O Presidente da República, Filipe Nyusi, acusou hoje a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido de oposição, de promover matanças e de querer destruir as conquistas da independência do país.
"São atos de alguns moçambicanos que pretendem destruir o que foi ganho com sacrifício e construído pedra a pedra ao longo dos 41 anos da nossa independência", afirmou o chefe de Estado em Pemba, província de Cabo Delgado, na cerimónia central de celebração dos acordos de Lusaca, que a 7 de setembro de 1974 terminaram dez anos de guerra entre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e as forças coloniais portuguesas.
Filipe Nyusi disse que "os ataques da Renamo mais uma vez desestabilizam a governação e continuam a impedir o desenvolvimento do país", além de atingirem as populações.
"A Renamo continua o partido armado, está a matar as populações as lideranças comunitárias e estruturas locais. A Renamo já começou a matar combatentes", declarou o Presidente da República, acrescentando que hoje ocorreu um novo ataque no distrito de Mocuba, na província da Zambézia.
Na mesma cerimónia, o ex-Presidente Joaquim Chissano considerou as celebrações como "um bom sinal para dizer à Renamo que ninguém quer guerra em Moçambique".
É também um bom sinal, prosseguiu, "para dizer que nem aqueles que combateram outrora nas fileiras da Renamo querem nova guerra", apenas o desenvolvimento do país.
Passam hoje 42 anos sobre os acordos de Lusaca, que abriram um ano mais tarde o caminho para a independência de Moçambique, e o 7 de setembro é feriado nacional e também conhecido como "o dia da vitória".
A região centro de Moçambique tem sido palco de relatos de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança e denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.
As autoridades moçambicanas acusam a Renamo de uma série de emboscadas nas estradas e ataques nas últimas semanas, em localidades do centro e norte, atingindo postos policiais e também assaltos a instalações civis, como centros de saúde.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, já reconheceu a autoria de vários ataques, justificando com a estratégia de dispersar as Forças de Defesa e Segurança da serra Gorongosa, onde supostamente permanece.
O maior partido de oposição não aceita os resultados das eleições de 2014, que deram vitória a Frelimo, e exige governar as seis províncias onde revindica vitória no escrutínio.
As negociações de paz entre as delegações do Governo moçambicano e da Renamo em Maputo, que decorrem na presença de mediadores internacionais, foram suspensas até 12 de setembro.
SAPO – 07.09.2016
Posted at 19:42 in Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, Defesa, Política - Partidos | Permalink ShareThis
1. Na Guerra dos 16 anos acho este senhor já estava vivo e não ensinou a Renamo porquê? Do que eu sei a Renamo já controlava mais de 80% do território nacional e nós limitávamos a ficar nas cidades;
2. Acho que este senhor é integrante do grupo que não quer que esta guerra termine. São estes que estragam o país, porque em vez de calar abrem a boca para disparar o que não sabe disparar na prática. Muitos destes são antigos combatentes por burla, porque nem um dia dispararam contra o colono e nem contra a Renamo, só sabem disparar pela boca.
3. Mas Nyusi coitado ainda tem tempo para ouvir tal disparate, o que conclui-se que Nyusi é um presidente faz de conta. Jamais Nyusi vai nos levar a Paz, nem a boa governação, por isso o povo deve continuar a sair a rua para exigir a saída de Nyusi da presidência porque em pouco tempo, ele esta mostrando que esta levar o país ao abismo. Os sul Africanos do ANC já estão a sair a rua para exigir a saída de Jacob Zuma e apelo aos próprios membros da Frelimo a saírem a rua para tal, porque ou queremos ser Moçambicanos e patriotas ou queremos afundar o país por defendermos pessoas que da Frelimo nem sabem nada.