domingo, 19 de agosto de 2018

Para evitar os efeitos trágicos da onda de calor, não façam sexo


SUPACHOK PICHETKUL / EYEEM

É a recomendação do secretário de saúde em Santa Marta, uma cidade costeira na Colômbia

Pelo mundo fora, de África à Austrália, passando pela Europa e pela América, muitos lugares estão a enfrentar vagas de calor extraordinárias. Em Santa Marta, uma cidade costeira na Colômbia, as temperaturas têm rondado os 40 graus centígrados. Como medida preventiva, o secretário de saúde local sugere: "Evite fazer amor ou ter sexo nas alturas em que a temperatura é elevada, em especial ao meio dia, pois essa atividades impõe exigências físicas e aumenta o ritmo cardíaco".
Reportada pelos media nacionais, a recomendação de Júlio Salas fez muita gente rir. Mas poderá fazer sentido na perspetiva da saúde pública. De acordo com certos cálculos, fazer amor, em termos de esforço físico, equivale a subir dois lances de escadas. Sabendo-se que só no Japão pelos menos 120 pessoas já morreram em consequência direta do calor, tudo o que servir para minorar os eventuais efeitos trágicos é legítimo.
Salas deixa claro que não fala por puritanismo. Se as pessoas tiverem o ar condicionado a funcionar, esclarece, não há problema nenhum. Caso não tenham e se não conseguirem mesmo passar sem sexo, esperem pelo pôr do sol "ou quando a temperatura estiver mais baixa". Resta ver se a sua recomendação terá algum efeito sobre os 600 mil habitantes de Santa Marta - isto é, sobre o número de mortes e indisposições que vão ocorrer durante a onda de calor.

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