GOVERNO SUBMETE MOÇAMBICANOS AOS JOGOS DE AZAR
Depois do último anúncio sobre penhora do nosso maior troféu (gás), aos credores, (facto que vai permitir retomar os pagamentos em 2019 e destinará 5% das receitas fiscais do gás natural a partir de 2033), decidi rever ao filme intitulado, “The Man Who Broke the Bank at Monte Carlo” traduzido: “O Homem Que Desbancou Monte Carlo”, é um filme norte-americano de 1935 dirigido por Stephen Roberts.
Este vídeo retrata, sobre repercussões da prática de jogos de azar e não só. Descrevendo episódios em que os que têm sorte são os que ganham com o azar dos outros jogadores.
Neste caso específico, percebe-se que os credores são bafejados pela sorte, e os moçambicanos, incluindo o (inocente povo), são bafejados pelo azar.
O episódio de entrega de “troféus” que as nossas autoridades governamentais nos fizeram assistir na passada terça-feira, honra-nos bastante diante de gente que, tendo satisfeito as suas necessidades básicas, não mais precisa se preocupar com o pão e carapau, contudo, mostra-se empenhada em hipotecar o futuro do pacato cidadão.
É caso para falar do "endocolonialismo”. Ou seja, o último cenário, é uma reprodução moderna daquilo que os anais da historia retratam sobre comportamento do colono durante a Conferencia de Berlim*, 15/11/1884 a 26/02/1885, marcado pela colaboração europeia na divisão territorial da África *sem a “participação dos africanos”.
O objectivo declarado desta Conferencia era "regulamentar a liberdade do comércio nas bacias do Congo e do Níger, assim como novas ocupações de territórios sobre a costa ocidental da África.
Para o nossa caso, o Ministério da Economia e Finanças assinou um acordo que de princípio prevê a troca dos actuais títulos por uma nova emissão de dívida soberana, no valor de 900 milhões de dólares, e por um instrumento de valorização, que na prática dá 5% das receitas fiscais provenientes do gás natural nas áreas 1 e 4, até ao limite de 500 milhões de dólares. Portanto, a diferença só está época. Mas os sinais ainda são visíveis hoje. Pois, bem.
Estes acordos foram assinados unilateralmente. Alias, esta última concordância (oculta), é mais uma evidencia daquilo que os nossos políticos habituaram-nos em relação a gestão das dividas ocultas desde o 1o anúncio público.
A par do que temos acompanhado em jogos de azar, os praticantes destes jogos são homens movidos por vontade individual, porém, seus vícios às vezes tem prejudicado a si próprio ou a família, o jogo prejudica relacionamentos pessoais ou o trabalho.
Pois, a pessoa desenvolve uma dependência em relação àquelas pessoas que lhe fornecem dinheiro (credores). Como controlar este cenário até 2033?. É que penhorar gás é penhorar futuro de uma geração, no lugar de projeta-lá.
Resumindo: estamos perante àquele cenário em que um Pai de família irresponsável (governo), derrotado, mas viciado em batota (jogos de azar), decide unilateralmente entregar uma filha ainda criança para ser casada por um dos seus adversários do jogo futuramente, e o mesmo Pai, ainda vende a casa e demais bens matérias sem consultar nem informar a família.
Hipotecando deste modo o futuro dos filhos, esposa e demais familiares, e dando espécie marido da noite a filha que ainda esta no gozo da sua infância, não a oferecendo opções de escolhas para o seu amanhã. Em bom rigor, pode-se dizer que nosso governo oferece maridos e mulheres da noite, a todos moçambicanos em troca de dívidas.
Assim, resta-nos saber como cada um irá identificar o seu parceiro espiritual futuramente.
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