Canal de Moçambique: E a nível das províncias? Há relatos frequentes de confrontações na Zambézia, por exemplo.
Afonso Dhlakama: Nas últimas semanas, quando começamos com o ponto de negociação política de Defesa e Segurança, eles tentaram planificar umas operações em todas as provinciais, sobretudo na Zambézia, com destaque para Morrumbala, Morrotoni e Norte de Mocuba, Niassa, Tete, Manica e Catandica e Pambara, Chipungabera e Muxúnguè. Mas tudo redundou num fracasso. Tentavam atacar as nossas bases. O que os nossos militares faziam? Para não gastarmos material, dei ordem para que, quando as tropas da Frelimo avançassem para a atacar as nossas posições, as nossas forças deviam retirar-se das bases e ficar nas imediações e cercar as saídas. Então as tropas da Frelimo chegavam lá, não encontravam ninguém e disparavam e ninguém respondia. Queimavam barracas, mas à sua saída levavam porrada e sofriam muitas baixas e perdiam armas. o Exemplo disso foi o que aconteceu, há duas semanas em Morrumbala. Tentaram assaltar uma nossa base e perderam muita gente. Um deles é um dos comandantes, nosso conterrâneo da Beira, que morreu e foi enterrado ontem (NR:Sexta feira). Esta é a prova de que estão a brincar com assunto sério, muita gente está a morrer desnecessariamente. Quem vai ressarcir a família do nosso conterrâneo? Essas operações visam obrigar a Renamo a abandonar as suas exigências nas negociações. Mas isso é um jogo ultrapassado. A Renamo e Dhlakama cresceram na guerra e conhecem muito bem como isto funciona. Não nascemos ontem, já fizemos isso durante a guerra dos dezasseis anos, com tanques e blindados, aviões do Zimbabwe e da Tanzânia, mas ainda estamos aqui. Não será hoje, com esses jovens das FADM que nunca estiveram no mato.
Trechos da entrevista do Lider da Renamo,
Afonso Dhlakama: Nas últimas semanas, quando começamos com o ponto de negociação política de Defesa e Segurança, eles tentaram planificar umas operações em todas as provinciais, sobretudo na Zambézia, com destaque para Morrumbala, Morrotoni e Norte de Mocuba, Niassa, Tete, Manica e Catandica e Pambara, Chipungabera e Muxúnguè. Mas tudo redundou num fracasso. Tentavam atacar as nossas bases. O que os nossos militares faziam? Para não gastarmos material, dei ordem para que, quando as tropas da Frelimo avançassem para a atacar as nossas posições, as nossas forças deviam retirar-se das bases e ficar nas imediações e cercar as saídas. Então as tropas da Frelimo chegavam lá, não encontravam ninguém e disparavam e ninguém respondia. Queimavam barracas, mas à sua saída levavam porrada e sofriam muitas baixas e perdiam armas. o Exemplo disso foi o que aconteceu, há duas semanas em Morrumbala. Tentaram assaltar uma nossa base e perderam muita gente. Um deles é um dos comandantes, nosso conterrâneo da Beira, que morreu e foi enterrado ontem (NR:Sexta feira). Esta é a prova de que estão a brincar com assunto sério, muita gente está a morrer desnecessariamente. Quem vai ressarcir a família do nosso conterrâneo? Essas operações visam obrigar a Renamo a abandonar as suas exigências nas negociações. Mas isso é um jogo ultrapassado. A Renamo e Dhlakama cresceram na guerra e conhecem muito bem como isto funciona. Não nascemos ontem, já fizemos isso durante a guerra dos dezasseis anos, com tanques e blindados, aviões do Zimbabwe e da Tanzânia, mas ainda estamos aqui. Não será hoje, com esses jovens das FADM que nunca estiveram no mato.
Trechos da entrevista do Lider da Renamo,
Afonso Dhlakama no Jornal Canal de Moçambique, Edição do dia 28 de Setembro de 2016
TROPAS DA FRELIMO JÁ NÃO QUEREM COMBATER CONTRA A RENAMO
Como temos vindo a informar, há um descontentamento generalizado das forças da frelimo em todas as províncias não só devido às avultadas baixas e fraca logística militar mas sobretudo os militares questionam "porque estamos a receber ordens do partido frelimo para lutar contra o partido renamo? E nós estamos acabar todos dias. Só dois ou três homens da renamo 'limpam' 10 ou 20 dos nossos e os nossos comandantes andam a nós enganar dizendo que estamos a defender a soberania nacional, afinal que tipo de defesa de soberania é esta em que um exército do estado vai atacar um partido politico adversário e violentando as populações que apoiam este mesmo partido?"
"Os nossos chefes estão a nós mandar para a morte enquanto eles estão sentados lá em Maputo com os filhos deles. Nós temos que fugir porque estamos a morrer em muito e ainda por cima também somos fuzilados pelos nossos próprios chefes." - estávamos a citar as lamurias dos militares da frelimo nas diversas posições e quarteis ao longo das provincias em particular a posição das "Mangueiras", m Sandunjira.
Como havíamos anunciado, o comandante da brigada regional centro, de nome Boavida Boaventura, esteve na Gorongoza para tentar acalmar os militares particularmente da famosa posição das "Mangueiras" em Sadunjira. Neste reunião ao que parece de suma importância, também estiveram presentes os comandantes de várias regiões da zona centro. Também esteve presente o tal coronel fuzilados, que soubemos chamar se Waene "Bedford".
Segundo as nossas fontes ligadas às forças da frelimo, o comandante Boaventura falou de tudo mais alguma coisa para tentar acalmar as tropas e passamos a citar algumas das suas palavras proferidas nesta "magna" reunião:
"Vocês soldados não podem fugir porque o conflito militar vai terminar agora. Há negociações em Maputo e já sabemos que o nosso governo está a aceitar as propostas da renamo então isto significa que haverá um acordo e esta guerra vai acabar agora, por isso, não podem mais fugir. O nosso governo não tem outra maneira, tem que aceitar para a evitar o pior e também a situação do nosso lado como militares não é das melhores".
"Mas mesmo assim nos como militares nao podemos ficar de braços cruzados, a partir de agora voces devem fazer patrulhas nas manhãs dando voltas ao redor desta posição para evitar que sejam surpreendidos. Voces devem ouvir bem isto tudo o que estou a dizer-vos, eu sou o comandante regional e sai de Tete porque recebi ordens de Maputo para falar convosco acerca das negociações que decorrem em Maputo e também para explicar vos porque nao devem mais fugir porque a guerra ja vai terminar".
Como se pode notar, a situação no seio das forças da frelimo é boa. Mas mesmo com as "boas novas" do comandante Boaventura os militares já não querem saber de nada e querem ir às suas casas. Ainda ontem em Sadunjira, na zona chamada Mapanga ou Mapanga-panga, um poletao (30) das forças da frelimo tentaram fazer uma incursão com o objectivo de roubar cabritos e foram interceptados por uma patrulha dos temíveis guardas de Afonso Dhlakama e foram atacados mas com o inevitável pânico, os intrusos debandaram para o lado errado e foram de novo metralhados por um outro grupo de perdizes. Só não houve um total massacre porque grande parte dos militares da frelimo, todos eles miudos, deitaram as armas e fugiram a sete pés mas cerca da metade deles ficaram estatelados no terreno.
E o tal "cessar-fogo unilateral-nao-anunciado" da renamo expirou no dia 24/9 e no dia seguinte a escolta das colunas de Muxungue e via Tete sofreram muitas baixas.
Unay Cambuma
Como temos vindo a informar, há um descontentamento generalizado das forças da frelimo em todas as províncias não só devido às avultadas baixas e fraca logística militar mas sobretudo os militares questionam "porque estamos a receber ordens do partido frelimo para lutar contra o partido renamo? E nós estamos acabar todos dias. Só dois ou três homens da renamo 'limpam' 10 ou 20 dos nossos e os nossos comandantes andam a nós enganar dizendo que estamos a defender a soberania nacional, afinal que tipo de defesa de soberania é esta em que um exército do estado vai atacar um partido politico adversário e violentando as populações que apoiam este mesmo partido?"
"Os nossos chefes estão a nós mandar para a morte enquanto eles estão sentados lá em Maputo com os filhos deles. Nós temos que fugir porque estamos a morrer em muito e ainda por cima também somos fuzilados pelos nossos próprios chefes." - estávamos a citar as lamurias dos militares da frelimo nas diversas posições e quarteis ao longo das provincias em particular a posição das "Mangueiras", m Sandunjira.
Como havíamos anunciado, o comandante da brigada regional centro, de nome Boavida Boaventura, esteve na Gorongoza para tentar acalmar os militares particularmente da famosa posição das "Mangueiras" em Sadunjira. Neste reunião ao que parece de suma importância, também estiveram presentes os comandantes de várias regiões da zona centro. Também esteve presente o tal coronel fuzilados, que soubemos chamar se Waene "Bedford".
Segundo as nossas fontes ligadas às forças da frelimo, o comandante Boaventura falou de tudo mais alguma coisa para tentar acalmar as tropas e passamos a citar algumas das suas palavras proferidas nesta "magna" reunião:
"Vocês soldados não podem fugir porque o conflito militar vai terminar agora. Há negociações em Maputo e já sabemos que o nosso governo está a aceitar as propostas da renamo então isto significa que haverá um acordo e esta guerra vai acabar agora, por isso, não podem mais fugir. O nosso governo não tem outra maneira, tem que aceitar para a evitar o pior e também a situação do nosso lado como militares não é das melhores".
"Mas mesmo assim nos como militares nao podemos ficar de braços cruzados, a partir de agora voces devem fazer patrulhas nas manhãs dando voltas ao redor desta posição para evitar que sejam surpreendidos. Voces devem ouvir bem isto tudo o que estou a dizer-vos, eu sou o comandante regional e sai de Tete porque recebi ordens de Maputo para falar convosco acerca das negociações que decorrem em Maputo e também para explicar vos porque nao devem mais fugir porque a guerra ja vai terminar".
Como se pode notar, a situação no seio das forças da frelimo é boa. Mas mesmo com as "boas novas" do comandante Boaventura os militares já não querem saber de nada e querem ir às suas casas. Ainda ontem em Sadunjira, na zona chamada Mapanga ou Mapanga-panga, um poletao (30) das forças da frelimo tentaram fazer uma incursão com o objectivo de roubar cabritos e foram interceptados por uma patrulha dos temíveis guardas de Afonso Dhlakama e foram atacados mas com o inevitável pânico, os intrusos debandaram para o lado errado e foram de novo metralhados por um outro grupo de perdizes. Só não houve um total massacre porque grande parte dos militares da frelimo, todos eles miudos, deitaram as armas e fugiram a sete pés mas cerca da metade deles ficaram estatelados no terreno.
E o tal "cessar-fogo unilateral-nao-anunciado" da renamo expirou no dia 24/9 e no dia seguinte a escolta das colunas de Muxungue e via Tete sofreram muitas baixas.
Unay Cambuma
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