OAM diz que agressão a Ericino de Salema é contrária à Constituição e exige identificação dos autores |
Escrito por Emildo Sambo em 29 Março 2018 |
A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) classifica a violência contra o jornalista e jurista Ericino de Salema, na tarde de terça-feira (27), na cidade de Maputo, como um “acto bárbaro, um grosseiro atentado à liberdade de expressão, contrário às leis”, mormente à Constituição, e espera que as autoridades policiais investiguem e identifiquem os autores morais e materiais.
Ericino de Salema, que também é comentador de um programa político numa televisão privada, foi sequestrado defronte do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), amarrado, levado numa viatura sem chapa de matrícula para algures na estrada Circular de Maputo, arredores do distrito de Marracuene, onde antes de ser abandonado à sua própria sorte foi torturado.
“Os autores morais e materiais do crime devem ser severamente responsabilizados em sede própria. Entendemos que tendo havido ameaças antes da ocorrência deste acto, as autoridades têm alguma pista” para começar a investigação.
“Um trabalho sério e profundo pode levar a que, em pouco tempo, seja desvendada a identidade dos autores deste acto bárbaro, que repudiamos da forma mais veemente (...)”, disse Flávio Menete, bastonário da instituição que tem como uma das atribuições a defesa do Estado de Direito Democrático, os direitos e liberdades fundamentais e participar na boa administração da Justiça e a promoção do acesso à justiça, nos termos da Constituição e demais legislação.
O causídico afirmou ainda que não se pode tolerar que os cidadãos sejam silenciadas só por expressarem o que lhes ocorre na alma. Ele relacionava o acontecimento e os comentários que a vítima fazia na referida televisão privada.
Segundo ele, que falava numa conferência de imprensa na tarde de quarta-feira (28), na capital do país, é preciso aumentar os níveis de confiança, porque a liberdade de expressão é um direito fundamental importante para o desenvolvimento do país.
A OAM acredita que Ericino de Salema foi deixado vivo porque os seus ofensores aperceberam-se da movimentação da população da zona onde foi abandonado, algures na estrada Circular de Maputo, próximo do distrito de Marracuene. No hospital “foram diagnosticadas fraturas nos seus membros, mas está fora de perigo”, disse Menete.
A 23 de Maio de 2016, “tivemos uma situação análoga” com um outro comentador do mesmo programa de comentário político, o professor José Jaime Macuane. Este foi raptado, espancado, ferido com vários tiros e também largado algures na estrada Circular de Maputo.
Governo confia na Polícia
Apesar dos sucessivos ataques e assassinatos a várias pessoas, particularmente políticos e académicos, cujo esclarecimento não passa das declarações de boas intenções por parte da Polícia da República de Moçambique (PRM) e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, disse no Parlamento que confiava na Polícia para desfecho do caso em alusão.
Falando na Assembleia da República (AR), na quarta-feira, na sessão de prova oral ao Governo, Carlos Agostinho do Rosário disse: "queremos reiterar aqui e agora a nossa inteira confiança nas autoridades policiais no seu trabalho de combate ao crime no encaminhamento dos seus autores à justiça”.
Chamamento para cerrar fileiras no combate contra os inimigos do progresso de Moçambique
Já imagino que serei acusado de extremismo! Mas juro com todas as minhas forças que essa agenda política camuflada de orquestrar e executar crimes para depois imputar as culpar ao Governo vai terminar mal para os seus mentores e colaboradores. Serão caçados um a um até toda a quadrilha ficar totalmente desmantelada, incluindo a sua escumalha!
Para tira a FRELIMO não é preciso fazer esse malabarismo medíocre que estais fazendo. Para tirar a FRELIMO é preciso apresentar ao povo uma proposta alternativa de governação que seja melhor do que a proposta da FRELIMO. Se não sois capazes de apresentar uma alternativa melhor que a da FRELIMO, então ficai tentando. Mas não tirareis a FRELIMO do poder com recurso à batota ou ao maquiavelismo. As dicas clássicas de Nicolau Maquiavel, reenunciadas por Robert Greene não funcionam no Moçambique dirigido pela FRELIMO. Não mesmo!!
Estou a falar para vós partidos políticos da oposição, organizações da sociedade civil e órgãos de comunicação social privados. Vós não sois a instituição "polícia". Também não sois a instituição "tribunais". Parai, pois, com a prática de actuardes como polícia e como tribunais. O vosso papel é contribuir para o desenvolvimento de Moçambique, agindo dentro da lei. O vosso papel não é combater contra quem governa, promovendo o crime organizado ou o oportunismo político. Presentemente, vós estais tentando substituir o Governo via promoção e financiamento do crime organizado, via promoção do oportunismo político. Assim não dá. E porque assim não dá, há cidadãos que estão dispostos e preparados para morrer pela manutenção da ordem política em Moçambique. Não sereis permitidos substituir a polícia e os tribunais. Não, não sereis mesmo! Disto podeis ter a certeza.
Já está mais do que claro que os raptos e subsequentemente de fazedores de opinião em Moçambique é obra presidida pelos partidos políticos da oposição, com assistência das ditas organizações da sociedade civil e dos órgãos de comunicação social privados, liderados pelo Grupo SOICO. E também está mais do que claro que o Grupo SOICO é a réplica da SIC (de Portugal) em Moçambique. SOICO é SOciedade Independente COmunicação em Moçambique; SIC é Sociedade Independente de Comunicação em Portugal. Isto é sabido. Não subestimai a inteligência de um povo! Já se sabe que a vossa agenda não é comunicar, mas sim colocar a RENAMO no poder em Moçambique. Essa agenda já começou a custar a vida e a paz de nossos concidadãos. A culpa é inteiramente vossa.
Sabe-se que a morte de Jeremias Pondeca, o rapto e espancamento de Carlos Jeque, José Jaime Macuane e Ericino de Salema, são encomendas políticas de grupos empresariais que sustentam a oposição política em Moçambique, porque pretendem extrair vantagens económicas quando esta oposição estiver no poder. Trata-se de um projecto para viabilizar a pilhagem dos recursos de Moçambique. Que pena os meus compatriotas do Grupo SOICO, da RENAMO, do MDM e das ditas OSC ( = Organizações da Sociedade Civil) estarem a prestar serviço a favor dessa agenda para a pilhagem de Moçambique! Que fique claro que a vossa associação com esta agenda contra o progresso de Moçambique é muito irresponsável e antipatriótica. Vós estais a trair a Pátria moçambicana!
Agora, como cidadão preocupado com o desenvolvimento sustentável do meu país, eu quero usar este ensejo para instar as forças de defesa e segurança de Moçambique para prestarem muita atenção às movimentações dos compatriotas que colaboram com agendas inimigas da nossa Pátria. Não haja complacência para com actos de traição à Pátria! Quem der em falso, que seja ferrado, para que não atrapalhe a agenda de desenvolvimento sustentável de Moçambique. Atente-se que a liberdade de expressão em Moçambique não foi instituída para viabilizar agendas inimigas. A liberdade de expressão deve ser exercitada em prol do desenvolvimento sustentável de Moçambique. Nada de aproveitamos da abertura do nosso Estado por malandros que colaboram com agendas inimigas do progresso de Moçambique! Sois, pois, chamados, vós forças de defesa e segurança de Moçambique, a cerrar fileiras para defesa da nossa Pátria até às últimas consequências!
Eu disse.
Palavra d'honra!
--- PS: Uma fonte disse-me «SOICO não tem nada a ver com a SIC... Quanto muito tem um bom relacionamento com a TVI. [...] lembro que varias vezes esteve [...] lá o José Eduardo Moniz que é boss da TVI». Eu digo: seja! TVI e SIC são farinha do mesmo saco. Não se deve mas é permitir que Grupo SOICO trabalhe na promoção de uma agenda que é contrária aos interesses legítimos dos moçambicanos: o desenvolvimento sustentável e a prosperidade de Moçambique! |
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