André Matsangaissa e o Assalto de Sacudzo (2)
O início da guerra em Moçambique "não é uma vontade de moçambicanos que tiveram contradições, que explodiu, (…) não vamos simplificar as coisas e dizer´ah, é vontade de uns jovens, porque reuniram-se numa mata e decidiram chamar-se Renamo’” Joaquim Chissano
Estas palavras proferidas a 21 de Junho de 2015 tem a razão de ser. Se parece provável que o plano para libertação de Sacudzo foi-lhe imposto pela secreta rhodesiana como condição para ter sua ajuda parece também provável que Matsangaissa estava determinado a encontrar ajuda onde fosse possível para combater Samora, como veremos no episodio seguinte. Antes de entrar para a epopeia dos 150 kms de Matsangaissa recuemos a fita da história. Em Salisbury, Matsangaissa encontrara dois grupos distintos de luta contra o Machelismo. Por um lado estava a Rádio Voz da África Livre, uma estação clandestina que “conseguiu levantar em poucos meses todo o povo moçambicano contra a Frelimo” e a Resistência Moçambicana cuja história remonta ao ano de 1974 quando, em Março, o major Silva Pais da PIDE-DGS, António Vaz (seu representante em Moçambique), São José Lopes (seu representante em Angola) e Ken Flower da Central Inteligence Organization (CIO) se reuniram em Salisbury (Harare) decidindo criar-se um grupo clandestino especial como os flechas fundados por Óscar Cardoso (n.10-06-1935), em Angola para combater os rebeldes zimbabweanos em Moçambique. O formador deste novo grupo seria Alves Cardoso (n. 26-11-1934). Após o Golpe de Estado de 25 de Abril em Portugal, Flower tomou conta do grupo tendo enviado os homens nas fronteiras com Moçambique. Em 1975 este grupo abandonou Flower para ir trabalhar em Angola com Holden Roberto que acabava de receber uma ajuda financeira substancial da CIA. A ameaça moçambicana permanecia viva, mas Ken estava desanimado.
Na mesma altura, Miguel Murupa (ex membro do CC da Frelimo), com ajuda do “Capitão Gravata”, Jorge Jardim (com ajuda de Orlando Cristina), alguns refugiados ex-militares da Frelimo e ex-comandos do Ancien régime tentavam reagrupar-se, com objectivo de realizar uma contra-revolução ou, nas palavras do eng.° Jorge Jardim, “a inevitável guerra civil que será mais uma esperança do que uma ameaça”. Para Ken Flower, Orlando Cristina (ex adepto da Frelimo, ex-preso da PIDE, ex-formador do grupo paramilitar de Kamuzu Banda e amigo dos Ajua) será a pessoa certa por apoiar, autorizando-lhe a instalação de uma rádios. O ambiente era favorável; todos pareciam excitados para uma contra-revolução mas cada um hesitava em empreender uma acção concreta de saneamento da situação, porque cada um a queria para os outros. Os que pareciam conduzir a contra-revolução tomavam parte nela como simples instrumentos. A partir do momento em que tinham a pretensão de dominar, caiam ignobilmente.
Enquanto Ken Flower chamava para si a criação da “Resistência” como a quinta coluna no interior de Moçambique , os que não desejavam a interferência rhodesiana não cruzaram os braços. Em 1976 convidaram para instrutor o ex-piloto da Força Aérea Brasileira, Pedro Marangoni, na altura em Portugal. Pedro Marangoni (n. 1949) já tinha passado por Moçambique (1973/4), tendo sido professor na missão de Marere (Nampula), antes de ir para Niassa onde combatera e, fingindo-se de missionário, interveio na mediação entre guerrilheiros da Frelimo e comandos portugueses após o 7 de Setembro de 1974. Depois foi para Lourenço Marques, de onde seguiu para Salisbury. Recebido no grupo de Alves Cardoso na Rhodesia, entre Junho de 1975 a Fevereiro de 1976 foi combater em Angola, pelo FNLA , antes de seguir a Portugal de onde era convidado para substituir Óscar Cardoso em Odzi. Lutava contra o comunismo soviético e a expansão cubana em defesa do que chamava de “civilização Ocidental”.
Tudo desenvolvia-se com uma rapidez até então sem paralelo. Todos os sinais o anunciavam. À medida que se operava este processo, o descontentamento e o ódio às atitudes dos novos dirigentes que se apoderavam de propriedades privadas em nome do ideal socialista ia aumentando. Paradoxalmente, a contra-revolução amadurecia, em especial nas regiões do país em que o bem-estar era mais manifesto e entre os homens que tinham sido "bons camaradas". Em Cabo Delgado, o comissário Politico local, Pachinuapa, mandará prender 8 oficiais do exército. Não é indo sempre de mal a pior que se cai numa resistência. “Acontece com maior frequência” diz-nos Tocqueville “que um povo que tendo suportado sem se queixar, e como se as não sentisse, as leis mais humilhantes, as rejeite violentamente quando o seu peso se alivia. O regime que uma revolução destrói vale quase sempre mais do que aquele que o tinha imediatamente precedido e a experiência ensina que o momento mais perigoso para um mau governo é precisamente aquele em que começa a reformar-se”.
Marangoni fez levantamento de homens que existiam. Depois do conselho de Jack Berry, da Special Branch, que acusava portugueses de serem “heróis de bar” decidiu formar um grupo de guerrilha para recrutar elementos africanos da população moçambicana. Com ajuda de companheiros como Póvoa e Godinho, es-DGS, lançou apelo para contribuições que não demoraram a chegar mas que a Voz da África Livre denunciara como sendo de pessoas burlescas. Com esta ajuda conseguiu comprar um Land-Rover e adquirir material de caçadores (Três Remington. 22 com silenciador e miratelescópica, uma Winchester 33, uma Lee Enfield303, uma Hornet, uma pistola Beretta 9mm e uma pistola Colt 32, mochilas, medicamentos, um binóculo, uma bússola, mapas e uma máquina fotográfica) na esperança de que o material de guerra seria capturado ao inimigo. O mal que se sofria pacientemente como inevitável tornou-se insuportável a partir do momento em que se concebeu a ideia de se substituir a ele. Os agentes da CIO estavam a par de tudo.
Os preparativos para a primeira missão foram feitos com oito elementos (Paulo, Alex, Póvoa, Zeca, João, Godinho, Rui). Guedes, do Rhodesian CID, imprimiu muitas cópias de um panfleto, explicando quem eram, o que pretendiam e o que deveria ser feito para os ajudar. “Pensando no nome que deveríamos receber, veio-me a ideia de Resistência, que completei finalmente com Resistência Moçambicana” escreve ele no seu livro “A Opção Pela Espada” e continuando acrescenta “Em verdade, meu desprezo pela política iria criar um vácuo histórico que viria a ser avidamente disputado pelas hienas do poder ou de glória pessoal décadas depois, por ter criado um movimento de oposição puramente guerreiro, sem o anterior e sempre presente movimento político e cultos à personalidade. Nascia ali hoje a poderosa e mundialmente conhecida Renamo e nenhum dos políticos que actualmente pretendem ter sido seus criadores lá estavam”. Estava criada a Resistência Moçambicana, mais tarde e com ajuda do Special Branch, “Resistência Nacional Moçambicana”. Para aqueles que tinham conseguido escapar dos centros de reeducação o mal tornara-se menor mas a sensibilidade sobre os abusos era mais viva.
Jack, que levara a sério o plano de resistência, entre os agentes da CIO, convidou Marangoni para uma conversa franca no Beverly Rocks Motel, tendo-lhe sugerido a troca do armamento para a caça pelo armamento de guerra e oferecendo-lhe uma base em território rodesiano em troca de um ataque ao Centro de Sacudzo. Escutemo-los:
“Pela insegurança de seu armamento civil, dou em troca Kalachnikovs, granadas, RPG-2 ou 7, minas, todo o explosivo que necessitarem, de origem comunista. Vocês não têm uma base e criá-la em território inimigo leva tempo e muita resistência física, que os brancos não possuem; dou-lhes uma fazenda, com sede, instalações completas, inclusive com piscina, a 5 quilómetros da fronteira, um ex-motel abandonado por causa da guerra. Dou ainda treinamento adicional, comida, transporte. Que pensas?”
Marangoni, desconfiado de tanta generosidade respondeu e perguntou – “Bem até agora, tudo óptimo. E o que daremos em troca?
“- A libertação do Campo de prisioneiros da Gorongosa. Aos outros lhes comunicará quando estiverem todos concentrados na fazenda; terão o direito de aceitar ou não. Realizarão uma missão difícil, mas que será boa tanto para nós como para vocês, aumentando-lhes o efectivo e podendo combater melhor a Frelimo, nosso inimigo comum” .
Depois deste encontro, ficou decidido que os passos subsequentes seriam acompanhados por Peter Burt. Aos que não queriam se comprometer com o governo Rhodesiano Marangoni lembrou-lhes que a própria Frelimo sobrevivera porque suas bases principais eram na Tanzânia, a FNLA no Zaire, o MPLA na Zâmbia, a UNITA na Namíbia. Não podiam prescindir da ajuda do governo ou ficariam entre dois fogos. Mas todos estavam contentes com a troca do armamento para AK-47 e decididos a combater conscientes de que mesmo o colonialismo no momento em que era mais forte e poderoso não tinha inspirado tanto ódio como no momento em que ia desaparecer. Assim aconteceria com a ditadura de Samora.
A ideia seria propagandeada pela Voz de Africa Livre, uma rádio pirata já existente. Através do agreement, tornado público em 23 de Maio de 1977, entre a Resistência Moçambicana e a Rádios Voz de Africa Livre, toda a notícia relativa aos combates e progresso da Resistência seria divulgada; o mundo deveria saber que a reacção contra a escravidão começara. Mike acompanhou o grupo para a primeira base, não em Odzi como aparece nos livros de História, mas no Alice Dale Guest-House, abandonado devido as acções de guerrilha de Mugabe. Havia depósito de víveres, rações de combate rodesianas, um gerador para iluminação. Foi organizado um sistema de sentinelas e todos dormiriam com as armas ao alcance das mãos. A entrada para o território moçambicano foi feita num dia simbólico: o dia da OUA (25 de Maio de 1976), enquanto Matsangaissa ainda estava no campo de reeducação. Mas o grupo não foi bem sucedido. No primeiro confronto, o Rui ficou ferido, deixado e capturado pelas forças governamentais será fuzilado por uma lei de 1979. O grupo regressou ao território rhodesiano e, posteriormente transferiu-se para Odzi.
Continua...
Nota: a terceira imagem não tem a ver com a informação!
Nas imagens: A primeira operação da "Resistência" a 25 de Maio de 1976. Pedro Marangoni ainda do lado rhodesiao e Alex (Português) e João (moçambicano) ja em território moçambicano.
André Agostinho Manila
Interessante
- Responder
Samo W. Chancomo
Historias perdidas...
- Responder
Raul Novinte
Meus irmãos, para já não me interessa saber se foi ou não a vontade de jovens moçambicanos que decidiram pegar em armas atacar bases ou quarteis da Frelimo ou se foi pela vontade dos jovens moçambicanos que se decidiu formar a Renamo. Para mim, a verdade é que a Renamo lutou e continua a lutar pela uma justa causa em Moçambique. A Renamo lutou pela democracia em Moçambique e continua lutando para acabar com a a mentira da dita "Unidade Nacional" que constitui uma farsa, pois na realidade não existe. Nós queremos uma "Unidade Nacional" verdadeira onde cada um se sente ser moçambicano. Onde os fundos públicos são aplicados tendo em conta o respeito ao povo. Onde o parlamento é honestamente respeitado pelo executivo em todas suas decisões. Onde o governo executivo respeite o povo que lhe elegeu como sua agente. Onde quando um candidato concorre as eleições e ganha lhe é considerado sua vitória independentemente da sua origem partidária. Um Moçambique sem dívidas escondidas. Um Moçambique em que o povo se sente livre de verdade e que não anda dia e noite vivendo com policias com AKM nas mãos. Um Moçambique verdadeiramente "Livre". Não me interessa se a foi ou não a Renamo que começou lutar contra a Frelimo, o que sei é que a Renamo lutou e continua lutar por uma justa causa em Moçambique.
- Responder
- Editado
Raul Novinte
Então que não venhamos contar histórias que não interessam...a ninguém neste momento , Pois os jovens da Frelimo também tiveram ideias e ajuda dos Russos ,americanos , cubanos, Ghanenses e mais por aí. Então não foram jovens moçambicanos que lutaram contra os colonialistas?
- Responder
- Editado
Afonso Nassone Macaiele
esse foi o lado mau que existiu em Mocambique, por causa disso milhares de Mocambicanos inocentes foram mortos e mutilados, por isso debater isso e brincar com as memorias dos que perderam entes queridos por uma guerra sem logica...mata seu irmao que seras heroi...isso e de loucos. Por isso para oh gwembe, eu perdi quase tudo com a existencia desses movimentos.
- Responder
Eusébio A. P. Gwembe
Em Historia comparada chamamos isso de imprecisões ou de injustiça da Historia, Raul Novinte. Por exemplo, o tiro de Chipande contra a administração colonial pode ser acto heróico e o tiro de Matsangaissa na libertação de presos de Sacudzo ser acto de banditismo dependendo do observador mas, sobretudo, do ângulo da observação. Respondendo a sua pergunta, era moçambicanos que lutavam contra o regime colonial.
- Responder
Domus Oikos
Grande Eusébio A. P. Gwembe
- Responder
Afonso Nassone Macaiele
Se e que os amigos neste mural tem muito tempo, vamos debater o que podemos fazer para nas proximas eleicoes os resultados nao tragam problemas ao pais? Como tirar o pais da dependencia cronica de alimentos vindos da terra de Mandela e ou de fora, enquanto temos muita terra arravel desponivel? Como tornar a nossa educacao, uma educacao a valer, pessoas que tenham competencias? Isso eque interessa debater caros amigos, lancar lenha na fogueira, vamos parar caros compatriotas, pois, podemos ser queimados tambem.
- Responder
Eusébio A. P. Gwembe
Afonso Nassone Macaiele, nao foi único afectado. O que nos outros perdemos ha 30 anos ainda nao conseguimos repor hoje e nem sabemos se havemos de o conseguir. Ainda me lembro quando vieram para nos assassinar, (eu Aurélio Simao, Felisberto S. Simao e toda a família) no dia 2 de Março de 1987. A distancia entre a vida e a morte foi de menos de 5 minutos. Mas isso nao é motivo para eu deixar de apreciar o nosso percurso histórico. Quanto ao que acha que interessa debater, depende dos critérios de selecção, nao acha? Eleja estes factos, nos tagge que vamos ao debate.
- Responder
Israel Magaia
interessei me no poder da radiodifusao...
- Responder
Eduardo Domingos
E porque o regime da Rodhesia do Sul lhe interessou sacudzo e nao compatriotas que residiam na entao Rodhesia, Eusébio A. P. Gwembe??
- Responder
Eduardo Domingos
No fim da estoria, nenhum prisioneiro de sacudzo a frelimo consegue dizer ou apontar nas hostes actuais da renamo. Quantos prisioneiros trouxe em 1992 no fim da guerra civil. um, dois, tres e quatro. sao esses que moveram a grande do rovuma ao maputo no verdadeiro sentido.
- Responder
Eusébio A. P. Gwembe
Eduardo Domingos, o interesse era desmontar a "mentira" Samoriana de que a vida era boa. Uma vez libertos os presos, eles proprıos seriam portavozes do seu sofrimento porque a totalidade dos centros estava em areas isoladas e nenhuma organizaçao ınternacıonal reportava o que la se passava. A história sobre o regime de escravidão vivido nos campos de reeducação contada por Matsangaissa aos agentes do Special Branch, entre eles Jack e Peter, reforçava outra que fora contada, meses antes, por João (Fombe?) e Paulo, outros ex-soldados da Frelimo que haviam escapado dos campos de reeducação. Em Julho de 1976, a Secreta Moçambicana apercebendo-se de uma campanha em preparação visando denunciar as arbitrariedades e a vida dura nos centros, enviou Jornalistas do «Notícias» para antecipar a contra-propaganda. A consciência dos Jornalistas, nunca permitidos a falar com as educandas, pesou na produção da reportagem. Uma delas consta da edição de 13 de Agosto de 1976, assinada por Fernando Lima, sobre o Centro de Reeducação para mulheres, em Msauíze, um dos cinco centros existentes na Província do Niassa. Foi retirada da venda nas ruas, por ordem do Ministério de Informação e Propaganda e conta um pouco: (501 mulheres - prostitutas, testemunhas de Jeová, crianças de tenra idade - filhas das prostitutas - mulheres acusadas de feitiçaria, um pelotão de 36 elementos) que enfrentam agressões mútuas, falta de comida, de roupa e de cobertores, doenças venéreas, etc.. Actividades diárias: limpeza, pequeno-almoço, machamba (incluía destroncar árvores), almoço, machamba, Jantar se houvesse, reuniões de mobilização política três vezes por semana, manifestações culturais aos sábados e domingos.
- Responder
Eduardo Domingos
Nao ha duvida que a frelimo sempre quis manchar a imagem dos nacionalistas que logo cedo descobriram que nao estava a viver o sonho de independência e, as provas estavam espalhadas por todo pais. Eram o desterro, privação de direitos, humilhacao, um monte de merda que a frelimo estava a construir. Como se explica que ate 1980 tres anos depois a renamo estava a fazer operacoes militares nos arredores da cidade da Beira? Como se explica que tres anos depois a renamo tinha bloqueado as principais vias de comunicação? Como se explica que tres anos depois a renamo tinha nas suas fileiras mais de 15 mil homens bem treinados e com moral combativa bastante elevada? Eusébio A. P. Gwembe
- Responder
- Editado
Eusébio A. P. Gwembe
A mesma moral que animara a Frelimo também podia animar a Renamo, Eduardo Domingos. Afinal, os métodos de acção nao foram os mesmos? O desterro, visto por Samora como melhor forma de colocar as pessoas sob sua dependência porque incapazes de regressar as areas de origem e incapazes de produzirem ficariam a depender das rações oferecidas pelo regime foi um dos elementos catalizadores de aderência das pessoas em massa a Renamo. Eram as autoridades tradicionais quem fazia campanha a favor da Renamo, ante grupos dinamizadores cujas acçoes eram, até certo ponto, coercivas.
- Responder
Eduardo Domingos
Exacto, Eusébio A. P. Gwembe nao vamos esquecer o que passou. A frelimo sempre foi o pomo da discordia em Mocambique.
- Responder
Emidio Guila
Historiador por excelência.
- Responder
- Responder
Candido Junior
Ca está está verdadeira história da origem da Renamo. Perante a verdade é só vê Los os renamistas atacados por azia profunda. Vai um conselho : Gaviscom é optimo para azia e mal de barriga.
- Responder
Jemusse Abel
Vamos ao debate sobre a genese... nada de perca do horizonte oo Candido.
- Responder
- Responder
Eusébio A. P. Gwembe
Joao Cabrita, lendo os diversos depoimentos (fragmentos) da epoca percebe-se que o projecto de Flower nao se materializou porque a pessoa apostada havia seguido para Angola. Entretanto, colaboradores do próprio Ken ajudaram na moçambicanizaçao da Renamo. Alias, o 25 de Abril apanhou-lhes de surpresa e pode ter sido determinante para que os novos actores entrassem em jogo pondo em causa o plano original de Flower
- Responder
Yaqub Sibindy
PEDRO MARANGONI, é o indivíduo de raça branca que aparece na foto a saudar André Matsangaissa, no campo de Odzi, na então Rodhesia do Sul de Ian Smith!
O aperto de mão a Matsangaissa, simboliza o regresso do André com uma parte dos reeducados que ele teria conseguido raptar no Campo de Reeducação de Sacudzo em Gorongosa!
André foi interceptado e atacado pelas Forças governamentais, sob Comando de Yá-qub Sibindy, no primeiro combate entre às FPLM e André Matsangaissa na história do conflito com a Renamo, em Chirara, Distrito de Manica, na Província do mesmo nome!
- Responder
Yaqub Sibindy
PEDRO MARANGONI, é o indivíduo de raça branca que aparece na foto a saudar André Matsangaissa, no campo de Odzi, na então Rodhesia do Sul de Ian Smith!
O aperto de mão a Matsangaissa, simboliza o regresso do André com uma parte dos reeducados que ele teria conseguido raptar no Campo de Reeducação de Sacudzo em Gorongosa!
André foi interceptado e atacado pelas Forças governamentais, sob Comando de Yá-qub Sibindy, no primeiro combate entre às FPLM e André Matsangaissa na história do conflito com a Renamo, em Chirara, Distrito de Manica, na Província do mesmo nome!
- Responder
Yaqub Sibindy
André esteve sózinho!
Temos que abrir um livro que decidi fechar para não pertubar as actuais negociações negociações históricas entre o Líder da Renamo e o Chefe do Estado.
André era um louco que sentia prazer de dançar à música ao som das balas, todavia, sozinho enfrentou um pelotão das FPLM e conseguiu escapulir-se com uma parte dos reeducados e nós conseguimos capturar alguns!
Foi num Domingo à tarde, depois do André ter conseguido aldrabar um Director do IAC para lhe apoiar com um transporte (tractor) afim de evacuar os supostos guerrilheiros das ZNLA, até próximo da fronteira, pois alegou que tinha um combate infalível naquele dia e como homem da ligação das FPLM/ ZNLA, precisava de fazer cumprir essa decisão, infelizmente tinha homens já bastantes cansados!
O então Director da IAC, hoje, um dos membros da Comissão Política da Frelimo, caiu nas astúcias do André tendo cedido um tractor com o devido tractorista!
Sairam juntos até ao local onde André tinha escondido os reeducados, e daí seguiram até ao cruzamento de Chicamba!
André identificou se à sua postura real, ameaçando de morte ao tractorista, tendo ele pilotado pessoalmente à máquina até a casa da sua mãe, próximo do local onde se travou o primeiro combate!
Com André, atravessaram à fronteira.... um dos oficiais que ainda está vivo e dentro dos entendimentos dos acordos Gerais de Roma, esse oficial da Renamo chegou de ocupar um dos altos cargos na Chefia das FADM!
- Responder
- Editado
Florestal Xerinda
Informativo!
- Responder
Maguelane Muyanga
Pelo que li aqui a guerrilha surgiu por falta de diálogo, orgulho de alguns, pena ter se chgado a esse extremo. Os erros do passado é uma lição para nós e devemos apoiar o diálogo em curso para a paz, sob pena de nunca sairmos deste amarão e nunca permitir que estrangeiros se intrometam nos assuntos internos. Ao Eusébio A. P. Gwembe obrigado por mais um conhecimento.
- Responder
- Editado
Henriques Jeremias
Venha ler a historia carissimo Alirio Amane.
- Responder
Alírio Amane
AYE
- Responder
Mauro Jesus
Um dia saberemos quem matou Samora
- Responder
Sebastião Mufana
E quem matou samora machel visto que este guerra era movida contra machel? Pode ser que conseguiram fazer o desejo pela morte samora.
- Responder
José Francisco Narciso
Pouco a pouco estamos conhecendo a historia do principio da desgraça de Moçambique e do seu povo, a través de um dos melhores historiador e servidor da sua Patria Eusébio A. P. Gwembe.
Muito obrigado COMPATRIOTA com maiuscula, por fazer-nos conhecer o principio de toda barbarie cometido pela essa banda de mercionarios bárbaros a soldo de reacionarios portugueses e rhodesianos, donde se sumou o regime separatista sul africano, dos irmãos Botha.
Obrigado!
- Responder
Aurélio Da Oliveira
Eusébio P. Gwembe, vamos decretar o 2 de Fevereiro dia da nossa familia, não acha?
- Responder
Amandinho Aniceto
Isto só podia aparecer de grande Historiador como o mais velho Eusébio A. P. Gwembe. Muito obrigado pelas actualizaçoes.
- Responder
Eusébio A. P. Gwembe
Aurélio Simao, foi a 2 de Março de 1987 (nao Fevereiro) quando vieram para nos assassinar, porque no dia 3 fomos obrigados a escutar Radio Malawiana por ocasião do Chilembwe Day. Ainda me lembro que alguns receberam chambocos por serem encontrados a NAO ESCUTAR RADİO, o que era contrario a Ditadura de Kamuzu Banda. Nao sei se se recorda do nosso galo. Dias ou semanas depois, voltamos ao local do terror e o galo estava la mas ja voava como se de animal "silvestre" se tratasse. Nos sobrevivemos ao pior.
- Responder
Aurélio Da Oliveira
Foi erro da ditação, e estou pensando o que fazer para aquela senhor que revelou o plano para nós escaparmos naquele dia
- Responder
Jasmim Alberto Gerivaz
A entrada para o território moçambicano foi feita num dia simbólico: o dia da OUA (25 de Maio de 1976), enquanto Matsangaissa ainda estava no campo de reeducação. Mas o grupo não foi bem sucedido. No primeiro confronto, o Rui ficou ferido, deixado e capturado pelas forças . Isto não está correcto, só entraram em Moçambique pela primeira vez em Janeiro de 1977, no qual ficou o Rui ferido.
- Responder
Joao Cabrita
Bom dia, Eusébio A. P. Gwembe. Vejo datas do assalto a Sacudzo a serem aqui apresentadas de forma aleatória. Como sei que o Eusébio Gwembe é bastante rigoroso em questões factuais, junto em anexo a cópia de uma notícia difundida pela Voz da África Livre a 10 de Maio de 1977 dando conta do assalto a esse centro de reeducação a 7 do mesmo mês. A primeira tentativa de assalto a Sacudzo, desencadeada por André Matsangaíce, foi na noite de 24 de Dezembro de 1976, tendo Matsangaíce sido detido por se ter 'ausentado do campo sem permissão'. Houve um terceiro assalto a Sacudzo a 10 de Abril de 1979. Entre os primeiros prisioneiros libertados a 7 de Maio de 1977 conta-se o antigo Vice-Chefe do Estado-Maior das FADM, Olímpio Kambona. Libertado no terceiro assalto o Capitão de Mar e Guerra das FADM, Júlio Ritos. Estes dados foram por mim recolhidos junto de antigos locutores da Voz da África Livre, de Orlando Cristina, Olímpio Kambona, Hermínio Morais, entre outros membros da Renamo quando preparava a publicação de um estudo sobre as origens da guerra civil moçambicana.
- Responder
- Editado
Eusébio A. P. Gwembe
Joao Cabrita, obrigado pelo valioso documento. Em termos da informaçao tudo coincide com a que consegui menos uma: a de acusaçao de ter saido sem se despedir. E claro que esta foi a acusação formal e oficiosa apresentada apos Matsangaissa ter-se escapulido na ponte. Depoimentos que tive. Um antigo guarda que afirmou-me ter participado do interrogatório confidenciou-me que Andre Matsangaissa nao tinha intenção de assaltar naquele dia 24/12/76. Segundo ele, dirigiu-se ao outro lado do riacho onde viviam os guardas e apresentou a pistola que trazia tendo dito que tinha ido para a zona do inimigo e estava disposto a regressar, se o exercito assim o permitisse. Pareceu-me que a ida a Beira era para acertos finais, para a sua infiltração na Rhodesia. Me parece que ele tinha a ideia de preparar/informar alguns dos presos para que se preparassem, porque a liberdade estava proxima. Ha um jovem de Inhambane que se empenhou a reanimar os colegas para esse dia, o da liberdade.
- Responder
Chitamef Chiraf
Yah! Pela primeira que assisto conversa dos Titãs. Onde andam essas histórias?
- Responder
Joao Cabrita
O comunicado radiodifundido a 10 de Maio de 1977 desmente os que insisitem na versão de um "MNR" anterior à Resistência Nacional Moçambicana, RNM, depois Renamo.
A abreviatura "RNM" e o acrónimo "Renamo" correspondem a uma e única coisa: "Resistência Nacional Moçambicana".
Nunca existiu qualquer "MNR". Esta abreviatura é da exclusiva responsabilidade da comunicação social de língua inglesa.
Os Estatutos da Renamo foram enviados em finais de 1978 para a tipografia - em Portugal - com o acrónimo "Renamo". Evo Fernandes alterou para "Resistência" em vez de Renamo.
- Responder
Yussuf Adam
As autoridades mocambicanas tiraram do campo de sacudzu alguns dos presos. Entre eles estava o Antonio Soares, torturado em Maputo e depois transferido para Sacudzu. Tanto quanto me lembro a sua versao era de que as autoridades estavam a espera de algum tipo de ataque...
- Responder
Vasquinho King
Grandes páginas de historia
- Responder
Benedito Mamidji
O companheiro Eusébio A. P. Gwembe está de volta ou este post foi repescado. Eu já sentia falta das suas excelentes explorações à nossa história.
- Responder
Jorge Ficha
Valeu pela naração d hstoria, fikem atento meu povo eu apoio a pessoa k publicou não me importa a data ki muits andam a redificar + a pontap d said ja stams a sabr, uk acham pela iniciativa d ste sr por dizer a verdadeira hstoria de Moz não akilo k sta no livro? Força si não foce vce eses tods ki redificam a data comtinuaria calad, trag-nos mais kerems sabr ate k ponto moreu Samora?
- Responder
Sebastiao Mozolande Chapepa
Pura mentira Pedro.este grupo é pensão coimbra em Salisburia e acabava de fugir dos cubanos em angola para no fugirem no combate em chirara em manica deixando o André sozinho com o ferido Rui.e os Rodesianos desqualificaram para sempre.o cristina foi nosso interprete na altura trabalhava para special brach do regime rodesiano.
- Responder
Tome Eugenio Kanda
Bom dia mim ajudem perceber o quando o lider entra na guerrilha
- Responder
Kleimor Sting Belo
Tenho que ler
- Responder
Franklim Fernando
Irmão Felisberto nessa altura você estava vaonde para ter essa sua falsa mente k hoje lhe leva a se pronunciar o que andou a fazer durante a guerra dos 16 anos? Já viu mano durante o percurso você ficou perdido os outros a escolar em para serem chefes e médicos para te curarem você a se fliar nos conflitos de malfeitores, bate a sua cabeça e diz amém a família k passaram com tanto sofrimento por causa de si,a melhor coisa no mundo é saber k só com um líder no País a consciência de existência um só Deus é verdadeiro por isso meu amigo irmão siga todos verciclos de Lucas irás se descobri k afinal estou perdido,ou leva na enxada e catana durante a época e se mete na agricultura vais ver o k na verdade os símbolos dizem na sua reconciliação humanitária, Será k a RENAMO desde k herdeu a sua bandeira nunca teve dinheiro para dar apoio na construção de pequenas pontecas k anualmente estão se castar com enxurradas para k a FRELIMO construa e reabilita as pontes das grandes travessias para um povo inocente puder passar?Senhor do universo pai todo poderoso perdoem todos aqueles k até hoje estão a rogar de guerra dos 16 anos eles por efeitos e gineras k o fizeram nada gravaram na mente pensam k tudo estava cidade,amém
- Responder
Joao Cabrita
Qual a fonte do seguinte trecho?
”... e a Resistência Moçambicana cuja história remonta ao ano de 1974 quando, em Março, o major Silva Pais da PIDE-DGS, António Vaz (seu representante em Moçambique), São José Lopes (seu representante em Angola) e Ken Flower da Central Inteligence Organization (CIO) se reuniram em Salisbury (Harare) decidindo criar-se um grupo clandestino especial como os flechas fundados por Óscar Cardoso (n.10-06-1935), em Angola para combater os rebeldes zimbabweanos em Moçambique. "
- Responder
Samuel Simango
O que se pode esperar da história da RENAMO escrita pela FRELIMO?
- Responder
Alfredo Macuacua
Aprendendo. ..
- Responder
Albino Francisco Fumo Fumo
Mas também não é porque o Chissano afirmou alguma coisa que um historiador deve sair por aí a considerar tais afirmações como fiáveis sem ouvir outras partes e confronta-las com outras fontes. Isso é pontapear a história como ciência, concretamente.


Sem comentários:
Enviar um comentário