domingo, 26 de junho de 2016

Governo moçambicano disponível para apoiar auditoria internacional às dívidas escondidas

O ministro da Economia e Finanças moçambicano, Adriano Maleiane, afirmou hoje em Maputo que o seu Governo vai apoiar iniciativas visando levar a cabo uma auditoria internacional às chamadas dívidas escondidas contraídas pelo anterior executivo.
"O Governo moçambicano acredita na capacidade das instituições nacionais, agora, cabe a estas instituições solicitar esse tipo [auditoria internacional] e nós estaremos disponíveis para apoiar", afirmou Maleiane, em declarações aos jornalistas à margem das celebrações do 41º aniversário da independência do país.
Questionado sobre os resultados da missão técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI), que terminou sexta-feira uma visita de oito dias a Moçambique destinada a avaliar o impacto das dívidas ocultadas, o ministro da Economia e Finanças referiu que a organização ainda está na fase de recolha de dados para depois tomar uma decisão final.
"Eles estão a trabalhar para ver quais são os impactos microeconómico, mas esta fase ainda não é de decisão. É por isso que estiveram com todos os sectores, desde o sector privado até ao parlamento para verificar o que está a acontecer", acrescentou Maleiane.

Na sexta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu uma auditoria internacional e independente às empresas moçambicanas que beneficiaram de avultados empréstimos avalizados pelo Governo moçambicano à revelia da Assembleia da República, dos organismos financeiros internacionais e dos doadores.
"Seria necessária uma auditoria internacional e independente às empresas Ematum, Proindicus e MAM, sendo as duas últimas as empresas que receberam financiamento dos empréstimos anteriormente não revelados", refere uma nota de imprensa do FMI emitida na sexta-feira, no final da missão técnica da organização, que esteve em Maputo para avaliar com as autoridades moçambicanas o impacto na economia do país das chamadas dívidas escondidas.
Na mesma nota de imprensa, o FMI defendeu que Moçambique deve adoptar um pacote urgente e decisivo de medidas de política para evitar uma maior deterioração da economia e alertou que o país pode ter atingido um risco elevado de sobre endividamento.
Em particular, especifica o FMI, são necessários apertos substanciais ao nível fiscal e monetário, flexibilidade da taxa de câmbio, para restaurar a sustentabilidade macroeconómica, redução das pressões sobre a inflação e a balança de pagamentos, bem como alívio das pressões sobre o mercado cambial, para restaurar o equilíbrio entre oferta e procura no mercado cambial.
O FMI prossegue assinalando que Moçambique tem agora alta probabilidade de ter atingido um nível de risco elevado de sobre endividamento e que a sua dívida pública atingia 86% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2015, na sequência da descoberta de 1,4 mil milhões de dólares de empréstimos contraídos pelo Governo moçambicano entre 2013 e 2014 e não revelados à Assembleia da República nem às organizações financeiras internacionais.
EYAC (PMA) // SO
Lusa – 25.06.2016

Reino Unido exige auditoria judicial internacional sobre dívidas escondidas por Moçambique

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A alta-comissária do Reino Unido em Maputo exigiu hoje uma auditoria judicial internacional para averiguar as chamadas dívidas escondidas por Moçambique, considerando que a situação manchou a confiança que o seu Governo tinha pelo país africano.
"Uma auditoria forense internacional seria um meio para o rápido esclarecimento deste caso, que é grave", disse, à imprensa, Joanna Kuenssberg, à margem das celebrações do 90.º aniversário da rainha Elizabeth II, que se assinalou a 21 de abril.
Observando que as dívidas fora das contas públicas contraídas à revelia da Assembleia da República, entre 2013 e 2014, mancharam a confiança que o Reino Unido tinha pelo país africano, Joanna Kuenssberg justificou a suspensão do apoio ao Orçamento do Estado (OE) com razões de transparência, considerando que o Governo moçambicano precisa de reconquistar rapidamente a confiança do povo e dos parceiros internacionais.
"A situação é muito grave e está abalar a economia do país", declarou a alta-comissária, acrescentando que os ministros britânicos estão "muito sensíveis" às últimas notícias sobre o endividamento de Moçambique.
Joanna Kuenssberg disse que o Reino Unido está à espera de propostas do Governo moçambicano para restabelecer o apoio ao OE, uma decisão que só poderá ser tomada depois de uma discussão com os países que integram o grupo de doadores.
Para a alta-comissária britânica, além de um esclarecimento completo, o Governo moçambicano precisa de analisar as consequências da situação, localizando, se possível, o que "resta do dinheiro" para reduzir o fardo da dívida.


"São necessárias medidas urgentes", afirmou, reiterando que uma auditoria judicial internacional seria um passo para restabelecer a confiança entre Moçambique e os parceiros internacionais.
O Governo moçambicano explicou hoje, no parlamento, os contornos de dívidas escondidas de mais de mil milhões de euros contraídas e avalizadas pelo anterior executivo, entre 2013 e 2014.
O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, reconheceu a existência de dívidas fora das contas públicas de 1,4 mil milhões de dólares (1,25 mil milhões de euros), justificando com razões de segurança e infraestruturas estratégicas do país, o que levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a suspender a segunda parcela de um empréstimo a Moçambique e a deslocação de uma missão a Maputo.
O grupo de 14 doadores do Orçamento do Estado, do qual o Reino Unido faz parte, também suspendeu os seus pagamentos, uma medida acompanhada pelos EUA, que anunciaram que vão rever o apoio ao país.
Com a revelação dos novos empréstimos, veiculados pela imprensa internacional, a dívida pública de Moçambique é agora de 11,66 mil milhões de dólares (10,1 mil milhões de euros), dos quais 9,89 mil milhões de dólares (8,6 mil milhões de euros) são dívida externa.
Este valor representa mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e traduz uma escalada de endividamento desde 2012, quando se fixava em 42%.
De acordo com dados oficiais, divulgados hoje durante a cerimónia, o Reino Unido é o segundo maior contribuinte do apoio ao desenvolvimento desde 2005, com mais de 700 milhões de euros já canalisados para projectos nos sectores da saúde, educação, agricultura, energia e desenvolvimento de infraestruturas no país.
SAPO – 08.06.2016

EUA exigem auditoria independente às dívidas de Moçambique

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O embaixador dos EUA em Maputo considerou hoje que a confiança dos parceiros internacionais em Moçambique só poderá ser restituída com uma auditoria judicial internacional para averiguar as chamadas dívidas escondidas.
"A confiança dos parceiros internacionais é baixa e nós acreditamos, sinceramente, que é necessário uma auditoria forense internacional", disse Dean Pittman, falando à imprensa após uma audiência com Presidente moçambicano, Felipe Nyusi.
Juntando-se à alta-comissária do Reino Unido, Joanna Kuenssberg, que exigiu na quarta-feira uma auditoria judicial internacional para averiguar as dívidas fora das contas públicas contraídas à revelia da Assembleia da República, entre 2013 e 2014, Dean Pittman disse que a situação económica de Moçambique é preocupante.
Para o diplomata norte-americano, uma auditoria independente criaria a oportunidade para o Governo avaliar as consequências económicas das dívidas.
"O Governo tem de procurar aumentar a credibilidade perante a comunidade internacional", reiterou o diplomata, que classifica de positiva a ida do executivo moçambicano ao parlamento na quarta-feira e quinta-feira para explicar os contornos das dívidas escondidas.

Por sua vez, o embaixador da União Europeia em Moçambique, Sven von Burgsdorff, falando também após uma audiência com Filipe Nyusi, disse que os países doadores do Orçamento de Estado (OE) continuam a avaliar a possibilidade de retomar ou não o apoio ao país, considerando que neste momento o grupo aguarda pela chegada da missão do Fundo Monetário Internacional nos próximos dias.
"Também estamos à espera de mais discussões com o FMI", afirmou o diplomata europeu, acrescentando que a UE continua empenhada no desenvolvimento de Moçambique.
O Governo moçambicano explicou, na quarta-feira e quinta-feira, no parlamento, os contornos de dívidas escondidas de mais de mil milhões de euros contraídas e avalizadas pelo anterior executivo, entre 2013 e 2014.
O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, reconheceu a existência de dívidas fora das contas públicas de 1,4 mil milhões de dólares (1,25 mil milhões de euros), justificando com razões de segurança e infra-estruturas estratégicas do país, o que levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a suspender a segunda parcela de um empréstimo a Moçambique e a deslocação de uma missão a Maputo.
O grupo de 14 doadores do Orçamento do Estado também suspendeu os seus pagamentos, uma medida acompanhada pelos próprios EUA, que anunciaram que vão rever o apoio ao país.
Com a revelação dos novos empréstimos, veiculados pela imprensa internacional, a dívida pública de Moçambique é agora de 11,66 mil milhões de dólares (10,1 mil milhões de euros), dos quais 9,89 mil milhões de dólares (8,6 mil milhões de euros) são dívida externa.
Este valor representa mais de 70 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e traduz uma escalada de endividamento desde 2012, quando se fixava em 42%.
EYAC/ APN
Lusa – 10.06.2016
NOTA: Esta insistência da Inglaterra, doadores e EUA numa auditoria externa leva-me a pensar ainda existir algo escondido. Para onde levou Guebuza a auto-estima dos moçambicanos para com a sua Independência? Independentes em quê?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

Frelimo diz que Governo moçambicano "pecou" ao esconder dívidas

Comments


1
Ohaawa wamacua said...

A Frelimo será o primeiro regime a cair a curto e médio prazo dos três ZANU PF e MPLA de Angola, regimes esses que causam imparavelmente dor e pobreza aos seus respectivos povos. Tudo tem fim. Enquanto o líder da Renamo e suas forcas Revolucionarias toleram os males que a Frelimo causa ao Centro e Norte Deus vai preparando a solução levando um por um incluindo todos lambebotas do Centro e Norte que defendem todos os males que existem. Mudanca de regime requer se neste pais. Os chingondos equanto são usados escudo humano para defender os interesses dos lacaios assassinos da Frelimo, o tempo vai preparando as consciências das pessoas para entender que estamos num colonialismo domestico em que um zona coloniza as outras.
Allah todo poderoso que acuda o povo do sofrimento que a Frelimo causa. Alihamudulinlah 

2
Chuphai said...

Quase que desligava o televisor quando este senhor começou a falar. Quase tudo o que falou foi defender a divida e defender a sua Frelimo mesmo sabendo que pecou. Se alguém peca merece crítica e aconselhamento, mas no lugar de aconselhar apoiou o roubo.
Foi esse governo que colocou a Renamo no parlamento, porque do que sei só depois de Nyusi enganar o Afonsinho é quando esses deputados tomaram posse. Então deixe de falar da Renamo da cidade e do mato porque a Frelimo ou seja o governo da Frelimo fez tudo para a Renamo estar na Assembleia e também fez tudo para a Renamo estar no mato.
1. Nyusi convidou Dlakama e propôs que que seus deputados deviam estar no parlamento onde fariam a discussão do anteprojecto das autarquias provinciais e Dlakama aceitou, então quem colocou a Renamo na AR foi a Frelimo porque nyusi representa a Frelimo;
2. Nyusi ou Guebuza criaram esquadrões de morte que queriam matar Dlakama em Chibata e Zimpinga, tudo na província de Manica onde fica o inútil governador chamado Mondlane que de Mondlane não tem nada. Como falharam, demostraram sem vergonha na cara que eles tinham sido autores e queriam matar Dlakama na sua residência, com o apadrinhamento dum Bispo que embora reformado sujou a sua cara. Como Dlakama já não tinha alternativa e confiança até de prelados, optou por fazer aquilo que melhor sabe (ir as matas onde tem uma segurança garantida). Quem mandou a Renamo para o mato foram as FDS e como estão sub comando do de Nyusi, foi de novo a Frelimo a mandar a Renamo para o mato.
Pantie, já não enganas a ninguém e tenho certeza que mesmo seus filhos estavam a rir de ti quando falavas na AR e diziam “papa sabe engraxar bem os bosses”.

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