652 684 pessoas foram afectadas
Devastador! É como se pode caracterizado o ciclone tropical Dineo, que abalou a província de Inhambane nas passadas quinta e sexta-feira. Os ventos foram impiedosos e sacudiram tudo o que encontraram pela frente. Residências, postes eléctricos, painéis publicitários, enfim, tudo. Grande parte das infra-estruturas públicas, principalmente de educação e saúde, foram parcial ou totalmente sacudidas pelo vento. Consequência: 1 687 salas de aula foram danificadas, prejudicando um total de 160 000 alunos e 5 500 professores; na saúde, 70 unidades sanitárias foram destruídas, em doze distritos.
Ao todo, foram afectadas 652 684 pessoas, o que corresponde a 130 538 famílias, nos distritos de Funhalouro, Homoíne, Inharrime, Jangamo, Mabote, Massinga, Morrumbene, Panda, Vilankulo, Zavala, cidade de Inhambane e Maxixe.
O ciclone arrasou ainda 29 173 hectares com culturas de milho, feijão nhemba, mandioca, hortícolas e fruteiras, situação que afunda as esperanças das populações.
Devido à gravidade da situação, há famílias que precisam de todo o tipo de apoio, pois o que levaram anos a construir desapareceu de um dia para o outro.
Segundo o anunciado pelo governo provincial, com o apoio do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), já iniciou o processo de assistência às famílias mais vulneráveis.
TRAVESSIA MAXIXE – CIDADE DE INHAMBANE COMPROMETIDA
A ponte-cais do lado do distrito da Maxixe não resistiu e desabou! Como consequência, os barcos não podem atracar naquele local, o que faz com que os utentes tenham que enfrentar diversos constrangimentos. Para que não encalhem, os barcos ficam a mais ou menos um metro da terra firme. A partir daí, entram em cena jovens que viram naquela uma oportunidade de ganhar dinheiro. Usam a sua força física para carregar os passageiros do barco até à terra firme. E porque a procura é grande, o preço não podia ser simpático. O valor que o utente paga para fazer a travessia – 10 meticais – é o mesmo que é cobrado pelos “carregadores”.
Se, por um lado, a crise tornou-se uma oportunidade para aqueles jovens – grande parte marinheiros que perderam os seus barcos – por outro lado, para os utentes é um prejuízo, pois os custos aumentaram.
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