quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Leia as explicações de Rosa Grilo à procuradora Viúva de triatleta conta a sua versão de como aconteceu o homicídio de Luís Miguel Grilo.

 13:20PARTILHE 0 0 Fatal error: Galleria had problems loading theme at /Scripts/themes/classic/galleria.classic.min.js. Please check theme path or load manually. 0 0 Procuradora: Senhora Rosa, regressando à descrição que a senhora fez dos senhores que compareceram lá na sua casa. A senhora diz que apareceram à porta, abriu a porta, eles forçaram a porta aberta, taparam-lhe a boca e portanto a senhora depois começou esta situação. A senhora conta que há dois disparos, mas fala na existência de uma outra arma, quem é que tinha essa arma? Rosa Grilo: Todos tinham arma. P: Todos tinham uma arma. E então apontavam as armas todas a vós? Chegaram a apontar-vos as armas? R: Quando ameaçavam, apontavam a arma, mas por norma tinham a arma acho que era aqui atrás, não tenho a certeza, mas eles guardavam as armas algures. P:  Diz que se deslocou com eles a Benavila, que estiveram a dar a volta a casa, eles na altura também a agrediram e depois regressaram outra vez às cachoeiras. R: Exato. 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R: Eu penso que terá sido.. nós chegámos.. umas 2 horas. P: Chega a Benavila a que horas? R: Por volta das 10h penso P:Vai pela estrada nacional, não foram pela autoestrada? R: Não, pela nacional. P: Estão lá duas horas e depois regressam. Este carro em que a senhora vai é de que cor? R: É preto. P: Tanto para lá como para cá vai sempre no banco de trás? R: Sim. P: E vai com a mala ao pé de si? R: Sim. P: E o telemóvel consigo como a senhora diz? R: Sim, mas eu não mexi, a mala ficou no carro. P: A senhora tirou as chaves da mala ainda dentro do carro e a mala ficou lá? R: Exatamente. Eu ainda usei o telemóvel. Penso que foi na minha casa porque quando as pessoas ligavam, eles mandavam-nos responder. P: Levou esta arma aleatoriamente. A senhora fala então do primeiro disparo sobre o seu marido e que fica a respirar durante algum tempo. E eles então decidiram dar um segundo disparo e naquele segundo disparo, terá sido o momento em que o seu marido faleceu? R: Não... P: Também não faleceu com o segundo disparo? R: Só passado mais um bocadinho é que... P:  A senhora está de pijama? A senhora diz que vai de pijama para Benavila. A senhora diz que estacionaram o carro um pouco antes da casa para ninguém dar por vós. (...) nós temos uma situação, como sabe, há várias diligências da investigação que foram realizadas e depois temos aqui que no dia 16 há uma sinalização do seu telemóvel na área de Alverca e há até uma operação multibanco no Pingo Doce de Alverca que se situa temporalmente por volta das 13h e tal da tarde. R: Isso no domingo? P: Não, no dia 16. No dia em que isto se passou, na segunda-feira. Uma operação no Pingo Doce de Alverca e depois há uma deslocação no seu telemóvel para a área de Alverca e um regresso outra vez às Cachoeiras. A senhora tem alguma explicação para essa situação? R: Na segunda-feira sim. Quando viemos lá da terra. P: Então mas os senhores vieram de Benavila e depois passaram por Alverca. Fica no percurso? R: Não, mas tenho o escritório. P: Então ainda passou com os senhores pelo vosso escritório em Alverca? Juíza: Porque é que não disse há pouco? R: Peço desculpa não… J: Então porque levantou dinheiro? R: Não fui levantar dinheiro, quer dizer, fui, mas acabei por levantar dinheiro… J: A senhora estava de pijama! A senhora estava de pijama! Certo? R: Sim sim J: Foi ao Pingo Doce de pijama? R: Fui. Eram umas calças tipo fato de treino e uma camisola. P: A senhora vai aos escritórios porque as pessoas com quem está obrigam-na a ir lá. E obrigam porquê? R: Eles quiseram lá ir. P: Então mas eles entraram no escritório? R: Não, porque eu tinha lá gente. P: Então o carro chega à porta do escritório e a senhora sabe que tem lá gente? Consegue ver para o interior do escritório? Já era expetável estar lá gente porque era uma segunda-feira. R: Sim sim. (...) mas nós parámos no Pingo Doce. P: Onde a senhora foi levantar dinheiro porque lhe apeteceu levantar dinheiro? R: Não, porque depois vimos pessoas conhecidas e nós tínhamos parado no Pingo Doce. Eu encontrei umas pessoas conhecidas. P: Mas diga-me uma coisa, os seus escritórios ficam ao pé do Pingo Doce? R: Não. O Pingo Doce em que parámos é sobre a linha, é no caminho para o escritório. Eles pararam aí o carro. P: E depois fazem o regresso e é quando fazem o regresso que faz a operação multibanco? R: Não. Foi à ída para lá porque eles pararam no Pingo Doce e lá houve umas pessoas conhecidas que me viram. P: E quem são essas pessoas que a viram? R: Foi uma senhora.. que trabalha ali numa empresa. P: Mas nessa altura quando a senhora se desloca ao multibanco está sozinha? R: Porque foi assim, elas vieram cá fora e o que é que eu estava a fazer dentro de um carro... não sei se elas perceberam mas eu entretanto entrei, fui ao Pingo Doce e falei com… eu falei dentro do Pingo Doce, não sei se ela me viu no carro. P: E viu-a no Pingo Doce, cumprimentou- a e fez o levantamento. Eles entretanto pararam no Pingo Doce e disseram para você ir levantar dinheiro? R: Não, nós parámos no Pingo Doce porque eles estavam-me a perguntar quem é que estava no escritório e a que horas estavam lá para irmos lá e se estava lá alguma coisa e estava, a pressionar-me. P: Então a senhora faz uma viagem de pelo menos uma hora e meia, porque é que precisam de parar para lhe fazer estas perguntas? A senhora responde o quê? R: Eu disse que estava lá gente de certeza. P: E a seguir? R: Eles disseram então "vai ali e levanta dinheiro só para dizeres que foste fazer alguma coisa" e foi o que eu fiz.

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