Apesar das escoltas militares na estrada nacional número 7 (N7) por causa dos vários ataques atribuídos ao braço armado da RENAMO, partido oposicionista, os ataques continuam. Há registo de mais mortes e feridos.
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DW-Escoltas no centro de Moçambique não conseguem deter ataques
Na terça-feira (28.06.2016), a polícia moçambicana havia anunciado o alargamento da escolta militar na estrada nacional número 7 (N7), no centro do país, para impedir ataques por supostos homens armados da RENAMO, o principal partido de oposição.
Porém, os ataques continuam. Fato que se confirmou depois da destruição de veículos, por parte de homens armados, no troço Vanduzi, um cruzamento no distrito da Macossa, na província de Manica (centro do país).
Quatro feridos foram imediatamente levados ao hospital provincial de Chimoio. Dois deles se encontram em estado grave, segundo o diretor do banco de socorros, Nelinho Dickson: “Um deles teve uma ferida perfurante na região maxilar com a fratura da mandíbula e o segundo ferido, numa das mãos. O paciente que sofreu na mandíbula poderá ser transferido nas próximas horas para hospital central da Beira para ter assistência mais especializada".
O porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Inácio Dina, entretanto não especificou o troço cuja circulação passa a ser protegida por colunas militares. Lembrando que a Agência de Informação de Moçambique (AIM) noticiou que as forças de defesa e segurança alargaram a escolta, do distrito de Guro, na província de Manica, centro do país, para o distrito de Changara, província de Tete, na mesma região, aumentando o troço protegido para 270 quilómetros.
O reforço das escoltas militares deve-se ao facto de ter aumentado para 24 o número de vítimas de ataques nomeadamente no troço Vanduzi.
Falta de pronunciamento da RENAMO
Antes da violência perpetrada na terça-feira, um ataque - um dia antes - provocou 20 feridos, dos quais oito em estado grave.
Em declarações à DW África, o chefe das relações públicas no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique em Manica, Leonardo Colher, confirmou que "projéteis atingiram de forma sucessiva o braço e a perna do condutor de uma viatura que transportava passageiros e quando isso acontece é normal que o condutor perca o controlo do veículo que acabe por sair da estrada".
A DW tentou ouvir a Delegação Provincial do partido RENAMO em Manica, mas nas últimas semanas o maior partido da oposição em Moçambique não se tem pronunciado sobre as notícias de ataques que são atribuídos aos seus homens.
Lembramos que Moçambique tem vivido um agravamento dos confrontos entre as forças de defesa e segurança e o braço armado da RENAMO, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.
O principal partido de oposição recusa-se a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ameaçando governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio.
DW – 29.06.2016
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DW-Escoltas no centro de Moçambique não conseguem deter ataques
Na terça-feira (28.06.2016), a polícia moçambicana havia anunciado o alargamento da escolta militar na estrada nacional número 7 (N7), no centro do país, para impedir ataques por supostos homens armados da RENAMO, o principal partido de oposição.
Porém, os ataques continuam. Fato que se confirmou depois da destruição de veículos, por parte de homens armados, no troço Vanduzi, um cruzamento no distrito da Macossa, na província de Manica (centro do país).
Quatro feridos foram imediatamente levados ao hospital provincial de Chimoio. Dois deles se encontram em estado grave, segundo o diretor do banco de socorros, Nelinho Dickson: “Um deles teve uma ferida perfurante na região maxilar com a fratura da mandíbula e o segundo ferido, numa das mãos. O paciente que sofreu na mandíbula poderá ser transferido nas próximas horas para hospital central da Beira para ter assistência mais especializada".
O porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Inácio Dina, entretanto não especificou o troço cuja circulação passa a ser protegida por colunas militares. Lembrando que a Agência de Informação de Moçambique (AIM) noticiou que as forças de defesa e segurança alargaram a escolta, do distrito de Guro, na província de Manica, centro do país, para o distrito de Changara, província de Tete, na mesma região, aumentando o troço protegido para 270 quilómetros.
O reforço das escoltas militares deve-se ao facto de ter aumentado para 24 o número de vítimas de ataques nomeadamente no troço Vanduzi.
Falta de pronunciamento da RENAMO
Antes da violência perpetrada na terça-feira, um ataque - um dia antes - provocou 20 feridos, dos quais oito em estado grave.
Em declarações à DW África, o chefe das relações públicas no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique em Manica, Leonardo Colher, confirmou que "projéteis atingiram de forma sucessiva o braço e a perna do condutor de uma viatura que transportava passageiros e quando isso acontece é normal que o condutor perca o controlo do veículo que acabe por sair da estrada".
A DW tentou ouvir a Delegação Provincial do partido RENAMO em Manica, mas nas últimas semanas o maior partido da oposição em Moçambique não se tem pronunciado sobre as notícias de ataques que são atribuídos aos seus homens.
Lembramos que Moçambique tem vivido um agravamento dos confrontos entre as forças de defesa e segurança e o braço armado da RENAMO, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.
O principal partido de oposição recusa-se a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ameaçando governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio.
DW – 29.06.2016
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