A Suíça recusou deter e extraditar a ex-deputada independentista, após pedido do Tribunal Supremo espanhol. Suíços rejeitam a ordem por Anna Gabriel ser suspeita de crime político e não público.
As autoridades suíças rejeitaram o pedido de extradição da catalã Anna Gabriel, ex-deputada do partido independentista de extrema-esquerda, CUP. O pedido de detenção e extradição para Espanha da antiga líder da bancada parlamentar da CUP foi feito pelo juiz do Tribunal Supremo, Pablo Llarena, a 21 de fevereiro.
Segundo a agência Efe, a Autoridade Federal de Justiça da Suíça negou o pedido de Pablo Llarena por acreditar que Anna Gabriel é suspeita de um “crime político” e não de um “crime público”.
A fuga de Anna Gabriel foi conhecida a 17 de fevereiro, mas terá acontecido dias antes. Em entrevista ao jornal suíço Le Temps, a ex-deputada da CUP, que foi líder da bancada parlamentar daquele partido até às eleições de dezembro de 2017, às quais não concorreu, justificou a sua ida para a Suíça. “Como não terei um julgamento justo no meu país, procurei ir para onde possa proteger os meus direitos”, disse.
Anna Gabriel é alvo de um mandado de detenção em Espanha. Além da ex-deputada da CUP, também a deputada Marta Rovira, da Esquerda Republicana da Catalunha, fugiu para a Suíça na passada sexta-feira.