UIR implanta quartel em Inhassunge

Para amedrontar a população
Unidade de Intervenção Rápida (UIR), instalou um quartel na localidade de Olinda posto Administrativo de Mucupia sede no distrito de Inhassunge na Zambézia, alegadamente porque a população está a ser agitada por alguns chefes dos bairros. 
Como resultado disso, encontra-se detido na Penitenciária Provincial da Zambézia, o secretário do bairro alegadamente por estar agitar a população à não ceder suas terras aos exploradores chineses. E por temerem ser capturados pela UIR, os restantes chefes dos bairros tiveram de fugir das suas residências e tornaremse foragidos, porque são acusados de agitar a população para não ceder as terras aos chineses da empresa de exploração de areias pesadas, África Great Wall Development. 
O facto foi tornado público ao Diário da Zambézia, por um grupo de homens naturais e residentes de Olinda, que em jeito de denúncia garantiram que neste momento a população está a resistir ceder as terras aos chineses, dada as condições impostas pelo governo que não satisfazem as expectativas dos nativos. 
Cafa Juma e Cadre Hibramo, acompanhados de outros três residentes, explicaram que a população não pretende ceder as terras porque têm uma lição tirada da localidade de Dea no distrito de Chinde ainda na Zambézia, onde os chineses não estão a cumprir com as promessas feitas à população, sendo que para além da criação dos serviços sociais básicos como escolas e hospitais, que também até aqui ainda não foram concluídos, a população carece de terras para a prática da agricultura que constitui a principal fonte de sobrevivência.

Para os casos particulares da localidade de Olinda em Inhassunge, segundo os nossos interlocutores, que por sinal um deles o pai é um dos secretários do bairro e que se encontra preso na Penitenciária Provincial da Zambézia, por ter sido considerado agitador, a população exige do governo que haja clareza e sobretudo seriedade, no que se refere as zonas de reassentamento, cuja uma das condições é a existência de rios para actividades de pesca e terras para a produção agrícola que constituem as principais fontes de renda. 
Estes explicaram por um lado, que a população não está a proibir com as suas terras, mas sim que sejam observadas todas as condições de modo a serem criadas, e de acordo com a realidade de vida das populações, -"não porque a população está a proibir ceder às terras, mas sim temos receio que aconteça o mesmo como a população de Dea-Chinde", - lamentaram para depois acrescentar que, - "pedimos que nos mostrem onde vamos produzir porque não basta nos darem pouco dinheiro e colocar escolas, porque não comemos escolas”. – Concluíram. 
Importa referir que, dos relatos ligados aos tumultos vindos de Olinda, indicam que para além do secretário que se encontra preso, a Unidade de Intervenção Rápida (UIR) vogo FIR, já implanta um quartel com intuito de intimidar a população a favor dos interesses dos chineses, com anuência do governo. (Iderson Ribeiro)
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 10.08.2018