Moçambique.
Nacala Porto, afirma o ministro do Interior de Moçambique, Basílio Monteiro, é vulnerável à ocorrência de crimes económicos. O governo suspeita de branqueamento de capitais naquela região.
O ministro do Interior de Moçambique, Basílio Monteiro, admite haver sinais de branqueamento de capitais na zona económica especial de Nacala Porto, na província de Nampula, norte de Moçambique, defendendo a necessidade de uma investigação criminal.
Citado esta quarta-feira pelo jornal Notícias, o principal diário do país, Basílio Monteiro afirmou que as atividades económicas em curso na zona económica especial de Nacala Porto podem estar a dissimular práticas criminosas. “Os colegas do Serviço Nacional de Investigação Criminal devem perseguir estes sinais. A ocorrência de crimes de branqueamento de capitais obriga-nos a avançar”, declarou Monteiro.
Uma investigação criminal em torno de suspeitas de branqueamento de capitais em Nacala Porto vai travar tais práticas ou remover a suspeição à volta daquela zona económica especial. “Quando falamos de branqueamento de capitais, estamos diante de elevadas somas, daí que não se pode ter espírito fraco de investigação, porque os agentes do crime podem usar esse fator para silenciar os nossos homens”, considerou o ministro moçambicano.
Nacala Porto, continuou Basílio Monteiro, é vulnerável à ocorrência de crimes económicos, devido às facilidades que o Estado concede para a prática de diversas atividades económicas. “Existem condições para um crime como este [branqueamento de capitais] se fertilizar, não é apenas olhar para os crimes frequentes, mas estar atento aos crimes de colarinho branco”, disse.