Alguém disse que “o nosso jornalismo não é profissional e vou deixar de acompanhar”. Ainda bem porque nós escrevemos apenas para alguém que tenha capacidade de raciocinar. Não fazemos parte do grupo dos profissionais da ordenha das verbas do Estado, os que servem apenas para disfarçar ou aplaudir disparates, ambiguidades, contradições e falácias.

Por Domingos Kambunji
Estes são capazes de defender tudo e o seu oposto, afirmando serem muito coerentes. O única característica que se consegue observar é serem coerentes na incoerência e na desonestidade intelectual.
Senão vejamos: sentados na esplanada da simplicidade conseguimos observar os papagaios arautos do poder a apoiarem, aplaudirem e votarem favoravelmente, em 99.6%, o José Eduardo dos Santos; 98.59% desses monangambés mudaram as coordenadas no GPS da bajulação para passarem a maldizer José Eduardo dos Santos e para apoiar, aplaudir e votar favoravelmente o novo soba João Lourenço. Quer isto dizer que a demagogia de João Lourenço tem menos apoio, cerca de 1%, do que a demagogia do José Eduardo dos Santos.
O facto mais tristemente relevante é que João Lourenço fez parte dos caboucos do sistema demagógico e desonesto de José Eduardo dos Santos, como Ministro da Defesa (da Corrupção).
O poeta diz ”mudam-se os tempos mudam-se as vontades”. Nem sempre assim acontece. Na Re(i)publica da Angola do MPLA, um mau exemplo, o que acontece é que mudam-se os tempos e mantêm-se as contrariedades, as ambiguidades e as falsidades.
Quer isto dizer que as zungueiras da demagogia continuam como marimbondos bem instalados no ninho do poder e arredores e não morrem devido à fome, como ainda acontece com muitos cidadãos nacionais, especialmente nas províncias do Sul, com grande destaque no Bié.
No fim de contas é isto que caracteriza a história macabra do MPLA. Lúcio Lara dizia que o MPLA é um partido grandioso mas mandou fuzilar militantes. Agostinho Neto dizia ser um líder honesto mas depois de perder as eleições no congresso, para Daniel Chipenda, manteve-se no poder para exercer as funções de José Estaline africano. Agostinho Neto dizia que era defensor dos Direitos Humanos e iniciou uma guerra civil em Angola e mandou fuzilar muitas dezenas de milhar de angolanos no 27 de Maio.
José Eduardo dos Santos dizia ser presidente de todos os angolanos e o que fez foi roubar o dinheiro e a dignidade da esmagadora maioria dos angolanos. João Lourenço, enquanto enriquecia, fez parte do grupo dos 99.6% que apoiaram, aplaudiram e votaram a favor do José Eduardo dos Santos. Não foi por acaso que José Eduardo dos Santos o escolheu para seu herdeiro no trono do ninho dos marimbondos.
O anquilosado que diz que “o nosso jornalismo não é profissional e vou deixar de acompanhar” gosta de ser anestesiado pela banha da cobra receitada pelo actual Ministro da Propaganda, Manipulação de Mentalidades e Educação Patriótica Patética, João Melo. Nós que somos acusados de praticar um “jornalismo não profissional” ainda nos recordamos da cobardia política e intelectual deste novo “chefe de posto” da comunicação social.
Quando, no tempo de José Eduardo dos Santos, o escritor José Eduardo Agualusa disse que o João Melo defendia as liberdades democráticas que diz defender agora, o Ministro Cata-Vento João Melo veio rapidamente a terreiro desmentir as afirmações do Agualusa. Dizia nessa época, não muito distante: “Não é bem assim”… Agora assim é que é bem para poder engodar os mais desatentos e os que revelam atrasos no desenvolvimento nas aprendizagens para poderem adquirir um sentido crítico atento, inteligente e honesto.
Nós acreditámos que a mudança de bajulador e bajulador adjunto do principal boletim de propaganda escrita, o jornal da Angola do MPLA, trouxesse uma criatividade mais inteligente e menos ecolálica. Depressa verificámos que os “novos” marimbondos limitam-se a plagiar os pensamentos matumbos publicados pelos marimbondos exonerados pelo João Lourenço.
É triste quando observamos o bajulador do jornal da Angola do MPLA, Victor Silva, bem remunerado com dinheiro do Estado, revelar-se uma nulidade, um analfabetismo exagerado, nos conceitos mais básicos de Economia Internacional.
Diz o marimbondo Victor Silva que “a vida está difícil? Está sim, senhor! Porventura mais ainda do que estava há um ano, decorrente do estado em que se encontram a economia e as finanças públicas por culpa de uma crise que ultrapassa de longe as fronteiras nacionais”…
A burrice e a demagogia do Victor Silva, bajulador do jornal da Angola do MPLA, é mais alarmante do que se poderia imaginar. Ele anda tão apaixonado e hipnotizado pelo João Lourenço que ainda não percebeu que há cerca de nove anos houve um afro-americano eleito para a presidência dos Estados Unidos da América, de nome Barack Obama, que reverteu a recessão económica que encontrou quando iniciou o seu primeiro mandato como presidente. A partir daí a retoma económica e financeira traduziu-se em crescimento no “além fronteiras” de Angola. A Angola do MPLA é que não saiu da cepa torta porque está a ser governada há demasiadas décadas por incompetentes do MPLA.
Em que é que a crise internacional prejudicou a economia e as finanças corruptas dos governos do MPLA? Que produções industriais tinha e tem a Re(i)publica da Angola do MPLA para ver as suas exportações prejudicadas devido à crise internacional ocorrida há quase uma década?
As únicas indústrias muito desenvolvidas que a Re(i)publica da Angola do MPLA possui, que os países estrangeiros não estão interessados em importar, são as da corrupção, repressão, incompetência, demagogia, ignorância e promessas não cumpridas.
“A megalomania tomou assento nos centros de decisão” e nos órgãos de propaganda e educação patriótica patética do ninho dos marimbondos. É por isso que continuamos a ver os bajuladores e bajuladores adjuntos destes órgãos ordenhadores no Orçamento Geral do Estado a demonstrarem um narcisismo tão matumbo.
Alguém disse que “o nosso jornalismo não é profissional e vou deixar de acompanhar”? Esse alguém quer que lamentemos esse seu vómito? Não temos tempo nem paciência para alimentar e elogiar tanta estupidez e conformismo fanático! Não dependemos das receitas do Estado e não contem connosco para sermos vendedores de banha da cobra na feira de vaidades dos matumbos.
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