Saturday, March 31, 2018

As lágrimas de Malala no regresso a casa:

"Nunca fui tão feliz"

A activista, que luta há anos pelo direito de todos à educação, foi transportada num helicóptero e deverá permanecer na terra natal durante quatro dias.
Fotogaleria
A vencedora do Prémio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, regressou neste sábado à cidade natal, no Paquistão, pela primeira vez desde que foi baleada pelos talibãs. “Estou tão feliz por estar em casa e de pôr os meus pés de novo nesta terra”, declarou, emocionada, Malala Yousafzai à BBC. "Nunca fui tão feliz", afirmou, citada pela Reuters. "Sinto-me orgulhosa da minha religião e do meu país. Sentia falta de tudo do Paquistão... dos rios às montanhas, até das ruas sujas e do lixo à volta da nossa casa, dos meus amigos e de como conversávamos sobre a nossa vida na escola", afirmou.
A jovem distinguida com um Nobel da Paz foi transportada de helicóptero, que aterrou perto da casa de família em Mingora, numa operação rodeada de medidas de segurança apertada. Malala viajou na companhia do pai e do irmão mais novo.“Quando dei a minha primeira palestra… simplesmente não consegui conter as lágrimas. É emocional!”, afirmou a activista, que luta há anos pelo direito de todos à educação.
Segundo a BBC, a activista deverá ficar no país durante quatro dias. À chegada, recordou momentos de medo que viveu quando era mais jovem. "Lembro-me bem de cada um dos momentos, de como me sentia antes de adormecer, com medo de não saber se estaria viva no dia seguinte. O medo de ser atacada no caminho para a escola, de alguém nos atirar ácido para a cara." 
A jovem estudante universitária também comentou reacções negativas ao seu regresso ao Paquistão, como o movimento de escolas privadas que declarou que a sexta-feira era o "I Am Not Malala Day" (Dia do Não Sou Malala), organizado por pessoas que a consideram "anti-islâmica" e defensora de uma "ideologia anti-Paquistão". "Não sei o que possa ter dito que faça de mim alguém anti-islâmica ou anti-Paquistão. O Islão ensinou-me a importância da paz. Ensinou-me a importância da Educação. A primeira palavra do Islão, ou a primeira palavra do Corão, é Iqra, que significa lê", disse. 
Malala Yousafzai, a mais jovem laureada com o Prémio Nobel da Paz (em 2014), que agora vive no Reino Unido, foi baleada, em 2011, por contestar a decisão dos taliban de proibir a educação feminina. Com apenas 15 anos, a estudante foi atacada quando regressava de autocarro da escola, tendo sido surpreendida por dois homens armados que a atingiram a tiro na cabeça e num ombro, tendo ficado internada em estado crítico num hospital militar paquistanês, sendo mais tarde transferida para um hospital britânico. Sobreviveu ao ataque e ficou para contar a história e lutar pelos direitos de milhares de pessoas.
Na última quinta-feira, foi anunciado que Malala Yousafzai iria regressar ao Paquistão pela primeira vez desde que foi atacada.
É o dia mais feliz da minha vida. Nem acredito que isto está a acontecer”, afirmou Malata, em lágrimas, num pequeno discurso divulgado pela televisão paquistanesa. “Eu não costumo chorar… Ainda só tenho 20 anos, mas já vi tantas coisas na minha vida”, acrescentou, depois de o primeiro-ministro lhe desejar as boas-vindas ao país.
Malala Yousafzai nasceu no Paquistão a 12 de Julho de 1997 e tornou-se um símbolo internacional da luta pelo direito à educação das mulheres depois de ter sido baleada.
Com 20 anos, Malala vive agora no Reino Unido e continua a ser uma ávida defensora dos direitos humanos – sobretudo no que diz respeito à educação feminina; no ano passado, entrou na Universidade de Oxford, onde estuda filosofia, política e economia. Há quatro anos, dizia à BBC que gostava de ter uma carreira política: “Se puder servir melhor o meu país através da política e, sendo primeira-ministra, escolheria isso”. “Quero servir o meu país, e o meu sonho é que o meu país se torne um país desenvolvido e que eu veja todas as crianças com acesso à educação”, acrescentava.
 

Cinco polícias detidos pela morte de 68 pessoas numa cadeira venezuelana


Cinco polícias foram detidos por alegadamente terem responsabilidade no incêndio em que morreram 68 pessoas, numa prisão do Estado venezuelano de Carabobo, 150 quilómetros a oeste de Caracas.
Heberlizeth González/EPA
Autor
  • Agência Lusa
Mais sobre
Cinco polícias foram detidos por alegadamente terem responsabilidade no incêndio em que morreram 68 pessoas, numa prisão do Estado venezuelano de Carabobo, 150 quilómetros a oeste de Caracas.
“O Ministério Público emitiu mandados de detenção contra cinco funcionários da Polícia de Carabobo, acusados de serem os responsáveis pelos trágicos factos que ocasionaram a morte de 68 cidadãos, nos calabouços do comando dessa polícia regional”, anunciou o procurador-geral na rede social Twitter.
Segundo Tareck William Saab, os acusados “já estão detidos pela justiça”.
“Entre esses funcionários detidos, se destaca José Luís Rodríguez, subdiretor dessa instituição policial. O Ministério Público garante o esclarecimento destes factos e sanções para os responsáveis, sem distinção”, sublinha.
Segundo as autoridades venezuelanas pelo menos 68 pessoas morreram, na quarta-feira, durante um motim no Comando Geral da Polícia de Carabobo, na cidade venezuelana de Valência, 150 quilómetros a leste de Caracas.
A causa da morte da maioria das vítimas terá sido asfixia, na sequência de um incêndio alegadamente provocado pelos presos.
No entanto, várias Organizações Não Governamentais e familiares das vítimas denunciaram que os presos foram maltratados, borrifados com gasolina e incendiados.
Na sexta-feira, o Governo venezuelano anunciou que vai indemnizar os familiares das vítimas.
“Acordou-se o outorgamento de medidas de reparação, de conformidade com o estabelecido na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”, é referido num comunicado distribuído em Caracas.

Teremos sempre Israel?

CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO


17
Depois do voto na AR sobre a Catalunha como vai agir o parlamento perante a crise em Gaza? O "realejo de disparates" vai continuar a ser dirigido pelo activismo de votos de pesar do BE e do PCP?
Enquanto escrevo sente-se nos sites noticiosos aquela espécie de calma que precede as grandes tempestades noticiosas. Ela lá está a notícia que já não é apenas uma, mas duas, às vezes três sobre a situação na faixa de Gaza.
A discussão sobre a manipulação das imagens já começou pois esta “guerra” perdida que foi pelos árabes no campo de batalha, ganha-se com imagens. Ou será que já esquecemos a importância que tiveram imagens como as da morte de Mohammed al-Dura, o menino palestiniano baleado em Setembro de 2000 enquanto o pai o protegia com o seu próprio corpo? E de Huda Ghalia, gritando diante da família morta numa praia de Gaza onde faziam um picnic?
Infelizmente quando novos dados questionaram a responsabilidade do exército israelita nestas atrocidades já era tarde. Sendo certo que todos os exércitos têm o seu rol de actos condenáveis – e o israelita não é excepção – convirá que não se esqueça que do outro lado estão movimentos terroristas que há muito perceberam como o Ocidente das causas e do activismo consome as mais grosseiras manipulações sejam elas protagonizadas por mulheres invariavelmente apresentadas como mães avós de crianças mortas por soldados israelitas mesmo que essas mulheres apareçam sucessivamente chorando a perda doutros filhos e netos noutros dias e noutros locais. Ou os depósitos de material de guerra que invariavelmente são apresentados como escolas e hospitais. Ou as crianças feridas na faixa de Gaza que afinal são crianças sírias e feridos no conflito sírio…
Pessoalmente espero viver o suficiente para ainda ver os palestinianos libertos desse estatuto subalterno a que a fanfarronice da Liga Árabe os condenou há setenta anos, em Maio de 1948, quando, em vez de terem apoiado a declaração de independência do estado Palestiniano (previsto na mesma resolução da ONU que criou o estado hebreu) optaram por atacar Israel.
Se a violência continuar, tudo isto e muito mais será provavelmente debatido com o fervor do costume nos próximos dias. Entretanto cabe perguntar: e nós de que lado estamos? Sim, Portugal que posição vai tomar?  Teremos sempre Israel como “o nosso lado”?
A pergunta faz todo o sentido. Em primeiro lugar porque Portugal tem nos últimos tempos divergido do que é o seu posicionamento histórico em assuntos de política externa. O caso da recente crise diplomática com a Rússia é um exemplo dessa divergência mas nem sequer é o caso mais relevante. O que aconteceu no nosso parlamento na passada semana a propósito dos votos apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP sobre a Catalunha é um sinal ainda mais preocupante.
Com o parlamento transformado em matéria de política externa, no que o deputado socialista Sérgio Sousa Pinto definiu como crescente “realejo de disparates”, onze deputados do PS votaram um texto do BE (e doze abstiveram-se como se não tivessem noção do que liam!) em que se escrevem sandices deste teor: “A condução do processo catalão por parte do governo do Reino de Espanha merece condenação dos países democráticos. A existência de presos políticos e exilados, juntamente com a violência policial nas ruas perante manifestações pacíficas, são tradução direta da suspensão dos mais elementares direitos democráticos que o estado espanhol impôs ao povo catalão.”
Independentemente da posição que se tenha sobre o futuro da Catalunha é preciso não ter noção do que se viveu e vive em Espanha para subscrever um texto destes. Que o BE o faça não espanta. Que onze deputados do PS subscrevam isto e doze se abstenham é que não se entende. E menos se entende ainda que o grupo parlamentar do PS – partido ao qual pertence o primeiro-ministro – tenha com uma ligeireza que aterra achado por bem votar favoravelmente, o parágrafo do texto do PCP em que se “Apela a que seja encontrada uma solução política para a questão nacional em Espanha, no respeito pela vontade dos seus povos e, consequentemente, da vontade do povo catalão, e da salvaguarda dos direitos sociais e outros direitos democráticos dos povos de Espanha.” Será a Espanha um país distante, mergulhado numa qualquer guerra civil? Lendo isto acredita-se que sim.
Na próxima semana o nosso parlamento vai exprimir a sua apreensão pela situação na Mayotte, um território ultramarino francês onde a instabilidade e a violência proliferam? Ou quiçá dedica-se ao problema da Córsega. Ou – porque não? – questionam a decisão do governo da Áustria de conceder a cidadania daquele país aos italianos residentes no que para os austríacos é o Tirol do Sul e para os italianos o Alto Aldige. Enfim,  é só pegar no texto do PCP que se expediu para Espanha e substituir Espanha por França, Áustria, Itália… O senhor Macron vai adorar receber o seguinte voto do parlamento português: “Apela a que seja encontrada uma solução política para a questão nacional em França, no respeito pela vontade dos seus povos e, consequentemente, da vontade do povo da Mayotte, e da salvaguarda dos direitos sociais e outros direitos democráticos dos povos de França.”
Ou será que para a semana os deputados descansam deste labor internacional porque têm entre mãos esse extraordinário avanço legislativo representado pelo facto de aos 16 anos, e sem passar por qualquer apreciação médica, se poder mudar de sexo?
PS. Outro mistério da nossa política externa é a concessão de asilo político a cidadãos provenientes de Marrocos. A descoberta de que dois homens agora acusados de terrorismo, Hicham el Hanafi e Abdessalam Tazi, tinham recebido do Estado português o estatuto de refugiados políticos deve levar-nos a perguntar: quais são os critérios que levam Portugal a conceder asilo político a cidadãos marroquinos que dizem ser perseguidos pelas autoridades daquele país? Alguns destes cidadãos integram movimentos bem menos democráticos que o governo de Marrocos. Não estamos propriamente perante democratas em fuga mas sim face a intolerantes que integram movimentos muito mais intolerantes que as autoridades marroquinas. Querem mesmo ver esta gente no poder em Marrocos? Alguém já pensou nas consequências para Portugal da instauração no agora reino de Marrocos de uma espécie de Líbia com vista para o Algarve?
luis mar
2 m
do outro lado da fronteira   andam mais calmos
e sempre com gaza e o hamas!  
André Mesquita Pinto
7 m
Engracado como Israel congrega à sua volta os fachos todos. Que gente ignorante 
Longuenuit
24 m
...Helena Matos está-se completamente nas tintas para os Israelitas ou Palestinianos ...interessa-lhe é saber como vai reagir o Governo da geringonça, portanto pega num assunto externo num artigo cheio floreados para manipular para consumo interno!
...alguém que explique à Helena Matos que a criação do Estado de Israel foi forçada por terrorismo israelita contra os Ingleses sem nenhuma diferença do praticado pelos palestinianos sobre os israelitas.
André Mesquita PintoLonguenuit
9 m
os sionistas inventaram o terrorismo moderno. O uso que lhe foi dado pelos palestinianos é perfeitamente legítimo contra a ocupação sionista 

André Mesquita Pinto
28 m
Cara helena se quiser tomamos um cafe um dia destes e eu explico-lhe como sao mesmo as coisas . Vê-se que a sra sabe muito pouco 
Olhe que se as Capazes vêm isto, o sr é acusado de pervertido e machista. Convidar uma senhora para beber um café, o descaramento! O Sr está maluco? 
André Mesquita Pinto
31 m
Fonix só mesmo no observador para encontrar alguem a vitimizar Israel depois deste fazer autêntico tiro aos pratos contra manifestantes armados de paus e pedras.. incrível a cegueira ideológica desta senhora que senao é sionista podia ser
You've just won my Burro Awards First Prize. Congratulations!
Mori MementoBurro Prize
12 m
And you have just won the dumb faxo award of the year. Congratulations!
Claro, o Hamas e paus e pedras! Os israelitas deviam obviamente ter dado a outra faze a convidado a turba a entrar!  Vocês já nascem assim ou são lobotomizados!
André Mesquita PintoMiguel Cardoso
10 m
Mas você viu as imagens sua besta? 
Mori MementoMiguel Cardoso
7 m
"A outra faze"!? E que tal voltares à escola e aprenderes a escrever?
André Mesquita PintoMiguel Cardoso
6 m
Lobotomia é uma boa descrição do que israel fez ao cérebro dos seus apoiantes 
Miguel CardosoAndré Mesquita Pinto
1 m
Lá está, eu não sou apoiante de Israel, muito menos do Hamas, mas também não sou contra Israel e sou contra o Hamas, ser democrata tem estas coisas. O que eu não sou é néscio como tu e ando acordado!
Jorge Marques
53 m
Outra coisa em que Hitler estava errado.

Pois ele tentou várias vezes criar um estado Judeu na Palestina.


E sem ele, provavelmente Israel nunca teria existido.
Elodie Moses
56 m
Decepcionante. O miudos nao podem mudar de sexo, só de género no BI (totalmente reversível); depois da vergonha da cimeira das lages, onde o maior invertebrado do país esteve a servir o café, vergonha seria seguir a carneirada, quando por sermos tao insignificantes nos safamos lindamente ao mantermo-nos á margem. 
A Helena podia ver o que se passa com a lei das desmatacoes que a sua colega professora da universidade do algarve está a comentar. Concerteza tem competencia para contribuir para o debate deste assunto, que cada vez me parece mais importante para o nosso futuro.
victor guerra
1 h
O fascismo do Hamas sacrifica sempre alguns dos seus,para que apareçam imagens na comunicação ocidental e se digam umas aleivosias na ONU.O mesmo se tem passado com o "sacrificado povo de Goutha"embora aí os terroristas já tenham conseguido o seu objectivo,dar à sola.Sobre a Catalunha espera-se que os bloquistas tenham a reacção dos outros imbecis esquerdistas e de extrema-direita,o desprezo pela lei.Não há surpresa no circo