Insuficiência de provas
Trata-se de Refo Agostinho, Isac António Sampanha e Chaibo Charifo, detidos pela polícia na manhã do dia 14 de Maio, na linha-férrea que dá acesso à mina da Vale.
O Tribunal Judicial de Tete absolveu, ontem, por insuficiência de provas, os três réus acusados de serem os rostos e mentores das barricadas que paralisaram a circulação de comboios da multinacional brasileira Vale, nos passados dias 12, 13 e 14 de Maio em curso.
Trata-se dos três cidadãos Refo Agostinho, Isac António Sampanha e Chaibo Charifo, detidos, arbitrariamente, pela Polícia da República de Moçambique, quando eram 05h00 da manhã do dia 14 de Maio, junto à linha-férrea que dá acesso à mina. A Acção Académica para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais – ADECRU considera que a acção da polícia constitui “actos continuados de intimidação e perseguição levados a cabo pela Polícia da República de Moçambique, em conivência e em resposta à solicitação da Vale”.
Trata-se de famílias vítimas do “Projecto de Carvão Moatize”, ora em conflito permanente com a multinacional brasileira Vale. As intimidações e perseguições, segundo ADECRU, culminaram com a detenção arbitrária e julgamento sumário de três importantes representantes de oleiros e líderes destacados das 1 365 famílias e comunidades atingidas e reassentadas pela Vale na região de Cateme e Unidade 6 do bairro 25 de Setembro, no distrito de Moatize, na província de Tete.
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