segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Luaty Beirão assemelha-se a um terrorista árabe - José Ribeiro


Luanda - Quando se completa um mês de julgamento em Luanda de um grupo de 15 indivíduos acusados de preparação de rebelião em Angola, é tempo de repor alguns factos que têm estado a ser falseados por pessoas apostadas em desacreditar todas as conquistas e sucessos conseguidos por Angola em 13 anos de paz e reconciliação nacional. Este processo de julgamento é o corolário de uma série de actos de provocação desencadeados pelo grupo em causa.
Fonte: JA
Um julgamento com justiça
O mais grave desses actos ocorreu no Cazenga e resultou em confrontos violentos. Usando técnicas de dispersão e confrontação aberta com a Polícia, contou com a exortação e participação dos habituais políticos angolanos da Oposição sempre impoluta e insuspeita.

Numa foto difundida por um semanário português, Luaty Beirão assemelha-se a um putativo terrorista árabe responsável pelos atentados de Paris. O velho ditado diz que “quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele”. De facto, quem despoletou os acontecimentos que estão hoje no julgamento em curso são esses actos extremados. A responsabilidade por essa opção de busca de confronto físico com a Polícia, em detrimento de uma atitude de diálogo e consenso, não pode ser nunca imputada às autoridades.

Até aqui o Governo não tem feito outra coisa senão reagir aos ataques. Mas há quem pretenda fazer crer o contrário, com um objectivo claro: como os louros da pacificação e democratização de Angola foram para o MPLA, era preciso encontrar um meio de esvaziar a credibilidade adquirida pelo Governo e começar a enfraquecê-lo. A via escolhida como argumento foi a presença de uma ditadura sanguinária em Angola que viola sistematicamente os mais elementares direitos humanos.

Só mentes perversas são capazes de urdir uma trama tão grotesca em que um regime que desde os primórdios da Independência Nacional vem perdoando opositores e rebeldes armados e que privilegia políticas de debate público pluralista e políticas sociais de vincado cunho popular, aparece agora com a face de opressor e repressor.

Mas essas mentes são capazes de tudo para atingir os seus fins. Como a tartaruga sabichona que ao pequeno toque se recolhe, os instigadores da acção extremista dos “revus”, aqueles políticos sempre insuspeitos, rapidamente desapareceram de cena quando a dimensão e consequências dos planos golpistas para o país se começou a descortinar.

Antes disso, porém, colocaram a cereja por cima do bolo, afirmando que os cabecilhas da rebelião detidos eram os “primeiros presos políticos da III República”, rastilho que incendiou as pudicas mentes das personalidades democráticas europeias sedentas de sangue. Quase o tiveram com o apelo e a chantagem repetida que diariamente fazem aos indivíduos em julgamento e ao Tribunal para que, pelo menos um deles, se suicide, pela greve de fome ou por outra forma.

Felizmente, o bom senso tem prevalecido e é bom que predomine até ao fim do processo e se assista a um julgamento justo. Estive esta semana, pela primeira vez na vida, sentado num Tribunal como réu, e confesso que nada foi mais repugnante do que ver o desaforo de alguém a quem tanto se ajudou não mostrar agora reconhecimento. Assim procedem os “revus” sem moral.

Nada demonstra que a campanha provocatória e de difamação contra as autoridades angolanas venha a diminuir de intensidade. O “sururu” que as habituais organizações internacionais de má consciência lançaram contra a vinda a Angola da “rapper” norte-americana Nicki Minaj, para cantar numa festa de Natal promovida pela Unitel, prova aliás que a pauta das novas tentativas de desestabilização de Angola está a ser cumprida à risca, vai prosseguir e até intensificar-se.

Outra prova de que as coisas não vão parar por aqui é o facto de o velho “Goebbels” de Jonas Savimbi ter sido indicado para liderar a oposição na Assembleia Nacional, como prémio pela enorme responsabilidade que teve na propaganda de guerra do traidor africano contra o seu próprio povo e como incentivo para continuar a ajudar as personalidades perversas portuguesas na expedição mediática anti-angolana.

Mas Nicki Minaj está em Angola e vai animar a juventude com o seu concerto de Natal. A cantora conhece o valor dos afectos porque também tem um irmão acusado pela justiça de crimes graves. Muita gente em Angola e no Mundo está melhor esclarecida sobre a origem do processo judicial que decorre em Luanda e que já não se deixa enganar pela propaganda hostil.

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