Ministério Público português acusa Manuel Vicente de corromper procurador.
Manuel Vicente, vice-presidente de Angola e ex-presidente da Sonangol, foi acusado de um crime de corrupção activa, outro de branqueamento e outro de falsificação de documento, no âmbito da Operação Fizz.
"O Ministério Público, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, deduziu acusação contra quatro arguidos, no âmbito do inquérito que investigou o recebimento de contrapartidas por parte de um magistrado do Ministério Público (em licença sem vencimento de longa duração desde Setembro de 2012), com a finalidade de favorecer interesses de suspeito, em dois processos", diz um comunicado do Ministério Público.
Além de Manuel Vicente, foi também acusado "Orlando Figueira, que exerceu funções como magistrado do Ministério Público entre Setembro de 1990 e Setembro de 2012, pela prática de um crime de corrupção passiva, um crime de branqueamento (em co-autoria com os restantes arguidos), um crime de violação de segredo de justiça e um crime de falsificação de documento (em co-autoria com os restantes arguidos)".
Os outros dois arguidos acusados neste caso são o advogado Paulo Branco e Armindo Pires, "o qual tinha a seu cargo a representação em Portugal de Manuel Vicente em todos os assuntos de natureza fiscal, financeira, empresarial e legal.
O antigo presidente da petrolífera Sonangol é suspeito de ter pago luvas na ordem das centenas de milhares de euros para arquivar um inquérito de branqueamento de capitais que o visava. A investigação fora aberta na sequência da compra por Manuel Vicente e pela mulher, em Abril de 2011, de um apartamento de luxo no empreendimento Estoril Sol Residente, em Cascais, que custou mais de 3,8 milhões de euros.
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