quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Mulher de triatleta detida pela Polícia Judiciária. É suspeita de matar o marido

Rosa Grilo é suspeita de ter matado o triatleta Luís Grilo, seu marido e pai de uma criança de 12 anos. Um homem terá sido também detido por cumplicidade no homicídio.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve a mulher do triatleta Luís Grilo por suspeita de o ter matado. O que levou Rosa Grilo a, alegadamente, ter assassinado o marido, ainda não está totalmente esclarecido, mas a investigação aponta para um crime passional. O DN sabe que Rosa Grilo está desde esta manhã na sede da PJ e que a polícia tem estado durante todo o dia a fazer diligências periciais na habitação do casal.
A detenção ainda não está, no entanto, formalizada, segundo disse ao DN fonte da PJ, pois estão ainda falta concluir algumas dessas diligências. Estará também envolvido no homicídio outro homem, que também terá sido detido.
Luís Grilo, 50 anos, engenheiro informático e atleta de triatlo, foi encontrado morto 39 dias depois de ter desaparecido, nu e com um saco preto do lixo na cabeça, de braços abertos e com "sinais extremos de violência", a 140 quilómetros de casa, descreveu a PJ.
Homem de família, apaixonado pela mulher e pelo filho de 12 anos, alegre, lutador e otimista, "pessoa simples", sem problemas de dinheiro ou familiares, era a imagem que tinham dele amigos e familiares, como já escreveu o DN.
Segundo contou à GNR a mulher, agora suspeita do assassínio, Luís Grilo tinha saído de casa - aldeia de Cachoeiras, em Vila Franca de Xira - para um treino de bicicleta, pelas 16.00 e não regressara para levar o filho à natação, como estava combinado.
Dois dias depois as autoridades receberam o contacto de alguém que encontrara o telemóvel do atleta. Estava caído numa ribanceira, numa estrada próxima aos Casais da Marmeleira, a apenas 6 quilómetros de casa de Luís Grilo, mas num percurso que não era nada habitual para o engenheiro, diz quem lhe conhecia os hábitos.
O treinador do atleta, Luís Barradas, considerou "estranho" o percurso alegadamente feito por Luís Grilo nesse dia 16 de julho: afinal era suposto estar a descansar e o engenheiro nem gostava de pedalar em estrada, uma vez que considerava perigoso esse tipo de treino.
Outra nota de estranheza para os investigadores foi o facto de mais ninguém poder confirmar a versão de Rosa Grilo sobre a hora em que Luís saiu de casa. Por outro lado, no último dia em que foi visto com vida (16 de julho) saiu da sua rotina, não foi trabalhar, nem atendia telefones.
Os investigadores começaram a cruzar informação e perceberam que só alguém que soubesse os seus passos diários, não só para preparar o momento do homicídio como o local onde depositaria o cadáver - Covões, a vinte quilómetros de Benavila, a terra dos sogros de Luís Grilo, onde costumava passar algumas temporadas.
O cerco apertou para o seu núcleo próximo até que todos os indícios e provas recolhidas pela brigada de homicídios da PJ apontaram para Rosa Grilo, a mulher que chorou abraçada ao filho no funeral do marido, no passado dia 30 de agosto.
"Continuam à procura mas é difícil. A área é muito grande porque não se sabe por onde começar", contou ao DN quatro dias depois do desaparecimento de Luís Grilo. Numa entrevista à TVI24, no início de setembro, negou perentoriamente qualquer envolvimento no homicídio.
"Não, de todo. Não tenho nada que ver com isso", disse, adiantando ainda que, devido aos ferimentos que o marido apresentava quando foi encontrado morto, acreditava na hipótese de um acidente de trânsito. Rosa Grilo foi ouvida várias vezes pela PJ.

13 comentários
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Silvina Marilia
Quando a vi no funeral pensei logo que estaria envolvida neste homicídio. Pela sua postura e a maneira como falava da situação. Fico sem palavras com esta gente que pratica estes homicidios aos familiares e juntam-se na sua procura com uma postura de: procurem que eu acompanho. A filha que matou a mãe teve uma atitude idêntica. Grandes cabras!!!
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José Cardoso
Ora aqui está um génio não aproveitado.A PJ anda a dormir no recrutamento de pessoal.
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Jose de Sa
Fui dos raros que aqui defendeu a possibilidade de ter sido uma questão de trânsito. É evidente que tudo apontava para a mulher, mas como a PJ demorou a obter as provas, o que pensei que, se fosse a mulher, seria fácil, defendi a outra hipótese. Fico sempre triste por saber que os mais próximos podem ser tão traiçoeiros...  Eu sei que é o mais frequente, mas preferia que não fosse.  E lá fica um miúdo de 12 anos sem pai e sem mãe. 
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Lourdes Lara
Vamos deixar a PJ fazer a sua investigação mas estava à vista. Só um cego não via!!! Demorou foi muito tempo! Não dar a cara na entrevista para proteger o filho era conversa da treta. Afinal o filho está exposto tem uma página no facebook. Não quis foi que se vissem as expressões faciais. Uma mulher que ama o seu marido e tem um casamento feliz não anuncia o funeral do marido dizendo: " O funeral de Luis Grilo"...Nem uma emoção...um homem que nunca deixou de responder a chamadas e nessa segunda feira nem um telefonema fez...Ficou com ela porque ia fazer no dia seguinte um exame complicado. Nesse caso tinha ido trabalhar segunda e avisava que ia com a mulher fazer os exames no dia seguinte. E andou a família e alguns amigos a defendê-la e a rotulá-la de grande mulher!!!
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Joaquim Mendes Gil Gil
Este crime macabro, chocou o país, mas não todo, para quem dizia que a vivência era boa irradiava felicidade, não havia qualquer problema de casal, esta mulher, no próprio dia do funeral do marido, apresentou-se com uma descontracção, nada chocada ou até triste, pela perda de quem tanto queria, alguma coisa alí, não era normal, pode estar inocente, mas as atitudes, não lhe dão grande credibilidade!!
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Lurdes Veloso Mendes
Joaquim Mendes Gil Gil sem duvidas uma frieza 😢
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João Miguel Reis
Na realidade a Policia judiciaria portuguesa é bem boa devia se fazer juz a sua eficacia, não é para brincadeiras so não descobre o que não pode, parabens aos agentes encarregados pela sua rapidez e eficacia.
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José Domingos Martins Clemente
É digno de louvor a acção meritória da nossa Policia Judiciária.
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Domingos DosSantos
A confirmar-se a acusação temos neste caso e no caso do Motijo duas actrizes que frente ás camaras encenaram uma sinistra e macabra interpretação.
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Jose Manuel Ribeiro
Nos posts da altura, alguéns (criatividade) postaram esse cenário!
Como não sou chibo, não refiro nomes!
Ondina Sousa
Afinal, às vezes, aquilo que parece até é verdade! Grande filme! Coitado do homem! Grande monstro!
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Isilda Ferreira
Se eu advinhar o EUROMILHÕES COMO DISSE QUE FOI A MULHER
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Lurdes Veloso Mendes
Isilda Ferreira se realmente foi ela coragem mas pelas entrvistas que ela prestou( claro o sofrimento deste homem Meu Deus 😢😢😢
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Marilia Banza
Até eu ganhava o euromilhôes ,porque sempre acreditei que fosse ela..Maldita
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João Been Been
ELEMENTAR MEU CARO HOLMES...OU TALVEZ NÃO...
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Carlos Valente
.....um crime clássico....
Jose Oliveira Guimaraes Guimaraes
A mim não me enganou

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