PRESIDENTE TRUMP
O presidente norte-americano voltou a atacar Arnold Schwarzenegger, acusando-o de ser um mau governador e um mau apresentador de televisão. Na rede social, Trump falou ainda de Paris e do Irão.
A troca de galhardetes entre Donald Trump e Arnold Shwarzenegger continua. Num tweet publicado durante a manhã desta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos da América afirmou que Shwarzenegger “fez mesmo um mau trabalho como Governador da Califórnia e ainda pior no ‘Apprentice’ [O Aprendiz]… Mas pelo menos tentou!”
O tweet acontece um dia depois de Trump ter atacado Shwarzenegger durante o National Prayer Breakfast, um evento que acontece todos os anos na primeira quinta-feira de fevereiro em Washington D.C., onde participou. Donald Trump, que foi apresentado por Mark Burnett, criador e produtor do “The Apprentice”, programa onde vários gestores tinham de competir por um lugar numa das suas empresas, disse perante os presentes que “eles contrataram uma grande, grande estrela do cinema, Arnold Schwarzenegger, para ocupar o meu lugar, e todos sabemos como isso acabou“.
Trump viu-se obrigado abandonar o programa para se focar na corrida à Casa Branca, tendo sido substituído nesta última temporada por Arnold Shwarzenegger. “As audiências caíram a pique. É um desastre total. Quero rezar pelo Arnold e pelas audiências“, afirmou num curto discurso durante o National Prayer Breakfast, citado pelo Politico.
Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca, ainda tentou suavizar a situação, dizendo no mesmo dia que as declarações contra o ex-governador da Califórnia tinham sido uma espécie de piada. Mas a resposta de Arnold Shwarzenegger não tardou: num vídeo publicado também na quinta-feira, no Twitter, o ator sugeriu a Donald Trump que trocassem de lugares. “Tenho uma ideia: porque é que não trocamos de lugares? Tu vais para a TV, já que és especialista em audiências, e eu fico com o teu trabalho e as pessoas podem finalmente voltar a dormir em paz“, afirmou.
Há muito que a relação entre Trump e Schwarzenegger está longe de ser a ideal. Durante as eleições presidenciais de 2016, o ator preferiu apoiar o governador do estado de Ohio, John Kasich, em vez de Trump. Mesmo depois de ter sido escolhido como candidato dos republicanos, o ex-governador da Califórnia continuou a recusar-se a apoiá-lo, tecendo fortes críticas contra ele. Algo que o atual presidente dos Estados Unidos parece nunca ter esquecido.
O agradecimento ao primeiro-ministro australiano, o Irão e o ataque em Paris
Ao longo da manhã, Trump continuou a disparar tweet atrás de tweet, passando por temas tão diversos como a relação com o primeiro-ministro australiano, o Irão (que está sob “formalmente sob aviso” depois do lançamento de um míssil balístico no domingo), ou o ataque desta quinta-feira no Museu do Louvre. Em menos de duas horas, publicou pelo menos seis tweets na sua conta pessoal e também na sua conta oficial da Casa Branca.
Informando que, durante a manhã, iria ter uma reunião importante com vários empresários, o presidente norte-americano aproveitou também a oportunidade para dirigir uma palavra de agradecimento a Malcolm Turnbull, primeiro-ministro da Austrália, depois das notícias que davam conta de uma chamada telefónica algo azeda entre os dois. “Obrigado ao Primeiro-Ministro da Austrália por dizer a verdade sobre a nossa conversa muito civilizada sobre a qual as NOTÍCIAS FALSAS dos média mentiram”, escreveu, acrescentando uma palavra de incentivo: “Muito bem!”
No Twitter, Trump voltou também a avisar o Irão, depois de na quinta-feira ter anunciado que o país está “formalmente sob aviso” na sequência do lançamento do míssil balístico durante um teste feito domingo. “O Irão está a brincar com o fogo”, disse. E deixou um aviso: “Eles não perceberam quão ‘simpático’ foi o Presidente Obama. Comigo não!”
Donald Trump falou ainda das manifestações, organizadas por “anarquistas, bandidos e protestantes pagos”, que provam o porquê de “milhões de pessoas terem votado para TORNAR A AMÉRICA GRANDE OUTRA VEZ”, e do ataque desta quinta-feira junto ao Museu do Louvre, em Paris, falando de um “novo terrorista radical islâmico”. “Os turistas ficaram fechados. França está novamente no limite”, escreveu, apelando aos Estados Unidos para que abram os olhos.