Esse era o texto que eu iria publicar ontem, antes de desistir do “debate”...
O DIREITO À CRÍTICA
A dificuldade que um professor de elite (e da elite) tem em perceber e aceitar a minha visão de mundo não é acidental. É estrutural. Naturalmente, ele vive numa realidade tão distante da minha que as nossas experiências de vida, mesmo que partilhemos a mesma pátria, pertencem a realidades diferentes. Essa diferença traduz-se numa distância epistemológica; ele não consegue ter empatia com aquilo que me faz fazer o que ele chama de “barulho”: o meu sofrimento. Há muito deixou de saber o que é passar necessidades, protegido pelos privilégios que a sua posição lhe garante. Por isso, quando falo da urgência da mudança, ele ouve “impaciência”; quando denuncio injustiças, ele diagnostica “ressentimento”; quando exijo posicionamento, ele prescreve “complexidade”. A sua serenidade académica, que ele celebra como virtude intelectual, é na verdade o luxo de quem pode esperar, de quem pode reflectir sem pressa, e de quem pode manter-se equidistante porque nenhuma das opções em disputa (dentro de Moçambique, onde ele vem apenas de férias ou para palestrar) ameaça concretamente a sua existência. Ele não compreende que, para mim, a sua “neutralidade axiológica” é cumplicidade, que os “ilícitos e irregularidades que não mudam o resultado final das eleições” é permanente violência sobre mim, e que a abstracção analítica é uma forma de fuga que não tenho o luxo de desfrutar. E é por isso que o pensamento dele, por mais “rigoroso” que se pretenda, nunca reflectirá verdadeiramente a minha condição, nunca responderá às minhas perguntas e nunca servirá a minha libertação… porque foi pensado a partir de um lugar de conforto que desconhece a geografia do meu desespero.
Para um jovem moçambicano que vive quotidianamente no limiar do aperto, entre a indigência e a sobrevivência, o exercício do direito à crítica não pode ser ou estar refém da vontade de quem tem o privilégio de viver distante (física e psicologicamente) da pobreza. É, antes de tudo, uma questão de dignidade. Quando os meus filhos não podem ter acesso à educação de qualidade porque as escolas não têm professores, carteiras ou livros suficientes; quando termino a universidade sem esperança de emprego porque a economia está disfuncional ou capturada por redes de corrupção e nepotismo; quando vivo em bairros sem saneamento, sem água potável e sem electricidade de qualidade; quando adoeço e encontro hospitais sem medicamentos, sem equipamentos e sem médicos… nesse contexto todo, o meu direito à crítica não tem como ter regras e métodos como se fosse um luxo intelectual. É a minha única arma. Para mim, criticar significa nomear a minha dor, identificar os responsáveis pelo meu sofrimento e, muito mais importante, recusar as narrativas que pretendem convencer-me de que a minha miséria é natural, inevitável ou culpa minha. Criticar, para mim, é dizer em voz alta: isto não está certo, isto não tem de ser assim, e eu exijo mudança.
A crítica, da perspectiva de quem sofre, é também a recusa de ser objecto de discursos paternalistas que falam sobre mim sem me incluir, ou que analisam a minha realidade com uma serenidade intelectual que só quem não passa as minhas necessidades pode ter. Para alguém como eu, jovem e desempregado, sem casa e sem futuro visível a curto prazo, o exercício crítico é existencial. Não tenho tempo nem energia para debates que não levam a nada, para análises que não propõem soluções para os meus dilemas, ou para pensamentos que se contentam em “preservar a razão e o método” enquanto eu luto para preservar a minha própria vida. A minha crítica é urgente e concreta. Questiono não apenas as políticas públicas que me têm falhado, mas também os sistemas de pensamento que legitimam esse falhanço, que o tratam como “complexo demais” para ser resolvido, ou que culpam o povo pela sua própria opressão. Critico os intelectuais que se isolam na sua torre de marfim e depois se queixam da solidão em que se encontram – com o luxo de se acharem mal compreendidos –, quando a verdadeira solidão é a minha, abandonado pelo Estado, traído pelas sistemáticas promessas eleitorais e eternamente esquecido por inférteis políticas públicas que não resolvem os meus concretos desafios existenciais.
É por isso que eu não escrevo para a posteridade, ou para um futuro melhor que nunca se materializa na minha vida de merda. Eu escrevo para alterar o meu presente. Não procuro “manter o debate possível” com quem não passa a mesma fome que me deixa permanentemente instável. Eu procuro acelerar o tempo que me separa da recorrente miséria. A minha crítica procura construir alternativas que me retirem rapidamente do desespero. Nesse processo, não tenho como aceitar ser tratado como um público ignorante que “grita apenas para confirmar em vez de compreender”, como dizem arrogantemente os nossos intelectuais de elite. Eu compreendo perfeitamente a minha situação: compreendo que há quem se enriqueça enquanto eu empobreço, que há quem decida enquanto eu obedeço, que há quem fale enquanto eu sou silenciado. E a minha crítica é precisamente a recusa dessa ordem. É o grito que não pode ser confundido com ruído, a revolta que não pode ser desqualificada como ressentimento, a exigência que não pode ser ignorada como simplismo. A crítica, para mim, é o acto de me recusar a aceitar este presente e o compromisso de lutar por um futuro diferente, e que não é só para mim, como também para todos os que, jovens como eu, já sabem que merecem mais e tentam transgredir as fronteiras do possível que nos querem impor.
Para que serve a crítica?
A meu ver, a crítica não é um luxo intelectual ou um exercício de vaidade académica, como o é para os nossos intelectuais. A crítica é, para mim, um acto simultaneamente de dissidência e de resistência. Um acto de ousadia em desafiar o que me é imposto como verdade autoritária. Tenho o luxo de já ter lido, nessas minhas andanças pelo incrível mundo do saber, o texto “Resposta à Pergunta: Que é o Iluminismo?” (1784), de Immanuel Kant. Um texto que efusivamente recomendo a leitura, por, dentre outras coisas, ter funcionado como um dos vários pontos de viragem intelectual para mim. Bem no início do texto, Kant diz: “Sapere aude!”; o mesmo que dizer “Ousai Saber!” – a capacidade de alguém sair da menoridade (intelectual) em que se encontra preso, amarrado à dificuldade de se servir do próprio entendimento sem a orientação de outrem. Afinal, essa condição de minoridade, dizia Kant, não resulta da falta de inteligência de alguém como eu, mas da falta de coragem de usar essa inteligência sem um guia intelectual. O seu lema era simples e revolucionário: sapere aude. Ousai saber Edgar (e jovens), tenham a coragem de usar o vosso próprio entendimento sobre o vosso próprio mundo.
Em Moçambique, esta menoridade não é apenas uma condição psicológica, é uma estrutura histórica. Fomos colonizados não apenas nos corpos, mas também nas mentes. Ensinaram-nos a desconfiar do nosso próprio pensamento, a aceitar que as respostas às nossas questões viriam sempre de fora ou de cima: da metrópole colonial, dos camaradas iluminados e dos intelectuais que se auto-proclamam guardiões da razão e da verdade. Criaram em nós o hábito da deferência, o reflexo de baixar a cabeça perante quem fala com a autoridade do saber institucionalizado.
Ousar saber significa romper com a minha condição de menoridade intelectual e, consequentemente, desligar-me definitivamente dos tutores que se arrogam o direito (e do dever) de pensar por mim. Significa que a juventude moçambicana deve assumir a responsabilidade de pensar por si própria, de questionar as narrativas oficiais, de desafiar a todos esses “directores da consciência pública” que pretendem definir o que podemos ou não podemos pensar, ou o que é legítimo ou ilegítimo discutir. Quando alguém se queixa da “solidão do pensamento” e lamenta ser “mal interpretado” pelo público que procura soluções para os seus problemas em vez de razões para compreender os seus problemas, está precisamente a posicionar-se como tutor, como aquele que detém a lucidez que falta aos outros.
Eu também li, tal como esses nossos doutores – simultaneamente tutores e curadores da nossa rebeldia –, Michel Foucault. Descobri, num texto que encontrei pela internet adentro, que Foucault levou a análise kantiana ainda mais longe, no ensaio “O Que é a Crítica?” (1978). Afinal, para este autor, a crítica não é apenas um exercício de esclarecimento racional, mas também (e sobretudo) um acto de insubmissão voluntária perante todos os “regimes de verdade” que nos governam de forma opressora. Para Foucault, em linguagem simples, esses regimes (de intelectualidade, já agora) não são apenas ideias abstractas; pelo contrário, são dispositivos concretos de exercício de poder que determinam o que pode ser dito, quem pode falar, qual conhecimento (ou pensamento) é válido e qual, dentre eles, deve ser desqualificado como “opinião” ou “improviso”. O exercício da crítica, no sentido foucaultiano, é uma contra-conduta, uma recusa deliberada de ser conduzido da forma como os poderes estabelecidos esperam que sejamos conduzidos. É questionar os fundamentos até daquilo que nos é apresentado como conhecimento legítimo, como pensamento sério e como análise rigorosa. É perguntar: a quem serve este “rigor” que me estão a pedir aqui, quando reclamo da minha miséria? O que querem silenciar aqui, na minha realidade, quando me pedem para pensar com calma e “complexidade”? Que interesses são protegidos por esta alegada “neutralidade axiológica” que esses doutores dizem ter, quando criticam a forma como eu decidi lutar para melhorar a minha própria vida?
Em Moçambique, os regimes de verdade que nos são impostos pelos nossos professores do Facebook não reflectem a realidade, os interesses e as aspirações da maioria dos jovens. Reflectem, sim, as perspectivas de uma elite que não tem vergonha de se ter formado ao mais alto nível apenas para olhar para o próprio povo com uma mistura de condescendência e arrogância. Dizem que o mais importante para nós é compreendermos a nossa pobreza, e não questionar qual é a posição deles perante as injustiças que vivenciamos. Dizem que não temos de lutar para mudar a nossa vida, temos é que pensar por que é que somos pobres primeiro. Eles dizem que lamentam a forma improvisada como falamos e como opinamos, sem rigor e reflexão. Mas quem define o que é rigor para nós? Quem estabelece os critérios de distinção entre reflexão séria e mera opinião? Por que é que tem de ser eles a fazerem isso por nós? Não são esses critérios os que historicamente têm sido usados para desqualificar o pensamento dos oprimidos, dos não-académicos e dos que não dominam os códigos da linguagem erudita?
Dizem os nossos professores de elite que o seu “compromisso com a lucidez” custa-lhes uma espécie de isolamento intelectual. Essa é, a meu ver, a mais perigosa das ilusões, a ideia de que o isolamento intelectual é sinal de superioridade moral, e de que ser incompreendido é prova de se estar certo. Na verdade, quando o pensamento não ressoa com as aspirações populares, quando não mobiliza e quando não transforma, o problema pode não estar no público, mas nos donos desse mesmo pensamento. Eles podem (ou devem) estar errados, mesmo que os custe reconhecer isso.
A crítica como prática emancipatória
Como “jovem”, eu não preciso de tutores que coloquem regras no meu direito à crítica. Como já havia dito, a crítica é a única ferramenta de luta política que eu tenho. Através dela, eu recuso a falsa neutralidade desses sabichões que me querem domesticar a todo o custo. Afinal, todo o pensamento parte de um lugar, serve interesses específicos e tem consequências políticas. Através da crítica, eu posso exigir que os nossos doutores parem de fingir que não têm lados, que assumam claramente de que lado estão e porquê. A juventude moçambicana deve estar do lado da justiça social, da democracia real, da soberania popular. Os nossos professores estão de que lado?!
Através da crítica, nós podemos desafiar os regimes de verdade que nos subalternizam. Quando nos dizem que não temos rigor analítico suficiente, que as nossas análises são emocionais ou panfletárias, pela crítica devemos perguntar: segundo que critérios? Estabelecidos por quem? Para proteger o quê? Afinal, muitas vezes, o que é chamado de falta de rigor é simplesmente a nossa (legítima) recusa em aceitar as balizas de pensamento que nos impõem.
Os tempos são outros agora. A juventude moçambicana tem mais acesso à informação, mais capacidade de organização e mais consciência dos seus direitos do que qualquer geração anterior. É por isso que esse nosso barulho de hoje, que irrita e incomoda aos nossos doutores de elite, é muito maior do que todos os barulhos do passado. Cansamo-nos de ser formados sob a tutela de várias autoridades, que nos ensinaram que a obediência é virtude e que a dúvida é traição. Fartamo-nos de falar com medo e pensar em voz baixa, como se o exercício do pensamento fosse um delito. Acabamos com o hábito de delegar o uso da razão a outros, entregando a direcção da nossa consciência a figuras que se auto-proclamam guardiãs da nossa própria verdade e intermediários/mediadores/porta-vozes dos nossos próprios discursos.
Novamente, os tempos mudaram. A juventude moçambicana começa a compreender que a crítica é o primeiro acto de liberdade. Que é o primeiro passo para deixarmos de estar presos à tutela de uma elite política e intelectual que se apresenta como (única) intérprete legítima do país. Já topamos que essa elite ainda alimenta a ilusão de que só ela compreende o “complexo tecido social moçambicano”, e que qualquer tentativa de pensar fora dos seus parâmetros é por ela considerada infantil, populista ou perigosa. Acabou isso. Agora chegou o nosso tempo e o nosso direito de pensar sem pedir licença, de começarmos a construir, sem a tutela dos nossos professores de elite, os nossos próprios critérios de legitimidade e de sentido.
Eu penso que a juventude moçambicana tem, hoje, meios e razões para isso. O acesso à informação, o contacto com outras epistemologias e a consciência política crescente permitem-lhe desafiar os monopólios da verdade nas mãos de poucos. Desafiar o intelectual que, muitas vezes, apresenta-se ou é apresentado como o sacerdote da lucidez, alguém que fala de cima, do púlpito supremo da razão, e que vê no resto do povo um auditório de ignorantes. How dare you?!
Pensar não é (e nem deve ser) privilégio apenas de quem tem uma cátedra. Pensar é um direito de qualquer um que tenha uma consciência, esteja numa universidade (de renome) ou no Facebook. Só isso. Temos, como jovens, o direito de não querermos mais intelectuais que pensam para si mesmos, lamentando depois disso a solidão da sua incompreensão; queremos pensadores que ousam pensar com (e não apenas sobre) o povo, que descem das suas torres de marfim para as ruas onde a nossa vida acontece, onde as políticas públicas diariamente nos fodem os cornos, e onde o nosso presente e futuro são recorrentemente negados.
Só criticando, com a coragem de desafiar todos os regimes de verdade que nos oprimem e a determinação de construir contra-condutas que nos libertem, é que se abrem as portas para as novas linguagens que falem a nossa realidade, para as novas narrativas que contem as nossas histórias, e para os novos modos de pensar Moçambique que reflictam as nossas próprias aspirações – tudo isso sem pedir autorização aos tradicionais “donos da razão”. Sem esperar que a posteridade nos dê razão, mas agindo agora, colectivamente, para que o presente e o futuro nos sejam diferentes. A crítica é, afinal, a nossa forma de dizer que já saímos da menoridade, que já ousámos saber e transgredir, e que o país que construiremos não será pensado (apenas) por vocês, mas por nós mesmos, com as nossas próprias vozes, as nossas próprias realidades, os nossos próprios conceitos e a nossa própria liberdade.
Bongesse Alferes Ariel Bongesse ·
Edgar Barroso tenho a certeza que desde que começou a ganhar mais eco este assunto.
Já tens um e-book.
Este seu "último" texto me fez refletir sobre uma coisa importante que na maioria das vezes muitos intelectuais fazem... É serem arrogante... Pensam sempre que o que eles defendem está sempre certo... E que tem a autonomia de pensar pelos outros...
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Tony Domingos Bulacho Bulacho
"Ousai saber, jovens " uma chamada a leitura e responsabilidade.
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Joaquina Muchinga
Não se pode pedir licença para pensar 


Quando criamos as nossas próprias formas de compreender o mundo,
estamos a produzir conhecimento desde as margens, a transformar dor em consciência, e consciência em poder.
Aprendendo com a sua escrita 
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Zenda Manuel Marata
"Sacerdotes da lucidez " que de lúcidos só tem a falta de álcool,um texto a altura do jovem moçambicano que realmente preocupasse com a atual conjuntura,precisámos mudar,precisámos ousar saber,procurar informação em lugares certos e trabalhar com ela. É um caminho sinuoso visto que a juventude não anda lá grande coisa (com suas razões),mas vamos trabalhar para trazê-los a lucidez.
Fazem parecer que o pensar precisa de permissão,que a crítica deve ser bonita sendo que discutem vidas alheias sem a participação ativa do tal alheio,onde já se viu?
Não sei quem é o dono da frase,mas gosto muito dela "um dia a senzala invade a casa branca",todas as revoluções da história começaram em dias em que pareciam normais.
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Niquice Júnior João
Well Done! Um verdadeiro manifesto jovem com a força, irreverência e eloquência de se lhe tirar o chapéu! Análise/critica destemida e contemporânea de quem sofre, vive e participa. Continue a passear a sua classe e a elucidar o nosso mundo. Não desista!! Abraços!
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Domingos Catamassa
Depois de alimentar o meu cérebro com ideias lúcidas e construtivas, agora já posso me deitar.
Parabéns
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Florestal Xerinda
Logo que vi este texto, ficou evidente que está a falar de EM. Certo?
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Fiel Jorge Machava
O seu texto, ilustre Barroso, é pois, uma prova que autentica a nova realidade de que a juventude moçambicana quer como também está a ser protagonista em prol da pátria que ainda não existiu (que há meio século fizeram-nos acreditar da sua existência). Que bravura...!
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Felix Uamba
Um verdadeiro sacerdócio em prol da juventude Moçambicana. Thanks Edgar Barroso
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Ukama Esteve
Eu me vejo nas tuas palavras Edgar Barroso !
Não deva existir acólitos, nem sacerdotes, para dizer o que se pode, ou não pensar; Só eu sei o que sinto, só eu sei como expressar o que sinto, para mudar o que vivo.
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Eunice Themba
Em cada coração há um guerreiro que deve acordar . Obrigada Edgar
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Adriano Biza
'Sapere aude' guerreiro! Basta da 'ditadura da retórica' e do 'academicamente correcto'! O outro (Marx) bem dizia que a contradicao é o motor da história; e mais, que o pensamento de um Homem reflecte as suas circunstâncias históricas aka condições materiais da sua existência. Phambeni! A luta continua!
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Simon Nhancale
"o meu direito à crítica não tem como ter regras e métodos como se fosse um luxo intelectual."
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Paulo Goque
Caro Edgar! Muito obrigado pelo texto, que vem romper com dogmas. Mantenha a critica, pois ela liberta. Deliciamo-nos com as tuas analises e simplicidade com que apresentas os vários temas. Por fim sapere aude! Abraço
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Dercio Arlindo Manhica
Profundo !! Parece que inspiravas as músicas do Azagaia. Vou escutar alternativos
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Paulo Mate
Manifesto-lhe a minha inquestionável admiração. A leitura dos seus textos é uma experiência gratificante, que suscita confiança e uma renovada determinação para perseverar na causa.
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Andre Dimas
Não me vai desistir disto logo agora que começou a matar aquela saudade dos tempos antigos antes da engenhoca virar Meta meu Mano.... permanece aqui e desta forma 


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Nelson Tafula
Uma série de cheque-mates.
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Wilson Assumane
Tem uma passagem bíblica, que diz "o meu povo sofre por falta de conhecimento", acredito que seja de Oséias, se não estou em erro. O conhecimento, embora de forma deficiente, chegou a milhares de jovens, não só por um smartphone pirata comprado no Estrela ou Mercado Novo, mas também lendo em bibliotecas pobres de livros. O grande erro de alguns intelectuais nossos é de elitisar o conhecimento, perguntando por vezes de onde procede o diploma. Eu, mesmo, já fui mandado me calar, num debate, por baixo das acácias, porque o meu diploma era da Universidade Pedagógica, e naquela sombra só tinha voz aquela que fosse da UEM, no mínimo, o ISRI seria aceite. Tenho a certeza que este grupo também sofreu com um outro que se achava superior, talvez com o diploma da Universidade Lusófona ou Coimbra, Viseu, Porto e sei lá mais o que... Assim acontece com escritos de Elísio Macamo, Severino Ngwenha, Lourenço de Rosário, e outros. Esses são a última instância no que se refere as ciências do saber, tudo que dizem devem ser aplaudidos como se tivessem falado na tribuna do parlamento da Correia do Norte. Ainda temos os fazedores de opinião, que não aceitam o contraditório, logo vem com ameaças de bloqueio, e no final bloqueiam de verdade, uma autêntica falta de tolerância digital. Sejamos abertos a críticas. Digo isso até para o autor deste post.
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Walekaya Tamele
"...queremos pensadores que ousam pensar com(e não apenas sobre) o povo, que descem das suas torres de marfim para as ruas onde a nossa vida acontece, onde as políticas públicas diariamente nos fodem os cornos, e onde o nosso presente é futuro são recorentemente negados". Fim da citação.
O prof Elísio é daqueles académicos fininhos que se sente bem ridicularizando os outros de não ter os privilégios que ele tem. Desmerece a todos,especialmente os que ousam afrotam o status squo.
Elitiza a crítica, se for para apontar dedo aos problemas é por mera conveniência pessoal, não necessariamente pela razão,lógica e alto sentido de responsabilidade.
É por isso não pare primo, lhe trucida cientificamente, se necessário seja molwene/vandalo mesmo, nós iremos entender você.
E mais insista em questiona-lo de que lado está???? Para parar de fingir neutralidade.
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Tambour Tchômbwane Cuco
Sinto-me retratado resumidamente neste breve trecho "um jovem moçambicano que vive quotidianamente no limiar do aperto". É triste ver academicús alienarem a sua intelectualidade para servir fins maléficos a nossa própria subsistência.
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Hélio Gervânçios
Helio Clemente Clemente I sua atenção!
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Alvaro Artur Chissano
Excelente Dr
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João X. Manhice
O "Académico" deve estar a andar às escondidas. Já não há nada. Acabou.
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Fajama Moz
Estou a pedir para pôr stop no Régio Conrado também tem mania ELISIANA
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Reinier Cedeno
Escreveste muito, nao gasta palavras.... estamos a espera daquele tio prof. quando quiser se fazer de que é o tal
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Fiel Jorge Machava
O seu texto, ilustre, é a prova autêntica de que o Moçambique de hoje está a escorregar das mãos dos tais ditos "donos da pátria" e sendo aos poucos assumido por quem é de direito, o povo, obviamente!
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Moz Alerta
Falou geral. Esses tais doutores ném sabem oque é ir dormir sem saber oque vai ser (principalmente oque comer ) o dia de amanhã .
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Manguiza Tovela
Nem mais, Edgar Barroso. Abaixa as algemas dos "Mahindras intelectuais"
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Jermano Jorge
Edgar Barroso peço o seu Mpesa.
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Wa Ka Mutlinyinye
Bravo Barroso.
Abraços
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Anselmo Mavale
David Banze vem ajudar a ler e compreender.
Não está fácil isto 

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Jerson Simão Munguenha



Edgar Barroso
Sapere Aude!
O que significa:
“Neutralidade Axiológica”?
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Sergio Nguenha
Caro ilustre Edgar Barroso, eu já era fã seu, mas conseguiu, ainda mais, conquistar o meu coração de forma efusiva. O presente texto mostra, claramente, que neste país há pessoas corajosas e, acima de tudo, que amam o seu país e que nunca, haja sol ou chuva/tempestade nunca antes registada na história da humanidade, poderão trair a sua pátria por nada. Mano, você é incrível ( simply awesome). Este texto é equiparado ao que nos recomenda a ler (minha opinião simplesmente): riquíssimo. Precisamos de mais Edgares Barrosos afins neste Moçambique. Em relação aqueles que se dizem donos da razão, não tenho nada a dizer, senão: continuem trilhando esse caminho da fartura, é o privilegiado, portanto. Porém, permitam que os demais seres humanos deixem ficar o seu jeito de ver a vida, pois ninguém é dono da palavra.
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Helio Thyago Krpan
Edgar Barroso a derrubar muros antigos de betao.
Da gosto ver esta efervescencia intelectual. Saimos mais ricos
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Guerreiro Otomano
É na crítica que nos construímos, quase todos os pensadores surgiram como críticos aos seus antecessores ou a realidade vigente.
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Chineida Dias Loforte
Ilda Da Sarah Missael lê isto. É uma leitura que provoca, toca e faz pensar sobre o que realmente significa ter o direito à crítica num país como o nosso.
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Milagre Papy Rindzela Jr. ·
Sinceramente falando, esse texto está muito recheado. Tens uma caneta pesada mano. O Gueto venceu 
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