As dívidas estão aí, infelizmente. Contraídas de forma ilegal e pornográfica por uma corja de indivíduos que, sem escrúpulos, fingem que o assunto não lhes diz respeito. O sofrido povo moçambicano, como sempre, será obrigado a pagar por algo que não faz a mínima ideia. Não há informação sobre o destino certo dado ao empréstimo. A única certeza é de que o dinheiro não entrou nos cofres do Estado. A bilionária dívida está aí. E os moçambicanos continuam a morrer de fome, e de doenças curáveis. Os moçambicanos continuam a debater-se com a falta de escolas condignas, estradas e água potável.
A triste situação que, presentemente, o país travessa é bastante revoltante. Diante da tamanha falcatrua habilmente perpetrada pelo Governo da Frelimo, não nos resta mais nada, como um povo, senão mostra a nossa indignação colectiva. É preciso fazermo-nos às ruas, para demonstrarmos a nossa indignação contra toda essa impunidade que cobre as instituições públicas e/ou de Estado. Precisamos de mostrar a nossa revolta contra este Governo de mafiosos.
A lei dá-nos esse prerrogativa. Aliás, a Constituição da República é bem clara quanto a isso. Ela diz que "todos os cidadãos podem, de forma pacífica e livremente, exercer o seu direito de reunião e manifestação sem dependência de qualquer autorização nos termos da lei". No entanto, por quê carga de água, devemos solicitar às autoridades policiais a realização da mesma? Na verdade, não precisamos de pedir autorização da Polícia para demonstrar a nossa indignação e repúdio contra a leviandade do Governo de turno. Nesse sentido, deixe-nos mostrar a nossa indignação, a nossa revolta e o nosso repúdio contra esta triste situação que vivemos, meus senhores!
Este sábado, 18 de Junho, o povo moçambicano tem uma oportunidade de mostrar o seu repúdio. A manifestação é em defesa do bem comum e contra o contínuo empobrecimento do povo moçambicano. É, na verdade, uma manifestação na qual o povo vai gritar que não aceita e não vai pagar dívidas da EMATUM, ProIndicus, MAM e outras que venham a ser descobertas e que tenham seguido o mesmo procedimento ilegal.
Qualquer moçambicano em pleno gozo do seu juizo devia subscrever esse posicionamento. Temos direitos à manifestação, portanto, deixe-nos mostrar a nossa indignação.
@VERDADE - 17.06.2016
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