Faltam apenas contar 52 circunscrições e o "Sair da UE" aproxima-se cada vez mais da marca dos mais de 16 milhões de votos necessários para vencer. Nesta altura, tem 52% dos votos contados (14.353.533 votos) contra 48% do "Ficar" (13.409,611 votos). As estações de televisão BBC, ITV e Sky News projectam o "Brexit", considerando irrecuperável a desvantagem dos partidários da permanência na UE.
Nigel Farage começa a falar em tom vitorioso. Apareceu perante as câmaras de televisão a dizer que esta “será uma vitória para o povo” e que 23 de Junho ficará na história como o “dia da independência” do Reino Unido.
A libra não pára de cair. Agora vale 1,3459 dólares, o valor mais baixo desde Setembro de 1985.
"Brexit" atinge os 10 milhões de votos
O "Sair" da UE é o primeiro a atingir a marca dos 10 milhões de votos. Segundo as actuais estimativas são necessários mais de 16 milhões para vencer este referendo.
Ponto da situação às 4h
O “Sair” da UE lidera com 51,3%, quando estão contados os votos em 230 de 382 circunscrições.
Nigel Farage, líder do UKIP, diz que já se atreve a sonhar com a vitória
O “Remain” apenas lidera em Londres, Escócia e Irlanda do Norte
A libra está a ser fortemente penalizada e sofreu a maior queda de sempre num só dia (8%) para 1,36 dólares
As casas de apostas inverteram a tendência e agora consideram mais provável a vitória do “Brexit”
Cada vez mais peritos consideram provável a vitória do Sair. A ITV dá 80% de hipóteses de vitória ao “Leave”.
Mais uma má notícia para os partidários da permanência na UE: em Sheffield, o "Sair" ganhou com 51% quando as previsões apontavam para um triunfo do "Ficar".
O líder do partido anti-europeísta UKIP começou a noite a admitir que a permanência na UE poderia ganhar, mas agora já se atreve a sonhar com a vitória. Eis o tweet de Nigel Farage.
A emissão televisiva da BBC mostra um gráfico muito interessante, dividindo o Reino Unido em regiões: o voto pela permanência apenas é maioritário em Londres, Escócia e Irlanda do Norte.
São 3h da manhã, uma boa hora para mais um café, porque a noite vai ser longa. E se ainda não leu, deixamos-lhe este texto sobre as duas grandes figuras desta campanha: Boris Johnson e David Cameron. Recordamos um pouco desta “amizade” muito peculiar.
Em Islington, a circunscrição do líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, o "Sim" venceu com 75%. Londres começa a revelar a sua diferença em relação ao resto da Inglaterra: no total nacional, o "Remain" está nos 46%.
Digamos que os mercados não estão muito satisfeitos: a libra caiu para 146 ienes (uma quebra de 7,6% hoje); a Bolsa de Tóquio está a cair 3%; o euro face ao iene está no valor mais baixo desde Janeiro de 2013. O resultado forte do "Brexit" está a assustar.
Recordar é viver: por que é que o Reino Unido aderiu à UE
Quem tiver 16.410.000 votos ganha, calculam os matemáticos
Com a taxa de participação no referendo a ultrapassar os 70%, os modelos matemáticos colocam a maioria nos 16.410.000 votos - quem chegar primeiro a esse número será o vencedor.
"Brexit" já acumulou mais de um milhão de votos
Com o escrutínio completo em 31 das 382 circunscrições, o In tem 46,9% e Out 53,1%.
O antigo líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, continua a ser o alvo preferido dos humoristas de serviço no Twitter...
As indicações de Londres apontam para resultados na casa dos 70% a favor da permanência na UE, avança Laura Kuenssberg da BBC.
"Leave" melhor do que esperado
Os analistas já estimavam um bom desempenho do "Leave", mas com o escrutínio está a revelar-se que o movimento pela saída da União Europeia é mais forte do que se esperava: o "Não" está a sair-se melhor do que se esperava.
O que quer dizer que agora o "Sim" à UE precisa de ultrapassar as expectativas nas regiões onde se supõe que vai dominar.
A pesquisa do Google
Ainda é cedo para grandes conclusões, mas para já as coisas estão a correr melhor ao “Brexit”. Segundo a Press Association, citada pelo Guardian, o Google registou um aumento de 250% no número de pesquisas na última hora sobre “o que acontece se o Reino Unido deixar a UE”.Recomendamos a leitura deste texto de Teresa de Sousa.
O "Brexit" continua a acumular votos. Agora ganhou Basildon.
"Sim" à UE firme na Escócia, mas nem por isso no País de Gales
Na Escócia, as expectativas colocavam o "Sim" à permanência na União Europeia firmemente à frente nas intenções de voto, e apesar de algumas das circunscrições que já anunciaram os resultados terem optado pelo "Não", o "Remain" lidera a contagem com 60%.
Os principais lideres partidários escoceses - do Partido Nacionalista Escocês (SNP), do Labour e dos Conservadores - fizeram campanha pelo "Remain" e esta madrugada estão confiantes que, no fecho da contagem, a escolha da Escócia será clara pela permanência na UE.
Já no País de Gales, a história pode ser diferente. Em declarações à BBC, a líder do Plaid Cymru, Leanne Wood, mostrou-se preocupada com os últimos desenvolvimentos no processo de contagem dos votos, antecipando um resultado mais renhido do que se estimava. A sua explicação é que as áreas que estão a ser afectadas peas políticas de austeridade ou pela deslocalização de empresas (no caso galês, da indústria do aço), estão a manifestar o seu descontentamento e a virar para o campo do "Não".
Ponto da situação à 1h30
A luta pela vitória neste referendo vai ser renhida. Depois de a uma sondagem revelada após o fecho das urnas ser favorável ao “Remain (“Ficar”) na UE (52-48%), os primeiros resultados foram mais favoráveis do que o esperado ao “Leave” (“Sair”). Sobressaem dois casos:
Em Sunderland, o “Brexit” ganhou com 61,34% contra 38,66%, uma vantagem acima do esperado
Em Newcastle, a primeira grande cidade a anunciar os resultados, o “Remain” ganhou por pouco: 50,7%
Embora ainda seja muito cedo, outro sinal a reter é que a libra estava a subir e depois destes resultados caiu de 1,50 dólares (um máximo de seis meses) para abaixo de 1,45.
“Pode ser um verdadeiro revés para o campo do ‘Remain’. Eles contavam com um resultado de 59% contra 41% nesta cidade [Newcastle]”, comentou Simon Hix, professor da London School of Economics, citado pela AFP.
Sair ou Ficar: o que pensam as estrelas britânicas?
DR
Em Maio, mais de 280 pessoas da indústria criativa assinaram um texto onde defendiam que o Reino Unido é mais forte se estiver na Europa. Aliás não só é mais forte como "mais imaginativo e mais criativo". A saída da União Europeia torná-lo-á "severamente mais fraco".
Entre os nomes que assinaram esta declaração a favor da permanência na Europa estavam os actores Benedict Cumberbatch, Helena Bonham Carter, Jude Law, Keira Knightley e Eddie Izzard.
Também o actor Daniel Craig se fez forografar com uma t-shirt onde defende o "ficar" e Matt Damon classificou o "Brexit" como uma loucura.
No entanto, há outros nomes de peso na defesa da saída da Europa, é o caso do comediante John Cleese que confessou que votaria contra se houvesse uma enorme reforma da União Europeia – o que não se prevê. Também Michael Caine disse, em Janeiro passado, que se não se verificassem enormes mudanças, o Reino Unido deveria sair.
"Difícil prever o resultado", diz editora de Política da BBC
A editora de Política da BBC diz que o padrão que se está a ver é que ambos os lados se estão a sair melhor do que esperado nas suas "áreas", o que significa que "será difícil prever o resultado final".
Swindon é mais um barómetro e mostra como vai ser uma votação renhida. A expectativa era uma vitória do “Sair” e confirma-se:
“Ficar” - 45,34%
“Sair” - 54,66%
Estudantes estão de férias
Há uma explicação para que a vitória em Newcastle não tenha sido tão confortável como se esperava: os estudantes estão de férias e, por isso, votam nos seus círculos eleitorais e não no da universidade.
A justificação é do Higher Education Policy Institute, dirigido pelo conservador Nick Hillman, que já disse que a análise feita pela BBC está incompleta.
Há um dado que parece cada vez mais certo. A participação eleitoral neste referendo será superior à das eleições do ano passado, em que votaram 66% dos eleitores inscritos. Agora, segundo a PA e após ter dados de 50 das 382 autoridades locais, aponta-se para uma participação de 71,5%.
Ed Miliband diz que União Europeia tem de repensar-se
Ao Telegraph, o ex-líder dos trabalhistas Ed Miliband defende que seja qual for o resultado, a União Europeia tem de reflectir e mudar.
A Reuters explica a razão de a vitória do “Brexit” em Sunderland ter provocado a descida da libra.
Esta cidade do Este de Inglaterra votou mais fortemente do que se esperava na saída da UE, dando 61,3% dos votos aos “Leave”. Uma análise do J.P. Morgan tinha previsto 56,5%.
Sunderland, um dos primeiros locais a anunciar resultados, tem um grande número de votantes mais velhos e com rendimenros mais baixos, que, segundo as sondagens, votam preferencialmente a favor do “Brexit”. Se a saída da UE não tivesse obtido aqui uma vitória forte, seria sinal de que teriam muitas dificuldades em zonas menos favoráveis às suas ideias.
A festa dos apoiantes do "Brexit" pela vitória em Sunderland TOBY MELVILLE/REUTERS
As urnas a chegarem a Glasgow
No estádio Emirates Arena, em Glasgow, Escócia, está concentrada a contagem de votos deste referendo.
Teresa de Sousa escreve sobre o percurso do primeiro-ministro brtiânico, o homem que decidiu avançar para este referendo: David Cameron, o europeu.
Com a vitória do "Leave" em Sunderland, a libra caiu ainda mais, agora para 1,40 dólares.
Está confuso sobre o que é o "Brexit"? John Oliver explica
O humorista e apresentador do programa "Last Week Tonight" é o britânico John Oliver e, há uma semana, disponibilizou-se a explicar aos norte-americanos o que é o "Brexit".
Eis o ponto da situação após a revelação dos primeiros cinco resultados, com uma ligeira vantagem para a saída da UE.
Vitória categórica do "Brexit". A sala irrompe em gritos e aplausos.
Libra cai após curta vitória do "ficar" em Newcastle
Um dado que mostra como a noite vai ser agitada e como ainda é muito cedo para tirar conclusões. A libra caiu assim que foram conhecidos os resultados em Newcastle. O "Ficar" venceu por uma curta margem (50,7% contra 49,3%), num local onde se esperava uma vitória mais confortável da permanência na UE.
Sunderland pode ser a primeira surpresa da noite
Vários jornalistas, entre os quais a editora de Política da BBC, Laura Kuenssberg, estão a antecipar uma grande surpresa, com o "Não" a vencer em Sunderland com 62%.
A confirmar-se, altera a narrativa de uma vitória mais fácil do que esperado pela permanência na União Europeia que tem sido dominante até ao momento.
Financiamento de "A Guerra dos Tronos" pode sofrer cortes com "Brexit"
A série A Guerra dos Tronos, que já foi filmada em países como Espanha, Croácia e Malta e tem como uma das localizações principais a Irlanda do Norte, poderá sofrer as consequências de uma possível saída do Reino Unido da União Europeia, que arrastaria a Irlanda do Norte e, assim,cessaria o financiamento europeu para a história dos Stark, Lannister ou Tyrell.
Um minuto de silêncio por Jo Cox
Jo Cox, a deputada trabalhista assassinada na sexta-feira passada, não foi esquecida neste dia de referendo. Em diversos condados onde os votos estão a ser contados foi feito um minuto de silêncio. Como em Yorkshire.
Newcastle: os primeiros resultados de Inglaterra
Anunciados os resultados em Newcastle. É uma das maiores circunscrições do país, tradicionalmente dominada pelo Labour: a vantagem do “Sim" era esperada, mas a curta margem para o "Não" constituiu uma surpresa desagradável para a campanha do Remain, que antecipava uma confortável vantagem que poderia chegar aos dez pontos.
"Sim": 65.404
"Não" 63.598
"Brexit", Trump e a ascensão do populismo de extrema-direita
Na revista The New Yorker, o jornalista John Cassidy escreve sobre o impacto das campanhas de Nigel Farage pelo "Brexit", ou do milionário norte-americano Donald Trump pela nomeação republicana à Presidência dos Estados Unidos, em termos da ascensão (e aceitação) de um novo tipo de populismo de extrema-direita.
O "génio eurocéptico saltou da lâmpada", diz Farage
Nigel Farage falou à chegada à sede de campanha do Leave. Diz que para ele a campanha contra a União Europeia começou há 25 anos, e que mesmo que perca esta batalha, a guerra não acabará esta noite. "O génio eurocéptico saltou da lâmpada e não voltará lá para dentro", garante o líder independentista inglês
E a prova disso, prossegue, é que actualmente na Dinamarca, na Holanda e até em Itália há discussões sobre um eventual divórcio da União Europeia.
Como se votou no Reino Unido
LEON NEAL/AFP
1 / 5
Showing image 1 of 5
Gibraltar faz a primeira declaração oficial da noite
Pela permanência do Reino Unido na União Europeia:19.322 votos
Pela saída do Reino Unido da União Europeia: 823
Vitória avassaladora do "Sim", com 96% dos votos.
Mais de um quarto dos Trabalhistas apoia saída da Europa
Segundo o inquérito da YouGov, mais de um quarto dos eleitores que tradicionalmente vota no Partido Trabalhista é a favor da saída do Reino Unido da União Europeia: 31%
Recorde-se que Jeremy Corbyn foi avisado que o partido poderia perder um milhão de elitores para o Ukip por causa da sua defesa de permanecer na Europa, lembra o Telegraph.
The Daily Telegraph puxa para manchete o apoio dos conservadores a Cameron
Analistas falam numa consolidação de última hora dos votos no Remain
Segundo analistas e fontes da campanha do "Sim" citadas pela Sky News, o voto pela permanência consolidou-se na recta final da campanha graças à mensagem sobre a economia e à rejeição, pelo bloco do eleitorado trabalhista, das "tácticas empregues pelo Leave". O voto dos apoiantes do Labour, que não estava garantido, acabou por desequilibrar a balança a favor da União Europeia, consideram os comentadores.
Essa "teoria" parece ser traduzida nas respostas ao inquérito da Ipsos, que mostra um claro afastamento do "Sim" e do "Não" nos últimos dois dias da campanha (ontem e hoje).
Sem comentários:
Enviar um comentário