EDITORIAL:
“Esse
Governo não poderá tolerar qualquer discriminação nas instituições do
Estado a todos os níveis. Dois critérios básicos nortearão os órgãos da
administração pública e de justiça é o mérito e o profissionalismo.
Exigiremos maior eficiência e melhor qualidade das instituições e dos
agentes públicos que respeitem os princípios da legalidade,
transparência e imparcialidade de forma a servir cada vez melhor o
cidadão.
Asseguraremos que as instituições
estatais e públicas sejam o espelho da integridade e transparência na
gestão da coisa pública, de modo a inspirar maior confiança no cidadão.
Queremos uma cultura de responsabilização prestação de contas dos
dirigentes para que conquistem o respeito profundo do seu povo. Queremos
dirigentes que escutem os outros, mesmo quando a opinião desses outros,
não lhe for favorável!’ Exigirei do meu governo os valores do
humanismo, humildade, honestidade, integridade, transparência e
tolerância.” Extracto do discurso oficial da cerimónia de
Investidura do Presidente da Republica Filipe Jacinto Nyusi, em Maputo,
15 de Janeiro de 2015.
A imprensa ao nível da província da
Zambézia está a ser copiosamente agredida por titulares de órgãos
públicos. A mídia independente principalmente que vezes sem conta é
colocada entre a espada e a parede por reportar casos de desvio de
fundos e corrupção de alto grau que lesam ao estado milhões de meticais.
Há uma notável falta de abertura dos membros do governo em prestar
esclarecimentos de assuntos de carácter público e de interesse da
sociedade.
Instituições como a Direcção Provincial
de Economia e Finanças, Direcção Provincial de Educação e
Desenvolvimento Humano, Gabinete Provincial de Combate as Drogas dominam
a lista de instituições que mais albergam funcionários corruptos, e os
seus actos são nocivos ao bom funcionamento do aparelho do estado e
ferem a imagem publica de um governo que se quer serio e credível em
meio de muitos problemas já existentes.
O governo da Zambézia vai a caminho do
descalabro quando os seus membros não conseguem conviver com opiniões
contrárias as suas, Directores Províncias que se concentram no seu
umbigo e recusam ideias novas de outros sectores, dirigentes que
combatem instituições privadas e iniciativas empreendedoras não são
dignos de estar sentados em pelouros e representaram milhões de
aspirações dos cidadãos, são nulos com a visão do Chefe do Estado, sua
excelência Filipe Nyusi, o empregado do povo moçambicano.
Em nome da transparência que o
Presidente da Republica de Moçambique, Filipe Nyusi, jurou fazer
cumprir, solicitamos a si Sr. Governador, Abdul Razak para disciplinar
os seus quadros. Respeitem os princípios da legalidade, transparência e
imparcialidade de forma a servir cada vez melhor o cidadão.
Não se pode permitir gangsterizaçao um estado em nome de apetites pessoais e por último não esperem alienação da imprensa em nome de interesses
Jornal Txopela submete recurso ao Governador da Zambézia
O Conselho Editorial do Jornal Txopela,
submeteu esta terça-feira um requerimento ao Gabinete do Governador da
Província da Zambézia, Abdul Razak a luz do cumprimento da Lei do
Direito à Informação nº 34/2014 de 31 de Dezembro. De acordo com Zito
Ossumane, Director do órgão de informação é inconcebível que “em meio de
um caso de desvio de dinheiro público, um escândalo desta proporção
ninguém seja ainda responsabilizado e o representante da organização
refutar prestar esclarecimentos públicos ”.
O Documento em posse do Gabinete do
Governador, procura essencialmente saber qual o destino do dinheiro
desviado e quais medidas estão a ser tomadas com vista a
responsabilização dos autores. Segundo a Lei, Abdul Razak na qualidade
de superior hierárquico de Silvério dos Anjos e de um Gabinete a ele
adstrito deverá mandar anuir a disponibilização da informação, não o
fazendo o Jornal Txopela tenciona requerer a outras instancias segundo a
abertura que a lei confere aos jornalistas e cidadãos.
Jornal Txopela sai as bancas com página em branco em protesto: “Não há respostas, não há notícias”!
“Não há respostas, não há notícias”!
A
edição desta semana do Jornal de Txopela, a número 30 foi distribuída
com uma página praticamente toda em branco, como forma de protesto
contra o
silêncio cúmplice de Silvério dos Anjos, Director do Gabinete
Provincial de Prevenção Combate às drogas no desvio de mais de meio
milhão de meticais das contas daquela instituição.
No
espaço reservado para a notícia que deveria resultar da posição da
instituição relactivamente ao escândalo despoletado por este semanário
sobre o desvio de meio milhão de meticais das contas e a falta de
energia a cerca de 8 meses na instituição lê-se apenas “liberdade de
imprensa mutilada”.
Uma nota da direção do jornal a explica o boicote.
“A nossa
manifestação de repúdio é contra o atropelo grave que a instituição,
neste caso, o Gabinete Provincial de Prevenção Combate às drogas está a
cometer a luz da lei do direito à informação ao negar disponibilizar
informações de interesse público no caso de desvio de mais de 600 mil
meticais das contas da instituição e má gestão comprovada do Gabinete,
onde somam-se mais de 6 meses sem energia facto que vota os funcionários
a inércia por não possuírem equipamento de trabalho funcional. Somos
contra qualquer forma de actuação que sirva para amordaçar a imprensa e
todos os princípios que tenham em vista ameaçar a liberdade de expressão
e imprensa neste Pais. O Jornalismo exercido pelos profissionais deste
órgão de comunicação faz-se através de confrontação de factos e
realidades e do exercício do contraditório, há que combater esta censura
que se procura impor aos jornalistas. Não podemos ser impedidos de
fazer um jornalismo livre”.
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