Rui Pinto
Se o assunto do Shoping era tão grave como é que já reabriu? Se era uma irregularidade sanável com pagamento de multa porquê esse teatro? Os empresários investem, fazem obras interessantes, visíveis, criam postos de trabalho e depois, no meio desta crise, veem uns inspectores destruir, em forma de show, o trabalho árduo dos outros. Quantas lojas ficaram fechadas, quanto prejuízo tiveram os vários negócios que funcionam naquele espaço? Porquê que não vão fazer inspecção às barracas imundas do Museu, cuja existência não tem qualquer justificação?
Essas inspecções exageradas parece que só conseguem esmagar e humilhar os ricos pequenos e médios, distraindo a população dos grandes problemas do país e das grandes ilegalidades que enfermam os empreendimentos dos grandes tubarões. Parecem manobras de diversão. O jovem gestor exagerou e não devia ter usado violência, mas os jornalistas estavam num espaço privado e foram advertidos para não filmar, mas continuaram com manobras, tipo estavam a calibrar os aparelhos.
Então, quem faz o que quer sofre o que não quer. Pelo sotaque, o tal Valdemir Sousa não parece estrangeiro. É claro que a sua cor da pele trás outras lembranças e toca outras sensibilidades. Na verdade o mal aqui foi mesmo da acção inspectiva, visivelmente destinada a prejudicar, de forma humilhante, os empresários daquele empreendimento, que são muitos e variados. Eu gostaria de ver esse rigor em relação aos milhares de empreendimentos claramente ilegais e abusivos que pululam pela cidade, dos quais as barracas do museu são apenas um caso, mas onde avultam outros empreendimentos de vulto como a ponte Maputo-Catembe.
Acho que se formos lá à direcção donde partiu a ordem de encerramento nem sequer devem ter os extintores obrigatórios que sempre exigem dos estabelecimentos. Legalidade sim, mas para todos. Temos que ir com calma, não estamos no primeiro mundo, É preciso dar tempo às pessoas, aos proprietários, para sanearem as irregularidades, porque se for assim drástico então todo o país fecha e é suspenso, as casas e muros têm que ser demolidos, e os chapas e my loves apreendidos, porque não cumprem os requisitos legais ou não foram devidamente licenciados, muitas vezes por ficarem anos nas gavetas das autoridades. Concordo que se há algo muito grave, mas muito grave mesmo, o shoping teria que fechar, mas pelos vistos não, pois deram mais 60 dias para regularização e o espaço cumpre com a maioria das exigências. Também não concordo, obviamente, com a infeliz actuação violenta do tal Valdemir, mas também não vejo nada de muito extraordinário nisso: a violência nunca é bonita, salvo talvez na luta desportiva.
E, se a cena foi filmada é porque os jornalistas, buscando naturalmente um furo jornalístico, continuaram a filmar após terem sido proibidos, evidenciando aqui "provocação", que irá atenuar a responsabilidade do agressor que, para todos os efeitos, praticou um crime comum: os jornalistas não são autoridades e até é questionável a sua presença naquele local.
Estou a ficar cansado destas nossas autoridades. Qualquer dia destes é melhor irmos todos trabalhar para o Estado e desistirmos de ser empreendedores: aí é que começaremos a ter viaturas zero km, fatos à medida, formações no exterior e hospedagem em hotéis de topo. Não é fácil fazer negócios em Moçambique, nada fácil. Um empresário médio normal, que não tem acesso a linhas de crédito e a esquemas especiais (onde no fim não se devolve o dinheiro e não acontece nada), um empresário desses, leva anos para, com muita disciplina, comprar um terreno e construir uma casa aos poucos. Mas, o funcionário do sector público, um procurador distrital, faz uma mansão em menos de um ano. Que milagre é esse?
E depois, ainda abre uns "negócios" paralelos com algum testa de ferro, senão for mesmo directamente, tão grande que é o descaramento e a promiscuidade. Quem é que faz as grandes festas de casamento e bodas similares? São os empresários normais? Não! São sempre os mesmos: agentes públicos ou então os empresários de fachada, testas de ferro, empresários de sucesso que aparecem e desaparecem consoante a influência dos seus padrinhos no poder da época.
Toda a gente vê, toda a gente desconfia desse milagre, mas a vida continua. Quando é preciso mostrar serviço cai-se em cima de uns empresariozinhos e a população, carente. frustrada, sedenta de vingança contra as injustiças que sofre dia a dia, aplaude, sente-se redimida, vingada.
Fechem-se as padarias e os shoppings, acabem-se com os chapas e os my loves e venha novamente o Estado explorar as Lojas do Povo, Romos, Cooperativas de Consumo e Aldeias Comunais. E, já agora, fuzilemos e chamboquemos o capitalista candongueiro especulador. Haja moralidade!
O "inconsequente populismo" do INAE e do MITADER
Certa vez, um amigo ensinou-me que os detentores de riqueza e sabedoria não o exibem... e que quem o exibe pouco tem ou sabe. Algo que Cristo também ensinou, alertando, aos seus discípulos.
Nos últimos tempos, se calhar no sentido dos "santos/apóstolos dos últimos dias", quiçá inventores da roda, estas duas instituições, no cumprimento dos seus competentes mandatos, se têm desdobrado em muitas acções... de tal sorte que as objectivas nunca escapam ao seu trabalho... se a seu pedido ou se por fuga de informação só os deuses saberão...
Tudo parece feito para mostrar (aparecer) do que para solucionar os desafios que se impõem. O INAE, na sua encruzilhada contra a restauração, originou, de forma indirecta, o encerramento de pelo menos um estabelecimento comercial... disso resultou algum desemprego e algum retrocesso na luta contra a pobreza (os vendedores de fruta, pescado, etc.. viram-se afectados).
Vide que os famosos "quartinhos" conheceram a fúria do INAE, como se o curto descanso e o lazer carnal fossem o pior dos pesadelos desta humanidade...! Porém, o mesmo INAE nunca foi capaz de "ir" às barracas espalhadas pelo país... onde é omnipresente o desafio da saúde pública...
Noutra banda está o MITADER... que bem se tem batido na protecção da madeira... mas que acaba por resvalar nalguma xenofobia... pois, pelo que se vê e lê, o chinês é o mau da fita... "malgrado" os esforços de cooperação da China que duram desde a luta de libertação nacional... A terra escapou por pouco...
Hoje, foi dia de "empreitada" contra o super Marés, que podia ter resultado em danos humanos incalculáveis... sortudo foi o concidadão Hélder Mathwassa porque "moderada" foi a fúria de Vladmir de Sousa. Um entusiasmo que até parece ser para "abafar" o caso do marfim apreendido...
Moral da "história", não pretendo advogar que as instituições cruzem os braços, mas que se calhar devam sensibilizar e evitar o extremar de posições...
branco albino branco albino
ESSE MULATO QUE AGREDIU O JORNALISTA NEM É BRANCO, É MULATO, AFINAL MULATO NÃO É NEGRO? OBAMA É BRANCO? ESSE MULATO QUE BATEU O JORNALISTA É MOÇAMBICANO NASCEU EM MOÇAMBIQUE, TEM BILHETE MOÇAMBICANO, CRESCEU AQUI, DOUTOR BUQUE, NÃO VENHA NA TELEVISÃO NOS ENVERGONHAR É FEIO ISSO, QUER DIZER QUANDO O JOVEM AGREDIU OS POLÍCIAS NÃO ERA RACISMO, PORQUE O JOVEM ERA NEGRO, AGORA ESSE AGRIDE OS JORNALISTAS JÁ É RACISMO? VAMOS LÁ DEIXAR DE SER RACISTAS, COMO É QUE O MULATO VAI-SE SENTIR? QUE LHE ESTÃO A DIZER QUE É BRANCO, E QUE DEVE IR PARA A SUA TERRA, DEPOIS DIZEMOS QUE MULATO É NEGRO. EM OUTROS VIDEOS O JORNALISTA APARECE A EMPURRAR DE FORMA BRUTA O MULATO, E O MULATO PARTIU PARA A AGRESSÃO, OS DOIS FALHARAM, NÃO FICA BEM DEFENDER O JORNALISTA PORQUE É DA NOSSA COR. É FEIO ISSO E ESTIMULA O RACISMO, DEPOIS RECLAMAMOS QUE OS OUTROS SÃO RACISTAS, ELES ENTRARAM PARA UM ESTABELECIMENTO PÚBLICO TEM TODO O DIREITO DE FILMAR, MAS MESMO NOS LOCAIS PÚBICOS EXISTEM RESTRIÇÕES, SE VOCÊ ENTRAR NAS FINANÇAS PODE ENTRAR NO GABINETE DO DIRECTOR SEM AUTORIZAÇÃO E FILMAR? TEM QUE PEDIR O DIRECTOR SE ELE NÃO AUTORIZAR VOCÊ ESTÁ A FILMAR CONTRA A VONTADE DELE, E ISSO É DESRESPEITAR O OUTRO, A LIBERDADE DE FILMAR NÃO INCLUI LUGARES RESTRITOS, E QUANDO A PESSOA NESSE LOCAL PROIBIR, VOCÊ SE FILMAR CORRE O RISCO DE SER IMPEDIDO, SE CONTINUAR PODE HAVER AGRESSÃO E COM RAZÃO. NÃO É BOM VIR A TELEVISÃO DIZER QUE O BRANCO É PORTUGUÊS QUANDO NÃO SABE. ELE NEM É BRANCO NEM É PORTUGUÊS, É UM MULATO, TEM FAMÍLIA NEGRA COMO O SENHOR BULE, É FEIO ISSO. MESMO LÁ EM PORTUGAL TEM NEGROS QUE SÃO PORTUGUESES, AGORA SE FIZER ALGUMA ASNEIRA OS PORTUGUESES VÃO DIZER QUE DEVE IR PARA ÁFRICA? A COR E A NACIONALIDADE NÃO TEM NADA A VER, NINGUÉM É MAIS MOÇAMBICANO QUE OUTRO SÓ PORQUE TEM A COR MAIS ESCURA. SÃO ESSES QUE MANDARAM MATAR O SISTAC PORQUE PARA ELES O SISTAC NÃO ERA MOÇAMBICANO POR SER BRANCO. DE REPENTE VOCÊ VAI VER O PAI DESSE MULATO É NEGRO, OS AVÓS SÃO NEGROS. ELE AGIU ASSIM COM O JORNALISTA PORQUE NÃO BATEU OS OUTROS? PROVOCOU LEVOU PORRADA, AGORA NÓS OS NEGROS TEMOS QUE TOMAR AS DORES DO RACISMO E DEPOIS OS OUTROS É QUE SÃO RACISTAS. E SE O MULATO FOSSE NEGRO?
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