STAE em Sofala reconhece problemas e atribui culpa ao “software”
O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral em Sofala, através do seu director provincial, Jorge Donquene, reconheceu os problemas denunciados pelos partidos da oposição em relação à morosidade, à não abertura de alguns postos de recenseamento e à não indicação da residência dos eleitores nos cartões emitidos.
Segundo Jorge Donquene, até à primeira semana do início do processo, foram detectados problemas de “software” em quase todas as máquinas recebidas do fornecedor, que é a empresa da família Sidat, que é sócia de Armando Guebuza e tem relações de amizade com Filipe Nyusi.
Algumas máquinas simplesmente não estão a funcionar. Alguns membros das brigadas não dominam o equipamento. Há também falta de lamparinas em alguns postos.
O director do STAE em Sofala disse à imprensa que uma equipa da empresa fornecedora dos equipamentos já se encontra no local a fazer vistoria e reparações dos aparelhos.
“Reconhecemos ter havido estes problemas apresentados pelos partidos políticos em relação ao processo de recenseamento eleitoral.
O “software” era um caso, mas já está ultrapassado, e as máquinas já estão a funcionar em pleno”, disse.
O problema do “software” fez com que cerca de 20.000 eleitores dos distritos municipais de Nhamatanda e Dondo fossem registados como residentes na província de Sofala, o que quer dizer que podem votar em qualquer município de Sofala, como munícipes. Sobre essa questão, o STAE não se pronunciou. (J. Jeco)
CANALMOZ – 29.03.2018
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