terça-feira, 23 de outubro de 2018

ESQUADROES DA MORTE REACTİVADOS EM MURRUPULA

Encontrados sete corpos nas matas em Murrupula

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VALA_CORPOSENCONTRADOS_MURRUPULASete corpos abandonados por desconhecidos foram encontrados nas matas do posto administrativo de Chinga, distrito de Murrupula em Nampula. A descoberta foi feita por populares que de imediato comunicaram às autoridades, que por sua vez autorizaram o enterro dos mesmos no local.
Ainda não se conhece a proveniência dos corpos, bem como a sua identidade ou as causas da morte. Chinga fica a cerca de sessenta e oito quilómetros da vila sede do distrito de Murrupula, num percurso por zonas quase não habitadas o que pode ter facilitado o cometimento do crime.
Os corpos foram encontrados numa mata densa que dispõe apenas de um único acesso. Dentre os cadáveres encontrados dois são do sexo feminino. Os populares residentes nas redondezas afirmaram ter ouvido um motor de um carro por volta das 23 horas e 30 minutos da passada quinta-feira.
José Manuel, um dos residentes disse à nossa reportagem que não era possível identificar a viatura que chegou a meio da noite.
“O carro não se via. Vimos só as luzes. Foram curvar ali na escola e depois foram deixar os corpos naquele mato. Eram quase 23 horas”, explicou
Um outro residente do povoado de Muarrapaz, que se identificou como Diolindo Gabriel, falou à nossa reportagem e colocou de fora a hipótese de as vítimas serem residentes locais. “Desses corpos, cinco homens e duas mulheres nenhum era conhecido a nível local”.
Ainda de acordo com os populares, os corpos, já enterrados numa vala comum por decisão das autoridades locais, não apresentavam vestígios de violência. A descoberta destes corpos criou uma situação de insegurança nos povoados vizinhos, principalmente no de Muarapaz que fica a poucos quilómetros do local e com poucos residentes. A polícia ainda não se pronunciou sobre este assunto. O distrito de Murrupula faz fronteira a norte, noroeste e oeste com o distrito de Ribaué, a sul com o distrito de Gilé (distrito da província da Zambézia), a leste com o distrito de Mogovolas e a nordeste com o distrito de Nampula. O distrito está dividido em três postos administrativos nomeadamente Chinga, Murrupula e Nehessine. Em 2007, o Censo indicou que tinha uma população de 140 311 residentes. Este distrito foi fortemente fustigado pela guerra dos 16 anos e muito recentemente registou alguns incidentes a quando dos confrontos entre as forcas governamentais e os homens armados da Renamo.
O PAÍS – 22.10.2018

Policia ainda sem explicação sobre os corpos abandonados em Murrupula

A polícia da República de Moçambique (PRM) ainda não sabe quem são, como e porque morreram os sete indivíduos encontrados na mata do povoado de Muarrapaz, no distrito de Murrupula, na província de Nampula.
No entanto, o porta-voz do Comando-Geral da PRM, Inácio Dina, anunciou a criação de uma equipa multifacetada que já se encontra naquele distrito para investigar o caso. 
O Comando-geral da PRM sabe tao pouco quanto os residentes de Muarrapaz sobre os corpos de cinco homens e duas mulheres achados naquele povoado do distrito de Murrupula. Por isso, criou uma equipa para não só procurar os autores do crime, como também, a identidade das vítimas, as motivações, bem como as prováveis causas da morte.
Inácio Dina disse que avançar qualquer detalhe sobre a matéria, neste momento, seria prematura.
“Ainda hoje no período da manha foi constituída uma equipa conjunta da PRM, SERNIC, e alguma equipa da medicina legal que ainda hoje se juntou as autoridades locais para iniciar o processo de averiguações”, disse Dina
Apesar de os corpos terem sido já enterrados no local, sábado passado, por determinação das Autoridades locais, Inácio Dina, explicou que era importante a presença da equipa da medicina legal para determinar as causas e as circunstâncias em que os cinco homens e duas mulheres encontraram a morte, o que ira permitir um trabalho mais apurado dos outros serviços de investigação.
No habitual briefing semanal, Inácio Dina, falou também da operação USSALAMA 5 levada a cabo em simultânea pelas polícias de todos países da região, de 27 de Setembro a 2 de Outubro e que tem como objectivo o combate e prevenção de crimes transfronteiriços como o contrabando, tráfico de drogas e pessoas, armas, bem como o roubo de viaturas entre outros.
“Esta operação envolve peritos da Interpol e de outras especialidades que tem em sua posse uma base de dados, quer de armas, quer de viaturas ou de outros bens que eventualmente teriam sido subtraídos” frisou.
O porta-voz da polícia referiu ainda sobre a detenção de 30 indivíduos no âmbito desta operação. Foram também recuperadas duas armas, uma das quais do tipo AK47 com quatro munições e uma pistola. 125,5 Quilogramas de cannabis sativa foram apreendidas bem como carne de javali, pois, segundo fez saber, Dina, a operação visa também o combate ao tráfico de produtos da flora e fauna. Vários utensílios produzidos a base de cabos de alumínio foram também apreendidos pela polícia por entender que os mesmos resultam da sabotagem que tem sido reportada nas linhas de transporte de energia.
No dia 6 e 7 de Dezembro os chefes das polícias da região reúnem-se em pretoria, na Africa do Sul, para fazer a avaliação desta operação que ficou conhecida como USSALAMA 5.
Inácio Dina falou também sobre os homens detidos na Tanzânia que supostamente pretendiam fixar bases no norte do país para levar acabo acções terroristas em Cabo Delgado. Dina disse que o numero destes detidos subiu para 132 e que a Polícia está neste momento em contacto com a sua congénere Tanzaniana para mais informações sobre o assunto.
O PAÍS – 23.10.2018

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