP EFJYPVPT TFVT DSÏEJUPT FNNÍPT BMIFJBT GPSBN BTNBNBOBT  DPN BQPOUFJOBVHVSBEB BTQFRVFOBTCBODBTQBTTBSBNQBSBBTFTUSBEBT EFBDFTTPËJOGSBFTUSVUVSB0BSHVNFOUPÏBGBMUBEFFNQSFHP0T BVUPNPCJMJTUBTOÍPDPMBCPSBNPRVFEÈNBJTVNBDPNQMJDBEBEPS EFDBCFÎBQBSBBQPMÓDJBNVOJDJQBM t &DPNBTSFDUBTJNFOTBTOVNBDFOUFOBTEFRVJMØNFUSPTBUÏË1POUB EP0VSP FTQFSBNTFFTQFDUBDVMBSFTBDJEFOUFTEPQFTTPBMRVFBEPSBFYJCJSBTTVBTBMUBTDJMJOESBEBTDPNVNBTHFMBEJOIBTCFNKVOUP 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A cervejeira moçambicana efectuou a primeira travessia oficial da ponte Maputo-Katembe com um desfile inaugural da sua frota de camiões, no dia da inauguração oficial do megaempreendimento. A 2M brindou o evento, com vários camiões 2M a atravessar a ponte, levando consigo pessoas mais velhas, que representam toda a história, e pessoas jovens que representam o futuro promissor de Moçambique. A maior cerveja de Moçambique homenageou assim a maior ponte suspensa de África. “Foi uma honra e orgulho fazer parte deste momento tão importante para a nossa cidade e para Moçambique e ter a 2M, que tanto nos representa, a fazer parte desta celebração,” afirmou Fabiana Pereira, directora de Marketing da Cervejas de Moçambique. 2M na Ponte Maputo-Katembe O Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura (FIDA) anunciaram o lançamento da segunda fase do Programa de Promoção dos Mercados Rurais (PROMER), que vai abranger 15 distritos da região norte. À Gapi foi confiada a missão de prover assistência técnica aos produtores de seis distritos, facto que esta instituição financeira de desenvolvimento vai complementar com a introdução da componente financiamento, tal como na primeira fase, na qual mobilizou recursos adicionais na ordem de 1.8 milhões de meticais, para facilitar o acesso a serviços financeiros nas zonas rurais. Mercados rurais juntam Mitader, FIDA e Gapi O anúncio do lançamento da segunda fase foi feito pelo director nacional do Desenvolvimento Rural, Olegário Banze, durante a realização de um seminário nacional, que marcou o arranque das actividades desta fase que cobrirão o triénio 2019-2021. Na ocasião, Banze referiu que duas outras organizações locais serão responsáveis pela implementação nos restantes distritos. “Notámos que havia necessidade de consolidar os feitos do programa, pois nem todas as organizações conseguiram atingir bons níveis de organização interna, nomeadamente no que diz respeito ao registo, à gestão, à contabilidade, entre outros factores. Portanto, o nosso objectivo é capacitá-las e torná-las fortes para que, no fim, sejam capazes de trabalhar de forma independente”, explicou Olegário Banze. Por seu turno, o representante do FIDA em Moçambique, Custódio Mucavele, frisou que um dos objectivos deste programa é incentivar os produtores a aumentarem os seus níveis de produção e produtividade. “Através deste programa está a ser possível estabelecer a ligação entre os produtores e os mercados (de insumos e excedentes) e isso tem sido um incentivo não só para o aumento da produção e da produtividade, mas também da renda”, realçou Custódio Mucavele. Tal como referido, esta fase é de consolidação da primeira, que abrangeu 500 organizações de produtores e facilitou a venda de cerca de 20 mil toneladas de produtos agrícolas diversos, através dos mais de 1.100 contratos assinados entre empresas e agricultores, tendo gerado uma renda bruta de sete milhões de dólares para os produtores. Foram, igualmente, apoiados 225 comerciantes rurais na provisão de insumos e comercialização de produtos agrícolas. De acordo com a coordenadora do PROMER, Carla Honwana, de 2009 a esta parte, os beneficiários do programa conseguiram triplicar os volumes de produção anual e colocá-la no mercado. “Introduzimos um hábito que consiste em os produtores, organizados em associações, venderem a sua produção com base em contratos. Neste momento, temos uma média de 300 contratos anualmente, o que permitiu que o volume de produtos comercializados também aumentasse, situando-se em cerca de quatro mil toneladas por ano”, disse a coordenadora. Relativamente à nova fase, Carla Honwana referiu que, por se tratar de consolidação, não se pretende abranger mais beneficiários: “Vamos ajustar a nossa abordagem para que os resultados sejam ainda melhores. Por exemplo, introduzimos a facilitação da atribuição do DUAT (Direito do Uso e Aproveitamento de Terra) para facilitar o acesso ao financiamento, bem como o apoio mais sistemático às organizações do nível superior, nomeadamente os fóruns e as uniões”. Tal como referido, nesta segunda fase, a Gapi vai trabalhar em seis distritos com 313 beneficiários directos do projecto: 90 comerciantes rurais e 220 organizações de produtores, abrangendo directamente cerca de 3.500 famílias. Conforme explicou o presidente da Comissão Executiva da Gapi, António Souto, “a assistência técnica permite organizar os produtores para que tenham mais acesso a novas tecnologias e a mercados, bem como dotar as suas próprias organizações de maior capacidade negocial”. “Existem muitos produtores organizados em associações, cooperativas e em outros tipos de instituições que melhoraram a capacidade de compra de insumos e de venda dos seus produtos”, acrescentou António Souto. Savana 16-11-2018 EVENTOS 2 Reunião da Mozal para as Partes Interessadas A Mozal SA, tem a honra de convidá-lo(a) a participar na reunião da Mozal para as partes interessadas. A reunião será realizada na Quintafeira do dia 22 de Novembro de 2018, na Aliança Eventos, Rua da Mozal no 509, Matola Rio, Província de Maputo. O registo de participantes iniciará as 08h00, devendo a reunião começar as 09h00. Esta reunião tem como objectivo informar a comunidade e a todo público interessado, sobre o desempenho da Mozal no que concerne a Saúde Ocupacional, Segurança no Trabalho, Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa. Este encontro irá oferecer a oportunidade de se discutir assuntos relacionados com todas actividades da Mozal. Queira por favor confirmar a sua participação (das 08h00 às 16h30) através dos seguintes contactos:  Cell: (258) 843200093 ou (258) 843333145  Telefone: 21735106 ou 21735132 ou 21735000  Fax: 21 735588  E-mail: enviro.mozal@South32.net DIRECTORS: MJ Fraser (Chairman), RJ Langford, DJ Murray, S Haneji, Y Uno, NV Mokhesi, MA Dindar, JRP de Carvalho E studantes das escolas secundárias de Inhassorro, Pande e Doane, na província de Inhambane, região sul do país, produziram protótipos de equipamentos multifuncionais para serem usados pelas comunidades locais. Concretamente, trata-se de motobomba elevadora, máquina de furos de água, camião de sementeira e campainha eléctrica. Para a produção dos equipamentos, os estudantes tiveram o acompanhamento dos professores de ciências naturais e matemática. Os equipamentos foram construídos no âmbito do projecto “Também Posso Ser Cientista” (TPSC), apadrinhado pela petroquímica sul-africana Sasol em parceria com a Universidade Pedagógica (UP). Estudantes de Inhambane produzem equipamentos para as comunidades Os protótipos produzidos no âmbito do TPSC fazem parte de um programa, implementado durante três anos, designado por “Iniciativa de Aperfeiçoamento Pedagógico de Professores na província de Inhambane”, no qual participaram professores e estudantes de escolas previamente seleccionadas pela Faculdade de Ciências Naturais e Matemática da UP. Gil Mavanga, coordenador do projecto TPSC, para além de destacar a vitalidade da iniciativa, avançou que o projecto permitiu a descoberta de talentos no domínio da ciência e tecnologia. Mavanga acrescentou que os equipamentos construídos foram todos da iniciativa dos próprios estudantes. Por seu turno, os estudantes agradeceram, na ocasião, o apoio da multinacional sul- -africana e da Universidade Pedagógica pela disponibilização de meios e conhecimentos para a produção dos referidos equipamentos. (Redacção) A TechnoServe, uma organização sem fins lucrativos trabalhando no desenvolvimento económico, celebrou, semana passada, em Maputo, a passagem do vigésimo ano da sua instalação em Moçambique, numa festa solene testemunhada por diversos actores e instituições do ramo. No decorrer do evento, a TechnoServe aproveitou a ocasião para partilhar experiências e discutir oportunidades para futuros investimentos e parcerias que possam ter impactos duradouros no crescimento global e na redução da pobreza no país. A cerimónia contou com a presença de figuras como as do Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino de Marrule, da Directora Geral da TechnoServe em Moçambique, Jane Grob, da PCA do Barclays Moçambique, Luísa Diogo, entre outras personalidades. Entretanto, na sua intervenção, a Presidente do Conselho Administrativo do Barclays Bank Moçambique, Luísa Diogo, disse que a TechnoServe é uma instituição de sucesso cujos princípios fazem parte do seu dia-a-dia e que, acima de tudo, cumpre com as políticas do Governo. Diogo afirmou que a TechnoServe é uma organização íntegra e que o Barclays tem a convicção de que a economia moçambicana só tem grandes resultados se a agricultura tiver sucesso. “A experiência, conhecimento, tecnologia e resultados em Moçambique e noutras partes do mundo. Os resultados das áreas de caju, frangos e bananas são alguns dos principais motivos da nossa união à TechnoServe”, acrescentou a PCA. Por seu turno, o titular da pasta da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino de Marrule, felicitou TechnoServe, tendo reconhecido o papel da referida organização nas diversas áreas de actuação, contribuindo desta forma para o aumento do emprego e consequente fonte de renda para as famílias moçambicanas. Fundada em 1968, a TechnoServe tem o objectivo ajudar a melhorar o bem-estar económico e social das pessoas de baixa renda nos países em desenvolvimento. Moçambique TechnoServe celebra 20 anos em Moçambique é um dos maiores e mais antigos escritórios da TechnoServe, com um portefólio de dez projectos, em todo o país, nas áreas de empreendedorismo e desenvolvimento de indústrias agrícolas. (C.C) Savana 16-11-2018 EVENTOS 3 PUBLICIDADE Lançado IV Concurso Nacional de Jornalismo sobre Tributação Organizadores enaltecem papel da comunicação social para tributação Os organizadores do PNJT reconheceram o grande potencial da comunicação social em promover o desenvolvimento nacional equitativo, inclusivo e socialmente justo. Nesta perspectiva, inclui-se a educação do cidadão sobre os seus deveres fiscais e a valorização do imposto, como fonte essencial de receitas públicas, a serem aplicadas em programas de desenvolvimento social e económico do país, e de um forma justa e transparente. Para o alcance deste objectivo, a Directora de Comunicação e Imagem da Autoridade Tributaria de Moçambique destacou a importância que os jornalistas têm na sociedade como vigilantes e da capacidade de difundir a informação em todo território nacional e não só. "Este exercício de colecta de impostos sem os jornalistas não seria possível. Os jornalistas é que fazem com que esta informação chegue onde a Autoridade Tributaria de forma isolada não consegue chegar. Os jornalistas não são apenas nossos braços em matérias fiscais, mas também os nossos olhos e a nossa boca", reiterou. Por seu lado, o Director da Action Aid Moçambique caracterizou o papel da comunicação social na sociedade, de "insubstituível " sobretudo ao disseminar informação e conhecimento, das mais diversas ações e assuntos de interesse geral, quer no domínio politico, social e económico. Jessemusse Cacinda, do SEKELEKANI, reconheceu, igualmente, o poder da media e da sua capacidade de influencia e mobilização da opinião pública, em torno dos princípios de justiça fiscal e da gestão transparente das receitas arrecadadas, bem como para denunciar a fraude fiscal e práticas de má gestão da coisa pública e de corrupção. Avaliação positiva mas com desafios pela frente Lançado em 2015, a primeira edição, do PNJT atraiu nove jornalistas, que submeteram trabalhos de pesquisa, abrangendo sobretudo as áreas da industria extractva, nomeadamente do carvão de Tete (distrito de Marara) e da extracção do rubi em Nampula (distrito de Montepuez) e outros projectos extractivos ou temas sobre tributação em diferentes áreas económicas. Em 2016 o número de jornalistas participantes quase que duplicou, ao subir para 17 concorrentes. Aumentou, igualmente, o número de projectos, áreas económicas e regiões abrangidas, o que conferiu ao prémio um carácter verdadeiramente nacional. No ano passado, 2017, o galardão atraiu a concorrência de 15 jornalistas de todo o país, representando as três principais categorias elegíveis, nomeadamente a Televisão, Rádio e Imprensa escrita. Os organizadores do concurso fazem uma avaliação positiva desses quatro anos, contudo reconhecem ainda desafios que devem ser vencidos, desde a melhoria da qualidade investigativa dos trabalhos publicados o comprometimento dos jornalistas para com a causa da tributação e do seu papel na sociedade, bem como o envolvimento de outras entidades na causa da tributação, como instituições de ensino e outras afim. O concurso do presente ano, lançado no dia 01 de Outubro, tem os respectivos termos de referência publicados em jornais nacionais e na página da Internet da Agência de Informação da Sociedade Civil, CIVILINFO, devendo os trabalhos serem submetidos até ao dia 30 de Novembro de 2018. As organizações promotoras esperam, para a presente edição, maior participação dos jornalistas, relativamente aos anos Com o objectivo de promover as melhores anteriores. práticas de educação e transparência fiscal, através da Comunicação social, as organizações SEKELEKANI, Action Aid Moçambique e a Autoridade Tributaria de Moçambique procederam no dia 24 de Outubro, em Maputo, ao lançamento oficial da IV Edição do Prémio Nacional de Jornalismo sobre Tributação (PNJT). Dividido em três domínios jornalísticos, nomeadamente, Televisão, Rádio e imprensa escrita, o Prémio Nacional de Jornalismo sobre Tributação tem contribuído para a consciencialização pública sobre a importância do pagamento do imposto e da eficiência e transparência dos processos de coleta de recursos financeiros para o desenvolvimento do país, através da promoção de um jornalismo investigativo. No acto do lançamento do PNJT, o Director da Action Aid Moçambique, Gaspar Sitefane disse acreditar que o prémio vai incentivar e ajudar a criar uma consciência critica para a questão da tributação e estimular a prática de jornalismo investigativo sobre tributação para a provisão de serviços públicos. Por seu lado, Jessemusse Cacinda, Gestor de Media e TICs do SEKELEKANI, destacou a importância de iniciativas que promovam um jornalismo baseado em investigação aprofundada em torno de questões da vida nacional, como uma das principais apostas da instituição, daí a sua associação a esta iniciativa. Intervindo na ocasião, a Directora de Comunicação e Imagem da Autoridade Tributária de Moçambique, Natercia Manhendje reiterou a necessidade de desmitificar o imposto, para deixar de ser entendido como uma imposição, mas sim como uma contribuição para o desenvolvimento das comunidades e do país no seu todo. Savana 16-11-2018 EVENTOS 4 PUBLICIDADE Savana 16-11-2018 5 SUPLEMENTO A concretização de um sonho Ponte Maputo-Katembe e estradas de ligação Savana 16-11-2018 6 SUPLEMENTO Maputo, 10 de Novembro de 2018 Senhora Presidente da Assembleia da República; Senhor Primeiro-Ministro; Venerando Presidente do Tribunal Supremo; Digníssima Procuradora-Geral da República; Digníssimo Provedor de Justiça; Senhor Armando Emílio Guebuza, Antigo Presidente da República; Senhor Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos; Senhores Ministros e Vice-Ministros; Senhora Governadora da Cidade de Maputo; Senhor Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo; Digníssimos Deputados da Assembleia da República; Senhor Embaixador da República Popular da China; Senhores Membros do Corpo Diplomático acreditados em Moçambique, aqui presentes; Senhor Vice Director-geral da Empresa CRBC; Senhor Presidente do Conselho de Administração da Maputo Sul, E.P.; Senhores Gestores da Empresa CRBC; Senhor Presidente da Associação Africana do Fundo de Estradas; Caros Empresários; Ilustres Líderes Comunitários; Estimados Trabalhadores; Distintos Convidados; Minhas Senhoras e Meus Senhores! Hoje é um dia ímpar para a nossa história! O sonho de Samora Machel, herdado sabiamente por Joaquim Chissano e posto em andamento por Armando Guebuza, foi concretizado. 1yVQmRÀ]HPRVQDGDGHH[WUDRUGLQiULRVHQmRJDUDQWLUDFRQFOXsão sem interrupção da obra iniciada, seis meses antes da nossa WRPDGDGHSRVVHQXPPRPHQWRHPTXHRSDtVHQIUHQWDGHVDÀRV GHFDUiFWHUHFRQyPLFR $GHFLVmRGHFRQWLQXDUFRPDFRQVWUXomRGDSRQWHKRMHLQDXJXrada, teve por base o princípio de que em situações como essas, o nosso senso de prioridade deve ser o mais apurado. $DGYHUVLGDGHREULJRXQRVDSHQVDUHVWUDWHJLFDPHQWHVREUHRTXH TXHUHPRVHFRPRID]rOR (P WRGD DGYHUVLGDGH H[LVWH RSRUWXQLGDGH HTXLYDOHQWH H QHVWH QRVVR H[HUFtFLR ÀFRX SURYDGR 3RULVVR IRL SHQVDQGR QR SRWHQFLDO TXH D LQIUDHVWUXWXUD UHSUHVHQWD SDUD DODYDQFDU D HFRQRPLD PRoDPELFDQDIRLSHQVDQGRQRFRQWULEXWRTXHHODUHSUHVHQWDSDUD DLGHLD JOREDOGDLQWHJUDomR UHJLRQDO IRLSHQVDQGRQRSRWHQFLDO WXUtVWLFRGRSDtVQRGHVHQYROYLPHQWRGRVHFWRUORJtVWLFRHWFHWF TXH VHP KHVLWDo}HVGHFLGLPRV DYDQoDU FRP ÀUPH]D FRP D VXD construção, concretizando a vontade do povo defendida por Samora, Chissano e Guebuza, a quem sucedemos e queremos, por LVVRDJUDGHFHU +RMHRSDtVHVWiDFHOHEUDUDHGLÀFDomRGHXPVtPERORQRVHVIRUoRV Discurso de Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de Moçambique, por Ocasião da Cerimónia de Inauguração da Ponte Maputo – kaTembe e Estradas de Ligação (KaTembe-Ponta de Ouro e Bela Vista-Boane), Cidade de Maputo. TXHHPSUHHQGHPRVSDUDFRQVROLGDomRGDQRVVDLQGHSHQGrQFLD $3RQWHpVLQyQLPRGDQRVVD8QLGDGH1DFLRQDOHVXSHUDomRGDV DGYHUVLGDGHVHGDVQRVVDVGLIHUHQoDV$UHDELOLWDomRGDHVWUDGD QDFLRQDOQ~PHURXPQXPDSULPHLUDIDVHQDV]RQDVFUtWLFDVYDL ID]HUFRPTXHDSDUWLUGHVWDLQDXJXUDomRHFRQFOXVmRGDVREUDV GR WURoR TXHOLJD D3RQWHGD8QLGDGH VHMDSRVVtYHO YLDMDU YLD URGRYLiULDGHIRUPDIDFLOLWDGDGDSURYtQFLDGR&DERQD5HS~- EOLFDGDÉIULFDGR6XODWpDRQRUWHGHÉIULFDDWUDYHVVDQGRWRGDD H[WHQVmRGRQRVVR3DtVUHDOL]DQGRGHVWDIRUPDRGHVHMRDIULFDQR FRQVWUXtGRGHVGHDIXQGDomRGD28$HP 3DUDFRQÀUPDURTXHDFDEDPRVGHGL]HUDLQGDHVWHDQRLQLFLDPRVRV WUDEDOKRVGHFRQVWUXomRGDHVWUDGD0XHGD1HJRPDQR HPPDLVXPDPLVVmRGHPDWHULDOL]DURGHVHMRGRVVDXGRVRV3UHVLGHQWHV6DPRUD0DFKHOH-XOLXV1\HUHUHGD5HS~EOLFD8QLGDGH 7DQ]DQLDGHYHURVGRLVSDtVHVLUPmRVLQWHUOLJDGRVYLDWHUUHVWUH 3RUWDQWR0RoDPELTXHLQVFUHYHVHKRMHFRPOHWUDVGRXUDGDVQD JHRJUDÀDJOREDOFRPDLQDXJXUDomRGDPDMHVWRVD3RQWH0DSXWR- .DWHPEHHDWUDYpVGHODUHFODPDRWtWXORGHSDtVTXHpXPGRV HORVTXHIDFLOLWDXQLURVXODRQRUWHFRPDPDLRUSRQWHVXVSHQVD GHÉIULFDHXPDGDVPDLRUHVGRPXQGR Moçambicanos e Moçambicanas! $FLGDGHGH0DSXWRFHOHEUDKRMHRžDQLYHUViULRGHHOHYDomR jFDWHJRULDGHFLGDGH$GDWDHVFROKLGDSDUDHVWHJUDQGHDFRQWHFLPHQWRQmRSRGLDWHUVLGRPHOKRUGH1RYHPEURRGLDGD EHOD&LGDGHGDV$FiFLDVD&DSLWDOGH0RoDPELTXHDTXHODTXH GRPLFLOLDHVWHHPSUHHQGLPHQWR0DSXWRpXPDXUEHFRPXPD ORQJDKLVWyULDTXHUHWUDWDHPJUDQGHPHGLGDDSUySULDWUDMHWyULDGH0RoDPELTXHHGRVHX3RYR (PPDLVXPDQLYHUViULRQDWDOtFLR0DSXWRFHOHEUDLJXDOPHQWH o nascimento desta imponente infra-estrutura baptizada com o QRPHGHGRLVH[WUHPRVGDEDtDVREHMDPHQWHFRQKHFLGRV 0DSXWR.DWHPEHTXHYHPSUHFLVDPHQWHXQLORVGHIRUPDPDLV VHJXUDHÀFD]HH[XEHUDQWHQXPDSHUVSHFWLYDGHWRUQiODPDLV próspera. 3RULVVRFRPDPHVPDDOHJULDGHVHMDPRVDVQRVVDVPDLVFDORURVDVERDVYLQGDVDWRGRVRVQRVVRVFRPSDWULRWDVDPLJRVHSDUFHLURVGHRXWURVSDtVHVTXHVHGLJQDUDPMXQWDUVHDQyVSDUDHVWH HYHQWRHHQGHUHoDPRVXPDVDXGDomRPXLWRHVSHFLDODWRGRVRV PRoDPELFDQRVSURSULHWiULRVGHVWDLQIUDHVWUXWXUD Compatriotas, O investimento em infraestruturas é, como tem defenido o nosso *RYHUQRQR3URJUDPD4XLQTXHQDODEDVHSDUDDODYDQFDUHGLQDPL]DUDHFRQRPLDHRGHVHQYROYLPHQWRGRQRVVRSDtV $VYLDVGHFRPXQLFDomROLJDPDVSHVVRDVHIDFLOLWDPRFRPpUFLR LQWHUQRHH[WHUQR$VYLDVYDORUL]DPDVSRWHQFLDOLGDGHVHFULDP RSRUWXQLGDGHVGHVXFHVVRUXPRDRGHVHQYROYLPHQWRLQFOXVLYR HVXVWHQWiYHOTXHQRVHVPHUDPRVHPDOFDQoDU $ORFDOL]DomRGR3DtVREULJDQRVDGHVHQYROYHULQIUDHVWUXWXUDV SDUDIDFLOLWDUDQRVVDPRELOLGDGHHRDFHVVRGRVQRVVRVYL]LQKRV DRPDU DWUDYpVGHFRUUHGRUHVGHGHVHQYROYLPHQWR1HVWHFRQWH[WR VmR GH GHVWDFDU R FRUUHGRU GR 1RUWH TXH FRP DV REUDV 5(3Ô%/,&$'(02d$0%,48( 35(6,'È1&,$'$5(3Ô%/,&$ Ponte Maputo-KaTembe: Projectando a visão de um Moçambique próspero Savana 16-11-2018 7 SUPLEMENTO HPFXUVRQD3URYtQFLDGH1LDVVDDSDUGDYLDIHUURYLiULDHP RSHUDomRYDLOLJDUGHIRUPDFRPSHWLWLYDHVWD3URYtQFLDjGH 1DPSXOD&DER'HOJDGRHDRYL]LQKR0DODZL 2FRUUHGRUGRFHQWURFRPDDXWRHVWUDGDQDFLRQDOQ~PHURHP UHFRQVWUXomRTXHOLJD6RIDODDWUDYHVVDQGR0DQLFDSDUDR=LPEDEZHHRFRUUHGRUGR6XOTXHS}HOLJDGRV0DSXWRHD5HS~EOLFD GDÉIULFDGR6XOHR5HLQRGH(VZDWLQL $HVSLQKDGRUVDOGH0RoDPELTXHÀFRXUHQRYDGDFRPR5RYXPD DEUDoDGRj3RQWDG2XURDWUDYpVGDFRQFOXVmRGD3RQWH0DSXWR.D7HPEHHGDV(VWUDGDV.D7HPEH3RQWDGH2XURH%HODYLVWD%RDQHFXMRVLPSDFWRVLPHGLDWRVFRPSUHHQGHPRDXPHQWRGD DFWLYLGDGHFRPHUFLDOPDLRUVHJXUDQoDHFRPRGLGDGH $SRQWHLUiSHUPLWLUDH[SORVmRGRHFRWXULVPRHGRWXULVPRGH SUDLDHGHOD]HUFRPD5HVHUYD(VSHFLDOGH0DSXWRHDV3UDLDVGD 3RQWDGH2XUR3RQWD0DPROL3RQWD0DORQJDQLH0DFKDQJXORD FXPSULUHPRVHXSDSHOGHSURGX]LUULTXH]DDWUDYpVGRWXULVPR (VWHSURMHFWRSHUPLWLX WDPEpPTXHPLOKDUHVGHFRPSDWULRWDV SULQFLSDOPHQWHRVTXHHVWLYHUDPGLUHFWDPHQWHHQYROYLGRVQDV REUDV DGTXLULVVHP KDELOLGDGHV ~QLFDV TXH SRGHUmR JDUDQWLU D PHOKRULDGDVVXDVFRQGLo}HVVRFLDLVHREHPHVWDUGDVVXDVIDPtOLDVDRHQYROYHUVHHPDFWLYLGDGHGHFRQVWUXomRFDSLWDOL]DQGRR que aprenderam durante a empreitada. $LQGDGXUDQWH DFRQVWUXomR IRUDPFRORFDGRVYiULRVGHVDÀRVj LQG~VWULDQDFLRQDOGHPDWHULDLVGHFRQVWUXomRHjVHPSUHVDVGH prestação de serviços, que tiveram de se desdobrar em esforços SDUDQmRFRQVWLWXtUHPREVWiFXORVjFHOHULGDGHGHVHMDGD 8PDYH]FRQFOXtGDVDVREUDVHFRORFDGDVDVLQIUDHVWUXWXUDVHP VHUYLoRQRYRVGHVDÀRVVHFRORFDPHPUHODomRDRHPSUHJRjSURdução e à produtividade, considerando que a ponte e as estraGDV GHOLJDomR QmR HVWmR DSHQDV SDUDPHOKRUDU D SDLVDJHP GD QRVVDFLGDGHHYLODVHODVFRQGX]HPQRVSDUDQRYRVPHUFDGRV DRORQJRGD]RQDGHLQÁXrQFLDGRSURMHFWRLQFOXLQGRQDHVIHUD LQWHUQDFLRQDO eSRUHVWDUD]mRTXHSDUDDOpPGHFHOHEUDUPRVVRPRVPDLVXPD vez, chamados a aprimorar a nossa competitividade, através do aumento da produção e produtividade. 6HQGR R SURMHFWR ÀQDQFLDGR SHOR *RYHUQR GH0RoDPELTXH QR TXDO VH LQWURGX] j SDUWLGD R SULQFtSLR GH XWLOL]DGRUSDJDGRU HVSHUDVHTXHDVXDRSHUDomRJHVWmRHPDQXWHQomRUHVSRQGDP DRVPDLVHOHYDGRVSDGU}HVGHVHJXUDQoDHIXQFLRQDOLGDGHDVVHJXUDQGRGHVWHPRGRDSUHVHUYDomRGRYDOLRVRSDWULPyQLRTXH DFDEDPRVGHJDQKDU 6yDVVLPSRGHPRVRIHUHFHUDRVXWHQWHVVHUYLoRVGHTXDOLGDGH FRPWRGRVRVEHQHItFLRVHFRQyPLFRVHVRFLDLVGDtUHVXOWDQWHV 3DUDPLWLJDURVLPSDFWRVQRWURoRGDV(VWUDGDVGH/LJDomRTXH DWUDYHVVDPD5HVHUYD(VSHFLDOGH0DSXWR IRUDP WRPDGDVPHGLGDVHVSHFtÀFDVSDUDIDFLOLWDUDFLUFXODomRGDVHVSpFLHVQDiUHD GDUHVHUYDHPLQLPL]DUDLQWHUDFomRQHJDWLYDHQWUHR+RPHPHD fauna bravia. &RQWXGRJRVWDUtDPRVGH UHFRPHQGDUR UHVSHLWRSHODQDWXUH]D assim como aconteceu ao introduzir mais de duzentas e cinquenWDPLO WRQHODGDV GH EHWmR WpFQLFDVLQRYDGRUDV TXH SHUPLWLUDP UHGX]LUHPFHUFDGHDVHPLVV}HVGHGLy[LGRGHFDUERQR &RP RGHVHQYROYLPHQWRSDUD RFDVRFRQFUHWRSDUD.DWHPEHH RXWURV GLVWULWRV RV FRQÁLWRV GH WHUUD SURYRFDGRV SHOD DOWD GHPDQGDSDUDDFRORFDomRHVWUDWpJLFDVHUmRyEYLRV8UJHDVVLPDV DXWRULGDGHVORFDLV UHGREUDUHP D YLJLOkQFLD VREUHSRWHQFLDLVLQYHVWLGRUHVHWDPEpPDRVGHVRQHVWRVSDUDVHHYLWDUDHVSHFXODomR de terra. /LJDGRDHVWHDVSHFWRpQHFHVViULRTXHDVDXWRULGDGHVREVHUYHP RRUGHQDPHQWRSRLVWHPRVDTXLXPD~QLFDRSRUWXQLGDGHGHLQLciar uma nova cidade, a cidade do futuro. ,JXDOPHQWHpLPSRUWDQWHTXHXPDREUDFRPRHVVDQmRVHMDPRWLYRGHGRUHOXWRSURYRFDGRVSRUDFLGHQWHVGHYLDomReLPSHULRVRTXHRVDXWRPRELOLVWDVREVHUYHPDVUHJUDVGHWUkQVLWRFRPR forma acrescida de honrarmos a vontade que ditou a decisão de VHHUJXHUHVWDLQIUDHVWUXWXUDTXHWHPR~QLFRREMHFWLYRGHFRQWULbuir para o bem-estar dos moçambicanos. Minhas Senhoras e Meus Senhores! $HTXLSDPXOWLVHFWRULDOTXHFRQFHEHXH[HFXWRXHÀVFDOL]RXHVWD REUDDWp jVXDLQDXJXUDomRIrORFRPRULJRUWpFQLFRHFLHQWtÀFR TXHVHH[LJHQDFRQVWUXomRGHVWHWLSRGHLQIUDHVWUXWXUDVUD]mR SHODTXDOVHUYLXHVHUYLUiVHPSUHGHUHIHUrQFLDSDUDPXLWRVSRU LVVRDFHLWHPDVQRVVDVIHOLFLWDo}HV $R 0LQLVWpULR GDV 2EUDV 3~EOLFDV +DELWDomR H 5HFXUVRV +tGULFRV DWUDYpVGRVSURÀVVLRQDLVGDFRQVWUXomRFLYLOQDFLRQDLV DFRQVHOKDPRVSDUDTXHSURFXUHPREVHUYDUFRPULJRURVSURFHVsos de manutenção. (VVDVHUiXPDGDVIRUPDVGHFRPSHQVDURSRXFRHQYROYLPHQWRGRVWpFQLFRVQDFLRQDLVTXHVHYHULÀFRXGXUDQWHRSHUtRGRGH construção e uma forma de construir capacidades nacionais. 4XHURHPQRPHGR3RYRHGR*RYHUQRGD5HS~EOLFDGH0RoDPELTXHHQRPHXSUySULRPDQLIHVWDUDQRVVDJUDWLGmRDWUDYpV GH 6XD ([FHOrQFLD R (PEDL[DGRU DR *RYHUQR H DR 3RYR DPLJRHLUPmRGD5HS~EOLFD3RSXODUGD&KLQDSHOR DSRLRQD FRQFHVVmRGRFUpGLWRÀQDQFLDQGRHVWDREUDHSHORFDULQKRTXH WHPGDGRDHVWHSURMHFWRRTXHSHUPLWLXDVXDFRQFOXVmRVHP OLWtJLRVFRQWUDWXDLV 4XHUHPRV WDPEpPVDXGDUGH IRUPDHIXVLYDDSRSXODomRGD &LGDGHH3URYtQFLDGH0DSXWRSHODIRUPDDFROKHGRUDFRPRUHFHEHXHVWHSURMHFWRHFRODERURXSDUDDVXDPDWHULDOL]DomR ­ SRSXODomR UHVLGHQWH H DRV YHQGHURUHV GR PHUFDGR 1ZD 1NDNDQD GHPRGR SDUWLFXODU YDL WDPEpP R QRVVR UHFRQKHFLPHQWRSHODSDFLrQFLDPDWXULGDGHHSDWULRWLVPRFRPTXHDFHLWDUDPRUHDVVHQWDPHQWRHSHODIRUPDFRPRVXSHUDUDPRVGHVDÀRV do processo. 4XHUHPRVLJXDOPHQWHGLULJLUXPDSDODYUDGHDSUHoRDRVTXDGURVPRoDPELFDQRVGDVGLYHUVDViUHDVGHFRQKHFLPHQWRHQYROYLGRVQRSURMHFWRSHODVXDGHGLFDomRHVStULWRLQFDQViYHOHSHUVHYHUDQoDQDHGLÀFDomRGHVWDPDMHVWRVDREUD 8PD IHOLFLWDomR GHVWDFDGD GLULJLPRV DR FRQVWUXWRU D &%5& TXHKRQURXRVHXFRPSURPLVVRGHL[DQGRDVXDPDUFDHP0RoDPELTXHDWUDYpVGHVWDWmRHQJHQKRVDVHUSHQWLQDHFDSULFKRVD LQIUDHVWUXWXUDTXHDFUHGLWRTXHHQWUDQRVHXFDWiORJRGHREUDV HVSHFWDFXODUHVHUJXLGDVDRORQJRGRPXQGR $R0LQLVWpULRGDV2EUDV3~EOLFDV+DELWDomRH5HFXUVRV+tGULFRVjHTXLSDGD(PSUHVD0DSXWR6XO(3HDRV*RYHUQRVGD 3URYtQFLDGH0DSXWRHGD&LGDGHGH0DSXWRDVVLPFRPRDRV 0XQLFtSLRVGH0DSXWR0DWRODH%RDQHYDLLJXDOPHQWHRQRVVR DJUDGHFLPHQWRSHODYDOLRVDFRQWULEXLomRFRODERUDomRHFRRSHração prestados. (VWDSRQWHURPSHRLVRODPHQWRJHRJUiÀFRLPSRVWRDRVNDWHPEHQVHV H WRGR R VXO GH0DSXWR TXH DRORQJR GRV WHPSRV RV OLPLWDYDDOLEHUGDGHGHFLUFXODomRGHQHJyFLRVHGHLQWHJUDomR $SRQWH0DSXWR².DWHPEH WRUQDVHMi R IDFWRUGHGHVHQYROYLPHQWRHMXVWLoDVRFLDO)DFLOLWDDPRELOLGDGHGRVWUDEDOKDGRUHV estudantes, comerciantes, fornecedores de bens e serviços. $SDUWLUGHKRMHRVFRQFLGDGmRVGD.DWHPEHHRVGD]RQDVXOGD 3URYtQFLDGH0DSXWRWHUmRKRUDVRDFHVVRIDFLOLWDGRDHVFRODVXQLYHUVLGDGHVKRVSLWDLVVHUYLoRVGHERPEHLURVDHURSRUWR FXOWXUDGHVSRUWRHPDLV Minhas Senhoras e Meus Senhores! 3DUDWHUPLQDUUHLWHURDVPLQKDVIHOLFLWDo}HVj&LGDGHGH0DSXWRDFDSLWDOGH0RoDPELTXHFRPJUDQGHSULRULGDGHHDWRGRVRV PRoDPELFDQRVTXHFRPRVHXVXRUHGLÀFDUDPD3RQWH0DSXWR- .DWHPEHSRLVTXHPFRQVWUXLXHVWDSRQWHpR3RYRPRoDPELcano. Com esta obra, aprendemos mais uma vez que, com o povo QDGD IDOKDHFRQWUDHOHQDGDSRGH WHUVXFHVVRPHVPRTXHVH IDoDHVIRUoRGHIDODUSRUHOHRXHPQRPHGHOH 3RUTXHDFRQVWUXomRGHLQIUDHVWUXWXUDVS~EOLFDVQmRHQFHUUDSRU VLVyRSURFHVVRGHGHVHQYROYLPHQWRFRPR*RYHUQRUHLWHUDPRV R QRVVR FRPSURPLVVR FROHFWLYR GH WUDEDOKDU FRP DV JHUDo}HV presentes e vindouras para que possamos amortizar, manter e FRORFDUDSRQWHDRVHUYLoRGRGHVHQYROYLPHQWRGH0RoDPELTXH 3DUDEpQVj&LGDGHGH0DSXWRSHORVDQRVGHHOHYDomRjFDWHJRULDGH&LGDGH 3DUDEpQV0RoDPELTXH Muito obrigado! Savana 16-11-2018 8 SUPLEMENTO Ponte e estradas vão alavancar a economia Savana 16-11-2018 EVENTOS 5 PUBLICIDADE 9 A continuar uma história de inovação que se estende há mais de 130 anos. Hoje, a ABB, escreve o futuro da digitalização industrial com duas proposições claras: ao trazer eletricidade de qualquer estação de energia para qualquer tomada e ao automatizar indústrias desde recursos naturais a produtos finalizados. A ABB tem o prazer de anunciar a nossa nova sede nas icónicas Torres Rani Towers, em Maputo, reafirmando o compromisso a Moçambique como um mercado de crescimento rápido e uma importante base de clientes. Clientes podem, agora, contactar-nos: Torres Rani Towers, Av. da Marginal, 141, 8 piso, +258 20 300 244/5 | abb.com/Africa — Nova sede da ABB abre em Maputo Vamos juntos escrever o futuro ANOS Dedicada ao Maestro José António Abreu Teatro Gil Vicente 19h30 5ª Série 2018 16 de Novembro Savana 16-11-2018 EVENTOS 6 PUBLICIDADE 10 Savana 16-11-2018 EVENTOS 117 O Standard Bank, um dos maiores bancos comerciais a operar em Moçambique, foi, recentemente, distinguido como “O Melhor Banco de Investimento de Moçambique” pela publicação EMEA Finance, nos “African Banking Awards”, edição de 2018. Já na sua 11ª edição, a premiação anual reconhece as conquistas dos melhores bancos comerciais e de investimento, bem como as operações de gestão de activos no continente africano. No processo, especial atenção têm merecido os bancos que impulsionam o sector, através da disponibilização de produtos e serviços inovadores, excelência na banca de investimento, o aumento do número de depositantes, bem como na prestação de apoio às comunidades por meio de iniciativas de responsabilidade social corporativa. “Este prémio constitui um reconhecimento pelo excelente trabalho que tem sido realizado pelo banco que se distingue no mercado pela sua capacidade técnica, profissionalismo, responsabilidade e entrega abnegada dos seus gestores e colaboradores”, frisou Chuma Nwokocha, administrador delegado do Standard Bank. “Estamos muito satisfeitos pelo facto de sermos reconhecidos como o principal banco de investimento em Moçambique. O prémio reStandard Bank premiado flecte o nosso compromisso em oferecer soluções inovadoras como banco de investimento para clientes de vários sectores”, acrescentou Nwokocha. No últimos anos, os investimentos do Standard Bank incidiram sobre projectos com impacto assinalável no desenvolvimento sócio-económico do País, estimulando o crescimento da economia e do investimento produtivo, com particular destaque nas áreas do agronegócio, petróleo e gás, energia eléctrica, infra-estruturas e imobiliária. Esta instituição financeira centenária é o único banco local envolvido no Projecto “Coral FLNG” (Infra- -estrutura Flutuante de Gás Natural Liquefeito – Coral Sul), que obteve a primeira Decisão Final de Investimento (FDI) na Bacia do Rovuma. O Standard Bank é, também, o único banco moçambicano presente na lista dos financiadores do mais recente complexo de edifícios JAT destinados para escritórios, habitação, comércio e hotelaria; bem como dos modernos centros comerciais Baía e Novare Mall, nas cidades de Maputo e Matola, respectivamente. É a quinta vez que o Standard Bank conquista o prémio de “Melhor Banco de Investimento de Moçambique”. Das cinco distinções, uma ocorreu em 2016, cujo prémio foi pela EMEA Finance e também pela Global Finance Magazine. O Auditório do Banco Comercial e de Investimentos, em Maputo, acolheu, na semana finda, um colóquio subordinado ao tema “100 Anos das Artes e Cultura em Moçambique, Trajectória, Desafios e Perspectivas”, envolvendo académicos, artistas, analistas, apreciadores e críticos de arte, jornalistas, gestores e profissionais do sector da Cultura e Turismo. Organizado conjuntamente pelo Ministério da Cultura e Turismo, através do Museu Nacional de Arte, este fórum enquadrou-se na celebração do centenário da primeira exposição conhecida de artes plásticas em Moçambique. Na ocasião, Domingos Artur, Secretário Permanente do Ministério de Cultura e Turismo, enalteceu o papel das artes na promoção da cultura e desenvolvimento do país. “Passados 100 anos após esta exposição, afigura-se legítimo não apenas reconhecer este marco, como também é importante analiCentenário das artes plásticas moçambicanas em debate sarmos a trajectória percorrida até aos nossos dias, para nos situarmos e definirmos metas e perspectivas do nosso futuro, de um futuro que pretendemos conferir às nossas artes em Moçambique”, disse, salientando que esta oportunidade “deve ser um momento profundo de reflexão sobre o que fazemos para a criação de uma indústria cultural autêntica e robusta no nosso país, geradora de receitas para os indivíduos, e para as famílias e para o nosso Estado”. Já o Assessor do presidente da Comissão Executiva do BCI, Luís Aguiar, falou do papel do Banco na valorização e promoção, salientando que “o BCI, desde 1997, já acolheu mais de 200 exposições de artes plásticas, dando a conhecer trabalhos de centenas de artistas nacionais e internacionais”, referiu, recordando que “a nossa mais antiga parceria de Responsabilidade Social foi celebrada com a Escola Nacional de Artes Visuais (ENAV)”. A Gemfields anunciou, recentemente, a descoberta na Zâmbia, da “Inkalamu”, a Esmeralda Leão de 5,655 quilates, com uma claridade notável e perfeitamente equilibrados tons de ouro e verde. O Inkalamu foi encotrado na Kagem, na maior mina de esmeraldas do mundo, que é 75% de propriedade de Gemfields e 25% da Corporação de Desenvolvimento Industrial da Zâmbia (que pertence, por sua vez, ao Governo da República da Zâmbia). A Gema será posta a venda, no leilão de Esmeraldas da Gemfields, que terá lugar em Gemfields apresenta ‘Inkalamu’ na Zâmbia Novembro de 2018, em Singapura; “A descoberta desta excepcional gema foi um momento importante tanto para nós como para o mercado das Esmeraldas em geral”, comentou Elena Basaglia, Gemologista da Gemfields, baseada em Londres. “Estamos a verificar um aumento impressionante da demanda por esmeraldas zambianas de alta qualidade, pelas principais marcas mundiais, particularmente na Europa, todas admirando a cor e a transparência única das nossas gemas. estas qualidades tornam-nas únicas entre as esmeraldas”, disse Elena Basaglia. “Esperamos que um número significativo de esmeraldas lapidadas de grande qualidade, possam ser produzidas da Inkalamu”, disse Adrian Banks, director-gerente da Gemfields para produtos e vendas. Em Moçambique, a Gemfields controla 75% da Montepuez Ruby Mining (MRM), uma firma que explora rubi, no posto administrativo de Namanhumbir, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado. Os remanescentes 25% são detidos pela Mwiriti, empresa do General e membro da Comissão Política da Frelimo, Raimundo Pachinuapa. Savana 16-11-2018 EVENTOS 812 Faz a tua inscrição A partir do dia 10 de Dezembro 11ª e 12ª Classes Acesso directo ao ensino superior no ISCTEM Tens um futuro promissor neste lugar! Para mais informações, contacte: Secretaria do ISCTEM, no Campus Universitário do ISCTEM Rua 1394 - Zona da FACIM, 322 - Maputo. Tel: 21 31 20 14/5 ou 82 30 94 130. E-mail: secretaria@isctem.ac.mz Instituição de excelência que está empenhada na educação e formação de alunos do ensino secundário dotando-os de capacidades que os habilitam a entrar com sucesso no ensino superior. O Millennium bim e a Universidade Mussa Bin Bique (UMBB) assinaram, recentemente, na cidade de Nampula, um acordo de parceria que tem como objectivo oferecer novos produtos e serviços bancários aos estudantes daquela instituição de ensino superior. Trata-se de um acordo que pretende simplificar e facilitar o acesso dos alunos aos serviços bancários, essenciais na gestão financeira pessoal. Millennium bim e Mussa Bin Bique firmam parceria O acordo vai beneficiar os alunos com a criação de sistemas de Pagamentos de Serviços, como o serviço de Cash Directo. A Universidade Mussa Bin Bique irá, por seu lado, aderir a POS que o Millennnium bim vai disponibilizar às várias Faculdades e à Direcção de Registos Académicos daquela instituição de ensino superior. “Esta é mais uma oportunidade de estreitar relações com as instituições onde temos camadas mais jovens da população, respondendo às necessidades diárias dos alunos através da oferta de um vasto leque de produtos”, Agostinho Carvalho, Director Comercial do Millennium bim. Desta forma, o Millennium bim reforça o seu compromisso com a educação através de uma oferta integrada de serviços diferenciadores e relevantes para estes estudantes, proporcionando-lhes maior comodidade e segurança na realização das suas transacções e gestão do seu dia-a-dia na universidade. O objectivo é aumentar e facilitar o acesso dos jovens aos serviços bancários. O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) arrecadou, de Janeiro a Setembro do ano em curso, na sua carteira de activos de investimentos, uma receita no valor de 2.105.743.735,22 meticais, o correspondente a 92,6 por cento. O valor representa um acréscimo em 13,1 por cento em relação ao igual período do ano passado. Estes dados foram avançados, nesta segunda-feira na cidade da Beira, pelo director-geral do INSS, Alfredo Mauaie, na cidade da Beira, durante a abertura do IIIº Seminário Nacional da Direcção de Administração e Finanças (DAF). O encontro que decorre sob o lema “30 Anos Modernizando para Melhor Servir” junta mais de 70 participantes das diversas áreas ligadas à Administração e Finanças, Património e Participações Financeiras, entre director de Serviços, chefes de Departamento, chefes de Repartição, chefes de Secção e técnicos dos níveis central e provincial. A carteira de activos de investimentos do INSS distribuiu-se em depósitos a prazo, obrigações de tesouro e corporativas, bilhetes de tesouro, papel comercial, participações em sociedades, desenvolvimento imobiliário e património do ex-FAST (Fundo da Acção Social no Trabalho). O director-geral, que destacou e saudou o desempenho da Direcção de Administração e Finanças, referiu-se à contenção das despesas através de várias medidas que a instituição tem vindo a tomar, o que possibilitou a poupança, durante o período em referência, de 5.361.486,19 meticais. Apontou ainda como uma das acções de capital importância, a publicação regular das contas de exercícios económicos do INSS, tendo o último relatório sido publicado em Outubro de 2018: “Encorajamos que se mantenha este ritmo de prestação contínua e pontual de contas a todos os interessados”, frisou. Alfredo Mauaie realçou o facto de o encontro realizar-se numa altura em que o INSS tem vindo a conhecer avanços significativos no processo de modernização e informatização do Sistema, que se traduz na automatização dos procedimentos e maximização dos mecanismos de controlo e gestão. “Com a informatização do INSS, o Sistema já dispõe de vários recursos electrónicos disponibilizados pelas plataformas criadas, que permitem, dentre vários aspectos, a remessa de contribuições e a obtenção da certidão de quitação INSS arrecada mais de 2 mil milhões MT automatizada, sem precisar que os contribuintes se desloquem aos serviços do INSS”, assinalou. O evento, de dois dias, vai discutir, dentre vários temas, o impacto da Política e Estratégia de Investimentos do INSS; o impacto da certidão de quitação automatizada versus cobrança da dívida; o ponto de situação do saneamento da dívida de contribuições e os desafios da implementação do Sistema de Informação de Segurança Social de Moçambique (SISSMO) no INSS. 

1 comentário:

Matemático10 disse...

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