O “Indivíduo A” volta a atacar
500 milhões de USD da dívida oculta sumiram sem deixar rastos. 500 milhões de USD vão ser retirados das receitas do gás para pagar os credores
O “mastermind” do calote da dívida oculta, o ex-operacional de “inteligência económica” no SISE, António Carlos do Rosário, parece estar a preparar um novo golpe. Ele deixou o SISE no ano passado mas manteve-se como PCA da Ematum, da MAM e da Proindicus. Ontem, quando foi anunciado o acordo entre o Governo e credores de 60% da dívida (onde o Governo se compromete a pagar 5% da futura receita anual do gás até 2033 para reestruturar 726 milhões de USD da dívida de 2 bilhões – no final, as receitas do gás que vão ser usadas neste esquema totalizarão 500 milhões de USD), Rosário deve ter esfregado as mãos de contente. O acordo de ontem é também um caminho para impunidade. Mas os 500 milhões de USD do gás que os moçambicanos vão entregar de juros aos credores (para além do capital), equivalem exactamente aos 500 milhões de USD cujo destino a auditoria da Kroll não conseguiu apurar. Não conseguiu apurar porque houve sempre alguém que bloqueasse o acesso à informação relevante. Trata-se do “Indivíduo A”, o senhor Rosário (de quem se diz ser hoje um grande proprietário imobiliário em Maputo).
Rosário teve um papel sinistro no processo de auditoria, sempre se escudando no “segredo do Estado”. A Kroll solicitou repetidamente ao “Indivíduo A” que fornecesse dados para um entendimento compreensivo dos gastos, sobretudo o paradeiro dos 500 milhões de USD. Ele se esquivou. A Kroll ainda conseguiu obter documentação do Crédit Suisse e do VTB Capital relativamente aos contratos de empréstimo, mas nunca conseguiu dados sobre a
utilização efectiva do montante de 500 milhões USD do total do empréstimo. Eis uma passagem relevante do documento da Kroll: “O Ministério das Finanças não conseguiu confirmar à Kroll qualquer detalhe sobre equipamento de segurança marítima que foi efetivamente incluído na alocação dos 500 milhões USD (...). Separadamente, o ’Indivíduo‘ informou a Kroll de que o montante do empréstimo de 500 milhões USD foi utilizado para aquisição de equipamento militar, tendo fornecido uma carta não assinada, supostamente do Posição I (o actual Ministro da Defesa, Atanásio Mtumukhe), para sustentar esta declaração. O Posição I recusou-se a assinar esta carta e negou ter qualquer conhecimento sobre o equipamento militar adquirido”.
utilização efectiva do montante de 500 milhões USD do total do empréstimo. Eis uma passagem relevante do documento da Kroll: “O Ministério das Finanças não conseguiu confirmar à Kroll qualquer detalhe sobre equipamento de segurança marítima que foi efetivamente incluído na alocação dos 500 milhões USD (...). Separadamente, o ’Indivíduo‘ informou a Kroll de que o montante do empréstimo de 500 milhões USD foi utilizado para aquisição de equipamento militar, tendo fornecido uma carta não assinada, supostamente do Posição I (o actual Ministro da Defesa, Atanásio Mtumukhe), para sustentar esta declaração. O Posição I recusou-se a assinar esta carta e negou ter qualquer conhecimento sobre o equipamento militar adquirido”.
O anúncio de ontem pode dar o alento que Rosário precisava para levantar mais a sua voz. Depois de orquestrar o calote da dívida e de bloquear a auditoria, ele surgiu há pouco mais de duas semanas numa entrevista de duas páginas no “Notícias”, na qualidade de PCA da Ematum, da MAN e da Proindicus. Ultimamente, tem sido visto nos corredores aveludados do poder. Recentemente, aquando da celebração de um aniversário redondo da Ilha de Moçambique, ele estava numa cavaqueira amena com o Ministro Mtumukhe, no Complexo Coral, em Mussoril.
Mas o grau mais surreal do personagem se dá nessa entrevista. Ele aparece como o grande salvador dos três elefantes brancos, hoje tecnicamente falidos. Diz que tem o “apoio do FMI e de outros parceiros”. Reafirma uma parceira da EMATUM com a Tunamar (do Erick Prince), um mercenário americano cheio de sangue nas mãos agora em casamento de conveniência com poder político em Maputo. Rosário ainda se dá ao desplante de desmentir que o barcos da EMATUM estão parados e se degradando e releva que a MAM já tem prejuízos de 2 biliões de USD.
É preciso de uma grande lata. A MAM ainda não operou e já tem esse prejuízo astronómico? Mas o mais o mais grave é esta imagem que Moçambique passa para o mundo: o autor do calote da dívida, o seu principal executor, continua na frente das três empresas públicas que ele criou para justificar esse endividamento, agora vestindo cara messiánica. Só pode ser teatro. Ou um novo golpe em preparação. Num país normal, esse homem devia estar longe de tudo o que fosse gestão no sector empresarial do Estado. Em Moçambique, ele é acarinhado pelo poder.
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Tony Rock
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