A democracia que (nao) a merecemos... porque não a entendemos
Hoje estamos todos em pranto, e no centro está a CNE, digo, Frelimo. Ora, pouco nos recordamos que a CNE de hoje, vilipendiada como sendo reserva dos interesses eleitorais da Frelimo, seu figurino organizacional e funcional resulta da "luta" da Renamo. Uma luta em que pessoas inocentes morreram. E enquanto essas pessoas morriam de tiro nas estradas, vilas e hospitais eram saqueados, muitos de nós aplaudiamos, que além de guerra e assassinatos, batizamos de "conflito político-militar".
Todos sabemos que em 2014 a CNE passou a ser praticamente bipartidaria, com alguns acentos civis. Nessa altura, em declaração oficial pela vitória na estrutura dos órgãos e funcionamento dos órgãos eleitorais (leis 8/2014, 9/2014), o 'saudoso' rider disse "estas serão as primeiras eleições livres e justas em Moçambique". Nós repetimos as palavras do líder, e como a tradição da casa manda, noite adentro estávamos a abrir algumas 2M para celebrar.
Meses depois, caímos numa espécie de esquizofrenia colectiva, tudo porque a nova CNE , promulgou resultados eleitorais dando vitória para o pai de Florindo e sua malta. Ai esquecemos que aquelas seriam as primeiras eleições justas e transparentes na história eleitoral do país.
O mesmo grupo voltou ao mato, reiniciou o twa-twa-twa, pessoas foram novamente mortas, vilas e hospitais novamente saqueados, e no meio a barulho, tudo terminou com aquela viagem "triunfal" à Serra da Gorongosa, de onde se começou a desenhar a sério a nova e famigerada lei 7/2018, que não é nada mais que acomodar na Constituição da Republica interesses umbilicais, melhor descritos como "revisão pontual" na lei-mae.
O que está a acontecer agora são coisas simples. Em todo este processo, desde que somos país independente, não aprendemos quase nada sobre a Frelimo. A Frelimo são dos maiores bandidos que há na face da terra. Mas seu banditismo é sui generis. Pode até se falar de esquadrões de morte, matadores de encomenda, mas a maior e melhor arma da Frelimo é sua esperteza, sua matreirice, que já virou sua maturidade e estratégia. A Renamo aplaudiu os acordos de paz de Roma, mas de lá até cá chora que está a ser aldrabada pela Frelimo. São vinte e seis anos a chorar que foi mafiada em 1992, que não é isto que queriam. No meio desses vinte e seis anos, vão ao mato se munir para matar gente, que não tem nada a ver com a máfia que foram enfiados.
Há poucos anos, em2014, a Renamo aprovou por unanimidade e consenso uma lei eleitoral, que depois reclamou que não servia para nada. Agora, a mesma Renamo aprovou um novo pacote legislativo, incluindo a famigerada revisão pontual da constituição, e ainda não passa um mês, e já estão a chorar. E como de sempre, nós também repetimos o choro da Renamo. Mas quem se pergunta porque e como a Renamo aceita esses acordos com a Frelimo, para em velocidade de um coito interrompido nos contagiar com seu choro?
A diferença de tudo isso, é que, como disse antes, enquanto bandidos da Frelimo são calculistas, os bandidos da Renamo ainda acreditam que em pleno seculo XXI, ainda podem usar a ditadura da força. Os bandidos da Renamo ainda não aprenderam que os da Frelimo preferem ver seu povo a ser morto, enquanto estudam a melhor resposta, a qual só a dão quando sabem que já têm tudo sob controle. Mas aí a Renamo responde igual a tusa de presidiário pobre (já que alta Nini até fazem filhos na cadeia): quando sai, qualquer buraco serve, digo, não tem capacidade de escolha.
Em 1994, a Renamo pagou por sua distração nos acordos de paz. Em 2014, a Renamo pagou por sua distração naquela ideia de paridade boa órgãos eleitorais. Agora 2018, já deixa de ser distração, e sim, a Renamo está a pagar por sua burrice na forma como lida com a Frelimo. Ou passam a usar a cabeça, ou vão se convencer r acreditar que a força preocupa a Frelimo. É que eu duvido que preocupe. Quando o povo está a morrer de tiros, eles se reúnem na Matola, e entre beefs e cafés, sai uma declaração de apoio ao presidente.
Nisso, vezes me pergunto quem teve essa ideia de "cabeça-de-lista", se a Renamo não tem cabeça para pensar coisas de cabeça!? Aliás, quase todas suas propostas interessantes vieram de f8ra, de Malta nós barulhentos, assessores e acessórios independentes. Há que começarem a usar a cabeça, porque se isso não acontecer, e continuarem a confiar nos homens armados, então, podem crer que mesmo nas eleições de 2024, vão chorar. Sim, se em 1992 a Renato queria 1/3 de membros na CNE, em 2014 queria 50/50%, mesmo que depois exijam 100%, enquanto não tiverem cabeça para o outro lado do jogo, sempre vão chorar.
Ora, como povo, acho que podemos fazer melhor papel do que está heresia colectiva. Precisamos não só nos contrapor contra a Frelimo e "suas" instituições. Precisamos é com urgência começarmos a exigir responsabilidade nas acções e cagadas da Renamo.
Bom, continuamos a depositar a esperança, um último milagre possível, no Conselho Constitucional, que é visto como depositário de alguma reserva moral. Mas não tardará que o mesmo CC seja visto como (corja da) Frelimo, caso os recursos em forja não procedam. Ou seja, uma instituição só faz seu papel devidamente, só é soberana, quando vai ao encontro de nossas aspirações. Quando defrauda nossa viagem colectiva, ai é máquina ao serviço daqueles.
Todos sabemos que em 2014 a CNE passou a ser praticamente bipartidaria, com alguns acentos civis. Nessa altura, em declaração oficial pela vitória na estrutura dos órgãos e funcionamento dos órgãos eleitorais (leis 8/2014, 9/2014), o 'saudoso' rider disse "estas serão as primeiras eleições livres e justas em Moçambique". Nós repetimos as palavras do líder, e como a tradição da casa manda, noite adentro estávamos a abrir algumas 2M para celebrar.
Meses depois, caímos numa espécie de esquizofrenia colectiva, tudo porque a nova CNE , promulgou resultados eleitorais dando vitória para o pai de Florindo e sua malta. Ai esquecemos que aquelas seriam as primeiras eleições justas e transparentes na história eleitoral do país.
O mesmo grupo voltou ao mato, reiniciou o twa-twa-twa, pessoas foram novamente mortas, vilas e hospitais novamente saqueados, e no meio a barulho, tudo terminou com aquela viagem "triunfal" à Serra da Gorongosa, de onde se começou a desenhar a sério a nova e famigerada lei 7/2018, que não é nada mais que acomodar na Constituição da Republica interesses umbilicais, melhor descritos como "revisão pontual" na lei-mae.
O que está a acontecer agora são coisas simples. Em todo este processo, desde que somos país independente, não aprendemos quase nada sobre a Frelimo. A Frelimo são dos maiores bandidos que há na face da terra. Mas seu banditismo é sui generis. Pode até se falar de esquadrões de morte, matadores de encomenda, mas a maior e melhor arma da Frelimo é sua esperteza, sua matreirice, que já virou sua maturidade e estratégia. A Renamo aplaudiu os acordos de paz de Roma, mas de lá até cá chora que está a ser aldrabada pela Frelimo. São vinte e seis anos a chorar que foi mafiada em 1992, que não é isto que queriam. No meio desses vinte e seis anos, vão ao mato se munir para matar gente, que não tem nada a ver com a máfia que foram enfiados.
Há poucos anos, em2014, a Renamo aprovou por unanimidade e consenso uma lei eleitoral, que depois reclamou que não servia para nada. Agora, a mesma Renamo aprovou um novo pacote legislativo, incluindo a famigerada revisão pontual da constituição, e ainda não passa um mês, e já estão a chorar. E como de sempre, nós também repetimos o choro da Renamo. Mas quem se pergunta porque e como a Renamo aceita esses acordos com a Frelimo, para em velocidade de um coito interrompido nos contagiar com seu choro?
A diferença de tudo isso, é que, como disse antes, enquanto bandidos da Frelimo são calculistas, os bandidos da Renamo ainda acreditam que em pleno seculo XXI, ainda podem usar a ditadura da força. Os bandidos da Renamo ainda não aprenderam que os da Frelimo preferem ver seu povo a ser morto, enquanto estudam a melhor resposta, a qual só a dão quando sabem que já têm tudo sob controle. Mas aí a Renamo responde igual a tusa de presidiário pobre (já que alta Nini até fazem filhos na cadeia): quando sai, qualquer buraco serve, digo, não tem capacidade de escolha.
Em 1994, a Renamo pagou por sua distração nos acordos de paz. Em 2014, a Renamo pagou por sua distração naquela ideia de paridade boa órgãos eleitorais. Agora 2018, já deixa de ser distração, e sim, a Renamo está a pagar por sua burrice na forma como lida com a Frelimo. Ou passam a usar a cabeça, ou vão se convencer r acreditar que a força preocupa a Frelimo. É que eu duvido que preocupe. Quando o povo está a morrer de tiros, eles se reúnem na Matola, e entre beefs e cafés, sai uma declaração de apoio ao presidente.
Nisso, vezes me pergunto quem teve essa ideia de "cabeça-de-lista", se a Renamo não tem cabeça para pensar coisas de cabeça!? Aliás, quase todas suas propostas interessantes vieram de f8ra, de Malta nós barulhentos, assessores e acessórios independentes. Há que começarem a usar a cabeça, porque se isso não acontecer, e continuarem a confiar nos homens armados, então, podem crer que mesmo nas eleições de 2024, vão chorar. Sim, se em 1992 a Renato queria 1/3 de membros na CNE, em 2014 queria 50/50%, mesmo que depois exijam 100%, enquanto não tiverem cabeça para o outro lado do jogo, sempre vão chorar.
Ora, como povo, acho que podemos fazer melhor papel do que está heresia colectiva. Precisamos não só nos contrapor contra a Frelimo e "suas" instituições. Precisamos é com urgência começarmos a exigir responsabilidade nas acções e cagadas da Renamo.
Bom, continuamos a depositar a esperança, um último milagre possível, no Conselho Constitucional, que é visto como depositário de alguma reserva moral. Mas não tardará que o mesmo CC seja visto como (corja da) Frelimo, caso os recursos em forja não procedam. Ou seja, uma instituição só faz seu papel devidamente, só é soberana, quando vai ao encontro de nossas aspirações. Quando defrauda nossa viagem colectiva, ai é máquina ao serviço daqueles.
PS: Recebi convite da AJOV (Associação dos Jovens Voluntários) para laikar a página deles do Facebook. Quando for convidado para ser cabecilha, não digam que não falei.
Sem comentários:
Enviar um comentário