PR moçambicano prolonga visita à França e confirma interesse na compra de barcos franceses
O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, prolongou a visita a França, que inicialmente terminaria no sábado, e hoje estará, com o seu homólogo francês, nos estaleiros navais de Cherbourg, no noroeste, onde Moçambique encomendou recentemente 30 barcos.
Moçambique pretende adquirir 24 traineiras, três barcos-patrulha de 32 metros e outros três de 42 metros através de uma empresa de atum, detida pela secreta moçambicana e pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE),
Hoje, o Presidente francês, François Hollande, e Armando Guebuza vão visitar a região de Cherbourg, no noroeste de França, como parte de uma viagem que terá como foco as energias renováveis, indica um programa hoje divulgado na página da Presidência francesa.
Segundo a nota, François Hollande será acompanhado pelos ministros da Recuperação Industrial, Arnaud Montebourg, da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia, Philippe Martin, bem como pelo vice-ministro dos Transportes, Mar e Pesca, Frederic Cuvillier, e pelo ministro do Orçamento, Bernard Cazeneuve.
EQUIPE TÉCNICA DA RENAMO FALTA AO DIÁLOGO
A equipe técnica da Renamo, o maior partido de oposição, indicada para tratar de assuntos relativos a defesa e segurança, no âmbito do diálogo com o Governo, mais uma vez faltou ao encontro que havia sido agendado com a sua contraparte das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
O chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, explicou no término de mais uma sessão do diálogo com o Governo, que vai na sua 22/a ronda, que a equipe técnica não compareceu ao encontro por dificuldades de ordem logística.
O encontro visava tratar de questões técnicas específicas relacionadas com o desarmamento da Renamo e a preparação das matérias a serem debatidas na reunião entre o líder daquele partido da oposição, Afonso Dhlakama e o estadista moçambicano, Armando Guebuza,
A condição mínima que se exige para que uma pessoa que se desloca para Maputo possa trabalhar é ter onde dormir e onde comer. A maior parte dos nossos oficiais, militares e generais, vive fora de Maputo, disse Macuiana, acrescentando que, mesmo sem condições, a Renamo está a fazer o máximo possível para a deslocação da sua equipe técnica a Maputo.
Por seu turno, o chefe da delegação do Governo para o diálogo, José Pacheco, lamentou a ausência da sua contraparte da Renamo, destacada para tratar de questões militares.
O chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, explicou no término de mais uma sessão do diálogo com o Governo, que vai na sua 22/a ronda, que a equipe técnica não compareceu ao encontro por dificuldades de ordem logística.
O encontro visava tratar de questões técnicas específicas relacionadas com o desarmamento da Renamo e a preparação das matérias a serem debatidas na reunião entre o líder daquele partido da oposição, Afonso Dhlakama e o estadista moçambicano, Armando Guebuza,
A condição mínima que se exige para que uma pessoa que se desloca para Maputo possa trabalhar é ter onde dormir e onde comer. A maior parte dos nossos oficiais, militares e generais, vive fora de Maputo, disse Macuiana, acrescentando que, mesmo sem condições, a Renamo está a fazer o máximo possível para a deslocação da sua equipe técnica a Maputo.
Por seu turno, o chefe da delegação do Governo para o diálogo, José Pacheco, lamentou a ausência da sua contraparte da Renamo, destacada para tratar de questões militares.
Renamo quer "reflexão à escala nacional" nos 21 anos de paz em Moçambique
A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, anunciou hoje que vai comemorar o 21.º aniversário do Acordo Geral de Paz, na sexta-feira, organizando encontros de "reflexão à escala nacional" sobre a situação sociopolítica no país.
Em declarações à Lusa, o porta-voz da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Fernando Mazanga, disse que a iniciativa, a ser levada a cabo pelos militantes do partido em todo o país, visa avaliar o cenário sociopolítico moçambicano e os resultados do primeiro ano da atividade partidária, desde que o seu líder, Afonso Dlhakama, se instalou na Serra da Gorongosa, no centro de Moçambique.
"Queremos fazer o balanço do partido desde a última decisão tomada em Quelimane, no ano passado, que ditou a ida do presidente Afonso Dhlakama à Sandjundjira, e fazer uma reflexão à escala nacional" sobre a situação do país, disse Fernando Mazanga.
Em declarações à Lusa, o porta-voz da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Fernando Mazanga, disse que a iniciativa, a ser levada a cabo pelos militantes do partido em todo o país, visa avaliar o cenário sociopolítico moçambicano e os resultados do primeiro ano da atividade partidária, desde que o seu líder, Afonso Dlhakama, se instalou na Serra da Gorongosa, no centro de Moçambique.
"Queremos fazer o balanço do partido desde a última decisão tomada em Quelimane, no ano passado, que ditou a ida do presidente Afonso Dhlakama à Sandjundjira, e fazer uma reflexão à escala nacional" sobre a situação do país, disse Fernando Mazanga.
Frelimo angaria fundos e pede votos aos empresários
Eleições autárquicas na Beira.
O partido Frelimo ao nível da cidade da Beira desdobra-se em esforços para a angariação de fundos, de modo a fazer face ao exercício eleitoral que se avizinha, com vista a garantir a vitória do seu candidato às autárquicas de 20 de Novembro deste ano.
Com efeito, na sexta-feira, o partido governamental organizou uma gala envolvendo o empresariado local, com o objectivo de convencer esta classe a contribuir para os cofres do partido.
A forma encontrada foi o leilão de vários bens e artigos diversos pertencentes ao partido.
Como exemplo disso uma camiseta da Frelimo, ostentando a assinatura do secretário-geral do partido, Filipe Paúnde, foi comprada a 95 mil meticais, depois de acesa disputa e várias propostas.
Posted at 11:52 in Eleições autárquicas 2013, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
Não existem "revolucionários da desgraça"!
Reflexões de: Adelino Buque
Nunca ouvi, li e ouvi Sérgio Vieira, Marcelino dos Santos, Óscar Monteiro e Jorge Rebelo denominarem-se “reservas morais da Frelimo”.
Alguém assim os intitula e nós passamos a vida a revisitar o seu passado. Não nos questionamos das reais intenções de quem assim os intitula. Isso é mau.)
Leio diferentes órgãos de comunicação social e redes sociais e noto com tristeza um autêntico "degladeamento” interpessoal e inter-geracional sobre culpas e responsabilidades de um passado recente. Inspirei-me para escrever esta reflexão num artigo assinado por Silvestre Nungo, intitulado “Os Revolucionários da Desgraça”, ilustrado com duas fotografias na capa e no interior dos senhores Marcelino dos Santos e Óscar Monteiro, publicado na última edição do semanário ExpressoMoz. Deixem-me manifestar a minha discordância: não existem "revolucionários da desgraça”.
65% dos moçambicanos vivem na super indigência
DE ACORDO COM UMA PESQUISA DAS NAÇÕES UNIDAS
Muito mais de metade (65%) dos cerca de 24 milhões de moçambicanos vivem na indigência extrema, de acordo com um documento das Nações Unidas cuja cópia está na posse do jornal Correio da manhã.
A mesma fonte refere que Moçambique está entre os quatro países africanos com elevadas taxas de incidência de pobreza.
A expressão que os técnicos que compilaram o relatório que temos estado a referenciar usam é “incidência alta de falta de qualquer tipo de alimento em cada dia que passa”.
Lidera a vergonhosa lista a Etiópia (87%), seguida pela Libéria (84%) e em terceiro lugar está a Serra Leoa (77%), segundo a ONU no seu mais recente relatório sobre o Desenvolvimento Humano 2013.
O País dos balanços positivos
CANAL DE OPINIÃO por Adelino Timóteo
Os relatórios e balanços do Governo sempre foram positivos. Desde 1975. Eram e são balanços e relatórios floreados que nunca descuram o termo positivo.
Os relatórios do ponto de vista teórico são ágeis a proclamarem que é tudo positivo, mesmo que na prática a maioria dos cidadãos é pobre e passa fome. É tudo positivo.
Nem mesmo nos tempos da operação produção, os relatórios positivos sonegavam as mortes. Não expunham o lado trágico do triunfalismo sempre positivo.
Há pouco a produção da jetropha revelou-se um fiasco e os relatórios positivos não deram conta dos fracassos.
O Governo, que nunca deu a mão à palmatória, foi sempre alérgico a admitir falhas em seus balanços tendencialmente positivos.
Governo atribui exclusividade à empresa Lonrho para pescar atum durante cinco anos
Continua falta de transparência no atum
Espera-se que a empresa capture cerca de 60 mil toneladas de atum no referido período
Continua o festival da falta de transparência no “dossier atum”. Depois da compra dos navios para a empresa do SISE, sem concurso público e nem o aval do parlamento, agora é o próprio pescado. No dia 09 de Julho, o Conselho de Ministros, através do então vice-ministro das Pescas e actual ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, anunciou o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Pescaria de atum em Moçambique (PEDPA) com o objectivo de “dinamizar uma maior contribuição da pescaria de atum nodesenvolvimento sócio-económico do país, através de um maior aproveitamento e controlo da pescaria de atum na (ZEE) Zona Económica Exclusiva, e participação no fortalecimento da gestão de atum no Oceano Índico, através da Comissão do Oceano Índico para o Atum (IOTC), para a maximização dos benefícios desta pescaria para Moçambique”.
29/09/2013
A LINHA DA FRENTE
Alguns países vitais para a nossa retaguarda logística ainda não estavam independentes ou mal acabavam de aceder à independência, quando se formou a FRELIMO e se desencadeou a luta armada. A Zâmbia embora houvesse acedido ao estatuto de colónia com governo próprio, continuava com a Polícia, as Forças Armadas e a Segurança sob o controlo britânico, até que a UDI em 1965, forçou o Governo a afastar os elementos próximos da rebelião rodesiana.
O Malawi com Banda jamais procurou alienar-se das tutelas colonialistas e racistas. Moçambique existia como uma ilha no meio da anglofonia e tudo se direccionava para lá, emigração, relações, formações políticas, inspirações. Angola e Luanda estavam mais viradas para o Norte, os dois Congos e a francofonia. Esta situação levou à implantação inicial do MPLA no Congo e Zaire.
Basicamente, em 1969-1970, três Presidentes dos países fronteiriços com o colonialismo e os regimes racistas, Julius Nyerere da Tanzânia, Keneth Kaunda da Zâmbia e Sir Seretse Khama, do Botsuana iniciaram um processo de consultas informais, sobre as estratégias e tácticas para enfrentarem os inimigos da África.
Wiriyamu - Uma achega do Prof. Mustafah Dhada
You may elect to let your readers know that if they want to read additional materials on Wiriyamu they can go to:
1) http://www.academia.edu/4021956/Mustafah_Dhada_The_Wiriyamu_Massacre_of_1972_Its_Context_Genesis_and_Revelation_History_In_Africa_-_A_Journal_of_Method_2013_ for the latest article published in History In Africa.
2) http://www.academia.edu/3897669/Mustafah_Dhada_Frankly_My_Dear_We_Should_Give_A_Damn_Peace_Review_12_3_2000_457-462 for a footnote and endnote less article on the subject
3) http://www.academia.edu/4021967/Mustafah_Dhada_Contesting_Terrains_Over_a_Massacre_The_Case_of_Wiriyamu_chapter_in_Contesting_Terrains_and_Constructed_Categories_Critical_Issues_in_Contemporary_Africa_2001_Westview_Press_413-455 for a book chapter on the subject.
In addition two texts are forthcoming:
4) One is a 3500 word response to Reis and Oliveira to be published in the Civil War Journal with a rebuttal from the authors. I will be posting details on the matter on my academia.edu website the very moment the text is in print at http://www.academia.edu/4021953/Mustafah_Dhada_The_Wiriyamu_Massacre_of_1972_-_Response_to_Reis_and_Oliveira_Civil_Wars_2013_._Forthcoming.
5) The other is a monograph to be published by Bloomsbury Academic Press. See http://www.amazon.com/The-1972-Wiriyamu-Massacre-Mozambique/dp/1472511980/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1380405603&sr=8-2&keywords=Mustafah+Dhada
EMATUM fechou negócio de 300 milhões de euros um mês após ter sido criada
Empresa de navios foi criada a 2 de Agosto deste ano e um mês depois realizou uma encomenda no valor de 300 milhões de euros.
Empresas com capitais públicos, ainda que de direito privado, pertencem ao Estado, porquanto são sustentadas pelo erário público.
Governo pode ser avalista de qualquer empréstimo desde que seja matéria económica de bem comum e de interesse nacional.
À luz da delegação de poderes ao Conselho de Ministros, o governo pode realizar despesa sem bater a porta ao Parlamento.
A Empresa Moçambicana de Atum - EMATUM - foi criada a 2 de Agosto deste ano e um mês depois encomendou a construção de 24 traineiras, três barcos-patrulha de 32 metros e outros três de 42 metros, avaliados em 300 milhões de euros.
Este dado sugere que a decisão de compra foi tomada antes da criação da empresa, tendo em conta o intervalo entre o registo da sociedade anónima e o anúncio da encomenda.
Posted at 11:19 in Cooperação - ONGs, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião | Permalink | Comments (0) ShareThis
A ESPANHA, AS SELVAGENS, OLIVENÇA E ETC.
“A perda de Portugal foi de puro sangue e, por isso, o ministro espanhol que não pense constantemente na reunião ou não obedece à lei ou não sabe do seu ofício”.José de Carvalhal y Lencastre (Ministro de Estado ao tempo do rei Fernando IV, de Espanha)
O SIED e o SIS[1] (já que serviços de informação militar, na realidade, nunca tivemos) passam a sua vida de amadores – o actual sistema político não permitiu ainda que passassem disso – a preocuparem-se com coisas que pouco interessam à segurança do país e seu futuro. O primeiro vai elaborando umas informações sobre teatros de operação longínquos que pouco têm a ver connosco, e ainda é possível que infiltrem uns tipos nos PALOPs (presume-se que Brasil excluído) a fim de perceberem o que se passa por lá (quando não espiam os próprios nacionais em funções), o que, na prática também não serve para nada, já que os sucessivos governos portugueses não têm tido qualquer estratégia para lidar com esses países.
Leia tudo em Download A ESPANHA, AS Selvagens e etc. 28/09/2013
O conflito na produção de heróis em Moçambique
Por Carlos Serra
Se o homem é a medida de todas as coisas, a política é a medida de todos os heróis.
Os heróis oficialmente conhecidos em Moçambique são aqueles que a Frelimo, através do Estado que gere desde 1975, decretou como tais. Na imagem destaca-se Samora Machel (primeiro em pé da esquerda para a direita) e Eduardo Mondlane (segundo em pé da esquerda para a direita)
1. Introdução
Se, por destino dos bons deuses e dos bons espíritos,os que governam Moçambique e os que esperam governá-lo, decidissem conjugadamente, com a alma magnética e dialéctica dos irmãos gémeos, fazer um inquérito nacional para conhecerem as percepções populares sobre heróis, sobre quem são esses heróis, sobre quem merece história e estátuas, sobre quem tem legitimidade popular, talvez se surpreendessem com o surgimento de heróis que, por hipótese, teriam, por exemplo, as seguintes cinco dimensões hierarquicamente organizadas:
Posted at 18:26 in Antropologia - Sociologia, História, Opinião | Permalink | Comments (4) ShareThis