Os turistas britânicos foram encontrados mortos no quarto do hotel em agosto. Autoridades egípcias apontam uma infeção pela bactéria como a causa das mortes
Não foi um problema com o ar condicionado, a toma de medicamentos e nem sequer uma reação ao uso de químicos provenientes de uma desinfestação no quarto ao lado, como chegou a ser avançado. O que matou John Cooper, de 69 anos, e a mulher Susan, encontrados mortos a 21 de agosto num quarto de um resort de luxo, em Hurghada, no Egipto, terão sido complicações decorrentes de uma infeção pela bactéria E.coli. Família e operador turístico não acreditam na possibilidade das mortes terem sido causadas pela bactéria.
A revelação foi feita pelas autoridades egípcias, que libertaram os corpos do casal britânico na passada sexta-feira. Através de um comunicado oficial, citado pela BBC, o Ministério Público e do Egito disse que os exames realizados revelaram que a bactéria E. coli foi a causa de ambas as mortes, que decorreram no espaço de poucas horas.
John Cooper foi vítima de disenteria intestinal aguda causada pela bactéria e a mulher sucumbiu a uma complicação ligada a uma infeção "provavelmente" causada também por E.coli, lê-se no comunicado. A nota dizia ainda que nenhum dos dois sofreu qualquer ato de violência.
Na semana passada, testes realizados no resort Steigenberger Aqua Magic, onde o casal estava hospedado, detetaram altos níveis de E. coli, uma bactéria que se encontra normalmente no trato gastrointestinal inferior. A maioria das estirpes de E. coli são inofensivas, mas alguns sorotipos podem causar graves intoxicações alimentares nos seres humanos.
A operadora de turismo Thomas Cook, que na mesma altura admitiu ter recebido outros relatos de doença por parte de turistas, e que decidiu retirar os hóspedes que tinha hospedado naquele hotel - 301 - como "medida de precaução", disse à BBC que os especialistas que enviou ao hotel não acreditam que tenha sido a E.coli o motivo da morte dos dois turistas.
A filha do casal, Kelly Ormerod, também já reagiu ao comunicado das autoridades egípcias, considerando-o um "autêntico lixo" e alegando que os sintomas que os pais apresentaram não se enquadram num quadro de infeção por E. coli.
Um relatório realizado na altura das mortes revelou que o quarto ao lado daquele onde o casal tinha ficado hospedado fora desinfestado, mas o chefe da empresa que executou o trabalho garante que não foram usados produtos químicos em excesso.
Sem comentários:
Enviar um comentário