O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, inaugurou hoje um museu erguido em plena Penitenciária de Mabalane, província meridional de Gaza, em homenagem a 75 ex - prisioneiros políticos que nela foram encarcerados pela PIDE (Policia Internacional de Defesa do Estado português), devido ao seu envolvimento na frente clandestina de luta pela independência nacional.
O Museu é constituído, entre outras referências, por um monumento, espólio, sala de torturas, celas, e brochuras relatando as actividades de resistência contra o colonialismo dos 75 ex-prisioneiros políticos.
Falando no comício popular que orientou momentos depois da inauguração do museu, acto inserido na visita de trabalho de três dias a Gaza, iniciada ainda hoje, Nyusi disse tratar-se de um monumento representativo pois a actividade na clandestinidade se espalhou por praticamente todo o país.
Foi em locais como Mabalane onde a PIDE se sofisticou para reprimir as iniciativas libertadoras dos moçambicanos, disse Nyusi, acrescentando que a revolta dos moçambicanos partiu de simples desabafos para formas mais evoluídas de luta.
O Museu é constituído, entre outras referências, por um monumento, espólio, sala de torturas, celas, e brochuras relatando as actividades de resistência contra o colonialismo dos 75 ex-prisioneiros políticos.
Falando no comício popular que orientou momentos depois da inauguração do museu, acto inserido na visita de trabalho de três dias a Gaza, iniciada ainda hoje, Nyusi disse tratar-se de um monumento representativo pois a actividade na clandestinidade se espalhou por praticamente todo o país.
Foi em locais como Mabalane onde a PIDE se sofisticou para reprimir as iniciativas libertadoras dos moçambicanos, disse Nyusi, acrescentando que a revolta dos moçambicanos partiu de simples desabafos para formas mais evoluídas de luta.
O Presidente referia-se claramente a canção, dança, pintura, escultura, entre outras formas, incluindo a diplomática.
Porém, segundo o estadista moçambicano, todas estas formas de luta, incluindo a armada, requerem sacrifício, coragem e determinação.
Para o Presidente, a missão deste grupo de combatentes estava escrita: libertar Moçambique.
Mas não assustaria a ninguém se hoje aparecesse um e outro a representar outras formações políticas (no âmbito da democracia multipartidária), não obstante terem, juntos, lutado pela independência, afirmou.
Ele exemplificou que nas comemorações esta Quarta-feira, na cidade nortenha de Pemba, do Sete de Setembro, Dia da Vitória, sete mil antigos combatentes da luta de libertação nacional desfilaram, lado a lado, com outros irmãos de frentes opostas durante a guerra dos 16 anos.
A 09 de Maio de 1964, um grupo de 75 moçambicanos, entre homens e mulheres, foi detido pelas autoridades sul-africanas na fronteira entre a Africa do Sul e o Botswana e depois recambiado para as celas da cadeia de Mabalane.
Esperava-se, segundo testemunho prestado por alguns ex-prisioneiros políticos, que este grupo fosse fuzilado pelas tropas portuguesas logo que arrancasse a Luta de Libertação Nacional.
A detenção deste grupo de moçambicanos teria sido denunciada pela imprensa da Europa do Leste, mas todos ignoraram a informação.
Porém, a Rádio Moscovo (ex-União Soviética) desempenhou papel de relevo ao denunciar a detenção `a comunidade internacional.
Segundo o testemunho dado hoje por Amos Mahanjane, integrante do grupo dos 75 ex-prisioneiros políticos, este facto abriu espaço para a intervenção diplomática de Eduardo Mondlane, o fundador da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e obreiro da unidade nacional, que usou das influências que tinha nas Nações Unidas para que o grupo não fosse eliminado.
Nesta cadeia, a angústia tomava conta de todos, porque todos os dias tínhamos um inimigo comum por enfrentar: Chico Feio, o único negro da brigada cuja missão era torturar a todos sem piedade, disse, por sua vez, Juvenália Muthemba, irmã da heroína Josina Machel.
Do grupo dos 75 ex-prisioneiros políticos de Mabalane, apenas 37 continuam vivos.
Juvenália Muthemba, Amos Mahanjane, Cadmiel Muthemba, Fernando Fazenda, Eduardo Arão (falecido), Albino Magaia, entre outros, engrossam a lista dos 75 ex-prisioneiros políticos de Mabalane.
Para além de inaugurar o museu e orientar o comício popular, Nyusi visitou a feira de gado de Mabalane, inaugurou o edifício do tribunal judicial distrital e orientou a sessão extraordinária do governo provincial, alargada aos administradores distritais, presidentes dos conselhos municipais, entre outros quadros.
Sexta-feira, o Presidente trabalha nos distritos de Chicualacuala e Massangena, para, Sábado, último dia da visita a Gaza, escalar os distritos de Chigubo e Massingir.
mz/dt
AIM – 08.09.2016
Porém, segundo o estadista moçambicano, todas estas formas de luta, incluindo a armada, requerem sacrifício, coragem e determinação.
Para o Presidente, a missão deste grupo de combatentes estava escrita: libertar Moçambique.
Mas não assustaria a ninguém se hoje aparecesse um e outro a representar outras formações políticas (no âmbito da democracia multipartidária), não obstante terem, juntos, lutado pela independência, afirmou.
Ele exemplificou que nas comemorações esta Quarta-feira, na cidade nortenha de Pemba, do Sete de Setembro, Dia da Vitória, sete mil antigos combatentes da luta de libertação nacional desfilaram, lado a lado, com outros irmãos de frentes opostas durante a guerra dos 16 anos.
A 09 de Maio de 1964, um grupo de 75 moçambicanos, entre homens e mulheres, foi detido pelas autoridades sul-africanas na fronteira entre a Africa do Sul e o Botswana e depois recambiado para as celas da cadeia de Mabalane.
Esperava-se, segundo testemunho prestado por alguns ex-prisioneiros políticos, que este grupo fosse fuzilado pelas tropas portuguesas logo que arrancasse a Luta de Libertação Nacional.
A detenção deste grupo de moçambicanos teria sido denunciada pela imprensa da Europa do Leste, mas todos ignoraram a informação.
Porém, a Rádio Moscovo (ex-União Soviética) desempenhou papel de relevo ao denunciar a detenção `a comunidade internacional.
Segundo o testemunho dado hoje por Amos Mahanjane, integrante do grupo dos 75 ex-prisioneiros políticos, este facto abriu espaço para a intervenção diplomática de Eduardo Mondlane, o fundador da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e obreiro da unidade nacional, que usou das influências que tinha nas Nações Unidas para que o grupo não fosse eliminado.
Nesta cadeia, a angústia tomava conta de todos, porque todos os dias tínhamos um inimigo comum por enfrentar: Chico Feio, o único negro da brigada cuja missão era torturar a todos sem piedade, disse, por sua vez, Juvenália Muthemba, irmã da heroína Josina Machel.
Do grupo dos 75 ex-prisioneiros políticos de Mabalane, apenas 37 continuam vivos.
Juvenália Muthemba, Amos Mahanjane, Cadmiel Muthemba, Fernando Fazenda, Eduardo Arão (falecido), Albino Magaia, entre outros, engrossam a lista dos 75 ex-prisioneiros políticos de Mabalane.
Para além de inaugurar o museu e orientar o comício popular, Nyusi visitou a feira de gado de Mabalane, inaugurou o edifício do tribunal judicial distrital e orientou a sessão extraordinária do governo provincial, alargada aos administradores distritais, presidentes dos conselhos municipais, entre outros quadros.
Sexta-feira, o Presidente trabalha nos distritos de Chicualacuala e Massangena, para, Sábado, último dia da visita a Gaza, escalar os distritos de Chigubo e Massingir.
mz/dt
AIM – 08.09.2016
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