sexta-feira, 17 de junho de 2016

Líder da oposição diz que alcançou consensos com o Presidente moçambicano

Dhlakama_nyusi1O líder da Renamo, principal partido de oposição moçambicana, disse hoje que alcançou, por telefone, consensos com o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, sobre a paz, mas fez depender o fim dos confrontos armados de garantias de segurança.
"A pedido do Presidente (Filipe) Nyusi, conversámos antes de ontem (quarta-feira) e ontem (quinta-feira), acerca do conflito político-militar que assola o nosso país, nós os dois chegamos a entendimento, que tínhamos que arranjar a solução como moçambicanos", afirmou Dhlakama, numa teleconferência com jornalistas.
Falando a partir de Gorongosa, província de Sofala, centro do país, onde se encontra refugiado desde finais do ano passado, o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) confirmou que o chefe de Estado moçambicano aceitou a participação de mediadores internacionais nas negociações entre o principal partido de oposição e o Governo para o fim do conflito militar no país.

"Como sabem, havia problemas por parte do Governo, que não queria ouvir falar da mediação internacional e a Renamo insistia, com base na experiência que nós temos do passado, é um dos pontos que pude discutir com ele e o fiz entender que era necessário que houvesse mesmo mediação internacional, da União Europeia, Africa do Sul e Igreja Católica, ele acabou de me dizer que sim", acrescentou o líder da oposição.
Segundo Dhlakama, o chefe de Estado moçambicano também concordou que o encontro entre os dois líderes só será realizado depois de as equipas da Renamo e do Governo chegarem a entendimento formal em relação às questões que estão a ser objeto de negociação.
"Quando tudo for cozinhado, já podemos apadrinhar e abraçarmo-nos, para evitar dececionar o povo de Moçambique e a própria comunidade internacional", frisou o líder da Renamo.
Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de um cessar-fogo imediato, Afonso Dhlakama considerou complicado tal cenário, defendendo a necessidade de garantias de segurança.
"Tudo pode ser negociado para que haja a tranquilidade nas estradas e nas famílias, gostaria, mas não posso adiantar, porque isto tem implicações, cessar-fogo significa o quê, pararmos, você para, alguém está escondido ali, você pensa que já está, paramos, alguém vai te capturar, vai te matar", disse Afonso Dhlakama.
O Presidente moçambicano disse na quinta-feira que aceitará a presença de mediadores nas negociações entre o Governo e a Renamo, apontando o fim imediato dos confrontos como uma prioridade.
"Vamos aceitar que haja a intervenção desse tipo de pessoas (mediadores), mas o importante é que o papel dessas pessoas ajude a acabar com a guerra em Moçambique, para desenvolvermos o país", afirmou Nyusi, falando num comício na província de Maputo, no quadro da presidência aberta que realiza a este ponto do sul do país.
Moçambique tem conhecido um agravamento dos confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Renamo, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.
O principal partido da oposição recusa-se a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ameaçando governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio.
PMA // VM
Lusa – 17.06.2016
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2016/06/stv-dhlakama-fala-com-nyusi_17062016video.html

SELO: As dívidas foram "esclarecidas" mas as dúvidas persistem - Por Franquelino Basso


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Acredito ter ainda o direito de expressão e liberdade de opinião, por isso tenho a tecer umas pequenas notas sobre o que penso depois de o Governo ir a Assembleia da República explicar as dívidas “supostamente” ocultadas pelo anterior Executivo. E já que falei da dívida, não posso deixar de clarificar aqui, que o problema das dívidas (da EMATUM, MAM, etc.) não é colocado na ribalta só pelo facto de serem dívidas, como alguns quiseram fazer parecer, só para nos desviar do assunto.
O problema das dívidas em questão é o facto de terem sido ocultadas. Sim, isso mesmo, o problema é a omissão e não as dívidas em si. E se a omissão é grave? É sim. Qual é o problema de um governo ocultar algumas acções? Para responder a esta questão, eu vou aplicar a ciência recorrendo ao pensador político Norberto Bobbio, no seu livro o "Futuro da Democracia": uma defesa às regras de jogo democrático,
“A democracia nasceu com a perspectiva de eliminar para sempre das sociedades humanas o poder invisível e de dar vida a um governo cujas acções deveriam ser desenvolvidas publicamente” (BOBBIO; 1986: 29). E Bobbio prossegue dizendo que esta é uma das razões da superioridade da democracia diante dos estados não-democráticos, que tinham defendido a necessidade de fazer com que as grandes decisões políticas fossem tomadas nos gabinetes secretos, longe dos olhares indiscretos do público.

A democracia funda-se sobre a convicção de que os governos poderiam finalmente dar vida à transparência do poder. Ora, “pode-se definir a democracia das maneiras as mais diversas, mas não existe definição que possa deixar de incluir em seus conotativos a visibilidade ou transparência do poder” (BOBBIO; 1986: 10).
É verdade que existem situações em que o governo deve omitir algumas coisas, mas isso é uma excepção e não uma regra. E mesmo assim, a excepção não faz valer menos a regra, porque a excepção só é aceitável se durar apenas um tempo determinado.
Bobbio explica: “entre as razões que contam a favor do segredo, duas são predominantes: a necessidade da rapidez de toda decisão que diga respeito aos interesses supremos do estado e o desprezo pelo vulgo, considerado como um objecto passivo do poder” (BOBBIO; 1986: 94), Isto é, acredita-se que escondendo as acções de grande importância pode agilizar o processo de modo que, se for um problema seria resolvido com mais facilidade do que seria se tivesse sido publicado; é uma hipótese que coloca o segredo certamente como incontestável.
Bobbio parece que admite a possibilidade (de segredo incontestável) de tal maneira que traz em sua obra um trecho de Natale defendendo que “todas as operações dos governantes devem ser conhecidas pelo Povo Soberano, excepto algumas medidas de segurança pública, que ele deve conhecer apenas quando cessar o perigo” (NATALE apud BOBBIO; 1986: 86), isto significa que, (ele explica) “o carácter público é a regra, o segredo a excepção, e mesmo assim é uma excepção que não deve fazer a regra valer menos, já que o segredo é justificável apenas se limitado no tempo, não diferindo neste aspecto de todas as medidas de excepção” (BOBBIO; 1986: 86).
A transparência em democracia é útil e necessária por muitas razões mas sobretudo porque permite ao cidadão conhecer os actos de quem detém o poder e assim controlá-los, mas também porque a transparência, como diria Bobbio, é por si mesma uma forma de controlo, um expediente que permite distinguir o que é lícito do que não é.
E mais do que isso, razões para esconder o que deveria ser público nunca são boas e, Kant diz até mais que isso, “todas as acções relativas ao direito de outros homens cuja máxima não é susceptível de se tornar pública são injustas” (KANT apud BOBBIO; 1986: 29) e, Bobbio acrescenta dizendo que uma acção tal, não é só injusta mas sobretudo uma acção que se fosse tornada pública suscitaria uma reacção tão grande que tornaria impossível a sua execução.
O executivo Moçambicano ao esconder a dívida aos moçambicanos estava em uma clara contradição ao princípio de que a democracia garante o poder ao povo, pois se não há transparência em democracia como forma de assegurar que o povo controle os seus dirigentes, de nenhuma forma o povo poderá ter poder qualquer; Bobbio ilustra com a seguinte analogia: “Se não conseguir encontrar uma resposta adequada para a pergunta "Quem controla os controladores?", a democracia, como advento do governo transparente, está perdida” (BOBBIO; 1986: 31).
Voltando ao assunto: Primeiro, quero começar por parabenizar o Governo por ter ousado atender o pedido de esclarecimento das “supostas” dívidas ocultas que tanto se esperava que acontecesse; foi tarde, mas valeu pelo feito; porém, devo dizer que o sentimento que eu tinha antes desse esclarecimento era de que depois que o governo esclarecer tudo, tudo ficará claro e a vida dos moçambicanos poderá ganhar outro rumo. Mas estou desiludido e, penso que a maioria dos moçambicanos também está na mesma situação.
O esclarecimento houve, acredito que pelo menos tenha sido essa a sensação que o executivo teve ao sair da “Casa do Povo” depois do segundo dia dos “esclarecimentos”. Para nós (o povo) esclarecimentos que aconteceram, a meu ver, criaram mais dúvidas e, acredito que apenas alguns sentiram que houve esclarecimentos. E mesmo aqueles (poucos) que não “ligavam” para as tais dívidas (como eu), agora estão mesmo começando a considerar a gravidade delas.
Em segundo lugar, quero apontar as dúvidas que surgiram depois que supostamente “esclareceram as dívidas ocultas”. Ora, o problema das “dívidas ocultas” está intimamente ligado com algumas pessoas, pessoas estas que vivem em Moçambique, todas estão vivas, porquê não aparecem na Assembleia essas pessoas para elas mesmas se explicarem? Afinal é o nome deles que está sendo sujado com acusações que se calhar não constituem a verdade. Trata-se de denúncias de roubo, desvio de fundos e outras acusações que envergonham a todos nós moçambicanos.
Eu não sei se existem uma vedação jurídica para isso, porque não sei nada de direito, mas minha opinião é de que os visados (nessa problemática toda) deveriam serem chamados à assembleia para clarificar-nos o que realmente aconteceu. Sem querer fazer um julgamento precipitado, mesmo porque dizem que todos são inocentes até que se prove o contrário, o facto é que as denúncias existem e são graves. E enquanto esses indivíduos que são apontados como culpados não aparecerem, os indícios de que houve ilicitudes graves aumentam. E se, a justificação para os visados não aparecerem, ser de que é para facilitar os processos de investigação dos casos.
A minha opinião é de que Vossa Excelência também parece ligado a diversos desses actos que criaram todo esse “sururú”, por isso, se os outros (principais) visados não aparecem à ribalta por prescrições judiciárias. Acho que Vossa Excelência também deverá sair da visibilidade, pelo menos temporariamente, seria uma prova de que pretende (como os outros visados) colaborar nas investigações. Mas eu penso que isso não é o caso, não há nenhuma investigação a acontecer, pois, não acredito que haja qualquer indicação jurídica para que eles, não venham ao público, ou ao Parlamento se justificarem.
Como cidadão Moçambicano, consciente de minhas obrigações e direitos, é este o meu posicionamento. Se quem não deve não teme, e havendo certeza de que não houve nada de ilegal (fora da ocultação) nas contracções das dívidas de EMATUM e MAM, é importante que os antigos ministros da Defesa, da Economia e Finanças e até mesmo o antigo Presidente sejam dados a chance de aparecer na Assembleia da República para esclarecerem os modos como essas dívidas foram feitas e porquê foram escondidas, porque só as vossas declarações serão decisivas para o esclarecimento do “caso das dívidas escondidas” e o vosso posicionamento vai constituir um elemento decisivo para o futuro da transparência pública, uma vez que a sociedade precisa ter conhecimento de como o dinheiro de seus impostos e quotas estão sendo aplicados.
Meus senhores, num país onde a saúde, a estabilidade social e a educação vão de mal a pior, é inadmissível aceitarmos que ocorrências dessa natureza sejam consideradas normais.
Por Franquelino Basso
@VERDADE - 15.06.2016

Comments


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Dr.Bolingo Nanga said in reply to Francisco Moises...

Caro Dr. Francisco Moises,

A primazia da liberdade de expressão é incontestável pois em democracia nenhum indivíduo, ou poder legislativo e executivo de um governo, ou quaisquer outros terceiros, pode caprichosamente impor a sua censura. Por isso, considero sábia a sua intevenção pois acredito que ela deve basear-se em experiência própria dentro da RENAMO, o que a confere certa objectividade.
Porém, sou de opinião que para evitar que a FRELIMO se aproprie das críticas saídas dos antigos membros da oposição e continue a ser o dono do futuro inequitável de Moçambique, e a hipotecar as vidas de todo um povo como procede desde 1975, torna-se necessário que os membros da RENAMO, novos e antigos, que não concordarem com as práticas e políticas da sua liderança sejam mais assertivos. Isso pode ser feito internamente através de cartas à liderança ou através de intervenções em fóros próprios.
Acredito que com uma rara excepção da liderança do MDM, a experiência já nos ensinou que as lideranças alternativas à do Dhlakama viraram montanhas que pariram ratos. Um exemplo concreto é o caso do antigo “número 2” da RENAMO que nem sequer conseguiu entrar na Assembleia da República, apesar de parte desta situação se dever à culpa da sabotagem do partido FRELIMO através dos seus órgãos eleitorais. Mais ainda, à excepção do líder do MDM, até hoje nenhum outro líder de partidos moçambicanos da oposição consegue grangear tanta simpatia popular. Portanto, a julgar pela moldura humana verificada aquando das visitas do líder da RENAMO às províncias do país, depreende-se que Dhlakama ainda continua a ser o líder da oposição preferido pelo povo.
Por isso, acho que tolerando Dhlakama com todas as suas limitações, e sendo assertivos perante as suas decisões, pode ser que consigamos—pelo menos limiarmente—alcançar uma democracia com a RENAMO...diferente da farça da democracia da FRELIMO, que alguém apelidou de Frelicracia.

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umBhalane said in reply to Mozambican...

"SE O NYUSSI E OS SEUS RADICAIS DA FRELIMO NAO ACEITAREM

A PAZ, A LIBERDADE E DEMOCRACIA PARA TODOS,
ENTAO QUE OS GENERAIS E TODOS NÓS APOIEMOS PARA ACELERAR A GUERRA DE LIBERTAçAO DO PAÍS, PORQUE:
!!!!.....OUTRA SOLUçAO NAO EXISTE....!!!!!!!"

Parabéns pela lucidez.
Este é o verdadeiro problema, o problema CENTRAL.
HÃO muitos e diversos problemas em Moçambique, na RENAMO, entre os TERRORISTAS, no MDM, na "sociedade civil",...
mas, COMPARADOS, enquadrados,..., são "amendoins", problemas menores.

O real, candente, principal, pujante, bem alavancado,..., problema de Moçambique é
a frelimo, são os TERRORISTAS, e suas práticas desde 1974/1975, que o Povo JÁ NÃO ACEITA.
Há uma nova oportunidade HISTÓRICA, esta agora, a que HOJE se vive, e que congrega a alta corrupção do regime totalitário dos TURRAS, o ROMBO nos cofres do Estado, escândalos sucessivos para todos os (in)gostos, assassinatos selectivos de 1.ªs figuras, com repercussão internacional, assassinatos/massacres generalizados, VALAS COMUNS, fraudes nas contas pública, descrédito internacional, mormente nos meios económico-financeiros,
militarização das forças mercenárias do regime (tráfico/luvas, desvio de meios, camuflagem empresas "públicas",...)
opressão / domínio através da guerra provocada
terror generalizado sobre populações indefesas, civis - violentações, violações, assassinatos, incêndios
TERRORISMO DE "Estado".
Uma nova oportunidade, quiçá a última, surgiu.

É AGORA, ou nunca.

"Os astros estão alinhados, os DEUSES estão com o Povo Moçambicano"

HAJA um guia capaz.

FUNGULANI MASSO
LEMBREM BEM
QUEM NÃO LUTA, PERDE SEMPRE

A LUTA É CONTÍNUA

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Mozambican said...

MEUS QUERIDOS Dr. MOISES, Dr. BOLINGO NANGA, OUTROS E DHLAKHAMA

Primeiro quero-vos cumprimentar e dizer que alegra que tambèm lá fora
há pessoas atentas, e ainda outros no estrangeiro que, mesmo depois de muitos anos ainda amam a sua Pátria e se preocupem por ela.

CRÍTICAS AO DHLAKAMA E A RENAMO
Nós todos sabemos e penso que TEMOS O DIREITO de criticar o líder da RENAMO, a sua que lidera a RENAMO, porque já existem coisas visíveis que CLAMAM REFORMAS URGENTES NO PARTIDO, paro o tornar melhor, penso que este é o objectivo em prol de todo o povo.
ORA, dirigindo-me ao meu mano Dr. Moises:
- NAO É DANDO NOMES E INSULTANDO O AFONSO DHLAKAMA
que ele vai mudar e o Partido será reformado. Porèm meu Dr.
Moises, nao pretendo e nem quero REDUZÍ-LO à só insultos, porque
SINCERAMENTE RECONHEçO o seu engajamento e preocupaçao por uma
melhor DEMOCRACIA, melhorias de vida e LIBERDADES para todo o povo Moçambicano. Eu PESSOALMENTE estou porèm tendo a sensaçao, que está a tornar a CRÍTICA ao líder da RENAMO, como sendo um PROBLEMA PESSOAL, o que nao pode ser e nem PODERIA PARECER, porque:
- A SUA PERSONALIDADE E INTELECTO NAO PODE ADMITIR ISSO..!

E EM GERAL AOS OUTROS COMPATRIOTAS
Nós todos anseamos e é o nosso sonho, principalmente agora que o país INTERNACIONALMENTE ocupou o apogeu da vergonha, porporcionada por esse "BANDO" DE MAFIA / GANGSTERS que sequestraram o Estado e o seu povo, mas a verdade é:
+++ MOCAMBIQUE NAO É UM PAÍS DEMOCRÁTICO, SIM DITADURA +++
O MAIS IMPORTANTE é aceitar que DHLAKAMA saíu dum PARTIDO DITADORIAL, CENTRALIZADO E COMUNISTA: FRELIMO...!
O nosso SONHO está mais ACELERADO do que a situaçao Económica, Social, Educacional que crassa no nosso País. NUNCA se constroi uma DEMOCRACIA À EUROPEIA com 70% de ANALFABETISMO NUM PAÍS.
E adicionalmente, 15% dos "INTELECTUAIS" existentes e no supporte do REGIME, COMPRARAM OS DIPLOMAS...!
Com todos os seus erros e com a ajuda to tempo, ele e os seus Combatentes, começaram a sonhar com a DEMOCRACIA. Isso temos que louvar a eles. Ele e com a ajuda dos outros, incutiram nos seus MILITANTES E MILITARES a noçao de VALORIZAR A CAUSA E O IDEAL e nao o MATERIAL / DINHEIRO..! Eles COMBATENTES DA LIBERDADE, decidiram SE SACRIFICAR E CONTINUAM A SE SACRIFICAR E COM O POVO QUE OS APOIA, defendendo integralmente o seu ideal:
- MOCAMBIQUE LIVRE E DEMOCRÁTICO PARA TODOS..!!
Eu respeito agradeço à todos a eles do que a minha própria vida, e estou pronto a dar qualquer sacrifício para ajudar a causa, mesmo sendo baleado por Natividade, Viriato, Chipande etc!!
No CENTRO principalmente, O POVO ESTÁ SENDO MASSACRADO E DIZIMADO por uma FORCA - MILITAR que totalmente perdeu o juizo e virou numa MÁQUINA ASSASSINA, só para verem, como o ANALFABETISMO E A LAVAGEM DE CÉREBRO pode ser tao perigosos do que uma BOMBA ATÓMICA. Sao populaçoes INDEFESAS que vem sendo assassinados à belo PRAZER DO COMANDANTE NYUSSI, SEM PUNIçAO etc. DAÍ, A URGENTE IMPERIOSA NECESSIDADE DE:
1-
A CÚPULA DA RENAMO E GENERAIS MELHORAREM MEDIDAS DE DEFESA DAS POPULAçOES NESSAS ALDEIAS
2-
QUE OS MILITANTES E GENERAIS NAO DEIXEM QUE DHLAKAMA E SEUS INTELECTUAIS MODERADOS ASSINEM CONTRACTOS TEMPORÁRIOS
3-
SE O NYUSSI E OS SEUS RADICAIS DA FRELIMO NAO ACEITAREM
A PAZ, A LIBERDADE E DEMOCRACIA PARA TODOS, ENTAO QUE OS GENERAIS E TODOS NÓS APOIEMOS PARA ACELERAR A GUERRA DE LIBERTAçAO DO PAÍS, PORQUE:
!!!!.....OUTRA SOLUçAO NAO EXISTE....!!!!!!!
O grande abraço do vosso
MOZAMBICAN

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Francisco Moises said in reply to Dr.Bolingo Nanga...

Gratissimo pelo seu comentario. Encoraja-me ver que ha outras pessoas que vem claramente a situaçao tragica da Renamo sob a liderança do senhor Afonso Dhlakama. Quanto ao que penso, depois de 37 anos como dirigente da Renamo, a presença continua daquele senhor como dirigente daquela organisaçao constitue um grande insulto aos conceitos de liberdade e democracia. Causa-me grande nojo quando ouço Dhlakama e qualquer outro renamista a regurgitar afirmaçoes que a Renamo é uma organisaçao democratica. Muito longe disto -- a Renamao é uma organisaçao de ditadura de caracter totalitario dum unico individuo: Afonso Dhlakama. E mais nada.

O senhor Dhlakama falhou por completo construir o seu movimento num movimento politico e capaz de assegurar aos moçambicanos que a Renamo quer um Moçambique melhor do que aquele gerido pela Frelimo por estar constantemente a desgraçar e lançar para fora pessoas que ele nunca ajudou a educar visto que alguns fazem intrigas contra tais pessoas, principalmente quando se trata de pessoas que receberam a sua educaçao no Ocidente. Ele proprio anda complexado, a sentir-se inferior. Dai que, para a desgraça da Renamo, ele descartou e descarta individuos com grande capacidades cujas ideias, se ele as valorisasse, teriam dado a Renamo uma nova cara. A nivel internacional, a Renamo carece duma cara humana por causa disto.
Nao foram somente intelectuais que ele descartou. Ele sempre fez o mesmo, descartando militares talentosos para os mediocres que se genufletiam perante ele com espumas nos labios, glorifcando-o como se de deus se tratasse. Infelizmente, o senhor Dhlakama nunca pensou que as pessoas educadas sao pessoais de grande porte intelectual que podem analisa-lo e analisar o seu comportamento e tirar conclusoes adequadas e hostis através de plumas que podem demonisa-lo.
Por considerar que nao é culpa dos Generais, comandantes, militantes da Renamo, mas sim por unica culpa do Dhlakama, que a Renamo esta como esta, decidi nao estar a escrever sobre ela. Na minha obra "Daring to Survive"(354 paginas em capa dura), mencionei a Renamo pelo nome uma so unica vez, salientando que é a organisaçao com qual a Frelimo tem travado guerras e que estes dois loucos (dolts em inglês na passagem no livro) reduziram o nosso belo pais a idade da pedra na sua luta, uns para manter o poder e outros para conquistar o poder.
Mas escrevendo alguns dias atras a academicos na Europa que leram o meu livro e que me fizeram perguntas sobre a historia de Moçambique, eu disse sobre a Renamo o que aqui passo em resumo: "a Renamo é uma grande triste piada com um lider semi-analfabeto que considera a Renamo como a sua propriedade pessoal," enfaseando que Dhlakama é incapaz de constituir equipas de liderança que ele possa manter.
Obviamente, o génio malevolo do Dhlakama é tal que ele consegue na verdade transformar a Renamo numa organisaçao totalitaria onde alguns so falam mal de outros e o talento do Dhlakama, como o senhor o disse, é de afastar estas pessoas. Foi assim que os ignorados por Dhlakama terminaram for formar o MDM. E como o senhor Dhlakama nao tem consciência, tal evento nunca lhe causou incomodos por terem sido uma ruptura da Renamo em dois grupos.
Ele age sozinho. Nao procura ideias dos outros na Renamo. Se alguem diz alguma coisa que ele nao gosta, a pessoa fica afastada, ignorada. Dai que ele faz acordos nocivos contra a Renamo com a Frelimo.
Mesmo eu que nao gosto da Frelimo cujo som do nome Frelimo me enjoa, reconheço o génio maligno desta organisaçao terrorista. Ela consegue plantar informaçoes falsas sobre quadros da Renamo na Renamo e Dhlakama logo actua na base de tais informaçoes visto que duma certa maneira isto beneficia as suas manobras para descartar pessoas de que ele teme e para salvaguardar o seu poder ilicito.

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Dr.Bolingo Nanga said in reply to Francisco Moises...

Caro Francisco Moisés,
Concordo plenamente consigo quando diz que a falta de progressos significativos na RENAMO, se deve ao que chama de liderança totalitária do senhor Dhlakama. Esta asserção pode ser verdadeira pois eu que estive em Maputo muito perto do cenário político, testemunhei muitos casos em que alguns dos melhores membros da organização caíram na desgraça porque a liderança os afastou apenas com base em percepções de que estes colaboravam com a FRELIMO. Um caso concreto é o de um deputado chamado Manuel da Fonseca, um opositor acérrimo da FRELIMO com conceitos oposicionistas bem sólidos e muito bem articulado em português pois se formara em Portugal no tempo colonial. Manuel da Fonseca foi pura e simplesmente ignorado pelo presidente da RENAMO, e morreu desgraçado e humilhado pelos frelimistas que em vão tentaram co-optá-lo. Preferiu morrer pobre e desgraçado do que juntar-se à FRELIMO. Conheci também o Domingos Adgira que depois de se ter projectado bastante no cenário político moçambicano como Assessor da RENAMO para as Relações com o Exterior, vivendo no complexo Kaya-Kwanga, mais tarde foi ignorado pela liderança tendo chegado a viver em Malhangalene, sob condições precárias. Ele resolveu regressar para o país para onde se emigrara antes de se juntar à RENAMO. Estes são apenas dois exemplos que representam menos de 1 por cento de calamidades que assolam a RENAMO, sem mencionar os casos David Alone, Raúl Domingos, etc.
Porém, acho que os principais problemas da RENAMO não residem apenas na sua liderança, mas sim principalmente no seu modelo de gestão que é centralizado. Como deve saber, uma gestão centralizada é inimiga de progresso democrático em organizações e é mesmo conducente à ditadura. Mais ainda, o senhor Dhlakama é, talvez inconcientemente, vulnerável à manipulações da secreta da FRELIMO que sempre se infiltra na RENAMO para desaconselhar a sua liderança contra alguns membros da RENAMO, infelizmente os mais dedicados à causa da democracia no país, ao que a presidência reage distanciando-se de tais membros.
Infelizmente, apesar de existirem em Moçambique mais de 50 partidos políticos que se designam de oposição, nenhum destes tem uma liderança tão aceitável e popular como a de Afonso Dhlakama que consegue galvanizar todo o povo moçambicano do Rovuma ao Maputo. Por isso, tenho dito que a melhor forma de salvar a organização seria a introdução de um novo modelo de gestão decentralizada em que os membros possam criar impacto no processo de criação e adopção de políticas internas do partido. Mas para isso, em vez de se rebelarem contra o líder, os membros da RENAMO que não concordarem com este devem deixar de ser grupais e fazer asserções capazes de mudar o etilo de gestão do seu líder na organização. Acho que isso é possível pois os actuais deputados da Assembleia da República já demonstraram isso ao desobedecerem o presidente Dhlakama que não queria que estes tomassem os seus assentos na Assembleia da República. A minha experiência é que até hoje, quando Dhlakama fala todos os membros preferem ficar calados e, apesar de alguns possuírem as suas próprias ideias, não as expressam. O outro aspecto é que quando certos membros da organização são ignorados pela presidência, não se esforçam em reaproximar-se ao Dhlakama para saberem as causas da sua sorte.
Portanto, o Dhlakama não está sòzinho: ao não se pronunciarem abertamente em plenários do partido contra os pontos negativos apresentados pela liderança, quase todos os membros são cúmplices da incapacidade da RENAMO em desalojar a FRELIMO.

Fungula Maso!

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Francisco Moises said in reply to THIMBUINE...

A atençao e a concentraçao tem que ser absolutas e focalisadas na missao actual de dar resposta a agressao da Frelimo nao para lhe dar liçao, mas para paralisa-la por completo em todo o pais e tornar a sua degolaçao possivel.

Retirar atençao dos combatentes e do povo que os apoia face ao genocidio primitivo da Frelimo para satisfazer ou tranquilisar a Nyusi e a Frelimo como Dhlakama diz é um grande insulto ao sacrificio dos combatentes e do povo. Foi neste contexto de querer sgradar forasteiros, e nao o povo de Moçambique, que Dhlakama no passado sacrificou os ganhos dos 16 anos de guerra enquanto para a Frelimo e os aliados so restava menos de 10% do territorio nacional.
Se ele tivesse desenvolvido o uso da artilharia com o uso de armadas pesadas aprendidas a Frelimo e aos seus aliados, a Frelimo teria estado apavorada nas zonas urbanas e teria caido. Como a intençao do Dhlakama nao era exactamente de abater o regime da Frelimo, a Renamo perdeu oportunidades e a Frelimo veio a ganhar politicamente apesar da dura derrotada que enxugou.
Tacticas sem objectivo a Dhlakama de conduzir guerrinhas contra a Frelimo para força-la aceitar algumas condiçoes da Renamo e deixa-la intacta no poder nao sao so nao aceitaveis mas sim condenaveis com vigor e rigor. A Renamo nao deve ser sacrificada para lutar para os interesses dum so homem mas sim para o interesse do povo contra a criminalidade do sistema injusto, hediondo, criminoso, assassino e genocidario da Frelimo.
Apoiaremos uma Renamo séria que queira derrubar o regime reacionario da Frelimo e nao uma Renamo que é sacrificada para os interesses dum so homem que quer agradar o seu irmao Nyusi que nao quer ver a cair do poder. Se houvesse democracia na Renamo, so uma asserçao deste tipo por parte do seu lider seria suficiente para os membros o mandarem passer. Infelizmente, nao ha democracia na Renamo.

7
THIMBUINE said...

A vitória é certa combatentes do povo. Força! O povo vai vencer! Basta de abusos! A paciência tem limites. O povo está saturado dos assassinos.

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