No primeiro compromisso de agenda do general Hamilton Mourão, a primeira controvérsia. "Ele é culto, patriota e responsável", reagiu o candidato ao Planalto
"Temos uma herança do privilégio, que é uma herança ibérica, temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena, e eu sou indígena porque o meu pai é amazonense, e a malandragem que é oriunda do africano, nada contra mas é, então esse é o nosso cadinho [vaso] cultural". A frase, dita por Hamilton Mourão (PSTC), general na reserva que é candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PSL), está a gerar reações acaloradas no Brasil. E foi apenas o primeiro evento na agenda de Mourão, num almoço com industriais em Caxias do Sul, como candidato a vice.
Já em setembro do ano passado, o general fora o foco das atenções ao falar em intervenção militar caso as instituições do país não resolvessem a crise política. "Para retirar da vida pública esses elementos envolvidos nos ilícitos", afirmou. O Brasil viveu uma ditadura militar de 1964 a 1985.
Confrontado com as declarações do seu candidato a "vice", Bolsonaro preferiu não comentar. "Ele que explique para vocês, eu não tenho nada a ver com isso". Entretanto, em almoço com industriais, no Rio de Janeiro, o candidato ao Planalto definiu Mourão "como culto, patriota, responsável e com virtude" e explicou a escolha do seu nome para o cargo de número dois: "Precisava de um vice que metesse o pé na porta!". Acrescentou ainda que o seu governo terá "um montão de militares".
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