domingo, 18 de novembro de 2018

Anda-se a brincar com coisas sérias para depois se alegar “questões de soberania”. Fogo!!!

Absoluta mentira.
O provedor tinha um contrato definido com a Interbancos (empresa moçambicana que garantia o funcionamento do sistema bancário, que era propriedade dos bancos comerciais e gerida por estes ) que tinha ainda a validade até Agosto de 2019.
O Banco de Moçambique entendeu que queria controlar o sistema e fundou a SIMO e obrigou os bancos a integrar esta, absorvendo e tomando o controlo da Interbancos.
Foi passando todos os serviços e, em meados deste ano, unilateralmente, decidiu dissolver a Interbancos. Só que se ‘esqueceu’ (ou julgou que o seu poder era infinito) de que o contrato com o provedor informático era com a Interbancos (com direito de exclusividade até final do contrato) e que com a dissolução desta, o contrato caducava e tinha uma de duas saídas: ou fazia um novo contrato entre o provedor e a SIMO ou pagava a indemnização de caducidade antecipada do contrato.
As negociações tem prosseguido e, nos últimos meses o provedor tem acedido a mensalmente prolongar o sistema de forma a dar tempo para a decisão. Só que como o BdM andava a empurrar com a barriga para a frente e nunca mais se decidia, o provedor cansou-se e desligou.
Portanto o BdM agora está entre duas decisões: ou paga uma indemnização de 5 milhões de USD ao provedor ou faz um novo contrato com este (que ele exige que seja de 5 anos e com exclusividade, como o anterior).
Claro que o BdM tem a alternativa de procurar um outro provedor. Só que deve estar a esquecer-se que o equipamento que suporta toda a rede é do actual provedor e que instalar um novo leva o seu tempo.

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